domingo, 17 de agosto de 2008

MENTIRAS INOFENSIVAS

No nosso cotidiano é muito comum o uso de algumas expressões e palavras paradoxais, as quais passam despercebidas do seu verdadeiro sentido. Devido a tradição, torna-se até impossível reverter a propalação das mesmas. São proferidas em todas as camadas sociais. O meu objetivo ao coletá-las e, principalmente, comentá-las é expor o meu ponto de vista sobre o assunto, convidando ao mesmo tempo outras pessoas inquietas e pesquisadoras a abordá-lo.

1 - "Oh, que lindo!"
É impressionante como as pessoas costumam se expressar quando vêem um recém-nascido a seguinte expressão, com a maior simplicidade:
- "Oh, que lindo!"
Até aí tudo bem. Nada demais. É até aceitável. A mentira que considero inofensiva acontece quando, querendo agradar aos pais, em seguida dizem:
- "É a cara do pai" ou "tem a carinha da mãe!"
Coitado do bebê, já nasceu sem fisionomia própria! Parodiando o escritor russo Toltói poderia até escrever: todos os recém-nascidos se parecem entre si, os adultos, no afã de agradar, bajulam cada um a sua maneira...
2 - "Casa de Saúde"
Um dos mais antigos paradoxos é que se vê escrito próximo ou na frente de algum hospital: CASA DE SAÚDE...(em seguida o nome do nosocômio) Ora, quando uma pessoa está doente ou sofre algum acidente para onde ela é levada e até fica internada para se recuperar? Para um Hospital, evidentemente! Então, se vários doentes estão sendo tratados, medicados num determinado ambiente, como denominá-lo de casa de saúde? Se fosse uma academia de ginástica, aí tudo bem, teria até um pouco de lógica!!!
3 - "GOL FEITO!"
Não é preciso entender muito dessa matéria para saber que o gol é o ponto máxio de uma partida de futebol. Neste sentido, só há um contra-senso quando um locutor, comentarista ou repórter se expressa assim: "Que absurdo, o atacante perdeu um gol feito!" Ora, que absurdo não é isso, é sim, proferir através do rádio ou televisão uma frase deste teor. Pois se foi um gol feito, não tem como perdê-lo! Pode-se sim, perder uma chance de concretizá-lo, o que seria bem diferente!

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