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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Crônica do cotidiano

                                                                      AH! ESSAS JOVENS!...


                      Uma verdade tem que dita: a mulher,principalmente as mais jovens de corpo bonito, quando sabem e querem usar uma roupa que lhe fica bem, mesmo sem intenção de querer provocar a libido masculina, elas bem que conseguem ser provocantes. Afinal, o homem que tem bom gosto e sabe admirar tudo que é bonito, jamais ficará alheio a uma jovem que usa uma peça de roupa, por exemplo, do tipo saia-short. Pois este tipo de roupa, principalmente quando a jovem que a usa está de frente, chama a atenção masculina, pois a deixa bem mais sexy do que se estivesse vestindo uma calça cumprida, vestido ou saia normal. E tem mais: um tipo de roupa assim também torna-se mais atraente do que mesmo um biquíni, pois este deixa logo quase todo o corpo da jovem exposto e enquanto a saia-short, principalmente quando a pessoa está de frente, diga-se de passagem, deixa sempre transparecer um interesse maior por parte do homem. Portanto, a garota que souber usar uma roupa assim e também tiver pernas bonitas, antes de mais nada, está de parabéns.
               Ah! essas jovens de hoje!...


                                                               Joboscan de Araújo

sexta-feira, 18 de abril de 2014

CRÔNICAS DO COTIDIANO

UM MOTORISTA NEURÓTICO OU ALIENADO

          Sinceramente, não sei como ninguém naquela empresa de lotação não percebeu que, no seu quadro de funcionários há um motorista que está colocando a sua vida e a dos passageiros que transporta num perigo constante. Olhando, rapidamente para aquele rapaz, ninguém percebe que ele sofre de um desvio mental ou passa por algum problema psicológico, pois parece uma pessoa normal.
            Logo que eu dei sinal, ao parar o carro já percebi que aquele motorista estava dirigindo de uma maneira desatenta, pois ultrapassou outro veículo de maneira perigosa e por esta sua atitude foi ameaçado. Mas a viagem prosseguiu. Logo a seguir, mesmo com o trânsito livre, aquele rapaz ao volante dirigia lentamente e quando parava nos pontos ficava mais tempo do que o normal. Os outros motoristas que vinham atrás chegavam até buzinar, como pedindo para que ele não estorvasse o trânsito. Porém, o dito cujo não estava nem aí. Apenas resmungava, dizendo para si mesmo: "Estou contando até dez!" e repetia a mesma frase, de vez em quando sem que ninguém lhe falasse nada.
             Quando chegamos no ponto final, após quase uma hora, o que no normal seria apenas meia hora, mesmo com algumas pessoas pretendendo descer pela porta da frente, usufruindo o seu direito com o bilhete do idoso, o dito cujo fingia que não ouvia nada e continuava com a porta do veículo fechada. Até que o cobrador gritou: "Vamos acordar, gente!" aí então ele se tocou e abriu a porta dianteira. Ufa! Que alívio. Doravante, sempre que eu precisar pegar uma condução procurarei olhar atentamente para o motorista para evitar pegar a mesma que aquele rapaz estiver atrás do volante. Afinal, eu amo a vida!

                                Joboscan
JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 04/04/2014
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segunda-feira, 31 de março de 2014

CRÔNICA DO COTIDIANO

UMA VISITA AO SEBO

         Há algum tempo que, por motivos financeiros, não por vontade pessoa, tenho-me esforçado para não adentrar em livrarias e lojas de livros usados, os sebos. Quando eu trabalhava e tinha um salário fixo, dava para ter um controle mais adequado sobre a situação financeira da minha família e dependendo das horas extras, quando sobrava algum dinheiro, o que era difícil, sempre eu dava uma passada por um desses lugares e terminava comprando alguns livros da minha preferência. E por causa disso, a sala do meu apartamente ia cada vez mais ficando pequena e apertada, parecendo mais uma biblioteca, para desespero da minha esposa, que sempre desejava ter mais espaço para o seu conforto e coisa e tal. Mas nunca chegamos a brigar sério por causa disto. Ela sempre terminava relevando o meu gosto literário.
         Recentemente, para quebrar este jejum de aquisição literária, ao acessar a internet, o que não é muito a minha "praia", por acaso, descobri no site de um famoso sebo, alguns livros que há muito tempo eu procurar para comprar. O que fiz então? Imediatamente, não só os reservei, isto é, comprei-os, como me prontifiquei a ir buscá-los "in loco", dispensando a entrega via postal.
          E lá fui eu ao sebo escolhido. Não foi nada difícil encontrá-lo. Já no interior da gigantesca loja, abarrotada de livros e discos de todos os tipos e preferências, fiquei boquiaberto com um detalhe: enquanto eu aguardava o funcionário ir buscar os dois livros que eu comprara, observei em pouco minutos o número de pessoas trazendo vários livros para vendê-los ali. Quem os avaliava e fazia o referido pagamento era o próprio dono daquela loja, o qual era um senhor bem educado, que antes de consumar a compra conversava um pouco cada pessoa que queria se desfazer dos seus livros com tanta facilidade. Neste ínterim, observei o seguinte: a discrepância entre a oferta e procura era enorme. Para dez pessoas que adentravam ali, oito ou nove portavam sacolas ou mochilas com livros para vender, enquanto um ou duas entravam ali para comprar algo. E neste caso, eu me incluía, é óbvio. E pensei rapidamente: por que será tantas pessoas estão se desfazendo dos seus livros, meu Deus? E por uma miséria, acima de tudo. Para cada volume, o proprietário daquele sebo pagava em média, cinquenta centavos, o que não dava para a pessoa tomar nem um simples cafezinho. Na minha opinião, seria mais vantajoso e mais bonito, doá-los para alguma instituição de caridade. Mas como se costuma dizer: "cada um, cada um". E neste caso, cada pessoa que entrava ali para vender seus livros usados, no mínimo tinha um objetivo para empregar aquela mísera quantia que por esta atitude recebia...

                           Joboscan
JOBOSCAN
Enviado 

quinta-feira, 27 de março de 2014

CRÔNICA DO COTIDIANO

CADÊ OS TERMINAIS DE BANCO 24?

                       Creio eu que já passou da hora da FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) mudar os letreiros da expressão BANCO 24 HORAS daqueles raríssimos que ainda se encontram no interior de alguns supermercados. Pois em farmácias, postos de gasolina e praças públicas, nem pensar. Tudo isto foi extinto na medida em que tais terminais ia sendo destruídos, implodios por meliantes, baderneiros e larápios. Foi uma onda intempestiva de violência nas capitais e várias cidades onde sempre havia algum destes terminais, que sem dúvida eram muito útis à população de modo geral.
                     Inegavelmente, não tiramos a razão dos Bancos responsáveis pelos respectivos terminais destruídos de não recolocá-los. Não só por represália, mas por medida preventiva, uma vez que além da destruição do imóvel visado, o ponto do comércio onde estivesse localizado também estavam sofrendo danos irreparáveis, quando o seguro estava sendo onerado de maneira assustadora e consequentemente, o valor do mesmo sendo exorbitante e com razão.
                  Só que os poucos que restam ainda trazem a expressão Banco 24 horas, o que não condiz com a realidade. Por quê? Porque só funcionam no horário do estabelecimento onde o mesmo estiver instalado. O consumidor que estiver curtindo a madrugada e por acaso precisar de pagar algum coisa, no mínimo terá que fazê-lo, usando o seu cartão de crédito. Só que que o perigo de, por exemplo, ao abastecer o seu carro que estiver na reserva, o referido posto de combustível, não o aceitar. E é aqui que mora o perigo. O mínimo que o seu proprietário terá que fazer é ficar de plantão dentro do mesmo, aguardando o dia amanhecer e esperar um Banco abrir para sacar dinheiro para atender as suas necessidades, por mais urgente que possam significar. Enquanto isto, os banqueiros dormem tranquilamente, com o dinheiro do cliente sem poder movimentá-lo! Duram com um barulho deste?


                       Joboscan
JOBOSC

domingo, 23 de março de 2014

CRÔNICA DO COTIDIANO

UMA CAIXA DE FÓSFOROS NO ESCURO

                    Pra começo de assunto, para o que pretendo expor tenha lógica, é necessário que a caixa de fósforos em questão contenha palitos novos, isto é, sem uso. Pois do que adiantaria num momento de necessidade assim, ou seja, num ambiente escuro, se ao encontrar este objeto ele estivesse vazio ou tendo palitos usados? Seria uma frustração total, sem dúvida.
                   Esta circunstância pode acontecer com qualquer pessoa que, repentinamente, à sua revelia, ficou num local totalmente escuro e precisando encontrar uma vela ou antes uma caixa de fósforos para depois acendê-la. E olha que nos dias atuais, com o advento dos isqueiros e celulares sofisticados com suas lanterninhas embutidas, substituindo a tradicional caixa de fósforos, está só é mesmo lembrada, requisitada em momentos de extrema necessidade como o que foi citado.
                 Uma grande vantagem ao se deparar com um objeto deste no escuro é que quando seguramos uma caixa de fósforos pouco interessa o nome do seu fabricante, ou seja, a sua marca, a cor, o tamanho e muito menos o lado que ela poderá ser aberta. O imprescindível é que ao friccionar um dos seus palitos em uma de suas laterais, ele acenda e ilumina o local que estava escuro e principalmente quando nos depararmos com uma vela para que a iluminação ficar melhor e duradoura.
                Esta é uma situação aparentemente simples, mas não o é. Pois como costumamos dizer: "só se dá valor aquilo que se perdeu" ou seja, no momento em que precisamos de certo objeto ele não se encontra ao nosso alcance, como por exemplo, repito, uma caixa de fósforos no escuro.
               Agora, aprofundando mais este assunto, comparo esta circunstância inusitada ao estado de espírito de uma pessoa que esteja passando por um grande problema particular, quer seja financeiro, sentimental ou de saúde, a qual esteja precisando de um apoio urgente, pois é como se estivesse no fundo do poço. E eis que surge alguém para ajudá-la de alguma forma. A pergunta que não quer calar: interessa esta pessoa que estava precisando de socorro querer saber como aquela outra chegou ali? Quem lhe avisou do seu sofrimento, da sua dificuldade, do seu problema? É lógico que não. Portanto, é ou não uma situação similar ao caso citado da caixa de fósforos no escuro?
              Venhamos e convenhamos, na nossa vida muitas vezes acontece algo assim, detalhes imperceptíveis que fazem sentido quando menos se espera. Para isto há muitas hipóteses e suposições, como quando se diz que foi "um anjo da guarda" que socorreu tal pessoa naquela hora ou então foi um momento telepático e os mais exagerados já logo apelam, dizendo que tal fato aconteceu por milagre. Bem, neste caso, são outros quinhentos e exige muitas provas e merecimentos de ambas as partes. Afinal, esta é outra história.


                                          JOBOSCAN ARAÚJO
JOBOSC

segunda-feira, 17 de março de 2014

Crônicas do cotidiano

AS PROVOCAÇÕES DE UMA NINFETA

          Quando Baltasar, um exímio e obstando candidato ao sacerdócio, no auge dos seus 18 (dezoito) anos passava suas férias na sua pequena cidade natal, certa ocasião, se sentiu provocado por uma ninfeta de 15 anos, deixando-o numa situação constrangedora.
          Talvez se ele não fosse um seminarista, é bem provável que tal fato não lhe acontecesse, pois pensando bem, naquela época havia outros jovens bem mais atraentes do que ele, quando as jovens e principalmente as adolescentes poderiam paquerar com mais êxito e retorno sentimental. Baltasar, além de franzino, nariz aquilino e sem nenhum outro atrativo físico não chamava a atenção de nenhuma garota, esta era a verdade. E tudo indica que ele não se sentia complexado, frustrado por isso. Ficava sempre na dele, estudando, ajudando ao vigário e só pensando no seu futuro que era ser um padre. Talvez por causa disto, esta ninfeta fazia de tudo para provocá-lo. Mas tudo indica que não queria nada com ele. E mesmo tendo optado pelo celibato, aquele jovem, como um ser normal, diante de tantas provocações, procurava sempre se sair destas situações ora numa boa, conversando com a tal garota, pedindo inclusive que ela parasse de o perturbar ora fugindo da mesma até de maneira sutil e sorrateira.
              Sobre este fato, ele procurava sempre se desabafar com o seu vigário, o qual, por sua vez, orientava-o no sentido de encarar tudo de frente, sem se acovardar. Falando inclusive que isto era até bom para o amadurecimento do seu caráter e da sua personalidade. Alertando-o que não só os seminaristas passavam por isso, mas também até os padres, o que, neste casa, seria um fato mais delicado e mais sério. O vigário sempre terminava as suas orientações, citando um pensamento do escritor Machado de Assis, que assim escreveu: "Não é na terra que se fazem os marinheiros, porém no mar, encarando as tempestades!".
              Antes um pouco do final das suas férias, ele passou por esta situação delicadíssima. Um professor do ginásio precisava urgente de terminar um trabalho, mas precisava que alguém o datilografasse. Pensou no seu vizinho Baltasar. Este prontamente se prontificou a ajudá-lo nesta tarefa. Só que não esperava é que, justamente a filha daquela professor, aquela que tanto o provocava quando o via passar na praça ou no salão paroquial, dentro da sua própria casa, com a presença do seu pai, fosse capaz de agir daquela mesma maneira. Ledo engano. A ninfeta, aproveitou que estava no seu lar e apareceu, propositadamente, com uma minissaia que, ao se sentar, permaneceu sem nenhum esforço de ocultar as suas partes íntimas. Apesar do seu pai repreendê-la, pedindo que voltasse ao seu quarto ou deixasse aquele recinto, ela ameaçou arrumar uma confusão e o professor pediu que o seminarista ali presente, desculpasse aquele gesto rebelde da sua filha e continuasse a datilografar o seu trabalho.
              Sinceramente, com muita dificuldade, já transpirando de nervosismo, emoção, excitação e tudo o mais, Baltasar finalmente terminou aquela tarefa. Mas aquela imagem da garota quase nua naquele sofá demorou sair da sua mente. E, posteriormente, quando encontrou com aquela provocante e bonita ninfeta, ainda ouvir este disparate:
              -E aí, padreco, o que você fez, quando saiu lá de casa. Foi direto pro banheiro ou foi rezar?
               Esta indagação ficou sem resposta. E só mesmo Deus para saber como ele agiu quando saiu daquele sufoco. No mínimo o perdoou por algum pecado contra a castidade, se por ventura ele cometeu, mas tudo indica que lhe deu força para vencer estas vicissitudes do mundo. Afinal, ninguém está isento disso.

                                     Joboscan
JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 21/09/2013
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Sobre o autor
JOBOSCAN
São Paulo - São Paulo - Brasil, 63 anos
236 textos (10481 leituras)
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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

AH SE EU SOUBESSE!...(Uma grande frustração no último dia de 2013)

                                Sempre quando nos acontece uma frustração, seja ela qual for, a primeira palavrinha que pronunciamos sempre é esta: SE...Inegavelmente esta é uma verdade incontestável. Sempre quando ficamos decepcionados com uma situação, uma pessoa, logo falamos: "Ah se eu soubesse que ia acontecer isto, por exemplo, que ia chover, que ia fazer frio, que eu ia encontrar com determinadas pessoas que não simpatizo, que não ia ter aquela comida ou bebida que eu gosto etc. Mas só que toda esta lamentação será inútil pois se se tivesse o dom de prever certas coisas, certamente, muitas frustrações, decepções seriam evitadas, isto ninguém tem a menor dúvida. Veja só o fato que aconteceu com a minha família. Ainda bem que não foi nada grave, ninguém se feriu ou ficou doente. Mas ficamos decepcionados com uma festa de confraternização programada para ser realizada no último dia do ano, numa chácara nas proximidades do município de Mauá - São Paulo.
                             O nome da tal chácara até que não é feio: Moriá. O local da mesma também não. É bem arborizado, inclusive tem um pequeno campo de futebol, duas piscinas, um grande salão de festas. O que nos deixou  a desejar foi o resto do casarão onde os visitantes, (hóspedes temporários) destinado para as acomodações para pernoitar. Simplesmente ridículo. Ausência de banheiros limpos, bebedouros, presença de beliches e camas decadentes, caindo aos pedaços, com colchões sujos. Enfim, um ambiente totalmente FANTASMAGÓRICO, repugnante, fétido, inclusive dando a nítida impressão que naquele local horripilante já funcionou um asilo ou manicômio.
                           Quando o convite da tal festa nos foi feito, só o aceitamos porque achávamos que as pessoas seriam todas conhecidas das nossas famílias. Mas tão logo chegamos ao local já percebemos a presença de pessoas totalmente desconhecidas e depois ficamos sabendo que naquele dia, naquele local haveria mais de três famílias diferentes. Bebidas alcoólicas e música alta no local da tal festa, tudo isto foi um grande convite para nos retirar o mais rápido possível. Não querendo dizer com isto que somos melhores do que as outras pessoas ali presentes. Nada disto. Ninguém é melhor do que ninguém. Mas só que este tipo de coisa fez com que nos sentíssemos como um peixe fora da água. E por este motivo tão logo anoiteceu chegamos a uma conclusão: voltaríamos para a nossa residência, mesmo sabendo que não havíamos preparado nada para uma simples ceia de fim de ano. E foi isto que realmente aconteceu. Se as outras pessoas resolveram ficar, aí são outros quinhentos. Se falaram mal da nossa atitude isto é problema delas. Usamos apenas o nosso livre-arbítrio, atendendo a nossa consciência.
                          Agora de uma coisa eu tenho toda a certeza: é que doravante não suportarei ouvir falar nesta palavra CHÁCARA que imediatamente vai me trazer uma grande frustração difícil de ser olvidada.

                                                             Joboscan de Araújo

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"FOI BOM PRA VOCÊ?"

                            Este tipo de pergunta poderia ter sido feita após a assinatura de um acordo comercial, não resta a menor dúvida. Ou então, numa disputa por algum bem material ou até pessoal e após a consumação da sentença do mediador ou do juiz, um advogado ou representante legal costuma fazer esta fatídica pergunta:
                          -"Foi bom pra você?"
                          Ele está se referindo, é lógico, ao desfecho daquele caso, do litígio que motivou aquela audiência. Até aqui nada de muito anormal. Até dá para se aceitar e entender.
                         Agora quando este mesmo tipo de pergunta é feita logo após uma relação sexual, quem a fez, sinceramente, perdeu uma grande chance de ficar calado durante aquele ínterim prazeroso, diga-se de passagem. Pois fazer esta inútil e vulgar indagação - "Foi bom pra você?" se referindo, obviamente ao desempenho daquela transa, além de ridículo, é uma prova cabal que quem a fez demonstrou-se inseguro quanto ao seu desempenho, evidentemente. E isto pode acontecer tanto com um homem ou uma mulher.
                       Pois, pensando bem, que diferença faz querer saber se o (a) companheiro (a) ficou ou não satisfeito (a) com aquela relação sexual fortuita ou não? E também, como ele (a) vai ter certeza se a outra pessoa ao responder sim estará dizendo a verdade ou apenas fingindo? É tudo muito relativo e vazio. E tem mais, e se a dita cuja for coerente e não tiver receio de magoar, ofender o (a) parceiro (a) e responder negativamente, confessando que aquela transa deixou muito a desejar, isto é, não foi do seu agrado, a pergunta que fica é a seguinte: recomeçará outra transa para ver se melhora o desempenho? Procurará ser mais romântico (a), carinhoso (a) da próxima vez? E se acontecer algo mais desagradável, não ficará pior? Como por exemplo, sem querer ser pessimista, o homem ser acometido de uma DE (Disfunção Erétil) ou a mulher ter uma ausência de orgasmo!
                      Portanto, após uma relação sexual, o melhor mesmo é só ficar curtindo em silêncio aquele espasmo pós-orgasmo ou se preferir, apenas dizer poucas palavras carinhosas, sorrisos marotos ou apalpações audaciosas, o que seria um preâmbulo para dar prosseguimento àquele momento de amor. Desde que nenhum dos dois não se encontre em situação de adultério, tudo é válido quando um casal se encontrar entra quatro paredes, não importa se de algum motel ou da própria residência. O importante mesmo é curtir e viver aquele momento, usufruindo o maior prazer do ser humano que é este, inegavelmente.

                                              Joboscan de Araújo

segunda-feira, 4 de março de 2013

ADMOESTAÇÃO (QUASE) INÚTIL

                      Quem pega condução diariamente, seja ela qual for, sempre se depara com pessoas de todos os tipos, quero dizer, simpáticas, educadas ou ao contrário disto e, principalmente com situações consstrangedoras, discussões e até brigas. Este tipo de coisa é muito comum acontecer em ônibus, lotação, trem etc, não importa o dia nem a hora. É verdade que os passageiros, na sua maioria, são meros ouvintes e é muito difícil alguém se envolver quando este tipo de coisa acontece.
                     Por falar neste assunto, a cena que presenciei hoje, a princípio pensei que fosse dar em nada. Afinal, foi apenas uma mera admoestação de uma senhora, ao perceber que um passageira estava aproveitando da situação e de uma adolescente para boliná-la, apertá-la com segundas intenções. Logo que foi chamado à atenção, o dito cujo, fingiu de surdo e que o que aquela passageira estava falando não tinha nada a ver com ele. Que cara de pau!
                    Foi então que a mesma passageira, ao perceber que o cara continuava a se esfregar no corpo da jovem, a qual estava usando uma saia bem curta e era portadora de um par de pernas realmente provocante, elevou mais o tom de voz, dizendo:
                   -Depois as pessoas costumam dizer que Deus não ajuda. Também pudera, a gente tente ajudar, advertindo, mostrando o perigo, mas pelo visto, não adianta muita coisa. Estou falando do abuso deste paassageiro com cara de cínico, mas parece que a jovem aqui está é gostando. Depois as mães chegam chorando lá na Vara da Infância e Juventude, dizendo: um tarado abusou da minha filhinha. E agora?
                    Neste momento o rapaz se tocou e arrumou uma evasiva para tentar justificar o aperto na jovem, alegando que a mochila de outro passageiro o estava forçando a encostar daquela maneira. Só que não colou. Ao ser desmascarado e pego na mentira, pois ali não havia ninguém com mochila das costas, imediatamente tentou descer logo e pelo visto antes do ponto que pretendia. Mas o pior desta história ainda estava por vir. Pois logo a seguir, o caldo engrossou pro lado da adolescente e da senhora passageira. Pois a discussão ficou acalorada, chamando a atenção de todos que estavam naquela lotação. E o pivô desta nova discussão pelo visto foi quando a senhora falou:
                  -Minha filha, eu apenas tentei defender você daquele pedófilo e você está achando ruim. Eu quero ver o seu bem!
                 -Olha aqui, em primeiro lugar não sou sua filha e em segundo quero que nenhuma pessoa estrana deseje o meu bem. Vai cuidar da sua vida! Vê se me erra!
                  Vendo que seria inútil continuar com aquela conversa, a senhora finalizou:
                 -Está bem. Me desculpa!
                 E a celeuma finalmente foi encerrada>


                                         Joboscan de Araújo

terça-feira, 9 de outubro de 2012

DETALHES IMPERCPTÍVEIS NUM ESTÁDIO DE FUTEBOL

                    Bem diferente do sucinto comentário polêmico de um renomado técnico de futebol, quando disse que "o gol era apenas um detalhe de um jogo de futebol", posso garantir que há outros imperceptíveis sobre este tema, principalmente no interior de um estádio, durante uma partida de futebol. Senão vejamos: por motivos óbvios, justificáveis e coerentes, muitas pessoas, como se costuma dizer, por ossos do ofício, mesmo estando presente e envolvidas diretamente a um espetáculo desta natureza, passam sem nada perceber e muito menos sentir sentir algum emoção, alegria, empolgação, raiva ou frustração. Estou me referindo àqueles profissionais, como por exemplo, policiais, vendedores ambulantes, os quais incumbidos nas suas respectivas tarefas só ficam sabendo do resultado qiando ouvem o barulho das torcidas e os comentários mais próximos.

                  O objetivo principal de quem vai a um estádio de futebol é torcer pelo seu time do coração e passar algumas horas envolvido com empolgação com a partida, obviamente. Inapelavelmente, após a mesma, sempre há torcedores que saem tristes, chateados e frustrados com uma derrota ou empate, enquanto outros curtem uma alegria incontida pela vitória do seu time.

                    Sim, mas voltando aos excluídos por justa causa, há uma classe que chama mais atenção pelo cumprimento da sua função de maneira impecável: são os policiais que ficam postados nas laterais do gramado, de frente para a torcida. Jogo que é bom!Nada! Ficam apenas atentos ao seu dever, observando algum prenúncio de tumulto, vandalismo e outras irregularidades por mau comportamento. Quanto aos vendedores ambulantes que transitam entre os torcedores, de vez em quando, dão uma olhadinha, mas logo ficam de costas alheio ao espetáculo futebolístico.


                                                      Joboscan de Araujo

sábado, 15 de setembro de 2012

PANACEIA POLÍTICA E DEMAGÓGICA

                         Realmente os tempos estão mudados. São outros. Mesmo com o advento da internet e sofisticados meios de comunicação do mundo hodierno, o que se vê, infelizmente, é que as aberrações, as promessas mirabolantes dos candidatos políticos continuam as mesmas. Só mudam as figurass e assim mesmo, nem todas. Com tantas ideias estapafúrdias, que servem de piadas e gozação até entre os mais incautos eleitores, continuo chamando este cenário político de CIRCO SEM LONA. Especialmente agora com o fim dos comícios políticos, dando vez às carreatas, caminhadas, visitas surpresas aos locais de aglomeração pública, cada candidato passa por alguma situação inusitada, constrangedora, quase sendo obrigado a ingerir iguarias, guloseimas que até detestam, mas mesmo assim, tomam chá, café, leite, refrigerante, comem bolinho de bacalhau, pastel, tapioca, andam de skate, caem, levantam e continuam dando risadas sem graça, só com o intuito de se parecer gentil, educado, homem do povo etc. Que sitiuação, que palhaçada. Depois disto, sabe Deus, se não procuram logo um médico da sua confiança para fazer uma lavagem estomacal para depois continuar a caminhada no dia seguinte...Tudo isto por um lugar ao sol num cargo público e bem remunerado, com amplas condições de permanecerem ali ou usar tal cargo com catapulta política.

                            E nesta palhaçada, lá vão eles com o seu séquito repleto de bajuladores, correligionários cegos e interesseiros, atrás de votos por todos os recantos da cidade grande, enfrentando sol, frio, chuva etc. Talvez nem desconfiem que tais sorrisos, apertos de mãos, acenos, beijocas distribuídos a tudo e a todos, às vezes, não serão retribuidos nas urnas, pois não sabem eles que muitas pessoas que tentam dele se aproximar, não é porque gostam dele e nele vão votar, e sim, porque querem é um minuto de fama, isto é, aparecer de relance numa fota de jornal ou num desses rápidos programas apresentados na televisão. O ineresse é recíproco Quer uma prova? Tenta um candidato aparecer num local público qualquer sem prévio aviso barulhento que antecede às suas carreatas ou caminhadas e, principalmente sem nenhuma equipe de televisão no seu encalce para ver o desastre, o fracasso que será tal visita. O assédio nunca será idêntico.

                       Para finalizar, quanto as promessas, os planos de governo de cada candidato, tudo não passa mesmo de uma afronta, um acinte à inteligência dos seus humildes eleitores. Se 0,1 % das coisas que eles pensam e dizem vão realizar, for concretizada, já seria muito bom. Coitado de quem acredita nestas vãs promessas, pois elas serão dissipadas minutos antes de cada eleição, igual àquelas nuvens plúmbeas que prometem chuvas benfazejas e basta uma rajada de vento forte para levá-las para outras plagas,d eixando o solo tórrido aguardando alguns pingos d'água de que tanto necessita.


                                                     Joboscan de Araújo
                         

terça-feira, 10 de abril de 2012

O RECEIO DE UM TRATAMENTO ODONDOLÓGICO

Por mais que uma pessoa tenha por hábito cuidar bem da própria saúde, o ue é louvável e imprescindível, sempre quando o profissional em questão é um (a) dentista, logo um receio natural se faz presente. Por mais que se disfarce, há sempre um pouco de medo em momentos assim. Mesmo sabendo que se trata de uma simples ação preventiva, nada muito sério ou complicado, só o simples fato de se acomodar naquela cadeira em formato de "maca" ou cama, pois a pessoa fica quase sempre deitada, logo que abre a boca parece que logo surge um filme imaginário que alguma dor vai acontecer a seguir. Tanto é que até à proporção que se abre a boca, automaticamente, fecham-se os olhos, ironicamente e de modo automático, como se a dor fosse algo visível! Que paradoxo!
Quando o tratamento dentário é mais longo, aquele medo, aquela ojeriza e tudo o mais se transformam numa rotina e quase não se incomoda mais com isso. O contrário disto só ocorre quando, logo no início, principalmente quando se tratar de uma extração, um (a) profissional deste ramo da medicina logo se expressa assim:
-"Esse dente vai dar um trabalho!..."
Se não pensar duas vezes, medindo as consequências de tal pensamento negativo, o cliente no mínimo dará um pulo da cadeira e procurará imediatamente outro (a) dentista. Caso contrário, seja o que Deus quiser! Pois pensando bem, neste caso específico, um dente pode até apresentar indícios de que o seu tratamento poderá ser difícil, devido a sua localização ou estado, contudo, o bom e competente profissional jamais poderá deixar transparecer a sua insegurança ou fazer uma brincadeira assim de péssimo gosto, principalmente quando o seu cliente estiver com a boca aberta. E sendo assim, se levar ao pé da letra um mau atendimento, poderá propalar a incompetência daquele (a) dentista, fazendo jus àquela situação.


Joboscan de Araújo

sexta-feira, 30 de março de 2012

ARRASTÕES AUDACIOSOS

A diversificação da onda de assaltos que se prolifera nas grandes cidades, principalmente São Paulo, é algo realmente assustador. Chega um momento em que os ladrões dão um verdadeiro drible, baile na polícia, mas só mais cedo ou mais tarde, um dia a casa cai para alguns metidos a espertos e "amigos" do alheio.
Sabemos que ninguém está totalmente seguro da invasão da sua privacidade em forma de arrastões, assaltos, sequestro etc. Pois este tipo de ação espúria sempre é bem programada, salvo raríssimas exceções, quando os meliantes percebem alguém se "oferecendo" para ser roubado, o que lamentavelmente ainda existe muito por aí. Por exemplo, motorista com o braço na janela aberta do veículo, mostrando um relógio valioso, (que ostentação inútil!) transeunte usando celular de maneira desatenta, pedestre com objeto de valor à amostra, no restaurante a freguesa que coloca a bolsa com objetos de valor no espaldar da cadeira e não está nem aí...E assim sucessivamente. Depois que é assaltada, roubada, uma pessoa assim põe a mão na cabeça e sai dizendo que foi vítima da violência, que Deus não ajuda etc, etc.
Agora em tratando de arrastões de condomínios de luxo, a história é completamente diferente. Pois os meliantes para tomarem uma atitude audaciosa desta, primeiramente precisam de fontes fidedignas do no interior do mesmo, como porteiro, segurança, faxineiro e até mesmo ex-morador etc. Após isto, só programam o dia, a hora e a função de cada membro do grupo e pronto! Salve-se quem puder. O primeiro objetivo visado muitas vezes é o arrombamento de algum apartamento, cujo dono está ausente. E em seguida, à proporção em que algum vizinho curioso ou não transitar pelo prédio, logo é conduzido para um lugar estratégico ou até de volta ao próprio aconchego familiar e a sua privacidade também será violada.
A variedade destes "filmes de terror" só muda de cenários, temporariamente. Pois até parece que há uma comunicação, um complô entres os meliantes, pois quando resolvem assaltar um determinado ambiente, quase sempre o fazem sequencialmente, dificultando inclusive o trabalho da polícia, deixando-a intrigada, apesar da sua competência e experiência. De vez em quando um ou outro ladrão é atingido, tombado, morto num confronto destes, mas infelizmente sempre consegue também levar um trabalhador honesto, um policial com ele.
Então fica aquela onda interminável de assalto: antes o foco preferido era ônibus. Depois da implantação do bilhete único, os assaltantes optaram para Postos de gasolina, Bancos e mais recentemente os arrastões a restaurantes e condomínios de luxo. Em resumo: ninguém consegue impedir a ousadia de maus elementos que vivem e agem assim à mercê da violência e da clandestinidade. Pois como eles sabem que a vida é curta, principalmente da maneira como eles levam a deles, não estão nem aí em querer a de qualquer pessoa inocente e honesta. Tiram a vida de qualquer um como se estivesse se divertindo, lamentavelmente. Salve-se quem puder!


JOBOSCAN DE ARAÚJO

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

PÉ DE CHINELO NOVO NO ASFALTO

Aquele chinelo de tiras, quase novo deixado no meio de uma rua movimentada do bairro onde moro, não estava ali por motivo de esquecimento, distração ou algo parecido não. Ele se soltou do pé de uma jovem viciada em droga, a qual saiu correndo desesperada, ao fugir de um flagrante da polícia militar, momentos antes de adquirir o maléfico produto.
Inclusive, no instante em que eu descia à mesma rua, com destino ao mercado situado lá na avenida, percebi que aquela jovem combinava alguma coisa com mais dois meliantes, os quais pareciam intimá-la a comprar o "baseado", uma vez que eles estavam "sujos" no pedaço, conforme se justificavam para não darem muito na vista dos traficantes. Senão, era morte na certa. A "barra" estava pesada para eles, portanto preferiam pedir o favor de uma "mula" para o tal serviço. E resolviam entar ficar camuflados em algum ponto estratégico do bairro. E foi exatamente neste momento que passei e fui resolver os meus compromissos, deixando-os para trás com as suas maracutaias.
Minutos depois, quando regressei, passando pelo mesmo local, o burburinho de pessoas por ali tinha aumentado e o comentário ainda fresquinho era sobre uma ação policial naquela boca de fumo naquela rua e teve até perseguição em seguida. E foi aí que aquela meliante, ao perceber a chegada do carro da polícia, que ao sair em disparada, à sua revelia, deixou cair um pé de chinelo e nem olhou para trás. A vida dela parecia bem mais importante e preciosa do que aquele objeto largado no meio da rua. Se os policiais atingiram o seu objetivo, ninguém ficou sabendo, pois não houve retorno de ninguém, pelo menos durante algumas horas. Depois que a poeira abaixasse, quem sabe!
Enquanto isso, aquele pé de chinelo ficou ali no meio da rua e muitos transeuntes o olhavam e alguns sem entenderam o porquê daquele "esquecimento" ou "distração", o que não era verdade. No meu regresso, ainda ouvi quando duas senhoras comentavam ainda o fato ocorrido há poucos minutos e vendo uma criança ameaçar pegar aquele calçado, uma levantou a voz, admoestando-a:

-"Deixa isso aí, garota, esse chinelo é de meliante !"
-"Ah, é? Eu pensei que fosse de borracha!"

Em seguida seguiu o seu caminho dando risadas, do sarro que acabara de tirar da mulher metida a pedante.


Joboscan de Araújo

domingo, 12 de fevereiro de 2012

ZÉ, UM BOM EXEMPLO DE FUNCIONÁRIO

José, ou simplesmente Zé, como é conhecido e chamado por todos os fregueses de uma conceituada padaria, confeitaria e restaurante do bairro onde moro, Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo, tem tudo para ser um rapaz predestinado por Deus. Antes de tudo, pode ser considerado um protótipo de funcionário. Costuma-se orgulhar em dizer que, em quase dez anos, nunca faltou ao trabalho sem nenhum motivo sério. Recentemente, por exemplo, por causa do falecimento repetino da sua genitora, no momento em que recebeu a notícia, por sinal, estava em pleno horário de serviço, mas antes de se ausentar por este justo motivo, comunicou o fato ao seu patrão. Antes disto, quando sofreu um acidente de trabalho, teve que ficar afastado por mais de trinta dias, prazo este que foi somado ao período de uma das suas férias acumuladas.
Por esta triste e fatídica ocasião, Zé só não foi visitar São Pedro por uma enigmática e justa intercessão Divina. Para ser mais preciso, segundo o médico que o atendeu, se demora mais dez minutos para ser socorrido, devido a quantidade de sangue que perdeu, a sua vida ou a sua saúde ficariam bastante comprometidas Mas afinal, o que aconteceu ao funcionário Zé desta renomada padaria Toque de Arte da Cidade Tiradentes? Uma garrafa de cerveja estourou na sua mão, atingindo além desta, braço e outras partes do corpo. O sangue, segundo a vítima, esguichou longe e de forma contínua. Com uma medida provisória para estancá-lo, algo foi feito, mas o atendimento médico exigia urgência. No primeiro Pronto Socorro mais próximo não teve muita sorte. O médico de plantão, com modos efeminados e demonstrando total incompetência diante daquele caso, simplesmente o encaminhou a um hospital melhor aparelhado. Aqui, apesar de uma equipe médica já preparada para iniciar uma cirurgia, ao ser informada do estado daquele paciente que acabara de chegar ali, simplesmente postergou o que iria fazer e atendeu ao Zé, a estas alturas todo ensaguentado, pálido, mas consciente. Após o primeiro procedimento emergencial, a vítima foi internada para receber uma transfusão de sangue e ficar em observação por mais quinze dias.
Após se recuperar deste tremendo susto eis que os clientes tiveram a satisfação de vê-lo de volta ao seu trabalho na copa da Toque de Arte e aqui continua firme, esbanjando competência e simpatia a todos que por aqui passam. Parabéns José e que Deus continue sempre no seu caminho.

João Bosco de Andrade Araújo

joboscan50@yahoo.com.br

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O JOIO E O TRIGO POLÍTICOS

Quando o assunto é administração pública, a primeira ideia que surge é que se vai citar algum caso de roubo, corrupção, nepotismo etc. Dificilmente se cogita em algo bom e frutífero. Pois como em quase todos os recantos do Brasil e do mundo os maus políticos fazem por onde mercer tal alcunha e ao mesmo tempo se proliferam, que ficou tão corriqueiro ligar a palavra corrupção à má administração pública. Sendo assim, a classe tod ficou maculada por tamanho deslize moral (quero dizer, imoral) que muitas pessoas só votam por que é uma obrigação e não consideram isto um direito em prol da democracia. Que pena, mas muitas vezes, com razão.
Afinal, manipular o dinheiro público parece que virou sinônimo de ganância, roubo ininterruptos, onde para atingir tais objetivos em pouco tempo, os infratores, "mão leve", os acusados desta maracutaia logo são são tachados de todo "elogio" de baixo calão, devido a discrepância de sua conta bancária, da sua riqueza ilícita repentina não condizente com o seu salário e o que não é nada baixo, diga-se de passagem.
Só que, no meio deste joio político, sempre surge, alhures, ainda bem, um trigo que beneficiará a alguma classe de pessoas ou à sociedade de modo geral. Tudo depende apenas do que foi implantado e aprovado. É uma raridade, mas surge, amiúde, alguém exercendo com dignidade, consciência, responsabilidade um cargo político, onde através de uma gestão voltada para o seu povo, (não para o seu bolso) implanta projetos populares que perduram, ajudando a camada mais carente da população.
Para emoldurar este assunto, cito dois casos que são o protótipo de uma boa administração política:
Primeiro: a distribuição de vários tipos de remédios através dos postos do SUS, AMA e farmácias populares, como Dose Certa etc. Só mesmo quem estiver fadado a tomar algum medicamento por tempo indeterminado é quem mais elogia este tipo de benfeitoria por parte do governo, quer estadual ou municipal.
Segundo: a implantação do bilhete único, que dá direito ao passageiro usar quatro conduções num determinado intervalo, beneficiando-se com o sistema conhecido como integração. Ou seja, paga uma passagem e atravessa a cidade, se precisar, usando ônibus, metrô ou trem. Quer indo para o trabalho ou mesmo numa viagem de lazer, por que não?
Portanto, tais atitudes provam que, quando um bom político quer e é bem assessorado, as boas sementes podem ser plantadas e cultivadas, gerando frutos benéficos, os quais servirão de paradígma para os outros que o sucederem. Só é lamentável é quando muitos não conseguem absorver este bom exemplo, e o que é mais lamentável, quando suplanta tal ideia brilhante que era como o trigo e logo se transformou num joio à revelia da população carente e desprotegida.

Joboscan de Araújo

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

AVALANCHE HUMANA

Estava eu aguardando a chegada de uma pessoa nas proximidades do setor das catracas de embarque e desembarque de uma estação da CPTM (Companhia Paulista de Trem Metropolitano). Ao chegar, logo constatei que aquele era um horário de pico. E põe pico nisso! Pois milhares de pessoas logo começaram a se deslocar para os respectivos trabalhos. O repentino turbilhão humano mais parecia um formigueiro incessante, desculpe a comparação. Enquanto a pessoa que eu aguardava não chegava até que, a princípio, tentei passar o tempo, lendo uma revista semanal que sempre carrego comigo, mas inútil. Eu disse tentei ler, pois com aquele turbilhão de pessoas apressadas transitando, com passos apressados bem na minha frente, jamais conseguiria me concentrar em nenhum tipo de leitura. Resolvi então deixar o precioso tempo passar, ao mesmo tempo, que prestava a atenção do outro lado da catraca, tentando localizar a pessoa que se prontificou se encontrar comigo naquele dia, local e hora.
Ali parado, esquivando os meus pés de algum pisão involuntário, eu só me contentava mesmo em observar o semblante, o jeito daquelas inúmeras pessoas, homens e mulheres se aglomerando e passando pelas várias catracas daquela estação ferroviária. A pressa era tanta que muitos passageiros nem percebiam que algluns bloqueios estavam assinalados com a luz vermelha, o que significa que por ali era apenas permitado às pessoas que estivessem desembarcando. E inutilmente tentavam passar o bilhete único ou convencional, ficando irritados por não conseguir o objetivo, aumentando, consequentemente o gra de seu estresse. Diante de tanta pressa e desatenção, neste ínterim, cheguei a pensar que aquelas pessoas iriam socorrer algum parente. E até cogitei numa hipótese inusitada. Por exemplo: se alguém deixasse cair algum objeto de valor naquele meio e tentasse se agachar para pegá-lo, no mínimo seria até pisoteado pelas outras pessoas que vinham logo atrás, sem a mínima intenção em desviar de nada. Todos só queriam pegar o trem como se ele fosse o último.
Quando a pessoa que eu estava esperando chegou e eu fiz tal comentário sobre aquele movimento fora do comum, como ela já conhecia mais do que eu a rotina daquela estação e de outras naquele horário, apenas desabafou:
- "Você chama isso de movimento? Que nada, rapaz, hoje está é muito tranquilo porque é sábado. Você precisa ver isso aqui é num dia de semana normal!"
Sinceramente, estou fora! E literalmente, após conversarmos o combinado, caí fora daquela avalanche humana que parecia não ter fim!...

Joboscan de Araújo

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

EU E O CACHORRO

Já ouvimos muito se falar do adágio popular: "O cachorro é o maior amigo do homem!" Que bonito! Só que, particularmente, dispenso, à posteriori, esta "amizade". E olha que tenho razão para fazer esta afirmação. Acho até que esta minha ojeriza ao cachorro foi consumada no dia em que fui mordido por um e até de maneira traiçoeira. Senão vejamos:
Quando ainda era solteiro e morava com a minha irmã casada, a pedido do meu cunhado que estava fazendo um serviço inadiável, fui à casa do seu compadre para pegar uma ferramenta. Inclusive, a título de brincadeira, quando eu ia saindo, ele até brincou comigo, alertando-me:
-"Olha, cuidado com o cachorro!"
E segui o percurso pensando naquilo. Chegando lá, o compadre do meu cunhado estava na área da frente da casa e quando me viu aproximar,autorizou a minha entrada com ar de bonachão. E vendo o cachorro um pouco mais afastado, inclusive deitado, alertei-o:
- E o cachorro, como é que fica?
- Pode ficar tranquilo. Eu estando aqui ele não ataca ninguém. Pode entrar. E o compadre, como está?
Sendo assim, fui entrando bastante desconfiado. Falei logo o objetivo da minha visita e antes dele ir lá dentro pegar a ferramenta, tive a infeliz ideia de olhar para o cachorro ao seu lado, o qual só esperava sintonizar os meus olhos repletos de medo e apreensão. Não deu outra. Com um ataque traiçoeiro e rápido, abocanhou a minha perna e mesmo o seu dono mandando soltar, o animal não dava a mínima atenção. Mordeu e segurou. Sentindo que ele ia me puxar mediante tanta força, fiz um esforço e puxei a minha perna. Esta veio, ensanguentada mas veio, mas a calça se descosturou e ficou parecendo uma saia. Só não sai correndo porque tinha certeza de que a minhas pernas não aguentariam. Após afugentar o tal cachorro, o compadre do meu cunhado ficou chateado com aquele ataque inesperado e deu o seu parecer:
-Olha, tenho certeza de que o cachorro só lhe atacou porque você olhou para ele com medo. E ele percebeu isso através dos seus olhos.
Está bem. Então o culpado nesta história fui eu.
Voltei, segurando uma das pernas da calça rasgada e mancando um pouco. Ao aproximar, o meu cunhado, muito gozador, por sinal, vendo que eu não trazia nada nas mãos, logo murmurou:
-Pelo visto, hoje eu não termino este serviço que comecei. O meu compadre não estava em casa e pelo visto só o seu cachorro!
- Aí onde você se engana, respondi, os dois estavam em casa. Enquanto o seu compadre conversava comigo, o cachorrão dele se envolveu na conversa, atacando-me covardemente. E isto porque dizem que o cachorro é o maior amigo do homem, agora imagina se não o fosse...


Joboscan de Araújo

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

RELEMBRANDO UM POUCO O CARNAVAL DE 2011

Ainda bem que os componentes das Escolas de Samba Beija-Flor e Vai-Vai, respectivamente consagradas campeãs do carnaval de 2011 do Rio de Janeiro e São Paulo, não sairam fora dos trilhos, ou melhor, do compasso, do rítmo. Falo isto, porque as pessoas homenageadas com justiça, diga-se de passagem - Roberto Carlos e João Carlos Martins - fizeram, fazem e farão jus a todo o tipo de festa em seu louvor. Pois são pessoas ilibadas, protótipo de superação, coragem, dedicação, capacidade, carisma e muitas outras qualidades inquestionáveis. Sendo assim, as duas escolas citadas mereceram o título com garra, harmonia e brilho. Independente de qualquer deslize no desfile, as duas agremiações mereceram o título de campeãs, mesmo que fosse apenas no quesito MORAL. Mas a contagem dos pontos do julgamento dos jurados consumou, ratificou toda a expectativa de todo o trabalho.
Agora um assunto tem que ser abordado. As demais participantes da mesma festa carnavalesca de 2011 não devem ser menosprezadas, pois elas também fizeram um desfile impecável e fizeram por onde também merecer o mesmo título. Mas na concepção dos jurados, em um ou outro quesito, elas cometeram pequenas falhas, quer na alegoria ou evolução e algo mais. Em resumo, no geral, todas as escolas que participaram do carnaval desfilaram com garra e alegria, salvo pequenos imprevistos, o que nenhuma escola de samba estará isenta, principalmente envolvendo carros alegóricos gigantescos.
O certo é que, com a constante inovação em vários quesitos, após a passagem de cada agremiação, sempre quem sai ganhando, antecipadamente é tanto o grande público presente ao sambódromo quanto o que acompanha tudo pela televisão. Vale ressaltar que assistir um desfile de carnaval in loco, não resta a menor dúvida, será sempre inesquecível e imcomparável com o acompanhamento pela televisão, mesmo com uma situação climática não tão favorável. Pois neste caso, a chuva pode molhar a parte externa do corpo, em compensação o âmago de cada pessoa continua transbordando de euforia e emoção cada vez maiores.
E o próximo carnaval está se aproximando. Veremos o que as Escolas de Samba prometem trazer em todos os sambódromos das cidades brasileiras. Vamos aguardar!

João Bosco de Andrade Araújo

domingo, 8 de janeiro de 2012

REMINISCÊNCIA PATERNA

De vez em quando me pego envolto a algumas reminiscências familiares, principalmente qluando se trata de algo que serve de exemplo para os mais jovens, principalmente os meus filhos. Então, amiúde, lembro de algumas passagens da minha infância, onde tudo era mais difícil e diferente dos tempos hodiernos. Com o advento da informática, com suas inúmeras opões de entretenimentos, informações e relacionamentos, a vida flui de maneira bem mais fácil e cômoda até demais.
Só que o progresso em todos os sentidos tem seu lado positivo e negativo. Num ponto facilita a vida em geral das pessoas, exigindo mais rapidez de aprendizagem e por outro vai excluindo e deixando para trás todos aqueles que não se dispuserem a acompanhar o tal avanço da tecnologia. Pois a inércia, a preguiça, a ausência de objetivos e mais alguma coisa só corroboram para postergar a concretização dos ideais de todas as pessoas jovens.
Em meio a esta discrepância de atividades intelectuais, o meu pensamento volta diretamente ao trabalho árduo que o meu velho pai, que Deus o tenha, executava com responsabilidade e coragem para sustentar a nossa grande família. E foi quando acompanhei de perto o serviço do pedreiro (meu pai também o era) na reforma do meu apartamento, que repentinamente surgiu uma lembrança paterna. Pois o mesmo com uma perna torta, por motivo de um acidente de trabalho, sempre procurou honrar com a sua palavra e acima de tudo, responsabilidade.
Naquele tempo, na década de 60, lá na nossa pacata cidade, com pouco dinheiro em circulação, a nossa família tinha por hábito comprar fiado em alguma mercearia ou empório,mediante anotações numa caderneta e cujo pagamento era efetuado, aos poucos no final de cada mês ou antes, dependendo do serviço que o meu pai arrumava. E foi neste ínterim que me veio a lembrança de um fato que ocorreu com ele quando executava o serviço de uma calçada no empório onde, por conincidência o meu pai tinha dívida. Combinou o preço e antes de mais nada o formato, o estilo da obra e começou a trabalhar com afinco. Então, diarimente, eu ia levar o almoço ao meu velho pai, evitando o transtorno de descer e subir ladeiras em pleno sol do meio dia.
E quando estava no término do serviço, por sinal no último dia, presenciei uma cena que jamais esquecerei. Vi o dono do empório chegar para averiguar o serviço e foi logo falando alto e com empáfia de uma pessoa ignorante:
-"Seu Manuel, não quero esta calçada desse jeito, não. Pode desmanchar esta parte aqui e fazer novamente!"
Enquanto ele falava, o meu pai só ouvia calado e quando o dono ia saindo, achando que a sua ridícula ordem ira ser obedecia, ficou boquiaberto com a resposta do velho pedreiro:
-"Olha aqui, seu Gomes, fique sabendo que aqui não tem nenhum moleque não. Nunca desmanchei e jamais vou desmanchar um serviço meu. O senhor quer uma calçada diferente? Pois contrate outro pedreiro. Quanto o meu serviço, pode descontar na minha dívida e ponto final e durma em paz, se for capaz!"
Em seguida pegou no meu braço e voltamos para a nossa casa. E no caminho, de vez em quando, murmurava um solilóquio mais ou menos assim: "Tá pensando o quê! Eu sei o que faço e tenho responsabilidade! Não sou moleque para ninguém me chamar a atenção!"

Valeu, meu velho pai!


João Bosco de Andrade Araújo