quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

MENTIRAS INOFENSIV AS & PARADOXOS CORRIQUEIROS - XIV

“LAMENTAMOS INFORMAR, MAS O NOSSO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

ESTÁ COMPLETO!”.


Quem dera, se todas as vezes que uma Gerência de Recursos Humanos usasse uma evasiva desse teor fosse verdade! Pois ela não passa de uma mentira inofensiva, mas por outro lado pode ocultar certa discriminação seja qual for o motivo, o que nunca deveria acontecer, mas, lamentavelmente ocorre em vários setores da sociedade atual.
Uma pessoa, por exemplo, é aprovada com louvor no teste de digitação e outras provas de avaliação do QI, após a famigerada entrevista, mesmo não cometendo alguma gafe ou deslize verbal, sai daquele local com quase certeza de ter conseguido um bom emprego. Ledo engano! Pois, a pessoa responsável pela entrevista não perdoou detalhes insignificantes como, por exemplo, um pequeno defeito físico, um peso aquém ou além do normal etc. Quando então o (a) candidato (a) liga, posteriormente, para saber o resultado final, a resposta é sucinta e definitiva: “Lamentamos informar, mas o nosso quadro de funcionários já está completo!”.
Oh, malfadada entrevista! Que se se voltar no tempo poderia até ser comparada a um pequeno tribunal da inquisição romana! Fazer o quê? Os tempos são outros, mas os métodos continuam os mesmos, lamentavelmente!.



“ESSE É UM CASO ISOLADO!”.


Mais do que nunca, sempre quando ocorre alguma tragédia, atos de vandalismo, maracutaias, assassinatos etc., a frase que é sempre proferida como subterfúgio para amenizar o triste e lamentável episódio é: “Pense bem, esse foi ou é um caso isolado!”.
É verdade que cada caso tem sempre proporções diferentes com as suas respectivas causas infundadas, obscuras e repletas de balelas. Agora, quer se desculpar, alegando que aquilo que ocorreu foi algo isolado como se jogasse “panos quentes” na situação, chega a ser uma declaração vexatória e contraproducente. Exemplos mais recentes:
a) Acidente com o avião da GOL quando mais de 100 pessoas morreram;
b) Desabamento no túnel da construção de uma Estação do Metrô em Pinheiros, São Paulo;
c) Tragédia com um avião da TAM no momento da aterrissagem, em no aeroporto de Congonhas - São Paulo, quando quase 200 pessoas perderam a vida;
d) Roubo, saqueamento nas doações dos brasileiros às vítimas das enchentes em Santa Catarina.

E assim sucessivamente! Como bem costuma frisar um renomado apresentador de telejornal: “ISSO É UMA VERGONHA!”.

João Bosco de Andrade Araújo

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

POR TRÁS DO NOME

MICROSOFT = (Microcomputer Software) = [ Programa de Computador]

SAMSUNG = (SAM=três+SUNG=estrelas).

LG = (Luck+Goldstar)= [Estrela dourada da sorte]

MOTOROLA = (Motor + ola)= [Movimento+som - de vitrola)= Som em Mo-
vimento.

HP = (Hewlett-Packard) = [Bill Hewlett+ David Packard].

ORKUT = (Orkut Büyükkokten)

GOOGLE = (Googol= [Trocadilho com a expressão matemática que designa
o número representado por 1 seguido cem zeros].

YAHOO = (Yet another hierarchical Officious Oracle) = [Forma alternativa
va de classificar a hierarquia dos dados].



(FONTE: Caderno de Informática do Jornal Folha de

São Paulo) 24/12/2008.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

DEBOCHE INFELIZ

Um dia desses vi uma cena que me decepcionou bastante. Passei por uma pessoa deficiente física, a qual andava com muita dificuldade. Porém, fazia isso sozinha, diga-se de passagem. Não lamentei nada e muito menos poderia fazer qualquer comentário sobre esse fato ou também ficar com dó dela. Afinal, se ela nasceu com aquele problema ou aconteceu posteriormente devido algum AVC (Acidente Vascular Cerebral), só mesmo Deus para lhe dar forças e pensamento positivo para enfrentar possíveis vicissitudes e dificuldades de locomoção.
O modo como ela andava, não resta dúvida, chamava a atenção de qualquer um. Contudo, repito, o que me decepcionou não foi esse fato em si - um rapaz andando todo desengonçado e com dificuldade por causa de um defeito físico - mas, a reação imatura de uma mulher que se encontrava numa roda de amigas, conversando alegremente e, ao presenciar aquela cena, não titubeou. Mudou o assunto repentinamente e, talvez, querendo fazer graça, começou a imitar o rapaz deficiente.
Sinceramente, não vi nenhuma graça naquela cena grotesca, o que foi pior, não achei nada interessante nisso, principalmente quando percebi que o estado daquela mulher zombeteira, vazia era, por sua vez, “interessante”, ou seja, estava grávida. Pergunta-se: será que ela se esqueceu desse feto, quero dizer, desse fato? Atitudes impensadas são próprias de crianças levadas por isso, algumas vezes, perdoadas. Mas, partindo de uma pessoa adulta, a situação torna-se um fato lamentável. Portanto, foi um DEBOCHE INFELIZ daquela senhora que perdeu uma grande chance de ficar quieta e calada!.


João Bosco de Andrade Araújo.

domingo, 28 de dezembro de 2008

ASSEMBLÉIS NA CARPINTARIA

Contam que numa carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças.
O MARTELO exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O MARTELO aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o PARAFUSO, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o PARAFUSO concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da LIXA. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais “colegas”, entrando sempre em atritos. A LIXA acatou com a condição de que expulsasse o METRO, que sempre media os outros, segundo a sua medida, como se fosse o único perfeito.
Neste momento entrou o carpinteiro, juntou o material e todas as ferramentas e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente a rústica madeira se transformou num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão. Foi então o SERROTE quem tomou a palavra e disse:
-“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremos-nos em nossos pontos fortes”.
A assembléia entendeu que o MARTELO era forte, o PARAFUSO unia e dava força, a LIXA era especial para limpara e afinar asperezas e o METRO era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalharem juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se negativa. Ao contrário, quando se busca com sinceridade pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidade, isso é pra os sábios.



Autoria desconhecida por mim, João Bosco de Andrade Araújo.

sábado, 27 de dezembro de 2008

ANIMAIS, AVES E RÉPTEIS INVADEM A LINGUA PORTUGUESA - III -

BOI LERDO SÓ BEBE ÁGUA SUJA


Uma pessoa preguiçosa, sem iniciativa, indecisa que fica adiando, postergando as coisas, os compromissos, por exemplo, procurar um emprego, assinar um contrato de negócio, participar de uma festa etc., quase sempre se decepciona com alguma frustração por causa dessa atitude tardia. Pois, assim como um animal preguiçoso que ao chegar ao bebedouro e só encontra água suja, lodo, lama, uma pessoa desse tipo, não realiza seus objetivos de forma satisfatória.


O OLHAR DO DONO É QUE ENGORDA O BOI.


Esse adágio popular é referente, em primeiro lugar, aos negócios, isto é, comércio e micro-empresas. Ao pé da letra é como se falasse assim: “Se o dono não toma conta, não cuida, não zela pelo que é seu quem vai fazê-lo?” Portanto, assim como numa fazenda, o dono de qualquer negócio ou comércio tem que assumir de perto as decisões se não quiser vê-lo ir à bancarrota, à falência. Quem faz parte desse time, olho vivo no que é seu. Afinal, cuidado e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém, segundo o adágio popular.


ALGUÉM PARA SERVIR DE BODE EXPIATÓRIO.


Na sociedade em que vivemos sempre surgem circunstâncias atípicas em que, para salvar a pele, ou melhor, inocentar alguém que assume um cargo importante numa determinada empresa ou na sociedade em geral, procura-se outra pessoa para assumir a culpa de um erro, um crime, um furto e denominamos essa atitude de encontrar alguém para SERVIR DE BODE EXPIATÓRIO para tal circunstância. Não é por menos que a palavra, o substantivo bode, significa, além de outras coisa, encrenca!.


SER CABEÇA DE BAGRE


No nosso dia a dia, infelizmente, há várias maneiras de menosprezar uma pessoa. E uma delas é chamá-la, por causa de sua incompetência, de CABEÇA DE BAGRE. Expressão essa usa em várias circunstâncias no convívio da nossa sociedade atual. Obviamente, ninguém gostará de ser chamado assim. Isso serve para ambos os sexos. Apesar de BAGRE se referir a um peixe.


FICAR IGUAL A UMA BARATA TONTA.


Essa expressão pode ser usada para ambos os sexos, quando um dos dois, em determinada ocasião, por motivos óbvios, lógicos, fica desarvorado, perdido, atônito, desorientado. Quem já teve a oportunidade de presenciar um inseto desse tipo após ser castigado por um jato de veneno, entenderá facilmente do que estou falando. Quem nunca viu, sinceramente, não está perdendo nada com isso...



João Bosco de Andrade Araújo

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

NANOCIÊNCIA

O que é isso? É o estudo e as aplicações tecnológicas de objetos e dispositivos que tenham ao menos uma de suas dimensões físicas da ordem de algumas dezenas de nanômetros. NANO (do grego: anão) é o prefixo usado para designar uma parte em um bilhão, assim, um nanômetro corresponde a um bilionésimo de um metro. Para termos uma idéia de tamanho, um fio de cabelo é 100 mil vezes mais que um nanômetro. Nano, portanto, é uma medida. O objetivo da nanotecnologia é criar novas matérias e desenvolver novos produtos e processos baseados na capacidade de manipular átomos e moléculas. A manipulação no nível molecular pode modificar a matéria e transformar a vida no nosso planeta. Ousadia científica tem que andar junta com sabedoria ética.

PE Leo Pessini, Camiliano.


(Coletada da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus do dia 12/11/08)

João Bosco de Andrade Araújo

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

DIFERENÇAS INUSITADAS

1 - A diferença entre uma carne moída que eles chamam de PRIMEIRA e de SEGUNDA não está em hipótese alguma na qualidade, sabor, preço etc. E sim, apenas na consciência do funcionário do açougue. Aquelas porções de carnes moídas em recipientes diferentes, separados apenas por duas placas onde está escrito PIRMEIRA e SEGUNDA não quer dizer nada. Afinal, de “de longe, todas as montanhas são azuis!”.

2 - A diferença entre um SONHO DE VALSA e uma COXINHA vendida em bares e lanchonetes à beira de estrada é que o primeiro você DESEMBRULHA come, tudo bem, enquanto a COXINHA você come e logo em seguida ela EMBRULHA o seu estômago, tudo mal!


3 - A diferença entre um açougueiro e a manicure é que o primeiro atende a freguesa dando-lhe o bife que ela pediu, enquanto a funcionária do salão de beleza faz quase o mesmo, atende a freguesa, só que lhe tira o bife, quando esta menos esperava. Mas, é isso mesmo, são ossos do ofício, para não dizer, pele ou algo parecido!...

4 - A diferença entre as famílias felizes e infelizes é que: “todas as famílias felizes são parecidas entre si”. “As infelizes o são cada uma a sua maneira!”. Essa concepção é do renomado escritor russo Tolstoi quando escreveu no primeiro parágrafo do romance ANA KARENINA.


João Bosco de Andrade Araújo

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

SEJA SEMPRE VOCÊ

Não espere um sorriso para ser gentil. Não espere ser amado para amar. Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está ao seu lado. Não espere ficar de luto, para reconhecer quem hoje é importante para você. Não espere a queda para lembrar-se do conselho. Não espere a enfermidade para reconhecer quão frágil é a vida. Não espere ter dinheiro aos montes para então contribuir. Não espere por pessoas perfeitas, para então se apaixonar. Não espere a separação pra buscar a reconciliação. Não espere elogios para acreditar em si mesmo. Não espera a dor para acreditar em oração. Não espere o dia de sua morte sem antes amar a vida!

SEJA SEMPRE VOCÊ, AUTÊNTICO e ÚNICO!


(Autoria desconhecida por mim, João Bosco de Andrade Araújo).

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

BURRO? NEM TANTO!!!!

Na língua portuguesa aplica-se no sentido pejorativo a palavra burro à pessoa que tem dificuldade para usar o bom senso na concepção dos fatos e das coisas. Acontece que, contrariando isso, encontrei uma reminiscência dos anos 50: numa página de um livro havia uma figura inesquecível que sintetizava o discernimento englobando a UNIÃO.
Tentarei transcrevê-la e espero atingir o objetivo. Pois com as figuras dos animais envolvidos seria muito mais fácil. Mas, vou tentar:
- Em um ambiente rural dois burros estão com uma corda amarrada nos respectivos pescoços. Ela mede apenas 4 metros. No mesmo local, em lados opostos, há dois feixes de capim distantes 6 metros. Os animais famintos tentam se aproximar cada um do seu alimento, mas a única corda prendendo os dois, com tamanho insuficiente, impede que eles atinjam o objetivo, ou seja, cada um devorar seu respectivo monte de capim.
Primeira figura: mostra cada um tentando inutilmente se aproximar do alimento.
Segunda figura: os burros voltam ao centro e há um sinal de interrogação entre os dois, como se estivesse tentando resolver um problema e perguntassem: “E agora, o que vamos fazer?”.
Na terceira figura parece que os dois entraram num acordo, pois mostra ambos devorando primeiro um feixe de capim.
Na quarta figura, automaticamente, eles já estão comendo o segundo monte de capim, tranqüilamente.
Resumindo: Diante de um problema aparentemente difícil de resolver, até os animais irracionais, instintivamente ou não, chegam a uma conclusão favorável, adequada, lógica, sempre após usar o “diálogo e bom senso”.

“NÃO DIGAS AO MUNDO O QUE ÉS CAPAZ, DEMONTRE-O!”.

João Bosco de Andrade Araújo



x.x.x.x.xx.x.x.x..x.x.xx.x.x.


APRENDA A CONVIVER


Marta e Beatriz, duas irmãs viúvas, moravam na mesma casa. Marta era uma dessas pessoas que reclamam o tempo todo. Beatriz, entretanto, escutava a irmã serenamente, sem nada retrucar. Dia após dia era a mesma situação: Marta reclamava, e Beatriz escutava em silêncio... Um dia receberam a visita de uma amiga que ficou indignada depois de presenciar tanta murmuração. E ela perguntou para Beatriz como conseguia agüentar aquela convivência com Marta sempre a reclamar. Beatriz respondeu: “Eu não ligo, não é comigo mesmo!” Só havia as duas naquela casa, mas Beatriz não tomava para si a reclamação da irmã, pois, sabendo que ela estava sempre de mal com a vida, todas as suas reclamações só podiam ser dirigidas para si mesma.


(Autoria desconhecida por mim)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

CONFESSO QUE EU LI - II


LIVRO: VIDAS SECAS
AUTOR: GRACILIANO RAMOS


No campo da bibliofilia, no momento em que uma pessoa pega um livro para ler, ela deverá ter ao seu alcance um dicionário ou um lenço. Pois dependendo do teor do volume em mãos, ambos terão alguma utilidade, respectivamente.
Quanto ao famoso VIDAS SECAS, pela maneira fácil que o insigne GRACILIANO RAMOS descreve a fatigante saga da família do sertanejo FABIANO, automaticamente o dicionário estará dispensado. Quanto ao lenço, sua utilidade vai depender da sensibilidade e estado de espírito de quem tiver a oportunidade de ler essa obra-prima da literatura brasileira.
O sofrimento de uma humildade família pobre e injustiçada pelos homens e intempéries da vida é retratado de maneira magistral por esse renomado escritor regionalista. A sua leitura fácil, embora triste, prende o (a) leitor (a) da primeira à última página, se possível, de um só fôlego. Os detalhes da história envolvendo Baleia, a cadela de estimação são momentos cruciais. Assim como também a calúnia e injustiças sofridas por Fabiano, homem de fibra, o qual parece que só teve uma grande sorte na sua vida: ter a sinhá Vitória como companheira resignada, sempre preocupada com o futuro dos seus dois filhos, por sua vez, levando a vida sem nenhuma perspectiva, mas como toda a família, movidos somente pela fé em Deus.
Vale a pena ler! CONFESSO QUE EU LI!


João Bosco de Andrade Araújo.

domingo, 21 de dezembro de 2008

A RATOEIRA

Um rato, olhando pelo buraco na parede vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo que tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma RATOEIRA ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda, advertindo a todos:
-“Há uma RATOEIRA na casa!!”. “Há uma RATOEIRA aqui!”.
A galinha, ao ouvir isto, disse:
-“Desculpe-me, meu amigo rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, aliás, não me incomoda nem um pouco!”.
O rato foi até ao porco e lhe transmitiu o mesmo aviso.
-“Desculpe-me, senhor rato - disse o porco - mas não há nada que eu possa fazer a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces!”.
O rato então se dirigiu à vaca, falando sempre sobre a presença da RATOEIRA.
- “O quê, senhor rato? Uma RATOEIRA? Por acaso estou em perigo? Acho que não! Sinto muito!”.
Então o rato voltou para a sua toca, cabisbaixo e abatido para encarar a famigerada e temível RATOEIRA do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma RATOEIRA pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver que havia acontecido. No escuro, ela não percebeu que a RATOEIRA prendera a cauda de uma cobra venenosa... E esta, traiçoeiramente, picou a mulher. O fazendeiro, muito angustiado a levou imediatamente ao hospital. Logo depois ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém assim nada melhor que uma canja de galinha.
Em seguida, o fazendeiro não pensou duas vezes, pegou o seu facão e foi providenciar o ingrediente principal: matou a galinha. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentar tanta gente, o que fez o dono da casa? Matou imediatamente o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. Mais uma vez o fazendeiro não teve dúvida alguma. Para alimentar várias pessoas, matou a vaca.
MORAL DA HISTÓRIA: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o mesmo não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma RATOEIRA na casa, toda a fazenda corre o risco. O problema de um é problema de todos!!!!
Coletada e adaptada por João Bosco de Andrade Araújo

sábado, 20 de dezembro de 2008

DA DIMINUIÇÃO DAS INVENÇÕES MODERNAS

O progresso está aí a olhos vistos. Em quase todos os setores, os campos da atividade humana ele se infiltra rapidamente. E o que nos chama a atenção é o tamanho dos objetos que foram criados e agora, modificados, reformulados em tamanhos, espessuras, modelos cada vez menores. Salvo raríssimas exceções. Senão vejamos:

1 - COMPUTADOR.

Já imaginou fazer uma insólita comparação dos Pcs hodiernos com os de algumas décadas atrás? Simplesmente inimaginável. Em alguns exemplos, até o nome mudou. A velocidade do processador, memória e opção de acesso são fatos sem precedentes. Quanto o design, cada dia que passa mais sofisticado do que nunca, é simplesmente impressionante. Se um computador antigo tivesse o dom de se expressar algo, falaria no mínimo: “Me esconde, me esconde!”. Par não dizer outra coisa.

2 - TELEFONE.

Mais um aparelho que sofreu e sofre uma grande metamorfose em todos os sentidos. A começar pelo telefone sem fio de linha fixa. Em seguida, o seu eterno concorrente que virou uma febre mundial: o celular. Este minúsculo aparelho então é o que mais passou e passa por reformulações. Diariamente o grande público consumidor fica até em dúvida qual adquire. A variedade é simplesmente estonteante.

3 - RELÓGIOS, ÓCULOS, MÁQUINA FOTOGRÁFICA etc.

Todos esses objetos do desejo também passaram e passam por infinitas atualizações, visando sempre à facilidade de um bom uso e apresentando mais conforto e opções variadas. Por exemplo, no caso dos óculos: naqueles tempos quem tinha deficiência na visão para perto e longe tinha que usar dois óculos. Atualmente, um bifocal resolve de uma vez. A máquina fotográfica digital então, dispensando aquele manuseio de filmes, pilhas, flash etc. Adeus demora em ver e admirar seus registros fotográficos...

4 - CAIXAS ACÚSTICAS.

Com design minimalista, medindo 4,3 cm de diâmetro, o que equivale uma bola de golfe, cuja potência chega atingir 450 WRMS é algo fantástico e impressionante. Se os melhores perfumes, como se costuma dizer estão nos pequenos frascos, tal expressão poderá se estender também à qualidade de um bom som, levando em consideração o minúsculo tamanho de certas caixas acústicas....


5 - DISCOS.

Antes para se ouvir qualquer música, desde a clássica à sertaneja, usava-se um bolachão de vinil, cujo som ficaria prejudicado tão logo o famigerado LP (Long-Play) apresentasse alguns riscos ou manchas. Com o som atualmente bem mais genuíno dos CDs (Compact-Disc) só quem terá alguma saudade do disco de vinil são alguns raríssimos colecionadores.


João Bosco de Andrade Araújo

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

CONCEPÇÕES DIVERSAS e ALEATÓRIAS - II -

*Todo início de ANO NOVO é sempre a mesma ladainha! São aqueles mesmos votos de felicidades, paz e saúde que são formulados em todos os lares do mundo inteiro. Isso sem falar nos planos simples e mirabolantes que são formulados por inúmeras pessoas, independente da raça, credo e política. Depois que a rotina começa tudo então volta ao normal, inclusive o estômago massacrado com vários tipos de comida, bebida e guloseimas. Qualquer atitude para modificar esse tipo de comemoração, será inútil!!
X.x.x.x.x.x.x.x.

* Algumas vezes, por causa de uma palavra, o sentido de uma frase ou expressão pode ficar completamente diferente. Senão vejamos esse exemplo: Quando alguém diz: “Este é meu filho!” - simplesmente estará identificando, apresentando uma pessoa. Agora quando profere com empáfia a seguinte frase: “Esse filho é meu!” - automaticamente, neste caso registra um sentido de posse, literalmente. No entanto, como todos sabemos, ninguém é propriedade de ninguém!

X.x.x.x.x.x.x.x.x.


* Tudo na vida tem que acontecer normalmente. Isto é, tudo dever ter o seu tempo certo, conforme está bem registrado no GRANDE LIVRO DA VIDA. Não adiante querermos antecipar os fatos e muito nos preocupar com as coisas que poderão nos acontecer. Portanto, chega ser uma temeridade forçar, por exemplo, um sentimento, um namoro, uma amizade, um casamento. É como se colher uma fruta ante dela amadurecer “in loco”. Pois ela poderá travar na boca por ficar azeda, uma vez que não amadureceu no tempo e local certos!

X.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.xx.


* Criticar, reclamar isto todo mundo faz. É próprio do ser humano. Agora o que é inadmissível é aceitar, acatar críticas e reclamações sem nenhum fundamento, sem nenhuma lógica. A crítica construtiva é sempre louvável e bem aceita e acima de tudo desenvolve o ser humano. O que é necessário é ter um bom discernimento quanto ao seu conteúdo. Ofender-se com qualquer coisa é próprio de pessoa imatura. Sabemos que “quem tudo se ofende e ofende aos outros, não serve para viver em sociedade!”.


X.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x



*Quem dera não julgássemos ninguém neste mundo, principalmente, baseando-se só pela aparência. Sabendo-se que, “o essencial é invisível para os olhos”, como escreveu o egrégio Antoine de Saint-Exupèry em O PEQUENO PRÍNCIPE, toda pessoa trás no seu âmago um tesouro que até ela própria desconhece. Desprezar, zombar então, jamais. Devemos sim, aceitar cada pessoa com os seus defeitos e qualidades. Não é assim tão difícil. É só procurarmos ser condescendentes, usando o bom senso e o amor ao próximo.


João Bosco de Andrade Araújo

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

DEFINIÇÕES INSÓLITAS - II -

1 - COMPUTADOR: máquina moderna com infinitas opções de lazer,
trabalho, comunicação. Não morde, não xinga, não fere. Mas,
quem não souber usá-lo com responsabilidade e na medida
correta, poderá sair-se mal.

2 - FILA: Aglomeração de pessoa, uma atrás da outra, onde sempre surge,
repentinamente, alguém metido a esperto e localiza um conhecido,
vizinho, colega lá na frente e, fingindo perguntar algo, fica; para
não dizer “fila” uma vaga, com perdão do trocadilho!


3 - ESCADA ROLANTE: É aquela modalidade de transporte que leva, automatica-
mente as pessoas de um pavimento ao outro, ora subindo,
ora descendo e quando lotada, alguém não fumante terá que
agüentar a fumaça que um tabagista sem consciência solta
bem na sua frente!.


4 - CELULAR: É aquele aparelho bem pequeno capaz de transmitir uma grande
mentira. Por exemplo, quem o estiver usando poderá falar com todas
as letras que está em um determinado lugar, quando na realidade se
encontra em outro completamente diferente! E quem estiver do outro
lado da linha não terá como não acreditar!.

5 - CD PIRATA - É aquele disco que se paga barato no camelô, põe no aparelho e
não roda...neste caso, quem roda é o consumidor, que volta para
trocar e leva outro com o mesmo defeito. Resultado: termina dan-
çando...sem música, diga-se de passagem!

6 - SALEIRO: É aquele pequeno recipiente com tampa repleta de furinhos, cujo
sal que às vezes está no seu interior resiste em sair, geralmente
encontrado em restaurante, lanchonete, bar. Não se irrite, esse
pequeno objeto já está com os dias contados!...

7 - RIFA: É aquela famigerada “AÇÃO ENTRE AMIGOS” que quase não se sabe,
depois que se paga, quem ganha o prêmio estipulado. Por que será que
na maioria das vezes, a pessoa (ir)responsável por esse tipo de arrecada-
ção monetária costuma falar assim: “Deu justamente um número que nin-
guém assinou!”. E agora, dá pra confiar?


João Bosco de Andrade Araújo

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

OS EXCLUÍDOS DA SOCIEDADE

Se se observar atentamente, notar-se-á com facilidade que em todo bairro de uma metrópole brasileira ou não, sempre haverá uma ou mais pessoas totalmente excluídas da sociedade, apresentando algum problema psíquico, mental ou por extrema alienação social mesmo. Em outras palavras: em quase toda região geralmente tem um “doido” inofensivo, vivendo por viver, ou o que é pior, vegetando sem nenhuma perspectiva de uma vida melhor, sem ideal, responsabilidade. A maioria das pessoas desconhece o vínculo familiar de um elemento assim, que vive para cima e para baixo, dependendo de favores de terceiros e acima de tudo, até sofrendo certo desprezo da sociedade em geral. Dançam conforme a música. Como todo mundo, cada um tem a sua pequena história. A vida particular de cada um é algo totalmente enigmático, onde ninguém consegue descobrir o fio da meada. Só Deus sabe!...
O excluído do bairro onde moro, por exemplo, é sem dúvida uma pessoa bem exótica. O seu apelido é até pomposo: é chamado por todos de “Roberto Carlos”. Não é necessário dizer do seu olhar orgulhoso e feliz alguém o chama em voz alta com a alcunha do rei da jovem guarda dos anos 60. Esse senhor em questão, cujo nome verdadeiro ninguém sabe, puxando o seu carrinho de feira, aliás, vários destes interligados, repletos de latinhas amassadas, litros de plásticos, sem acompanhado do seu inseparável escudeiro, um velho cachorro vira-lata, diariamente lá vai ele todo contente da vida pelas ruas do nosso bairro, coletando o seu ganha-pão. É importante frisar que, de um modo geral as pessoas gostam dele, principalmente as crianças. Parece que nada o deixa aborrecido. Aparenta sempre contente, estado esse provocado talvez pela sua alienação. Faça sol, faça chuva, lá vai o excluído “Roberto Carlos” do meu bairro, levando a vida do jeito que Deus quer. E ele também, por que não?

João Bosco de Andrade Araújo

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS - XII-

“VOCÊ SABE COM ESTÁ FALANDO?”.


Quando esta insolente pergunta é feita durante uma conversa ao telefone não tem nada de paradoxal. Pelo contrário é repleta de pura lógica. Todavia, quando é feita pessoalmente, ou seja, durante um “tête-à-tête” aí sim, terá um sentido de humilhação, onde o seu autor deseja insinuar um ar autoritário. Só que será importante deixar bem claro que esta controvertida pergunta é feita tanto pelos homens como também pelas mulheres. Nas duas circunstâncias, o sentido pejorativo ou não será sempre o mesmo. Do alto de um pedestal de areia, algumas pessoas se iludem, achando que são melhores do que as outras. O que será um grande equívoco. Pois, todos nós sabemos que, ninguém é melhor do que ninguém.


“VAI LEVAR NOSSO “ÚLTIMO” BOLÃO?”.


Dependendo da casa lotérica, esta fatídica pergunta é sempre feita a qualquer pessoa durante o seu atendimento. Quem não for um (a) cliente assíduo (a) pode até acreditar nesta “mentira inofensiva” e termina comprando o tal bolão de alguma loteria acumulada ou não. Pensando bem, este tipo de aposta coletiva - denominada bolão - não tem nada de irregular desde que preencha os requisitos pré-determinados e tenha, acima de tudo, uma pessoa idônea, responsável por esse tipo de serviço de atendimento ao público. Porém, essa modalidade de incentivo à aposta não é nenhuma invenção moderna. No tempo daqueles vendedores de bilhetes de loteria que ficavam andando de um lado para o outro, eles já usavam um artifício, um subterfúgio para agilizar a sua vendagem: mostravam uma fração qualquer como fosse a “última”. E logo que o comprador dobrava a esquina, tirava outra do mesmo bilhete da sua surrada algibeira e continuava apregoando: “Olha a última fração para hoje!”. “É a última chance de ficar rico!”. “Quem não arrisca, não petisca e nem belisca!”. “Aproveitem!”. E assim, sucessivamente. A diferença para os tempos hodiernos é simplesmente que não precisa mais gastar tanta saliva e suar tanto perambulando pelas ruas e avenidas!


João Bosco de Andrade Araújo

domingo, 14 de dezembro de 2008

O VASO DE PORCELANA

Certo dia, num mosteiro, após a morte do guardião, foi preciso encontrar um substituto. O Mestre convocou todos os discípulos para escolher entre eles quem seria a nova sentinela. Em seguida, explicou as regras: “Assumirá o posto o primeiro que resolver o problema que vou expor”. Então apontou para uma mesinha no centro da sala. Havia sobre ela um lindo VASO DE PORCELANA muito raro com uma rosa amarela de extraordinária beleza. O Mestre comunicou: “AQUI ESTÁ O PROBLEMA!”.
Todos ficaram olhando o vaso belíssimo de valor inestimável e a maravilhosa flor dentro dele. O que representaria? O que fazer? Qual o enigma? Nesse ínterim, um dos discípulos sacou a espada, olhou para o Mestre, para os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e. zupt... Destruiu tudo com um só golpe certeiro e implacável. Assim que ele retornou ao seu lugar, o Mestre imediatamente comunicou em tom irreversível: “Você será o novo Guardião do Mosteiro!”.
Os longos anos de prática tinham ensinado aqueles monges a refletir. O Mestre estava certo. O discípulo destruíra o vaso e a flor também, concomitantemente. Portanto, não importa qual seja o problema. Mesmo que ele seja algo lindíssimo. Se for um problema tem que ser eliminado. Um problema é um problema em qualquer lugar, em qualquer ocasião. Mesmo que se trata de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou. Por mais lindo que seja ou tenha sido, se não existir mais sentido para ele em nossa vida, tem que ser suprimido. Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso das coisas que foram importantes, mas hoje ocupam um espaço inútil nos corações e mentes. Espaço este indispensável para recriar a vida. Existe um provérbio que diz: “Para beber vinho numa taça cheia de chá é necessário jogar o chá fora para, em seguida, beber o vinho!”.

(Coletado e adaptado por João Bosco de Andrade Araújo)

sábado, 13 de dezembro de 2008

PEQUENO DESAFIO LITERÁRIO - II-

Este segundo DESAFIO LITERÁRIO tem como objetivo principal testar um pouco a memória de algumas pessoas e ao mesmo tempo oferecer um LIVRO-SURPRESA a quem acertar os autores das 10 frases que ficaram na história, a seguir. Por favor, para receber o brinde é imprescindível enviar o endereço completo para:

joboscan50@yahoo.com.br

1 - “Preparai-vos, pais de família, que o Don Juan vai sair!”.

2- “Tudo está consumado!”.

3- “Eu tenho um sonho!”.

4- “Penso, logo existo!”.

5-“A vida não se resume em festivais!”.

6-“O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”.

7- “Navegar é preciso, viver não é preciso!”.

8- “Até tu, Brutus?”.

9- “Enquanto alguns choram, eu vendo lenços!”.

10-“Última flor do Lácio inculta e bela!”.


Boa sorte!

Organizado por João Bosco de Andrade Araújo

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A VIDA DO HOMEM

“Deus deu só 30 anos ao homem quando o Criou”. Mas profetizou-lhe boas coisas: “Serás o senhor da Terra e o animal superior”. O homem ouviu calado. Já ao burro deu 50 anos. No destino do muar não havia dúvidas sobre os trabalhos e os sofrimentos que o esperavam: “Vais viver como escravo do homem conduzi-lo e também os fardos que te puser às costas!” O burro ficou inconformado: “Escravidão, cargas, privações e viver 50 anos!”. É muito, Senhor, bastam-me 30. Deus não lhe deu ouvidos e criou o cão e disse: “Viverás 30 anos: sofrerás açoites e terás de lamber a mão daquele que te castiga!”. O cachorro não gostando muito, resmungou: “vigiar dia e noite, ser açoitado, padecer fome e viver 30 anos!”. ”Não, Senhor, quero só 10!”. O Senhor também nem ligou para a sua reclamação. E continuou a criação e fez o macaco: ”Teu ofício é alegrar o homem, arremedando-o, fazendo careta para dissipar-lhe a tristeza: viverás 50 anos!”. Também o macaco quis viver menos: “Senhor, é muito tempo para mim! Basta-me viver 30 anos!”.
O homem até então calado pede a palavra: “Senhor, 20 anos que o burro não quis 20 que o cão enjeitou; 20 que o macaco recusou, dai-me, pois só 30 anos é pouco para o rei dos animais!”. O Senhor pensou um pouco e concordou sob sinistras condições: “Toma-os: viverás 90 anos, mas com uma condição: Cumprirá não só o teu destino, mas também o do burro, o do cão e do macaco!”.
Conclui o narrador que assim vive o homem: até os 30, tudo vai bem. Vive como homem, de acordo com o planejamento do Criador. Mas quando começa a viver a cota dos animais, a coisa fica preta. Dos 30 aos 50 tem família e trabalha duro pra sustentá-la: é burro. Dos 50 aos 70, vive como sentinela da família, defendendo-a, mas sem poder impor sua vontade, tem obrigações: é cão. Dos 70 aos 90, o que ia mal fica pior: sem forças, curvo trôpego, enrugado, vegeta a canto, inútil, ridículo. Faz rir com sua gula, sua caduquice. Sabe que não o tomam a sério, mas resigna-se e tem gosto em ser palhaço das crianças: é macaco!”
Francisco Xavier Ferreira Marques
(Fonte: Revista CARAS Edição 470 - 8/11/02)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

ANIMAIS, AVES E RÉPTEIS INVADEM A LINGUA PORTUGUESA - II -

“PENSAR NA MORTE DA BEZERRA”.

Expressão usada geralmente quando alguém está com um olhar pensativo, perdido no espaço, mas não, necessariamente triste, macambúzio. Depende também muito do local onde a pessoa se encontra assim pensativa. Por exemplo, se ela estiver num Templo Sagrado não faz muito sentido usar a referida expressão. Pois num ambiente e circunstância assim, ela deverá estar orando, meditando! Portanto, tem motivos para agir assim...


“ CHORAR COMO UM BEZERRO DESMAMADO!”.

Chorar todo mundo o faz, mas dentro do normal, isto é, sem exageros e extravagâncias. Pensando bem, em certas circunstâncias, isso chega a ser até emocionante, principalmente quando se tem motivo para agir assim. Por outro lado, quando o choro é repleto de alarido, costuma-se dizer que a pessoa chora como um bezerro desmamado. E o tempo para consolar alguém nesse estado é mais longo, demorado, não resta a menor dúvida...


“QUEM FAZ FORÇA É O BOI, MAS QUEM GEME É O CARRO!”


Nos tempos antigos, nas fazendas principalmente, o meio de transporte mais usado era o carro de boi, também conhecido como carroça, puxada por um ou dois bois. Era utilizado para transportar cana-de-açúcar, capim, frutas etc. Como as rodas eram de madeira à proporção que giravam faziam um barulho como se fosse um gemido humano. Então, o significado dessa expressão sintetiza que um fato nem sempre corresponde intrinsecamente na sua origem, mas na sua conseqüência. Esse adágio popular é o contrário do outro que reza assim: “Periquito come milho e papagaio leva a fama!”.

DAR NOME AOS BOIS

Quando ocorre uma denúncia, por exemplo, costuma-se usar essa expressão de uso popular para exigir que o nome das pessoas denunciadas venha à tona, isto é, seja conhecido do público ou das pessoas interessadas e envolvidas no respectivo caso. Falar que alguém fez isso ou aquilo é muito cômodo, muito fácil. Agora citar o nome do (a) infrator (a) são outros quinhentos, ou seja, outra coisa bem diferente. E salve-se quem puder!


x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.


O ENIGMA DO CACHORRO


Por favor, leia atentamente esse problema, pois na omissão de uma simples palavra está a solução.


RESOLVA ESTE ENIGMA:

Distante 5 metros de um riacho há uma árvore. Embaixo dela tem um cachorro com uma corda que mede apenas 3 metros, a qual está amarrada no pescoço do referido animal. O problema se resume no seguinte: O que fará o cachorro quando estiver com bastante sede?


Prometo ofertar a quem responder corretamente essa questão um livro-surpresa. Basta enviar o endereço completo. Prometo, antecipadamente, que o assunto do brinde não terá nada de zoologia como tema.


joboscan50@yahoo.com.br


Boa sorte!


João Bosco de Andrade Araújo

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A IMPLOSÃO DE UMA CELEUMA

Uma turma de jovens adentrou num ônibus, no terminal Parque Dom Pedro II com o intuito de bagunçar mesmo e chamar a atenção de quem estivesse naquele coletivo. O motivo para tal euforia era totalmente desconhecido por todos os passageiros que estavam naquele recinto. Aparentemente, ninguém estava achando graça nenhuma naquela palhaçada daquele grupo baderneiro formado por quatro rapazes e duas moças. Estas, até que não falavam muita abobrinha, limitava-se a dar risadas espalhafatosas e em seguida, cantavam músicas de conteúdo dúbio.
Após cinco minutos de viagem cheguei a pensar que o motorista tão logo percebesse alguma viatura da polícia fosse pedir alguma ajuda para conter, minimizar e de preferência, acabar com aquela balbúrdia. Mas, estava equivocado. O profissional do volante usou do seu bom senso e educação, parou o ônibus num local estratégico, levantou-se e, postando-se próximo à catraca, pediu educadamente aos jovens em questão que colocassem um ponto final naquela celeuma sem fundamento, sem graça, a qual já estava passando dos limites. Exigiu respeito aos demais passageiros daquele coletivo e agradeceu a atenção de todos. Falou pouco, mas bonito.
Quando recomeçou a viagem não se ouviu uma palavra quanto mais algum tipo de baderna naquele ônibus. Parecia até que aqueles jovens tinham descido envergonhados ou algo parecido. Mas não. Eles continuavam lá. A admoestação sincera e educada daquele humilde e educado motorista foi como uma implosão. A celeuma chegou ao fim num piscar de olhos. Particularmente, fiquei mais tranqüilo, pois só assim poderia ler a minha revista predileta.
Onde os baderneiros desceram, sinceramente não percebi, pois eles estavam na parte de trás do coletivo. Só tenho certeza que quando chegamos ao ponto final eles não estavam. Sumiram juntamente com o barulho que estavam fazendo, ainda bem! Nota zero para eles e dez para o motorista que não precisou usar de nenhum tipo de violência para conter tamanha balbúrdia!.

João Bosco de Andrade Araújo

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O VIAJANTE SEDENTO

Certa vez, um viajante caminhava por um deserto quase morrendo de sede. Eis que ele se aproxima de uma cabana, mas estava totalmente fechada. Aliás, não tinha porta nem janelas. Ele pensou que estava delirando. Olhando para um lado viu uma velha bomba toda enferrujada. Agarrou a manivela e começou a impulsioná-la. E movimentava-a pra baixo e pra cima. E nada de água. Já bastante exausto caiu por terra. Nisto viu semi-enterrada na areia uma garrafa toda empoeirada com a seguinte inscrição: “SE BEBER ESTA ÁGUA SÓ MATATARÁ A SUA SEDE E SOBREVIVERÁ. MAS, SE UTILIZÁ-LA, JOGANDO-A NESTA BOMBA, PODERÁ TER ÁGUA EM ABUNDÂNCIA E SACIARÁ A SEDE DE OUTROS VIAJANTES QUE PASSARÃO LOGO APÓS!”.
Olhando aquela água e sentindo o seu organismo totalmente desidratado ficou numa grande encruzilhada: Bebo está água preciosa ou faço o que determina o que aqui está escrito neste rótulo? Pensou... Pensou e resolveu agir conforme estava escrito. Jogou todo o conteúdo daquela garrafa na velha bomba. Em seguida, começou a movimentar a manivela como anteriormente. E nada de água. Tentou de novo. E nada. Mais uma vez. E nada. Já ia desistindo quando viu uma gotinha caindo da torneira. Criou alma nova e voltou a bombeá-la com mais força, persistência e, acima de tudo, FÉ. Qual foi a sua grande alegria ao perceber água límpida jorrando logo a seguir em quantidade suficiente para encher a garrafa quantas vezes quisesse. Após saciar a sua sede, encheu-a e deixou-a no mesmo lugar. Antes, porém, acrescentou à mensagem do invólucro: CREIA, ISTO FUNCIONA. Em seguida, seguiu o seu caminho.

MORAL DA HISTÓRIA:

Na vida, algumas vezes temos que tomar atitudes baseadas na nossa FÉ. E a PERSISTÊNCIA é um objetivo a ser seguido sempre.


ADAPTADO / João Bosco de Andrade Araújo

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS - XI-

“EM QUE SALA VOCÊ CAIU?”.


No âmbito escolar, principalmente, quem nunca ouviu tal frase? Por incrível que pareça esta pergunta banal e corriqueira engloba algo inofensivo que não chega a ser uma mentira, muito menos um contra-senso. Trata sim de uma força de expressão, onde oculta o seguinte significado mais claro: “Qual sala em que você vai freqüentar/estudar?”. Caso contrário se for analisar a primeira pergunta, literalmente, pode-se levar para o lado zombeteiro. Então após a resposta inocente: Caí na sala 8; a réplica poderá ser fatal: “E aí, se machucou muito?”. Tornando-se, por conseguinte, pura gozação entre os colegas. Mas neste item a turma adolescente tira de letra!

“ACHO QUE O (A) CONHEÇO DE ALGUM LUGAR!”.


Expressão não muito usada no dia- a -dia, mas quando alguém a utiliza se não for como evasiva para começar uma paquera ou um meio de querer vender ou pedir algo, tal pergunta tem uma conotação similar ao que os franceses chamam “dèjá vu”. Ou seja, aquela sensação estranha de já ter visto. É verdade que neste caso, a expressão está se referindo a lugares, cidades, pontos turísticos etc. Então, mesmo uma pessoa se expressa desta maneira com toda a sinceridade, dificilmente ouvirá que a recíproca é verdadeira. Mas se for, simplesmente será uma grande coincidência ou então uma mentira inofensiva que não prejudicará ninguém. Afinal, seja com que intenção for pronunciada, a referida frase: “acho que o (a) conheço de algum lugar” não deixa de ser um bom subterfúgio para iniciar uma conversa e quem sabe, através desta, surja uma amizade, namoro ou algo mais?

domingo, 7 de dezembro de 2008

DESAFIO BÍBLICO - O ENÍGMA DO Nº 3

Neste DESAFIO BÍBLICO não ofereço nenhum LIVRO-SURPRESA pelo motivo da sua resposta fugir do meu conhecimento. Criei-o apenas a título de curiosidade. Ressalto que já tentei desvendar este mistério do número 3 que consta em algumas passagens do Evangelho, consultando Padres, Bispos e cujas respostas não me convenceram. Pelo contrário, alguns ficaram tão indecisos quanto o tema que tive até dó, infelizmente. Aqui estão as passagens que geram dúvidas até a alguns exegetas:

1 - Quantos Reis Magos visitaram o Menino Jesus? Simplesmente 3 (três): Belchior, Gaspar e Baltazar.
2 - Quando os pais de Jesus, este com 12 anos, voltaram para casa após uma visita à Jerusalém, achando que o jovem estivesse em companhia da multidão, só O encontrou no Templo pregando aos Doutores da Lei após 3 (três dias!).
3 - Durante a vida pública de Jesus sabe-se que Ele foi tentado pelo diabo em 3 (três) oportunidades.
4 - No dia do seu julgamento por Pôncio Pilatos, o apóstolo Pedro negou-O 3 (três vezes)
5 - Enquanto Jesus seguia carregando a cruz rumo ao calvário consta que Ele caiu 3 (três vezes)
6 - No Gólgota foram erguidas 3 (três) cruzes.
7 - A morte de Jesus aconteceu às 15.00, o que corresponde 3 (três) da tarde.
8 - A sua ressurreição aconteceu no 3º dia após o sepultamento.

E assim sucessivamente! Pergunto: algum exegeta seria capaz de fazer algum comentário aprofundado sobre este assunto. Ficaria muito grato. Resposta para:

joboscan50@yahoo.com.br ou apenas deixe seu comentário nesaa postagem!

sábado, 6 de dezembro de 2008

PSEUDÔNIMOS - II -

Você seria capaz de saber quem são estas pessoas que estão ou estiveram na mídia, através do seu nome de batismo? Caso contrário, logo a seguir ajudá-lo-ei, informando os seus respectivos pseudônimos a título de curiosidade.


1 - MARCELO PIRES VIEIRA
2 - ELISABETH SANTOS LEÃO de CARVALHO
3 - JOÃO BATISTA SÉRGIO MURAD
4 - HERBERT JOSÉ DE SOUSA
5 - MAURÍCIO PINHEIRO REIS
6 - ABIGAIL ISQUIERDO FERREIRA
7 - CLAUCIRLEI DE SOUSA
8 - CLÁUDIO BESSERMAN VIANNA
9 - CARLOS JOSÉ FONTES DIEGUES
10 - RUBENS ANTÔNIO DA SILVA
11 - JOSÉ ALBERTINO DA SILVA

Descobriu, através do nome verdadeiro, quem são essas pessoas que estiveram ou ainda estão na mídia? Não? Leia a seguir seus respectivos pseudônimos, os quais fazem parte da minha coletânea:

1 - BELLO - (Cantor)
2 - BETH CARVALHO (Cantora)
3 - BETO CARRERO (Empresário) [falecido]
4 - BETINHO - (Sociólogo) [falecido]
5 - BIAFRA - (Cantor)
6 - BIBI FERREIRA - (Atriz)
7 - BUCHECHA - (Cantor)
8 - BUSSUNDA (Humorista) [falecido]
9 - CACÁ DIEGUES - (Cineasta)
10 - CAÇULINHA - (Músico)
11 - CAJU - (Músico) [da dupla: CAJU & CASTANHA]


Coletado por João Bosco de Andrade Araújo

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O "VIGILANTE" DA MINHA RUA

A rua onde moro talvez quem saiba, por ser sem saída, é bastante pacata, diga-se de passagem. Inclusive, a garotada se diverte bastante. Dependendo do tempo, chega a improvisar um jogo de futebol, vôlei etc. Portanto, nada tenho do que me queixar, pelo menos durante estes 15 anos que resido aqui.
Há pouco mais de seis meses, aproximadamente, tenho observado um fato que me chama a atenção, principalmente pela pontualidade que ele ocorre. Trata-se de um “vigilante”, um “guarda”, um “vigia” que, diariamente fica em frente a um dos prédios contíguo ao meu. Não, não é nada aterrorizador, sinistro ou preocupante. Trata-se de um senhor, aparentando 65 anos, de olhar pacífico, bem lúcido e tranqüilo que, todos os dias exerce por conta própria esta função de “vigia” de uma rua sem saída. Esta alcunha é criação minha a que tudo indica que ele não se autodenomina como tal. Chego a pensar com os meus botões: Por que será que ele fica ali plantado, parado, de pé, ora olhando para um lado ora para o outro? Dificilmente, sempre que passo diariamente para ir à padaria, lá está ele respondendo os cumprimentos das pessoas que passam.
O que será que aquele senhor, cujo nome não sei, pensa da vida em geral. Pela aparência, tem tudo para ser um aposentado. Não parece sofrer de nenhuma doença. Na primeira hipótese, se for verdade, aparência, jeito de vagabundo não tem, não é senhor Fernando Henrique?
Finalizando, quando vejo aquele senhor, lembro-me imediatamente da música do Chico Buarque que diz: “Esperando, esperando, esperando o sol, esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem”. “Esperando a festa, esperando a morte, esperando o dia de voltar pro norte...”.


João Bosco de Andrade Araújo

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

CONCEPÇÕES DIVERSAS - II -

Podem-se ler todos os tratados sobre o amor e a paixão, mas qualquer tentativa de querer descobrir um pouquinho sobre o que leva duas pessoas se unirem sexualmente será em vão. Afinal, bem sentenciou Shakespeare: “O coração tem razão que a própria razão desconhece”. A veracidade dessa afirmação está diariamente estampada em inúmeros casais que, aos olhos de terceiros, fisicamente não têm nada em comum ou como se costuma dizer em tom de deboche, “não se combinam”. Ora, somente os dois saberão a força da atração recíproca que os une. O que as outras pensam ou comentam, não importa.


x.x.x.x.x.x.x.



Não é preciso ser um bom observador para perceber que a função de cobrador (a) de ônibus ou lotação se restringe a um (a) espectador (a) de pessoas “passageiras”, principalmente, após o advento da útil implantação do bilhete único. Pensando bem, durante todo o expediente quem exercer essa função terá uma oportunidade ímpar para ler um bom livro ou revista. Afinal, o tempo é ouro!



x,xx.x.x.x.x.x.x


Quando alguém usa o adágio “vendo com os olhos e comendo com a testa”, com deboche e no sentido pejorativo, dirigindo-se a uma pessoa sexagenária, pensando que ela já não tem mais prazer na vida, engana-se, redondamente. Pensando bem, o peso da idade limita certas atividades físicas, em todos os sentidos. Porém, o poder e a capacidade de admirar, desejar e amar só acabam quando a pessoa morre. Caso contrário, tudo é possível enquanto houver um sopro de vida. Portanto, uma simples palavra, um meigo gesto, um lânguido olhar, tudo isso pode significar muito para quem for capaz de sintonizar uma pessoa nestas circunstâncias, mesmo que esteja no ocaso da vida!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O DILEMA DO CANOEIRO

Embora cônscio que, no mundo hodierno as pessoas não perdem tempo decifrando charadas, enigmas, problemas, mesmo assim, resolvi propor este DILEMA DO CANOEIRO, com o objetivo de doar um LIVRO-SURPRESA à primeira pessoa que enviar a solução para: joboscan50@yahoo.com.br

“PERSONAGENS”:
Uma onça, um bode e um feixe de capim.

DILEMA:

O canoeiro precisa transportar estes três elementos para a outra margem do rio. A canoa que ele dispõe é pequena e frágil. Só poderá levar um de cada vez. Até aí tudo bem se não houvesse um grande contratempo. Pois a onça ficando com o bode, devorá-lo-á, com certeza. Já o bode e o capim, este será comido pelo primeiro, explico, o bode come capim. Pergunta-se: qual estratégia usada pelo lavrador para transportá-los, individualmente, sem que houvesse nenhum prejuízo? Ele conseguiu! E você? É só uma questão de por a mente para funcionar!

Enigma adaptado por João Bosco de Andrade Araújo

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS - XI -

- “POSSO ENTRAR?”

Pergunta esta, geralmente feita por algum parente, amigo ou conhecido após ultrapassar o limite da porta de entrada de uma residência (que neste caso encontra-se encostada). Ora, se se toca a campainha ou bate palmas ou um leve toque na porta, a história será outra. A pessoa visitante agirá dentro das normas da civilidade e boas maneiras, obviamente. Por outro lado, fazer tal pergunta depois que já está dentro do respectivo domicílio, sem dúvida, não fará o menor sentido. Estou certo ou errado? É um daqueles paradoxos corriqueiros até certo ponto perdoáveis, diga-se de passagem.


-”... E O PIOR É QUE É VERDADE!”.

O contra-senso desta afirmação é semelhante ao da frase: “CORRER ATRÁS DO PREJUÍZO”. Pois sabemos que, tanto VERDADE e PREJUÍZO englobam algo de bom e de ruim, respectivamente. A primeira sempre é benquista, muito embora, algumas vezes, chega a ferir. Quanto ao prejuízo, traz no seu bojo algo sempre indesejável, pois sintetiza alguma coisa maléfica, desagradável. Portanto, usar algo de bom numa determinada frase antecipado por uma palavra que resume ao contrário é, sem dúvida, um paradoxo, muito embora, algumas vezes, perdoável. As duas frases supracitadas bem que ficariam diferentes se forem proferidas assim: “... E O MELHOR É QUE É VERDADE!”. “CORRER ATRÁS DA VANTAGEM”. Mas, quem na mídia se habilitará falar desta maneira?

João Bosco de Andrade Araújo

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

SOMOS TODOS INADIMPLENTES!

Peço que não se decepcione ou não se anime com o título acima. Pois, apesar da palavra-chave lembrar muito, no mundo econômico, onde o assunto é dinheiro ou mais precisamente, a ausência de pagamento etc. INADIMPLÊNCIA, neste caso, foi usada como sentido figurado para abordar outra situação, muito embora tenha alguma conotação com “dívida”, “acerto de contas”, porém de um modo mais brando e indireto. Estou me referindo a uma indefectível inadimplência filial. Explico: Muito embora seja uma “locação” à revelia do rebento que vem ao mundo, o tempo que ele permanece no útero materno não deixa de ser, no sentido figurado da palavra, uma primeira “dívida”, das muitas que virão, posteriormente, na vida de qualquer ser humano.
Portanto, se se analisar por esta ótica da questão, sem querer, toda pessoa já nasce “devendo à sua respectiva mãe, pelos nove meses de acolhimento, alimentação, o que se denomina gestação”. Então, foi, é e será sempre assim na vida de qualquer pessoa: rica, ou pobre, não importa a cor, a religião etc. É a única inadimplência em que jamais será cobrada através dos Cartórios de títulos protestados ou também pelas inúmeras empresas de telemarkting de plantão.

João Bosco de Andrade Araújo