sábado, 31 de dezembro de 2011

PROMESSAS DE FIM DE ANO

Sai ano, entra ano e é sempre a mesma lenga-lenga. Não tem jeito. Não há como reverter isto. E isto acontece em toda a parte do mundo. De uma maneira geral, sempre no epílogo de cada ano, as pessoas consideradas normais, parodiando o escritor russo, como são todas parecidas entre si e as anormais o são cada uma do seu jeito, procuram fazer sempre planos, promessas idênticas, similares. Por exemplo, aqui estão alguns dos projetos de um Ano Novo que se costuma fazer, os quais são diluídos à proporção que o tempo for passando:


- Quero parar de fumar!
- Pretendo não beber mais!
- Vou fazer um regime sério!
- Voltarei a estudar!
- Vou cuidar melhor da minha saúde!
- Mudarei de religião, de igreja!
-Montarei um negócio próprio!
- Arrumarei um outro emprego!
- Pretendo me casar!
- Vou propor a minha separação!
- Tirarei a minha CNH (Carteira Nacional de Habilitação!)
- Vou trocar de carro!
- Quero publicar um livro!
- Pretendo ter um filho!


Estes são alguns dos projetos de vida de qualquer pessoa que se considera normal. E para isto, de uma maneira geral, embora não falem abertamente, para concretizar muitos destes sonhos, sempre irão precisar da ajuda, do apoio das outras pessoas. Afinal, "ninguém é uma ilha". Pode bater no peito, dando uma de orgulhoso, julgando que resolverá tudo isto sozinho, mas não é uma ledo equívoco. Logo na primeira dificuldade, sucumbirá diantes dos empecílhos devido a fragilidade psicológica de todo o ser humano. Dificilmente alguém terá a resistência do bambu, cujo caule exuberante, diante dos vendavais que o ameaçam jogá-lo ao chão, enverga, mas depois continua firme. Assim também são aquelas pessoas de personalidade forte que não se abatem com os obstáculos que surgem no seu caminho. O desafio primordial é sempre ultrapassá-los. E para isto sempre é necessário a comunhão dos semelhantes. O orgulho deve ser posto de lado e a humildade para pedir ou estender a mão do próximo sempre se torna um ato imprescindível para contornar os percalços da nossa vida.


A todos os meus seguidores, formulo efusivos votos de um Ano Novo repleto de realizações pessoais, familiares, profissionais da mais alta importância. Que todos ou mesmo alguns dos seus projetos sejam concretizados com êxito!

Até o próximo 2012!!!!!!!!!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

ETC

"Etc." é abreviatura de "et cetera", expressão latina que significa "e as demais coisas". Exatamente porque a expressão contém o "e" ("et, em latim), alguns autores respeitáveis entendem que não se deve empregar a vírgula, como não se emprega antes de e" nas enumerações: "Ele cuidou dos calos, joanetes etc". Outros autores, porém, entendem que se deve proceder como se o "etc" fosse um elemento da enumeração: "Comprei alho, ovos, etc". E agora? Há razões para ambos os lados. A decisão fica por sua conta.


EXCESSO


Na televisão brasileira, a programação cultural ainda é exceção. "Exceção" ou "Excessão"? Como diz um velho e querido amigo, ""excessão não é um excesso grandão". Já percebeu, não é? "Exceção" se escreve com "ç"; "Excesso", com "ss".


EXEMPLAR


"Cousteau" era cidadão e pesquisador exemplar". Ou será que, no lugar de "exemplar", deve-se empregar a forma "exemplares"? O que temos aí é um caso bem particular do emprego de um adjetivo ("exemplar") para qualificar dois substantivos ("cidadão" e "pesquisador"). Que caso particular é esse? As duas palavras que o adjetivo "exemplar" qualifica se referem ao mesmo ser, já que o cidadão e o pesquisador são a mesma pessoa. Em casoso como esse, o adjetivo deve ficar no singular: "Cousteau era cidadão e pesquisador exemplar".


EXPERTO


O paleontólogo nada mais é do que um indivíduo experto em paleontologia, ciência que estuda as formas de vida existentes em períodos geológicos passados. Epa! "Experto em paleontologia"? É "experto" mesmo, com "x"? Sim, com "x". "Experto" significa "especialista", profundo conhecedor de determinado assunto". Pode-se dizer, por exemplo, que determinada pessoa é experta em música erudita. É bom lembrar que "experto" na vem do inglês, não; vem do latim, a mesma fonte de onde vem a forma inglesa "expert")



Professor Pasquale Cipro Neto

Dicionário da Língua Portuguesa

Gold Editora Ltda

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

6º EXAME: TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA



Quando eu pensava que a bateria de exames tinha chegado ao epílogo, eis que o Dr. Maurício anunciou mais um. Desta vez seria uma TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA. Achei o nome até bonito, mas nada sabia sobre o mesmo. Mas, como sempre, nem o próprio médico me explicou qual a finalidade do tal exame e nem como seria e eu muito menos lhe perguntei. Fiquei só na expectativa como os outros que eu fui submetido. Apenas deixou bem claro que era para fazê-lo em jejum total. No mesmo instante, lembrei-me daquele outro ridículo que ficou pela metade, o famigerado COLONOSCOPIA.
E no dia seguinte, fiquei só agurdando o (a) enfermeiro (a) vir me buscar para a realização deste exame. E à proporção que o tempo ia passando e eu faminto e sedento não perdia a chance de reclamar para quem adentrasse naquela enfermaria. Ora bolas, se era para fazê-lo em jejum por que não seria igual ao exame de sangue, que sempre é feito bem cedo?
Infelizmente, até às 16 horas, na hora da visita, nada de ninguém tomar uma providência. Até que a minha esposa chegou e foi reclamar acintosamente. Por fim, depois disto, às 17 horas veio alguém me buscar.
Fiquei deitado num local em forma de tubo. Mais parecia um túnel. E quando soava um pequeno alarme, fui alertado para prender a respiração até acender uma luz bem próxima dos meus olhos. E assim sucessivamente. Neste acende e apaga o processo demorou mais ou menos meia hora.
No dia seguinte, na hora da visita médica, aguardei com ansiedade o Dr. Maurício. Lembro-me muito bem que era uma sexta-feira. Ele teria que tomar uma atitude mais objetiva com relação ao meu tratamento. Pois se após tantos exames: (ENDOSCOPIA, RAIXO X, EXAME DA MEDULA, TOMOGRAFIA etc) ele e sua equipe não chegaram a nenhuma definição sobre aquela anemia crônica que me abateu, então que tomasse logo uma resolução conclusiva, então me desse alta ou me transferisse para outro hospital onde houvesse especialista para aquele caso.
Cheguei a me queixar que estava me sentindo como um cobaia ou algo parecido, o que ele discordou e não gostou dessa comparação que a chamou de inconsequente e sem lógica. Afinal, eles ali não estavam brincando ou estudando, mas trabalhando sério. Foi quando expliquei que eu tinha outro convênio médico. Quando ele soube qual era, ficou estarrecido e dissipando a sua admiração apens me falou:
-Amanhã o senhor terá uma boa surpresa, seu João.
Nesta última noite naquele hospital posso garantir que dormi bem mais tranquilo.

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Próxima postagem: A MINHA ALTA FOI ASSINADA

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

591 - "Deixar tudo para amanhã é como usar kum cartão de crédito: muito divertido...até que chega o momento de receber e pagar a fatura!"

Christopher Parker

592 - "Difícil pensar em pior caráter que o do bajulador, exceto quem o inveja!"

Richard Steel

593 - "Dizem que os números governam o mundo. Talvez. Mas estou certo de que os números mostram a nós se o mundo está bem ou mal governado"

Goethe

594 - "Devemos sempre combater dois sentimentos: a inveja, que não nos deixa reverenciar quem é melhor do que a gente, e a vaidade, que nos faz esquecer que sempre temos algo a aprender com as pessoas!"

Dante Pazzanese

595 - "Deves ter os olhos bem abertos antes de casares e só meio fechados depois".

Benjamin Franklin

596 - "De todas as invenções, a mais preciosa é o sonho!"


Heinich Heine


597 - "Defeitos não fazem mal quando há vontade e poder de os corrigir!"


Machado de Assis


598 - "Deus criou o homem e, não o achando bastante só, deu-lhe uma companheira para o fazer sentir melhor sua solidão!"

Paul Valèry


599 - "Dedica-se a esperar o futuro apenas quem não sabe viver o presente".


Sêneca


600 - "É mais difícil esconder os sentimentos que se tem, do que fingir os que não se tem".


La Rochefoucould

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS

"ESTOU DANDO SÓ UMA OLHADINHA!"


Esta é uma das mentiras mais conhecidas, no meu modo de entender. Dizer ao vendedor que nos aborda na entrada de uma loja: "Estou dando só uma olhadinha!" - significa o mesmo que o dispensar com esta frase tão corriqueira. Seria o mesmo que dizer: "Deixe-me escolher o que eu quero bem à vontade!" ou então: "Com você no meu pé, não consigo me concentrar e escolher o produto com tranquilidade!". E assim, sucessivamente.
Afinal, quem nunc apassou por uma situação deste tipo? Ou seja, a pessoa está pretendendo comprar um par de sapatos, sandálias ou calça, camisa, blusa, vestido etc e nem começa a escolher o que vai comprar, eis que se aproxima um (a) vendedor (a) e tira toda a concentração do (a) freguês (a), o que só o (a) afugenta, espanta, é óbvio! O bom funcionário, o excelente vendedor é aquela pessoa que se prontifica a atender, ficando sempre atento ao consumidor, mas sem dar palpite na sua compra, acintosamente, como por exemplo: "Isto vai ficar bem em você!" ou "Que tal este produto? Estão usando bastante!" Ora, quem quer saber disto?
Mas pensando bem, ninguém entra numa loja trazendo escrito na testa o que pretende comprar...Pelo o contrário, além daquele desejo incontido imerso no âmago de cada um, mesmo já sabendo, previamente o que quer comprar, sempre surge alguma dúvida ou algo mais que aguça o desejo consumista. E é por isso que o (a) cliente fica pra lá e pra cá diante de uma vitrine externa ou interna de alguma loja de roupas ou calçados, por exemplo e já com a famosa frase na ponta da língua se a sua indecisão for interrompida pela súbita abordagem do (a) funcionário (a) dizendo com educação: "Posso ajudar?" ou "Pois não?", "Pode ficar à vontade!" e outras frases similares, o que provoca a reação imediata do (a) freguês (a) com a evasiva também conhecida: "Estou dando só uma olhada!". E dependendo da insistência, a mesma pessoa só não sai com a loja nas costas porque é algo inadmissível. Pois parodiando o ditado popular posso dizer o seguinte: "Trair e comprar é só começar!"


João Bosco de Andrade Araújo

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O IDOSO NO TRÂNSITO DE UMA MEGALÓPOLE

O transtorno no trânsito caótico e violento de toda megalópole é algo notório que, diariamente, está estampado no noticiário em geral, infelizmente. É aquela história: "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!" É uma situação sine qua non que se assemelha a uma constante batalha entre pedestres e motoristas apressados e sem educação. Vale ressaltar aqui, que neste caso, é a minoria, diga-se de passagem. Menos mal.
Mesmo assim, a pessoa idosa disposta a enfrentar esses percalços, diariamente se aventura a passar por maus bocados, tanto nas ruas e avenidas ou quando estão no interior de algum meio de trasnporte: trem, metrô, ônibus, lotação etc. Aqui, pelo menos, por lei há sempre um raro lugar reservado para ela ou alguém com alguma deficiência ou gestante, o que dificilmente está disponível. Quando tal assento está ocupado por alguém que preencha os requisitos acima, ainda dá para entender, mas quando é um (a) passageiro (a) sem consciência que finge "tirar uma soneca" só para não dar o lugar, aí é totalmente lamentável. E olha que isso acontece muito!
Mas, voltando ao tema trânsito, o que se observa algumas vezes é o seguinte: há alguns motoristas, não importa se é homem ou mulher, que só por que está ao volante do seu carro, acha que é melhor do que as outras pessoas e se esquecem que nunca foram ou um dia serão pedestres. Pois além de não respeitar a faixa e muito menos o semáforo, ainda alguns têm a discrepância de buzinar quando se sentem prejudicados de alguma forma. E muitas celeumas e brigas acontecem por uma besteira qualquer. Neste caso, a falta de bom senso impera. Quando isto surge apenas de uma das partes envolvidas, ainda dá para aturar. Porém, quando junta a "fome com a vontade de comer", ou seja, quando o infrator e a vítima não falam a mesma língua, aí pode chamar a polícia ou até o resgate. Sai de perto. O que é profundamente lamentável é que cenas deste tipo não acontecem só nas capitais brasileiras, porém no mundo todo.


João Bosco de Andrade Araújo

domingo, 25 de dezembro de 2011

DÚVIDA RELIGIOSA

Bem que eu poderia fazer esta pergunta ao site do Yahoo, onde as pessoas tentam tirar suas dúvidas, relacionadas a todo o tipo de assunto...Mas, prefiro optar fazer isto, através desta página porque aqui, talvez, encontre alguém mais credenciada, entendida nesta questão que farei a quem interessar possa. Não precisa nem ser exegeta ou PhD em temas relacionados à religião, mesmo assim, eis as minhas perguntas, cujo assunto é referente ao número 3 (três) que tanto aparece em algumas passagens da Bíblia, mormente, no Novo Testamento. Senão, veremos:

1) Por que a Família Sagrada é composta apenas de 3 (três) pessoas, Jesus, Maria e José?
2) Por que Cristo, ao nascer, recebeu a visita de apenas 3 (três) Reis Magos e não, 2 ou quatro etc?
3) Por que quando José e Maria voltaram de Jerusalém e pensando que o seu Filho estivesse no meio da multidão, só O encontrou entre os Doutores do Templo, após 3 (três) dias?
4) Por que Jesus foi tentado 3 (três) vezes pelo o demônio?
5) Por que Pedro O negou 3 (três) vezes?
6) Por que o Mestre, quando era levado ao Calvário, caiu 3 (três) vezes?
7) Por que a sua morte foi consumada às 3 (três) horas da tarde?
8) Por que Ele ressuscitou só após o terceiro dia?

Alguém teria uma explicação para isto?
Uma hipótese que às vezes penso que seja é porque tem alguma analogia com a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) ou terá algo a ver com a numerologia?

Agradeço, antecipadamente, a quem souber me explicar alguma coisa sobre este assunto. Agora, se isto for considerado um mistério, é óbvio, que não haverá explicação convincente. Porque neste caso, torna-se indecifrável.

João Bosco de Andrade Araújo

joboscan50@yahoo.com.br

sábado, 24 de dezembro de 2011

OS PANETONES DA EDUCAÇÃO

"Conta a lenda que, às vésperas do Natal, havia três panetones de chocolate na prateleira do mercado. O primeiro era apresentado em uma caixa bonita de tons sóbrios, cobertura de bom chocolate, muito recheio trufado e um belo laço de fita vermelha. O segundo era um meio termo, caixa amarelo-ovo, algums gotas de chocolate, nada de cobertura e uma massa palatável. O terceiro era fabricado pelo próprio mercado, não tinha caixa, só uma embalagem plástica com motivos natalinos, uma massa seca e suja de chocolate onde gotas deveriam haver. Respectiva e coerentemente custavam R$50.00, R$30.00 e R$10.00.
Havia também três mulheres. Uma senhora, escritora de sucesso, colunista de uma famosa revista em que sempre anunciava-se como otimista, apesar de seus textos serem carregados de pessimismo crônico e encapsulado. A segunda era uma professora de escola pública "meia-boca", frequentada pela classe média abandonada, meia idade, meio remediada, meio mãe de dois filhos, moradora de um bairro mais ou menos. A terceira estava desempregda, fazia algumas diárias de faxina como bico e mãe solteira de três filhos cujos três pais sumiram. Respectivamente ganhavam por mês R$20 mil, R$1.500 e R$500,00. Curiosamente, o destino as uniu nesta época do ano.
A primeira escreveu um artigo sobre Educação , numa grande revista de circulação nacional, onde critica a péssima qualidade do setor do Brasil e afirmava que sua má-gestão era um interesse, sobretudo, politiqueiro, responsável pelas mazelas do País. A segunda, sempre impossibilitada de comprar ou assinar um revista, as acessava na antessala do médico ou do dentista e, apesar de professora, preferia ler publicações sobre celebridade, fofocas e novelas. A terceira malocou a revista na bolsa enquanto limpava o consultório. Não fez por mal, mas seu filho caçula precisava fazer um trabalho final de colagem para a escolinha onde ficara em recuperação de fim de ano e ela ficou com vergonha de pedir a publicação ao doutor.
O tolo então perguntou ao sábio: "Senhor, por que as três mulheres deram destinos tão diferentes ao texto sobre a Educação no Brasil?" O sábio respondeu:
-"Justamente pelo mesmo motivo que temos três panetones de chocolates diferentes no mercado".
O tolo continuou sem entender. O sábio, então, disse: "Meu caro, textos sobre Educação no Brasil, publicados em jornais e revistas, são iguais panetones de chocolate: Os mais caros pecam pelo excesso e dão até dor de barriga, o mediano é até bom, mas não passará de um rito metódico de compra de fim ano para quem pouco compreende sua importância e simbologismo; o mais barato é a alternativa para os que pouco têm e que ainda são suficientemente criativos para comer o pão ruim e ainda aproveitar a embalagem e as firulas". E o sábio concluiu:
-"Quem muita fala em Educação é porque sobra-lhe diarréico recheio: quem desdenha e não se importa teve uma Educação ruim, mas não pode ou não consegue fazer melhor; e quem realmente a transofrma em fantasia são aqueles que quase nada têm, jamais entenderão seu significado e suas palavras servirão apenas para construir outrs frases".

(PONTO DE VISTA) - METRÔ NEWS

Helder Caldeira

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL

Nesta época do ano, quando se aproximam as festas natalinas e passagem de ano, as pessoas parecem que ficam mais elétricas, agitadas, ansiosas. A maioria preocupada com presentes, roupa nova, calçados, enfim tudo coisa material e poucas procuram se conscientizar do verdadeiro sentido desta grande festa religiosa. Algumas ainda se arriscam responder, quando perguntadas, em alguma pesquisa, o que significa o Natal, que é o tempo de se dar e ganhar presentes! Só isso. Quanta pobreza de espírito religioso, meu Deus. Mas, também pudera, a maneira como o comércia sufoca com as propagandas variadas, com sugestões materialistas, consumistas, as pessoas sempre são levadas para este lado do imediatismo. Ou seja, compra hoje para usar tal produto hoje mesmo, de preferência.
Todo o ano é essa correria quando o dia 25 de Dezembro se aproxima. As lojas ficam superlotadas, as ruas bem movimentadas com as pessoas carregando pacotes, sacolas com suas compras para dar de presente. Que maravilha. A pergunta que não quer calar é a seguinte: Quem em sã consciência procura um templo religioso para participar de um culto ou de uma missão voluntária para ajudar, acalentar pessoas necessitadas seja de que maneira for? Quem? Só que existe sim. São as exceções da humanidade. Pois a maioria só quer mesmo saber de comprar, consumir, comer e nada mais. É peru, é chester, é pernil, é panetone e muitas outras iguarias de todos os tipos. E olha que nada disto é feio, contraproducente, ilegal, imoral ou engorda, como diz a música do Roberto Carlos. Desde que seja dentro dos limites, nada mal. Exagerou em algum ponto, quer da comida ou bebida, aí é só aguentar as consequências.
O problema é que a maioria das pessoas se esquece que, como dizia o filósofo: "A virtude está no meio!" Ou seja, agindo com moderação, dificilmente uma pessoa encontrará algum tipo de problema, quer social, físico ou religioso. Tanto a abulia, a apatia quanto o consumismo imediato, a extravagância no comer, beber, vestir, calçar, como são pontos antagônicos estarão sujeitos a provocar consequências desagradáveis aos seus autores!

João Bosco de Andrade Araújo

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

DESABAFO DE UM SANTISTA

Por que o Santos Futebol Clube perdeu o Mundial de Clubes no Yokohama Stadium (JAP) em 18/12/2011? Na minha opinião, em primeiro lugar porque foi para a terra do sol nascente e esqueceu o futebol na Vila Belmiro, ou seja, esqueceu como se joga futebol da noite para o dia ou vice-versa. Dava para perceber a notória apatia do elenco santista até mesmo antes da partida começar. A apreensão e o medo estavam estampados no semblantes dos atletas brasileiros. Parecia que estavam entrando num cemitério e não num estádio de futebol para uma batalha no bom sentido do lazer e do esporte. Além disso, o time santista começou a partida como se estivesse numa arquibancada, ou seja, passou a maior parte do tempo assistindo o adversário tocar a bola e fazer um gol após o outro.
O Santos não dificultou nada ao Barcelona. Faltou coragem, ousadia, determinação, fazendo com que não visse a cor da bola durante todos os 90 minutos de jogo. O time espanhol jamais pensava que iria se deparar com tanta gelatina naquele lindo gramado, que me desculpem Neymar e companhia. Perder um jogo decisivo para ficar na história, ninguém quer. Mas, da maneira como perdeu foi profundamente lamentável, levando em consideração um placar tão elástico como foi. Sem desmerecer a superioridade do adversário que prevaleceu e sim a falta de ousadia do Santos.
Pode até parecer exagero de um torcedor chateado, triste e frustrado com uma derrota tão humilhante do seu time, o que talvez não acrescente nada para amenizar qualquer dor, mas que este vexame, este fiasco futebolístico traga um alerta para quando, da próxima vez que enfrentar um adversário mais forte, mais competitivo, faça-o com mais brio, coragem para depois não ser chamado de "timinho" medroso ou coisa pior.
Maior foi o gigante Golias que foi sucumbido por um pigmeu chamado Davi. Na vida, nada está perdido quando não se entrega na véspera de uma batalha. Dizem que "a esperança é a última que morre", mas morre! Portanto, ela não é tudo. O que gera a vida é o amor. E neste caso, o amor à camisa do time que se defende. E isto, inexplicavelmente, faltou ao time da Vila Belmiro. Mas amanhã será um novo dia e o sol irá brilhar novamente. Mesmo que seja na terra do sol nascente, só que desta vez, seja a nosso favor, quem sabe!

João Bosco de Andrade Araújo

domingo, 18 de dezembro de 2011

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

581 - Um deslize de personalidade e de caráter de uma pessoa mais abominável que se tem conhecimento é, sem dúvida, o cinismo.

João Bosco de Andrade Araújo

582 - "Deixe-me distante dda sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e do orgulho que não se curva dianta de uma criança".

Autor desconhecido

583 - Democracia é uma palavra tão gasta e deturpada quanto a palavra amor: ambas sãobonitas e fáceis de pronunciar quanto difíceis de serem vividas e concretizadas na sua essência".

Renato Kell

584 - "Dominar a mente é abster-se de acreditar e reproduzir as coisas que as pessoas dizem das outras como se elas tivessem autoridade de falar da vida alheia, quando nem sequer conhecem a si mesmas".


Quiroga

585 - "Desgraçado do povo que necessita de horóis".

Bertold Brecht

586 - "Deve-se confiar mais na nobreza do caráter do que no juramento".

Sólon

587 - "Do sublime ao ridículo há só um paasso".

Napoleão Bonaparte

588 - "Defeitos não fazem mal quando há vontade e poder de os corrigir".

Machado de Assis

589 - "Deus não fala, mas tudo fala de Deus".

Julien Green

590 - "Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres".

Voltair

sábado, 17 de dezembro de 2011

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

SÉTIMO COMPANHEIRO DE ENFERMARIA


O paciente que deu entrada na enfermaria onde eu estava internado há quase vinte dias, desta vez era um jovem, aparentando 20 anos. O mesmo apresentava algumas escoriações, ferimentos no rosto, nos braços e pernas. Mas, pelo modo de se expressar, cheio de palavras típicas de pessoas pertencentes a uma classe social mais sofisticadas e rica, aquele paciente parecia muito inquieto e pelo visto não demoraria muito naquele hospital. Logo que chegou começou a reclamar de tudo e de todos. Só julgava erroneamente. Esquecia o dito cujo que, aqui neste mundo, ninguém é melhor do que ninguém. Pois alguém pode ter uma condição financeira estabilizada, mais abastadas do que a maioria das outras pessoas, isto é, pode frequentar lugares mais sofisticados, usar roupas de grife, calçados das melhores marcas, mas nunca estará isento de fazer necessidades fisiológicas, sentir dores, enfim, ficar doente. Pode, além disso, usar os melhores perfumes a vida toda, mas quando morrer entrará em decomposição igual a qualquer ser humano pobre e que durante a vida não usufruiu nada disto.
Por que este preâmbulo? Nada contra as pessoas ricas. Afinal, cada um tem a vida que merece. Escrevi isto em razão do modo como aquele paciente se referia ao ambiente onde se encontrava naquele momento. Humilhava algumas enfermeiras, funcionárias da limpeza. Mas, na hora em que um médico se aproximava do seu leito, logo se transformava num "santinho" de pau oco. Quer dizer: era um covarde, um vazio, um metido a besta. Quando ele percebeu que a realidade hospitalar não era como ela pensava ou queria, abaixou a imponência, a soberba e demonstrando um pouco de humildade, perguntou:
-Por favor, que hora é a visita aqui?
-Das 16 às 18 horas. Respondi, sem maiores comentários.
- Obrigado! Em seguida pegou o telefone e começou a conversar com alguém da sua família.
Na hora aguardada adentrou naquele recinto, uma mulher muito bonita, perfumada, aparentando ter 25 anos. Quando se se aproximou do rapaz, deu-lhe um tremendo beijo na boca que parecia que iria arrancar a língua do dito cujo. A minha esposa que se encontrava naquela hora me visitando, assim como eu, percebemos sem querer aquele quadro, mas viramos o rosto para deixá-los mais à vontade. A dúvida que ficou no ar era sobre o parentesco daquela visita. Pois parecia muito nova para ser mãe e nem tanto para ser a namorada daquele rapaz. Bem, mas pouco nos importava.
Terminado o horário da visita, ele desabafou:
-Que mulher louca, cara, você viu?
-É, não tive outro jeito de evitar.
-Por pouco ela não me comia todo!
-Parece que ela estava mesmo com muita saudade! - Tentei argumentar.
-Saudade? Isso é bondade sua. Ela é sim, uma mulher carente e tarada. Sabe quem ela é? Adivinha?
-Sua namorada, no mínimo!
-Que nada, cara, é a mulher do meu pai. O maior chifrudo da face da terra. Ele é viúvo, é rico, dono de uma pequena empresa e esta que acabou de sair é a segunda mulher dele. Ele é mulherengo, mas pelo visto, não dá conta do recado e ela completa o seu apetite sexual comigo. E eu, que não sou bobo nem nada, não dispenso mesmo.
-Deu para perceber um pouco! Completei.
-Olha, esse romance já rola mais de quatro anos. E o velho nem desconfia de nada. Dá dinheiro pra ela passear, comprar o que quiser. Mas a danada não quer saber de outra coisa, senão me tratar bem e ser bem tratada por mim, principalmente na cama, no sofá, no chão, no banheiro, no carro, ou seja, em qualquer lugar quando estamos com vontade. Quando ela soube que eu sofri esse acidente com a minha moto, ficou preocupada, com receio que fosse algo mais sério e que demorasse me recuperar para continuar o nosso romance proibido. Pois o negócio dela, cara, é sexo, sexo e mais sexo. Ela parece que é.. nin...nin..
-Ninfomaníaca! - Ajudei.
-Isso mesmo, cara e mais alguma coisa! O certo é que a minha primeira aventura sexual foi com ela, quando eu tinha 15 anos e pelo visto, não sei quando isto vai acabar não!
-Só posse lhe dizer que "beijo de mulher casada tem gosto de chumbo!"
-Vira essa boca pra lá! Deus me livre!

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Próxima postagem: 6º EXAME: TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS

MEIA-IDADE / TERCEIRA IDADE


Tudo bem que os nossos dicionaristas definem estes dois termos, por sinal, bastante usados nos dias atuais, como no primeiro caso, quem está entre os 30 e 50 anos e no segundo, quem estiver acima de 50 ou 60 anos.
Só que são termos muito indefinidos, imprecisos no sentido amplo da palavra IDADE. Pois esta, quando para se usa um número x como parâmetro para defini-la, pode-se entrar em contradição, princiapalmente, levando-se em consideração que a sociedade, de um modo geral, costuma muitas vezes julgar, analisar as pessoas simplesmente pela aparência. E sendo assim, é qí que mora o perigo. Porque assim como "De longe, todas as montanhas são azuis!", isto é, as aparências são ilusórias, corre-se o risco de se cometer equívocos, gafes quando se age assim, superficialmente, só levando em consideração o lado externos das coisas e das pessoas.
Senão, vejamos: quantas vezes uma pessoa começa a sentir que está sendo tachada de velha ou que chegou à velhice quando:
a) Quando ao adentrar num ônibus, lotação, trem, metrô, logo algém já se levanta e lhe dá o lugar, mesmo não estando naqueles assentos preferenciais!
b) Quando anda pelas ruas e os (as) entregadores (as) de panfletos só lhe entregam propaganda, por exemplo, cujo teor seja, seguro funerário!
c) Quando na cama, ao lado da pessoa amada, só consegue dormmir, roncar e nada mais!


João Bosco de Andrade Araújo

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CONCEPÇÕES DIVERSAS & ALEATÓRIAS

* - Parece que quando alguma pessoa passa muito tempo sem namorar, ou seja, sem se envolver sentimentalmente com outra, fica com a sensibilidade, o sentimento à flor da pele, aguçada a ponto de ficar logo apaixonada pela primeira pessoa que, por acaso, vier sintonizar, mesmo que não seja um compromisso sério. Se se tratar de alguém responsável, romântica, ainda poderá ter sorte de encontrar um bom sentido para a sua vida. Porém, se for ao contrário, poderá sofrer uma frustração ainda maior e sendo assim, o seu tempo sem ninguém para namorar poderá ser mais longo e triste. Mas tudo é uma questão de sorte também. Ser social é um fator imprescindível sobre este assunto. Pois se a pessoa se retrair, ficar sempre dentro de uma redoma invisível, aí tudo se tornará mais difícil. Está escrito no Livro Sagrado: "Faça por ti, que Eu te ajudarei".


* Sempre em toda a época de Natal a correria às lojas é inevitával. Pois a maioria das das pessoas só deixa para comprar os presentes na véspera, quando, na realidade poderia fazê-lo com a devida antecedência. E então todo o ano as reclamações são sempre inevitáveis, com relação às lojas cheias, as ruas intransitáveis e logo muitas pessoas ficam estressadas, chegando até passar mal. Não é pra menos. Falta nestas horas usar o bom senso e procurar fazer suas compras com muita antecedência. Mas é aquela história: falar é fácil, mas na realidade, muita gente acha que não consegue guardar os presentes e brinquedos durante tanto tampo assim. Preferem mesmo passar um enorme sufoco, para evitar frustrações posteriores.


* A mente humana é algo tão impressionante e ao mesmo tempo enigmático que jamais ninguém conseguirá decifrá-la. Só sabemos que todas as pessoas são diferentes: tanto na questão da inteligência, quanto na fisionomia, no caráter e personalidade. Ninguém é igual e muito menos, ninguém conhece a outra pessoa totalmente. Sempre somos surpreendidos e sempre surpreendemos às outras pessoas. Por isso, quando alguém comete uma aberração, seja em que sentidor for, a primeira expressão de admiração que se diz e ouve é: "Quem diria! Uma pessoa tão educada, tão calma e fazer uma barbaridade desta!" É o famoso mistéiro da vida mostrando suas garras. Portanto, todo o cuidado é pouco. Mesmo assim, ninguém estará isento de ser feliz e fazer muitas pessoas felizes.

João Bosco de Andrade ARaújo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

571 - "Decidir implica em optar; optar em possibilidade de erra"

Marta Suplicy

572 - "Devemos pensar muito antes de falar, pois nossas palavras plantarão as sementes do triunfo ou do fracasso no espírito de alguém"

Autor desconhecido

573 - "Deus te deu um espírito com asas para que voas no espaço do firmamento do amor e da liberdade. Não é justo, pois que tu cortas tuas asas com tuas próprias mãos e admitas que tua alma rasteje como um inseto no chão".


Kalhil Gibran


574 - "Dar prazer a um coração com um simples ato de bondade vale mais do que curvar-se um milhão de vezes em preces".

Idem


75 - "Deus nos dá as nozes, mas não as quebra!"


Provérbio russo

576 - "Diante da noite não acuses as trevas, aprende a fazer lume".

Autor desconhecido


577 - "Dar um livro a alguém não é apenas uma gentileza, é um elogio".

idem


578 - "Débil é o homem que necessita de auxílio e pede aos outros para fazer aquilo que sozinho deveria e poderia fazer, se tivesse, oportunamente, vigorizado as suas forças".

idem

579 - "Desculpamos os malvados quando os qualificamos de loucos".

idem

580 - "Deleita tanto ao benfeitor a presença do beneficiado, quanto a este desagrada a do benfeitor: um faz lembrar a boa ação; o outro recorda a obrigação".

Autor desconhecido

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

ESSE


"Leia esse livro" ou "leia este livro"? Na linguagem oral, os pronomes "este" e "esse" foram praticamente igualados. Na escrita, no entanto, há algumas diferenças entre eles. Uma delas diz respeito à oposição do objeto de que se fala. Se esse objeto estiver com quem fala (ou perto dele), o pronome demonstrativo adequando será "este/a": "Leia este livro". A frase em questão pode indicar, por exemplo, que o livro está nas mãos de quem fala, do emissor. Se o livro estiver com o interlocutor (ou perto dele), o demonstrativo adequado é "esse/a": "Leia esse livro"


ESTADO


"Os Estados Unidos invadiram" ou "Os Estados Unidos invadiu"? Nesse caso, a concordância se faz com a forma, e não com a ideia. Apesar de designar um só país, a expressão "Estados Unidos" está no plural e sempre é precedida de artigo no plural. Por isso, o verbo no plural é obrigatório. "Os Estados Unidos invadiram o Iraque"; "Os Estados Unidos querem destruir o mundo". Com Minas Gerais e Alagoas, estados brasileiros, a concordância depende da presença do artigo, que é optativo. Com o artigo, o verbo vai para o plural: "As Minas Gerais produzem ótimos poetas"; "As Alagoas têm praias lindas". Sem o artigo, o verbo fica no singular: "Minas Gerais produz ótimos poetas"; "Alagoas tem praias lindas"


ESTENDER


Por um dos tantos caprichos do nosso sistema ortográfico, grafamos com "s" o verbo "estender" (e todas as suas flexões) e com "x" os substantivos e adjetivos da família ("extenso", "extensivo", "extensão" etc). É bom lembrar que, na origem (latina), a família todas se escreve com "x". Moral da história: não existe a palavra "estensivo" (com "s"); a frafia padrão é "extensivo" (com "x").


ESTIMA


"A modelo está com baixa autoestima" ou será que está com "baixo autoestima", como se viu certa vez numa importante publicação? Palavras formadas por prefixação ("auto-" é um prefixo) mantêm o gênero da palavra à qual se agrega o prefixo. NO caso de "autoestima", vale o gênero de "estima, palavra feminina: "a autoestima", "muita autoestima", "pouca autoestima", "baixa autoestima" etc.


ESTRANGEIRISMOS


Veja só esta frase: "A França conta com a volta de Zidane, que é um 'handicap' muito importante." O locutor queria dizer que a volta de Zidane ao time seria uma importante vantagem. Ocorre que 'handicap', palavra inglesa não quer dizer "vantagem". 'Handicap' significa exatamente o contrário, ou seja, "desvantagem", "prejuízo". Parece que o crime não compensa mesmo. Quem se mete a usar palavra estrangeira só para se esnobar....termina passando por isso!...


Comentários do Professor Pasquale Cipro Neto

Dicionário da Língua Portuguesa

Gold Editora Ltda

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CIRCO SEM LONA

Por acaso, nesta noite de segunda-feira, dia 05/12/2011, tive a infelicidade de sintonizar um canal de televisão, onde estava sendo transmitido ao vivo (que pena!) um lamentável e triste programa da entrega dos troféus dos melhores do Brasileirão. A intenção até que era válida e justa, por que não? Afinal, com tantas pessoas envolvidas no maior campeonato de futebol, nada melhor do que homenagear aqueles que se destacaram em suas respectivas funções e posições, fora e dentro das quatro linhas dos gramados. Até aqui, nada demais. Tudo muito bom, tudo muito bonito, com direito até a um prévio comes & bebes, o que, sem dúvida, deve ter feito algum efeito (negativo) em algumas pessoas, principalmente nos apresentadores, (Thiago Leifert & Luciano Hulk), assessorados por duas atrizes da Globo, os quais deverão se arrepender pelo resto da vida por uma palhaçada tão deprimente,nunca vista na história da televisão do Brasil, como diria o ex-presidente Lula. Se eles estavam sóbrios, perdão, o vexame então torna-se injustificável. Foram vítimas de uma falta de organização sem precedentes, com direito a piadas de péssimo gosto, colocando inclusive alguns dos premiados em situação, nitidamente, constrangedora, que o diga, por exemplo, os atletas Diego Souza e Deco, que foram intimados a relembrar comemorações feitas no campo após um gol, o que não aceitaram, com toda a razão, deixando ambos apresentadores com cara de fantoches, sem pai, sem mãe. Que cena ridícula, meu Deus! Até o governado Geraldo Alkmim teve que ficar numa situação embaraçosa, à sua revelia, quando ao anunciar o nome de um contemplado, ficou aturando as idiotices do Hulk, enquanto alguém trouxesse os envelopes com os respectivos nomes vencedores.
E o que é mais triste saber é que tudo isto foi realizado num país que se diz "preparado" para sediar uma Copa do Mundo de Futebol (2014)! Jogando uma organização assim para escanteio e com tanta falta de organização, com festa deste tipo, só coloca a confiança de todos os brasileiros na marca do pênalti.
Que Deus ilumine a mente dos pseudo-organizadores de tais eventos para que o vexame durante o grande torneio de futebol não seja um fiasco jamais visto.
Em tempo: O craque Sócrates, que partiu recentemente para outra dimensão, evidentemente, se vivo fosse, não ficaria nada satisfeito com o que foi apresentado na televisão, por ocasião deste evento esportivo e tenho certeza que, com o seu olhar crítico que lhe era peculiar, detonaria, juntamente com o seu amigo, Xico Sá, o tal programa citado, que tenho certeza, todos que tiveram a infelicidade dele participar ou assistí-lo, desejarão que o tempo passe rápido para tentar esquecê-lo! Que no próximo ano ou o reformulem ou deixam de apresentá-lo. Caso insistam em fazê-lo, pelos menos procurem ensaiá-lo, prepará-lo etc.


João Bosco de Andrade Araújo

domingo, 11 de dezembro de 2011

BEBÊ DE ALUGUEL

É muito importante, neste caso, não confundir "bebê de alugel" com "bbê a bordo" ou até "bebê de proveta". Cada uma destas expressões tem sentidos diferentes. No entanto, abordarei apenas o primeiro título. Por sinal, algo que chega a ser até abominável, por se tratar de uma atitude ilícita praticada por alguma pessoa inescrupulosa e sem consciência.
Estou me referindo àquela pessoa desprovida de senso de ridículo, de consciência e de caráter que abusa das outras, usando crianças e bebês como artifícios, subterfúgios para ganhar alguns trocados de maneira fácil, abusando da maledicência, do engodo e da falsidade. E como age uma pessoa assim? Primeiramente, pedindo esmola a quem passar na sua frente ou então usando outros meios, como por exemplo, naqueles dias de loteria acumulada, quando nas casas lotéricas as filas são quilométricas. Então ela usa um sobrinho ou filho de parente, coloca-o nos seus braços e combina com alguém interessado no fim da fila, oferecendo-se fazer o seu jogo, indo lá na frente, no caixa preferencial. É óbvio, que logo que é atendida, disfarça um pouco, mas depois estará de volta e recomeça a aplicar o golpe. Como nestas ocasiões há sempre alguém com pouco tempo disponível e que também não gosta de ficar em fila, logo aceita, acompanhando tal pessoa à distância. E assim, sucessivamente. Por outro lado, há outro tipo que faz é entregar a criança, literalmente, ao apostador, para que ele próprio execute a trapaça. Logo depois ele devolve a criança e o engodo recomeça.
Tal trapaça só chegará a ser desmascarada se alguém que estiver na fila, sentindo-se lesadas, passada para trás, ao perceber tal maracutais, denunciar no mesmo instante ao dono da lotério ou outro estabelecimento comercial. Pois se deixar a critério do (a) funcionário (a) do guichê, dificilmente ele (a) descobrirá. A sua atenção se restringe, exclusivamente ao seu serviço, que por sua vez, exige bastante atenção, como qualquer atividade, principalmente quando envolve dinheiro e dos outros ainda mais...


João Bosco de Andrade Araújo

sábado, 10 de dezembro de 2011

SEXTO COMPANHEIRO DE ENFERMARIA

Certa madrugada eu estava dormindo tranquilamente, quando acordei com um movimento de enfermeiros trazendo mais um paciente. Até nada demais. Só que a maneira como adentraram ali, acendendo as luzes e conversando alto, além dos gemidos do doente, percebi logo que não era um caso tão corriqueiro assim. Pois inclusive, percebi que havia alguns policiais acompanhando aquela internação. Como o espaço era pequeno, resolveram afastar o meu leito brutalmente como se não tivesse ninguém sobre o mesmo. Eu fingia dormir, propositadamente, só para saber até que ponto iria aquela celeuma. Após alguns minutos, antes de deixarem a enfermaria, ouvi um acompanhante falar assim:
-"Amanhã cedo estarei aqui para saber como você passou a noite!"
E o absurdo de todo aquela movimentação noturna é que não se importaram de colocar o meu leito no seu devido lugar. Logo que sairam, para eu não ter um sono "atravessado", literalmente, levantei-me e coloquei o meu leito no seu devido lugar. Agi com cautela, tentando não fazer nenhum barulho para não importunar o recém-chegado. O qual, sem querer, me deu foi um susto, pois quando olhei para o dito cujo, ele estava com os olhos arregalados, imóveis, fitando a minha pessoa. Pelo visto, ele não tinha a menor noção onde estava e muito menos o que havia acontecido. Apenas cumprimentei-o, levemente, perguntando inclusive,como ele estava. Tudo isto, por pura educaçaõ. Pois dava para perceber que ele não tinha condições de falar nada. Apenas gemia baixinho.
Logo ao amanhecer, com os raios do sol invadindo aquele quarto de hospital, logo começou a rotina dos enfermeiros e médicos, visitando os pacientes. E nesse entra e sai, percebi que havia um policial de plantão bem na porta que dava para o corredor. Pelo visto, ele passou a noite ali, de plantão. Pensei com os meus botões: "Só se este paciente for um colega da corporação ". Que nada! Mais tarde, quando ele foi transferido para outra enfermaria ou até um centro cirúrgico, não tive certeza, chegou ao meu conhecimento que passei a noite na companhia de um ladrão, assaltante muito perigoso, que inclusive no revide com a polícia chegara a matar um soldado.
Depois disto, colocando os pontos nos "is", foi que entendi o porquê da ausência de familiares na hora da visita e a presença ininterrupta de um policial na porta daquele quarto de hospital.
Os assassinos e ladrões também precisam de tratamento porque, como seres humanos, apesar de mau caráter, sentem dores. E muitas vezes, a sobrevivência deles pode levar a polícia a desvendar outros assassinatos e maracutaias de outros meliantes.

João Bosco de Andrade Araújo

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

561 - "Depois de algum tempo você aprende a diferença sutil entre dar a mão e acorrentar uma alma. Você aprende que beijos não são contratos e presentes não são promessas".

William Shakespeare

562 - "Dinheiro é como eletricidade: beneficia os prudentes e fulmina os insensatos".

Dinamor

563 - "Dai as paixões todo o ardor que puderes, aos prazeres mil vezes mais intensidade, aos sentidos a máxima energia e convertei o mundo em paraíso, mas tirai dele a mulher e o mundo será um ermo melancólico".

Alexandre Herculano

564 - "Dividir para multiplicar: este é o mistério do amor, óbvio e indecifrável".

Quiroga

565 - Deus não criou o homem para vê-lo se autodestruindo e muito menos, destruindo os semelhantes.

Joboscan Araújo

566 - "Deus não julga a perfeição das nossas ações pelo número delas, e sim pelo modo e intenções que as mesmas são praticadas".

São Francisco de Assis

567 - "Distinguir-se-á facilmente o orgulho da grandeza d'alma: aquele só procura a elevação para avantajar-se; esta procura apenas elevar-se".

Autor desconhecido

568 - Deixar de sonhar é sinal qlue a pessoa não acredita na sua capacidade de transformar o cotidiano".

Roberto Shinyashiki


569 - "Deve-se respeitar o casamento enquanto é um purgatório e dissolvê-lo quando se tornar um inferno".

Autor desconhecido

570 - "Devemos procurar sempre o conselho daqueles que nos dizem a verdade, ainda que ela nos doa. Meras louvações não nos conduzem ao aperfeiçoamento necessário".

Idem

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CONCEPÇÕES DIVERSAS & ALEATÓRIAS

* Há certas atitudes do adulto que embora possam parecer banais e sem muita importância, no entanto são consideradas até muito graves, pois refletem, posteriormente, na personalidade da vítima. Estou me referindo à indiferença, a resposta brusca e pela metade, o silêncio de alguns pais, professores que ignoram algumas perguntas consideradas banais feitas por crianças ou adolescentes, só porque são feitas em alguma hora ou lugar que são considerados inadequados, impróprios. Como se precesasse de tudo isto para se tirar uma dúvida qualquer!...


* O homem, de uma maneira geral, é bem problemático, para nao dizer, enigmático, misterioso e difícil mesmo de se entender. Quantas vezes, chega a construir certas coisas, realizar sonhos, objetivos e de uma hora para outra, sem mais nem menos começa a destruir tudo isto, sem apresentar nenhuma razão convincente. Quando se trata de algo material, ainda dá para entender, pois logo pode comprar ou construir outra coisa em substituição à que foi para o "espaço", literalmente, mas se for no campo espiritual, sentimental, aí a situação muda totalmente de figura. Principalmente, quando for um relacionamento de mutos anos. Gente não é objeto que se compra, usa e quebra, jogando fora quando tem vontade, só por capricho ou ignorância.


João Bosco de Andrade Araújo

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O DILEMA DE DEIVID E A SUA CNH

Pra começo de assunto, Deivid é um rapaz trabalhador, responsável, sem vícios, casado e brevemente será papai. Ele e o meu filho da mesma idade, 24 anos, trabalharam há alguns anos num supermercado aqui na Cidade Tiradentes - São Paulo. Após deixarem esse emprego, não perderam o contato e até hoje continuam sendo grande amigos. De vez em quando um vai na casa do outro, sem falar nas inúmeras permutas de mensagens eletrônicas. E foi graças a esta amizade que acompanhamos o dilema que este rapaz passou para conseguir sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação). E toda a celeuma ocorreu à sua revelia, ou seja, ele sempre procurou agir da melhor maneira possível, fazendo o pré-cadastro, o psicotécnico, exame médico, fazendo o CFC (Curso de Formação de Condutores) etc, etc.
O primeiro obstáculo começou após a prova teórica no DETRAN, quando já partia para a terceira etapa, ou seja, as aulas práticas. A autoescola, onde estava matriculado, encontrava dificuldade de marcar suas aulas, alegando um problema com o seu nome, junto ao DETRAN. Só que nenhuma das partes deixava claro qual era o tal problema. O tempo foi passando e nada. Até que, após perder a paciência, o Deivid ameaçou, alegando que iria procurar os seus direitos junto ao Procon. Finalmente, as suas aulas práticas foram liberadas e agendadas.
Como neste ínterim o Deivid já tinha conseguido comprar um carro e portanto já o dirigia, sendo assim, quanto as aulas práticas ele não encontou nenhuma dificuldade ou apreensão. Terminada esta etapa, foi automaticamente para a prova final prática, a mais temida. Mas como ele já soubesse dirigir, achava que lograria êxito logo na primeira tentativa. Mas, não foi o que aconteceu. Teve outra decepção e frustração. O Detran e a autoescola não estavam falando o mesmo idioma. Novo transtorno com o nome do Deivid. E o agendamento da prova prática ficava sempre postergado. Com isso, o casal resolveu jogar pesado e ameaçou mais uma vez a autoescola, que segundo a mesma, o problema não era com ela e sim com o Detran. Por fim, após muitas tentativas frustradas a tal prova foi marcada.
E foi aqui que aconteceu o que ele jamais esperava. Apesar de já ter prática ao volante, no dia da tal prova, por um pequeno descuido, não foi aprovado. Para recuperar o tempo perdido e acabar de vez com aquele imbróglio, o que ele fez? Simplesmente pagou uma taxa, que eles chamam de "quebra" e após 15 dias já estava com a licença para dirigir na mão.
Durma com um barulho deste!


João Bosco de Andrade Araújo

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS

"ESSE PÃO SAIU AGORA?"

Diariamente, sempre em alguma padaria, ouve-se esta famigerada e batida pergunta: "Esse pão saiu agora?" É óbvio que o (a) atendente logo entenderá o que o(a) cliente quis saber e não tendo dúvida, responderá apenas:
-Sim, senhor (a)!
Até aí, tudo bem. Pergunta feita, resposta dada, sem maiores comentários. Mas aonde está o paradoxo, o disparate? Ora, simplesmente numa palavrinha, ou seja, no verbo "sair". Pois, levando o fato em consideração em si, isto é, a maneira como foi presenciado, sem dúvida, dá margem para um pequeno e inevitável contrassenso. Pensando bem, se levar ao pé da letra a pergunta, repito: "Esse pão saiu agora?"- A resposta mais lógica para a mesma seria: "Não, senhor (a), esse pão não saiu agora, mas sim, chegou neste momento!" Pensando bem, se aquele pão tivesse saído naquele momento, tudo indica que ele não estaria ali. Só que, como ninguém vai entender tudo, literalmente, é óbvio que, o "saiu agora", subentende-se querer saber se aquele pão saiu do forno naquele momento ou há poucos instantes. Bem entendido. Afinal, qualquer criança que estivesse do outro lado do balcão, entenderia uma pergunta deste teor. Só que, se for um adulto, um funcionário brincalhão, só para fazer graça ou descontrair o ambiente, poderá responder:
-"Não, senhor (a) este pão não saiu agora e sim, chegou, mas logo que eu lho entregar ele certamente sairá, o que consequentemente, logo sim, chegará à sua residência!"
Só que, dependendo do cliente, principalmente se for numa segunda-feira, após o seu time do coração ter perdido o campeonato, poderá haver réplica e das mais impróprias, com o direito até a palavras chulas e impróprias! Portanto, todo o cuidado é pouco!


João Bosco de Andrade Araújo

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

ESCRITO


Quem é que nunca ouviu uma criança dizer "tinha fazido", "tinha escrevido" ou "tinha abrido"? O processo é perfeitamente compreensível. Formas regulares de particípio terminam em "ado" ou "ido" ("chorado", "bebido", "assistido", por exemplo). o que faz a criança? Demonstrando raciocínio associativo, aplica o modelo, o que a faz chegar a "escrevido", "fazido" e "abrido". Porém os verbos "escrever, "fazer" e "abrir", entre outros, só apresentam um particípio, irregular: "escrito", feito" e "aberto"


ESCURO


O querido Raul Seixas fez muito sucesso com uma canção que começava assim:"Quem não tem colírio usa óculos escuros". Por que "escuros" e não "escuro"? Porque "óculos" é plural. Sim "óculos" é o plural de "óculo". Então, no lugar de "meu óculos", "o óculos", "este óculos", empregam-se "meus óculos", "os óculos", "estes óculos".


ESPAGUETE


De quantas formas você já viu grafada a palavra "espaguete"? Certamente de muitas formas. Em português, a grafia padrão é "espaguete"; em titaliano, grafa-se "spaghetti". Agora vamos às particularidades: em português, "espaguete" é singular (O espaguete estava ótimo); em italiano, "spaghetti" é plural. Plural de quê? De "spaghetto", que é o diminutivo de "spago", que significa...Sabe o quê? Prepare-se: "barbante". Ao pé da letra, "spaghetti" significa "barbantinhos". Portanto, quando você come espaguete, come "barbantinhos" - de massa alimentícia, é claro!


ESPONTÂNEO


Ninguém duvida de que as crianças são os seres mais espontâneos da face da Terra. Por falar nisso, qual é o nome da propriedade que possui quem é "espontâneo"? É "espontaniedade" ou "espontaneidade"? Qual é a palavra primitiva, ou seja, a que dá origem à que pretendemos grafar e pronunciar corretamente? É "espontâneo", não? Então de "espontâneo" fazemos "espontaneidade".


ESQUECER


Pode-se dizer que o verbo "esquecer", com o sentido de "perder a lembrança" ou de "deixar sair da memória", tem duas regências bastante comuns no padrão culto. Num dos casos, o verbo é transitivo direto, isto é, não exige preposição.: "Não esqueço você". No outro, ele é pronominal e transitivo indireto, ou seja, é conjugado com um pronome e rege a preposição "de": Não me esqueço de você". Essas mesmas regências valem para o verbo "lembrar": "Não me lembro seu nome", "Não me lembro de seu nome".


Comentários do Professor Pasquale Cipro Neto

Dicionário da Língua Portuguesa

Gold Editora Ltda

domingo, 4 de dezembro de 2011

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

EXAME DA MEDULA


Após muito insistir para que eu aceitasse ser submetido ao fatídico exame de COLONOSCOPIA, o Dr. Maurício não conseguiu vencer a minha teimosia. Firmei o pé. Fui irredutível. Não tinha conversa. Sendo assim, solicitou outro exame complementar, mas diferente. Seria o exame da medula. Realmente, ele estava obcecado para descobrir a causa daquela anemia crônica que me abateu.
Mais uma vez, o Hospital Vasco da Gama contratou um profissional terceirizado. E desta vez foi diferente. Como diz o ditado: "Já que Maomé não vai à montanha, a montanha vem a Maomé!". E foi isto que aconteceu: o médico contratado, para a minha surpresa, veio até ao meu leito para fazer o tal exame. Estava acompanhado de uma enfermeira do Vasco da Gama. E logo avisou que o exame solicitado não seria realizado conforme o previsto, pois precisava de outros aparelhos e como o Hospital não iria comprá-los só para aquele serviço, falou:
- "Para não dar uma viagem perdida, irei fazer um exame superficial, mas atenderá a solicitação médica. O outro seria mais completo, se disponibilizasse de outros aparelhos mais modernos".
Em seguida, infiltrou uma agulha assustadoramente grossa no meu esterno e tentou colher uma amostra de um líquido. Como passou uma pomada anestésica,previamente "in loco", até que não doeu muito, mas foi bastante desgastante. Parecia até que ele estivesse querendo me hipnotizar, pois enquanto agia, falava assim:
-"Não está doendo, está? Tudo bem? Posso continuar mais um pouquinho, seu João?"
Dois dias depois fiquei sabendo que este tal exame também não forneceu nenhum respaldo ao Dr. Maurício para tentar saber a origem da anemia. E quanto a biópsia, que ele tanto queria que fosse feita, enrolaram tanto, querendo até que eu fosse transferido para outro Hospital só para esta finalidade. Mas, devido a burocracia, desistiram. Ainda bem, pois neste ínterim, chegou ao meu conhecimento alguns detalhes do tal exame, que não me agradaram nada. Como por exemplo, até injeção na coluna teria que ser submetido. Portanto, se dependesse desta biópsia para o Dr. Maurício montar o quebra-cabeça da origem daquela anemia, ficou sem montá-lo.

Próxima postagem: 6º companheiro de enfermaria

sábado, 3 de dezembro de 2011

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

551 - "Deveras bom é o homem raro que nunca censura as pessoas pelos males que lhes acontecem".

Paul Valèry


552 - "Dependendo da criatividade, o que é inútil pode se tornar útil".

Maria Salete

553 - "Deve educar os moços para que respeitem os livros e assim, preservem patrimônio espiritual do país".

Joaquim Nabuco

554 - "Devemos ler não para compreender os outros, mas para entender a nós mesmos".

Emil Cioran

555 - "Deus não é intelecto, mas a causa do intelecto".

Hermes Trismegisto

556 - "De todos os prêmios que obtemos por viver mais de cinquenta anos, o melhor é a liberdade de ser excêntrico".

James Lovelock

557 - "Do rio que tudo arrasta, se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem".

Bertold Brecht


558 - "Deus está onde O deixam entrar!"

Paulo Coelho

559 - "Dê um peixe a uma pessoa e ela se alimentará por um dia; ensine-a a pescar e ela se alimentará a vida inteira!"

Lao - Tsê


560 - "Democracia é exatamente a síntese da convivência na adversidade"

Luiz Inácio Lula da Silva

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

MUDANÇA INSÓLITA DE HABITAT

Esta vida é engraçada mesmo. Pois como diz o ditado popular, "O que é comido,não é lembrado" ou então, "o que se faz aqui, aqui se paga", tudo isto vem ratificar o que está acontecendo em algumas cidades brasileiras. Senão vejamos: De vez em quando, surgem notícias nos meios de comunicação, a notícia de uma súbita invasão de animais silvestres em algumas cidades próximas a matas (que eram consideradas "virgens").
As pessoas assustadas, curiosas e incomodadas, logo que percebe a presença de onça, macaco, cobra etc logo pedem ajudam às autoridades, quando suas residências estão sendo invadidas por vários tipos de animais, os quais, por puro instinto de sobrevivência, tentam saciar sua fome e sede qualquer maneira. Então os bombeiros e polícia civil, com a ajuda de veterinários agem com cautela e logo tentam capturar os tais animais "invasores".
Opa! Desculpe-me, eu disse animais "invasores"? Mas, pensando bem, a palavra mais adequada neste caso, seria animais "visitantes", por que não? Pois, invasores, neste caso específico, somos nós, seres humanos inescrupulosos e gananciosos que invadem primeiramente o habitat destes animais, fazendo queimadas ou derrubando árvores gigantescas com o intuito comercial totalmente ilícito.
Sendo assim, tendo o seu espaço invadido, devastado, é mais do que justo que alguns animais mais afoitos e desesperados fogem do seu território e invadem, ou melhor, visitem as cidades, pulando muros e entrando nas residências de moradores incautos, procurando saciar sua sede e fome, muito embora causem pavor e correria à população.
Apesar deste imbróglio não ter realmente nenhuma relação com o renomado romance "A Revolução dos Bichos" do egrégio escritor George Orwell, bem que poderia ser um tema para outro livro sobre a ambição humana, cada vez mais desmedida.

João Bosco de Andrade Araújo

"Quando o homem mata um tigre se diz que é esporte. Quando é o tigre que mata o homem, logo se diz que é atrocidade!"

Salve-se quem puder!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

FOFOCAS E PICUINHAS

Quem vive em comunidade, principalmente em condomínios, seja que classe social for, sempre estará sujeito a críticas, calúnias, fofocas e picuinhas de todos os tipos. Como todas ests atitudes mesquinhas são próprias do ser humano, se alguém pensar que um dia encontrará um lugar isento disto, por exemplo, um nirvana, estará completamente equivocado. Porque até uma pessoa que tenha uma boa formação, um caráter íntegro, enfim, uma pessoa considerada ilibada, mais dia, menos dia poderá ser envolvida em situações constrangedores desta natureza, mesmo que seja à sua revelia, diga-se de passagem.
Considerando que jamais saberemos como será o dia de amanhã, as coisas, os fatos corriqueiros, muitas vezes, surgem repentinamente e quando menos se espera, o indivíduo já está envolvido num imbróglio, numa celeuma de proporções irrversíveis. E por falar em condomínios, quantas e quantas vezes, moradores que não conseguem ficar calados e que apreciam falar mal da vida alheia, espalham fofocas, deixando algum vizinho, como se costuma dizer, em situações delicadas e constrangedoras. E como um rastilho de pólvora, este tipo de calúnia ultrapassa os muros do condomínio e num piscar de olhos, os moradores dos prédios adjacentes também ficam sabendo do ocorrido ou não ocorrido. Pois a comunicação do ser humano continua muito falha. Por exemplo, se alguém fala hoje que determinada adolescente está namorando fulano, no dia seguinte, alguém fofoqueiro já fala para outro que a mesma jovem já não é mais virgem e um terceiro já comenta que ela abortou e assim, sucessivamente. O comentário maldoso vira uma bola de neve sórdida e incontrolável.
Mediante a tal confusão e transtorno, se a vítima partir para a vingança, querendo saber quem começou tal fofoca, será um trabalho em vão, pois nunca vai descobrir o fio da meada, que, amiúde, não está tão longe como ela imagina. Pode ser até uma pessoa em que ela menos espera. E sendo assim, se quiser tomar uma atitude radical, querendo mudar de condomínio por causa disto, vai perder tempo e dinheiro, porque aonde ela for, sempre encontrará, mais cedo ou mais tarde, pessoas assim, infelizmente.
Tem que se conscientizar que ninguém é uma ilha. E sendo assim, quando alguém falar de você por trás, não irrite, é sinal que você está na frente!


João Bosco de Andrade Araújo