sexta-feira, 21 de agosto de 2009

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORIQUEIROS -XXVII

“Quando “acordou” já estava morto!”



Um dos maiores contrassensos que existe é uma pessoa dizer:”fulano foi dormir bem, mas quando acordou já estava morto!”. Essa frase não pode nem ser considerada como uma força de expressão, pois o paradoxo que ela contém é bastante notório. Afinal, não precisa pensar bem e qualquer criança sabe que alguém que está morto jamais acordará. Por outro lado, o que alguém quis se expressar de tal maneira, evidentemente, pretendeu dizer os seguinte:”Fulano de tal estava bem, foi dormir e quando amanheceu o dia ela estava morto!”. Nesse caso, sim, tem alguma lógica, infelizmente, tendo em vista a triste notícia do falecimento de uma pessoa querida...


“Dar o peito ao filho!”


Qualquer criança entenderá (e como entenderá!) essa frase. Quanto mais um adulto! Pois é óbvio que, quando se ouve alguém dizer: “está na hora daquela mãe dá o peito ao seu filhinho” – subentende-se logo que ela precisará amamentar uma criança. A frase “dar o peito” é simplesmente uma força de expressão da língua portuguesa. Pois, à proporção que um recém-nascido suga o mamilo do peito materno ela estará apenas se alimentando com o leite que sai daquela mama benfazeja. Além do mais, trata-se de um ato muito bonito, humano e prazeroso, literalmente, pois ela, a genitora, que num momento assim, sem perceber, consegue transcender o seu amor através desse gesto tão sublime. Em síntese: dar o peito ou dar um beijo, na realidade apenas simboliza uma prova de carinho e de amor, o que em outras palavras, amamentar e beijar não tiram pedaço de ninguém ou muito menos, desgastarão peito e lábios, respectivamente.


João Bosco de Andrade Araújo

www.joboscan.net

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