domingo, 30 de junho de 2013

OS POMBOS E A REDE

                      Conta uma lenda árabe que um grupo de pombos, ainda muito jovens e inexperientes, saiu a voar sob o comando de um velho pombo sábio e experiente.
                      Em dado momento o grupo avistou lá do alto algo que parecia com uma grande quantidade de grãos espalhados no chão.
                     Cansados e famintos os jovens pombos não se contiveram e desceram para o milho, embora o pombo mestre, aos gritos, pedia que não fizessem aquilo, pois eles poderiam cair nas redes dos caçadores de aves.
                     Infelizmente o grupo de jovens pombos desceu até o milho e, de fato, acabaram presos em uma rede preparada para apanhá-los. Presos pelos pés, cada um se debatia desesperadamente sem conseguir se livrar, ao contrário, ficavam cada vez mais presos nas malhas.
                     Enquanto isto, o velho pombo, de cima de uma árvore pedia, aos gritos, que ouvissem mais uma de suas lições:
                    -"Assim vocês não vão conseguir se libertar e acabarão todos mortos. Só tem um jeito de vocês saírem desta rede; todos terão de levantar voo ao mesmo tempo, juntos, levantando a rede ao ar".

                    Então, o grupo de jovens pombos assim o fez. Levantaram voo juntos e a rede subiu com eles, mantendo-se no ar com grande esforço de cada um, sob o estímulo do mestre, até que em dado momento, a rede foi se soltando dos pés dos pombos e caiu por terra, deixando-os, consequentemente, livres para voar, conforme a sua natureza e seu prazer.


                                                         Autor desconhecido

sexta-feira, 28 de junho de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1211 - "O que o céu conferiu chama-se natureza; a conformidade com ela chama-se senda do saber. A direção deste caminho do saber chama-se instrução.


                                             Confúcio


1212 - "O nosso dever é o de afirmar que não existem raças, mas seres humanos, que o ódio racial é um dos mais terríveis flagelos da humanidade".


                                                      Bobio


1213 - "O sofrimento não é bom, mas em muitos casos é a única forma que o universo encontra para a nossa comunidade se reorientar".


                                                      Quiroga


1214 - "O egoísmo é a semente da corrupção, que desvia o poder que só seria benéfica no comando de situações próprias ao bem do maior número possível de pessoas".


                                                              Idem


1215 - "O princípio da liberdade é  inseparável do princípio da responsabilidade";


1216 - "O amor que não se exprime é como um rio que não flui; nasce e morre imperceptível na solidão de um ser incomunicável".

                                                 Regina Shopke


1217 - "O mistério da vida humana não resiste no fato de que nós vivemos, mas porque vivemos".


                                                Dostoievski


1218 - "O homem superior não esquece o perigo quando está em segurança".

                                              Confúcio


1219 - "O bom senso é que há de mais bem distribuído no mundo, pois cada um pensa estar bem provido dele".


                                        Renê Descartes


1220 - "O tempo, este mestre que caminha calado, nos ensina sem falar palavra alguma que ele é o melhor remédio para as coisas se acertarem".


                                                    Márcia Romatin


                                      

quarta-feira, 26 de junho de 2013

CONCEPÇÕES SOBRE ADULTÉRIO

*  Há pequenos, mas importantes detalhes no relacionamento, na convivência de um casal, que são são imprescindíveis para a duração, ou seja, para um casamento longevo. Por exemplo: um abraço ou mesmo beijo carinhosos, sem segundas intenções. Trata-se de uma atitude tão singela, mas parece que só acontece mais quando um dos dois está a fim de uma relação sexual, mesmo que seja só para, como se diz, marcar o ponto. Afinal, um abraço, um beijo carinhoso quando vira um rotina, tudo indica que nenhum dos cônjuges se surpreenderá quando isto acontecer. Pelo o contrário, achará estranho sim, quando sem mais nem menos, um dos dois chegar e abraçar ou beijar. Algo passará pela mente de um dos membros: ou é a consciência pesada por ter pulado a cerca ou então está querendo sexo fora de hora, só para descarregar as energias. O homem que agir assim estará transformando simplesmente a sua mulher num depósito de esperma. Onde está o respeito? Tudo tem o seu momento certo.E se tal atitude partir da mulher? Sem comentários.


* No âmbito da traição de um membro do casal, quando a pessoa que se sente vítima uma vez que foi traída, o melhor meio de não fazer nenhum escândalo é não comentar tal façanha, tal deslize com ninguém. Deixa o tempo passar que ele se encarregará de amenizar a mágoa, muito embora não tenha outro remédio mais eficaz e rápido para o tão desejo esquecimento. Nenhuma das partes está isenta do mesmo. A triste lembrança sempre virá à tona, principalmente quando assistir ou ouvir um caso através dos meios de comunicação.


                                            Joboscan de Araújo

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O MOTORISTA E O CELULAR

                        A lei que proíbe o uso do celular enquanto estiver dirigindo é mais do que justa. Mesmo assim, são inúmeros os motoristas que não estão nem aí com esta proibição e chegam, amiúde, abusar da mesma. Ora atende ora liga, mas o aparelhinho está sempre ali ao seu fácil alcance. Tocou? Atendeu. Bateu a saudade? Ligou para a pessoa amada. E assim sucessivamente, envolvendo assuntos de serviço, dúvidas de localização para entrega etc.
                         Recentemente, presenciei um fato que me chamou a atenção pelo grande risco de acidente, envolvendo o ônibus em que eu viajava em plena avenida Santo Amaro, por sinal, movimentadíssima, com os seus grandes corredores de ônibus, quando alguns motoristas chegam a abusar desta facilidade a seu favor.
                        Era noite. Eu estava indo trabalhar. Estava sentado bem na frente. Por este motivo eu tinha toda a visibilidade do trânsito e do movimento em geral, inclusive, de uma atitude irresponsável do motorista daquele ônibus. A viagem transcorria normalmente. Até que o celular do dito cujo tocou e ele não titubeou. Simplesmente pegou o aparelho e atendeu como se estivesse numa roda de amigos, tomando cerveja e comendo churrasco. Era uma tranquilidade impressionante. Só que tem um porém. Ele se esqueceu que estava atrás de um volante de um ônibus repleto de passageiros. E mesmo assim nem se tocou. Com o pé do acelerador parecia que estava com pressa de chegar, pois pelo visto acabara de assumir um compromisso dos bons, daqueles que não se pode deixar para amanhã. Como ele falava e ria alto, dava para qualquer um perceber que do outro lado da linha havia alguma mulher.
                         Se ele foi multado, não sei. Se conseguiu comparecer ao encontro programado, também não me interessa. O certo foi que ele colocou em risco a sua vida e a dos inúmeros passageiro que estavam naquele ônibus sob sua responsabilidade, aliás, irresponsabilidade, diga-se de passagem.


                                                     Joboscan de Araújo

sábado, 22 de junho de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                           Antes de terminar o primeiro semestre de 1967 aconteceram dois fatos que faço questão de registrar, muito embora ambos não foram nada agradáveis, pois foram sobre doença e morte, embora neste caso, os dois aconteceram com pessoas diferentes.
                         No primeiro caso fui vítima de infecção estomacal, a qual só foi detectada após cinco dias em que fiquei acamado. Neste ínterim só conseguia levantar da cama para ir ao banheiro. Estava bem debilitado, pois não conseguia me alimentar corretamente e acima de tudo não tinha nenhum acompanhamento médico. Quase nenhum colega vinha saber o que eu tinha. Mesmo percebendo a minha ausência nas aulas e nas missas nenhum padre veio saber o que eu realmente tinha. Até que um colega penalizado pelo meu estado lamentável foi comunicar ao reitor e este simplesmente mandou que o motorista do seminário me levasse ao hospital mais próximo.
                        Com muita dificuldade para descer às escada do prédio e andar devido a minha fraqueza, cheguei ao carro já suando frio e quase desmaiando. No pronto socorro do hospital, o médico que me atendeu ficou impressionado com o descaso, a indiferença, a frieza dos meus superiores com relação à minha saúde. Afinal, ficar quatro ou cinco dias deitado sem me alimentar direito e chegar naquele estado, o médico quase não acreditou que eu fosse um seminaristas. Onde estava a caridade, o amor ao próximo que a Igreja tanto postula e prega. O médico só faltou dizer o adágio popular: "Em casa de ferreiro, espeto de pau".  Mas o mais importante foi que ele me receitou um ótimo e santo remédio que foi como se Deus colocasse a mão no meu corpo, mais precisamente no meu estômago e numa questão de horas eu já estava me sentindo melhor. No dia seguinte já consegui assistir à misse e frequentar algumas aulas e também me alimentar melhor. Como fui grato àquele médico que me atendeu!
                       Nesta mesma noite, lá pela madrugada acordei ouvindo um cântico fúnebre vindo da capela do seminário. Logo pensei que estivesse delirando sob o efeito do remédio que eu tomara antes de dormir. Mas como as vozes continuavam resolvi olhar para os lados e percebi que as camas estavam vazias. Confesso que neste momento senti um grande medo. Como ninguém me acordara, estava eu ali sozinho sem saber o que estava acontecendo.Paulatinamente fui até na parte superior da capela e de lá percebi que todos os meus colegas estavam velando o corpo de um padre que havia falecido naquele dia. Mas como eu estivesse alheio a tudo devido àquela doença só na manhã seguinte fiquei sabendo do ocorrido com detalhes.


                                        Próxima postagem: Segundo semestre de 1967

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O VALOR DO PARADIGMA

                         Toda vez que você muda um paradigma paga um preço. O verdadeiro ato da descoberta não consiste em encontrar novas terras, mas sim em vê-las com novos olhos, diz o escritor francês Marcel Proust. Não é preciso mudar de cidade ou País. As oportunidades podem estar no seu quintal. basta enxergá-las com olhos diferentes.
                        Mark Twain tem um ditado que considero um dos mais inteligentes que conheço: "Quando o único instrumento que você tem é um martelo, todo o problema que aparece você pensa que é um prego". Ora, se você é cirurgião tenta resolver tudo com cirurgia. Se você é psicanalista, tende a achar que tudo se resolve com psicanálise. Se você investiu tudo num martelo - anos de estudos, especializações no exterior etc - fica muito difícil de mudar e fazer coisas diferentes. Você tenta encaixar os problemas no paradigma que tem. Quando este muda, o mundo mudará com ele.


                                             Autor desconhecido

quarta-feira, 19 de junho de 2013

"QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER"

                                 Confesso e reconheço que o título acima não é original. Sabemos que é uma parte do refrão da belíssima canção censura e, posteriormente liberada do injustiçado Geraldo Vandré, que participou do Festival da Canção nos anos 70. PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES foi mais do que uma simples música, mas um hino da democracia que ainda estava recôndita no âmago dos brasileiros. Segundo foi noticiado, o trecho que censurado foi o seguinte:"Há soldados armados, amados ou não/ Quase todos perdidos de armas na mão/ Nos quartéis lhes ensinam a antiga lição/ De viver pela pátria ou viver sem razão". E em seguida o famigerado refrão: "Vem, vamos embora que esperar não é saber/ Quem sabe faz a hora não espera acontecer". 
                                 Então, nos dias atuais, mais precisamente com o início da Copa das Confederações aqui no Brasil, uma multidão de pessoas, à princípio bem orquestrada por alguns partidos políticos ou não, saiu de casa, invadindo ruas e avenidas, muitos munidos de panfletos de protestos e reivindicações. Na primeira pauta, aproveitando o ensejo do aumento das passagens de ônibus, muitas pessoas achavam que se tratava apenas do aumento de 0,20 (vinte centavos) na tarifa dos transportes públicos. Mas, na realidade, este foi apenas o trampolim para que outros itens de inconformismos, de aberrações, de injustiça, de descaso com o povo brasileiro foi tomando força na voz e nos atos.
                                O único ponto negativo de todos estes protestos e passeatas foi a infiltração de alguns grupos de vândalos que aproveitaram o ensejo para danificar, quebrar, pichar, enfim, fazer arruaças, fazendo com que a tropa de choque e a polícia em geral reagisse com rigor, chegando até extrapolar em algumas ocasiões, como foi registrado pela mídia. Não me cabe aqui ser um advogado do diabo para dizer quem estava certo ou errado durante toda esta confusão desorganizada e violenta que se proliferou em vários setores das grandes cidades, a começar por São Paulo. E pelo visto, estas manifestações não vão para por aqui. Só é lamentável é que se percebe a falta de uma liderança mais íntegra e objetiva, fazendo-se presentes no momento em que mais se precisa dela, por exemplo, na hora em que as autoridades se colocam à disposição para saber qual a razão destes protestos, destas passeatas. Percebe-se raríssimas aparições de poucos porta-vozes deste povo inconformado e com razão pelo descaso do governo em vários setores da nossa sociedade, ao mesmo tempo que chama o povo de palhaço, entregando vários estádios que custaram milhões/bilhões do nosso bolso e além do mais, sabendo que alguns destes estádios são considerados elefante branco, pois depois desta copa ou da Copa do Mundo ficarão às moscas. Enquanto isto, milhares de pais de famílias estão aí com os seus filhos precisando de creches e escolas caindo aos pedaços e hospitais e prontos-socorros à deriva.
                               Sabemos que todos temos o direito de protestar. Mas tudo tem que ser dentro da lei, respeitando ao mesmo tempo o direito dos outros. E durante esta avassaladora onda de protestos e passeatas muitos casos de covardia absurda foram testemunhados, muitos embora a repercussão não tenha sido registrada com o devido merecimento. Para quem quiser se inteirar de um ato destes, por favor, procure ler a crônica do jornalista ROBERTO POMPEU DE TOLEDO na última página da revista VEJA desta semana, cujo título é Herói pelo que não fez, onde ele, magistralmente, retrata o drama que passou o soldado da PM paulista, Wanderlei Paulo Vignoli, de 42 anos, quando ao abordar e proibir um manifestante de pichar um dos muros do Palácio da Justiça, sede do Poder Judiciário de São Paulo, que após dominar o pichador caiu e quase foi linchado por outros manifestantes.


                                                         Joboscan de Araújo

terça-feira, 18 de junho de 2013

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

PERDA


                          "Brigar com amigo é perda de tempo". É 'perda' mesmo? Ou seria "perca"? É provável que você já tenha ouvido as duas formas. Qual é a correta? Ou as duas são boas? Não confunda: "perca" é forma verbal do imperativo e do subjuntivo: "Não perca mais tempo";  "Espero que você não perca mais a paciência". "Perda" é substantivo; indica ato ou efeito de perder: "Foram significativas as perdas dos agricultores"; "Não faça isso. É perda de tempo".



PERDER



                                 "Perder para" ou "poder de"? "O time A perde do time B ou "para o time B? Vamos lá: as duas regências são abonadas. Você tanto pode dizer que "O Bahia perdeu para o Vitória" quanto "O Bahia perdeu do Vitória".



PERMITIR


                                             Vamos ver como se comportam as regências de alguns verbos sinônimos de "permitir", como "autorizar", "consentir" e "possibilitar". Se alguém autoriza, "autoriza algo a alguém" ("O  diretor autorizou-lhe algumas despesas") ou "autoriza alguém a fazer algo" ("o chefe o funcionário a se ausentar", "O chefe autorizou-o a se ausentar") Se alguém consente "consente algo a alguém" ("O bibliotecário consentiu-lhe consultar os arquivos especiais"). E, finalmente, se alguém possibilita "possibilita algo a alguém" ("Isso lhe possibilitou a cura"). Em nenhum caso usaríamos a estrutura inadequada de "Não o permitiu fazer". Não diríamos, portanto,  "Não o autorizou fazer", "Não o consentiu fazer" ou "Não o possibilitou fazer".



                                     Comentários do Professor Pasquale Cipro Neto

                                                  Dicionário da Língua Portuguesa


                                             Gold Editora Ltda

domingo, 16 de junho de 2013

DESAFIO LITERÁRIO

                           Faço agora um pequeno desafio literário. Embora o teor do mesmo não seja relacionado a livros e literatura em geral e sim a curiosidade, proponho aos interessados que me enviem as respostas corretas relacionadas ao mesmo. Ou seja, quais são os meios de comunicação do Brasil que usam os seguintes slogans nos seus respectivos anúncios publicitários?

1 - "MANDOU, CHEGOU"

2 - "DEDICAÇÃO TOTAL A VOCÊ"

3 - "NÃO DÁ PRA NÃO LER"

4 -  "A GENTE SE LIGA EM VOCÊ"

5 - "VOCÊ USA, VOCÊ CONFIA"

6 - "SIMPLESMENTE INDISPENSÁVEL"

7 - " A RÁDIO QUE TOCA NOTÍCIAS"

8 "ESPORTE CAMPEÃO"

9- "...LUGAR DE GENTE FELIZ"

10..."O CANAL DE NOTICIAS"


                   A PRIMEIRA PESSOA QUE ENVIAR A RESPOSTA CORRETA PARA O E -MAIL
JOBOSCAN50@Yahoo.com.br receberá um livro (romance) de presente.

                                  Atenciosamente,


                                       JOBOSCAN DE ARAUJO

sexta-feira, 14 de junho de 2013

CONCEPÇÕES SOBRE ADULTÉRIO

* O casal que foi maculado e atingido por um adultério, se não colocar um ponto final no relacionamento, a vida de ambos se tornará um inferno repleto de de desconfiança, ressentimentos e acusações recíprocas. Se por acaso até na hora de um ato sexual, sem muito clima e ardor, poderá surgir um receio por parte do cônjuge traído que até naquele momento íntimo terá a sua mente invadida por um pensamento infiel. O certo ou errado é que, depois de uma traição, seja de que parte for, a vida de um casal nunca mais será a mesma de antes. Isto ninguém terá a menor dúvida.


* Se a traição física de um  membro de um casal deixasse alguma cicatriz no corpo da pessoa traída, talvez o tempo, com a ajuda de algum medicamento fosse uma medida paliativa, ou seja, resolveria o trauma superficialmente e por pouco tempo. Porém, como a mágoa que surge após um fato como este fere o âmago do respectivo cônjuge, dificilmente o fator tempo surtirá algum efeito satisfatório e definitivo. Pois o tempo não cura todo o mal, apenas o tira de foco.


* A nódoa da traição que mancha uma vida conjugal é simplesmente indelével. Tanto faz se foi o homem ou a mulher que cometeu o ato infiel. O perigo maior consiste na maneira como tal fato vier à tona. Dificilmente ele será aceito com a devida resignação. Pode-se até perdoá-lo,mas esquecê-lo, jamais! E o que é pior é que ninguém, por maias ilibada que seja, estará isenta de um deslize deste. Pois é o tipo de coisa que ninguém tem condições de programar, adivinhar, pois ninguém tem noção quando pode acontecer uma súbita paixão movida por uma atração física involuntária.


                                           JOBOSCAN DE ARAÚJO

quarta-feira, 12 de junho de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1201 - "Odiar as pessoas é como atear fogo na casa para se livrar de um rato".

                             Harry Emerson Fosdick


1202 - "O homem de sorte se cair no mar sai com um peixe na boca".

                                            Aforismo libanês

1203 - "O desemprego é um acidente econômico que machuca fundo a dignidade humana".


                                       John Fitzgerald Kennedy

1204 - "O tempo não cura tudo. Mas afasta o incurável do foco central".

                                               Herbert Marcuse


1205 - "O subdesenvolvimento não se improvisa. Ele é uma obra de séculos".

                                                      Nelson Rodrigues

1206 - 'O tempo acalma e esclarece. Nenhuma disposição de ânimo pode ser mantida inalterada ao longo de horas".

                                              Thomas Mann

1207 - "O trabalho pode ser um grande benefício para o homem, pois pode livrá-lo de três grandes males: o tédio, o vício e a fome".

                                                  Voltair

1208 - "O mundo está cheio de pessoas úteis, mas vazio de quem lhes dê emprego".


                                              Johan Pestalozzi

1209 - "Os olhares sedutores das pessoas nem sempre são convites, algumas vezes acontecem só para continuar tentando a eficiência da sedução".

                                                        Quiroga


1210 - "O que modela a nossa sorte não é o que experimentamos, mas a maneira de senti-lo".

                                          Mivon Ebner

segunda-feira, 10 de junho de 2013

CURIOSIDADES

NOTAS MUSICAIS


                          Porque as notas musicais chamam-se (DÓ-RÉ-MI-FÁ.SOL-LÁ-SI?). Guido D'Arrezo, um monge beneditino, nascido no ano 1000, entrou ainda moço no Mosteiro de Pomposa. Apaixonado pelo canto do coral, percebeu que um hino popular em honra de São João, padroeiro dos músicos, no começo de cada verso, o som tinha um tom mais alto que o anterior. Tomou, então, a primeira sílaba de cada verso e formou a escala musical.

                           O hino era este: UTquont laxis - REsonares fibris - MIra gestorum -FAmulti tuorum- SOLve polluti - LAbii reatum - SInct Johannes.

                          Os nomes das notas resultaram assim: UT (transformado depois em DO). Desta maneira tornou-se fácil reter os nomes e a posição das notas musicais.

                                     Seleção de Elvino Emiliano Costa
                                        São Pedro dos Ferros/MG


TECNOLOGIAS 3G e 4G


                       A 3G é uma tecnologia de transmissão sem fio usada pela terceira geração de telefonia móvel e também por computadores para acesso à internet. A primeira geração foi a dos celulares analógicos e a segunda dos digitais. Como proporciona uma transmissão de dados mais veloz, a tecnologia 3G torna possível às empresas oferecer pacotes de serviços complexos a custos acessíveis. Entre os serviços prestados estão internet, banda larga, TV no celular, jogos tridimensionais e download de músicas e vídeos com mais rapidez, e a videochamada, com transmissão de áudio e imagem simultânea. Se com a tecnologia de segunda geração de telefonia móvel (2G) o tempo para baixar uma música pode chegar a 18 minutos, com a 3G é de cerca de um minuto.

                 4G são as siglas da quarta geração telefonia móvel. Baseado no já estabelecido, a tecnologia 4G consistirá em altíssima velocidade na geração da transmissão de dados.


                                                Adaptado do Globo Online do de 23/02/2011

sábado, 8 de junho de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                                                    O ANO DE 1967


                              Este primeiro semestre começou bem para mim. Pois logo que cheguei, quando pensava como ia fazer para comprar material escolar e alguns apetrechos pessoais, eis que a sorte me visitou, pois encontrei uma pequena quantia de dinheiro perdido no chão logo na entrada no seminário. Guardei-a por algum tempo e como não ouvi nenhum comentário que alguém conhecido tivesse perdido algum dinheiro, então não tive dúvida, fui ao comércio e comprei logo o que precisar adquirir para iniciar este ano letivo. Além de cadernos, livros e canetas, ainda o dinheiro deu para comprar um par de sapatos e uma calça. Que maravilha! Só assim não precisava logo nos primeiros dias ir pedir dinheiro emprestado ao reitor do seminário, por sinal, atitude esta ambas as partes não gostavam.
                        
                           Antes de terminar este primeiro semestre de 1967 recebemos uma visita de um grupo de estudantes de um colégio de São Luiz -MA. O objetivo principal era fazer um trabalho de pesquisa in loco de alguma atividades escolares dos estudantes piauienses. Nesta ocasião, antes de começar o trabalho em equipe, tivemos uma participação ativa, visitando alguns colégios de Teresina e participando das pesquisas que eles estavam elaborando. Com isso, à proporção que prestávamos alguma ajuda, concomitantemente, aprendíamos também muitas coisas. Foi uma permuta cultural de grande valia.

                           Antes deles partirem, combinamos uma partida de futebol e a mesma foi realizada num clima amistoso quando o jogo terminou empatado em 1 X 1. E sendo assim, aquela visita terminou formando um vínculo de amizades entre a nossa turma e a daqueles estudantes maranhenses. Amizades esta que foi retribuída no final deste mesmo ano quando realizamos um passeio à cidade de Caxias no Maranhão, quando encontramos alguns daqueles estudantes que nos serviram de cicerones para melhor conhecermos a cidade do poeta Gonçalves Dias.


                                                   Próxima postagem: SEGUNDO SEMESTRE DE 1967

quinta-feira, 6 de junho de 2013

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

PENTACAMPEÃO


                         'Penta' vem do grego e significa 'cinco'. É pentacampeão aquele que conquista o título pela quinta vez. O problema é que muita gente diz que só é penta quem ganha cinco vezes seguidas. Linguisticamente, não há nada que exija  que os títulos sejam seguidos. Em tempo: "bi, tri, tetra, penta, hexa', hífen apenas antes de 'h' e de palavras iniciadas com a mesma vogal da terminação do prefixo.


PEQUENO


                              É bom lembrar que em Portugal (na língua falada e em textos literários) é muito comum o emprego de 'mais pequeno' no lugar de "menor": "A Bélgica é mais pequena que (ou 'do que') a Itália". Em escritores brasileiros (até a primeira metade do século XX, mais ou menos) também se vê esse registro, mais raro em dia. Já a forma 'mais grande' é desabonada, tanto no Brasil quanto em Portugal, quando se trata de comparar a mesma qualidade de seres diferentes. Diga-se, pois, que uma casa é maior ( e não "mais grande") do que outra.


PEQUINÊS


                                         A China é o país mais populoso do mundo. Mais de um bilhão de pessoas vivem lá. A capital desse importante país oriental é Pequim. Pois bem, qual é o adjetivo relativo a Pequim? É "pequinês. Exatamente por isso, aquele adorável cãozinho se chama "pequinês". Esse cão é oriundo da China. Por falar em "pequinês", é bom não confundir essa palavra com "pequenez", que nada mais é do que "qualidade de pequeno". Pode-se, portanto, falar em "pequenez d'alma".



                                                 Comentários do Professor Paquale Cipro Neto

                                                             Dicionário da Língua Portuguesa

                                                     Gold Editora Ltda

terça-feira, 4 de junho de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1191 - "O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo".


                                Clarice Lispector

1192 - "O verdadeiro pretensioso sempre se acha mais inteligente do que todos os que são tão burros quanto ele".

                                  Jô Soares

1193 - "O homem deve criar as oportunidades, não apenas encontrá-las".

                                   Francis Bacon

1194 - "O desprezo pelas leis, a promoção da desordem podem ser eficientes instrumentos para a derrubada de um governo e para a tomada do poder".

                                João Melão Neto

1195 - "O orgulho está para o caráter assim como o sótão está para a casa: a parte mais alta e, via de regra, mais vazia".

                                          John Gay

1196 - "Os homens tornam-se maus e culpados porque falam e agem sem antever os resultados de suas palavras e atos".

                                      Franz Kafka

1197 - "O desejo é a essência do homem".

                              Baruch Sínosa

1198 - "O capital é como o vento. Só entra onde tem saída".

                                   Aforismo Árabe

1199 - "Os vivos são pó que anda; os mortos são pó que jaz".

                                      Pe. Antônio Vieira

1200 - "Onde todos são corcundas, o homem bem feito é uma monstruosidade".

                                             Honoré de Balzac

domingo, 2 de junho de 2013

UMA INUSIATADA DOAÇÃO DE LIVROS E REVISTAS

                               Desde criança que sempre tive um apreço muito grande pelos livros e, principalmente, todo o tipo de leitura sadia. A bibliofilia nunca mais me abandonou. Durante a minha juventude, por onde morei e estudei, a leitura de livros e revistas se transformou numa obsessão tão grande que, após o meu casamento, as pessoas que iam à minha residência logo ficavam admiradas pela quantidade de livros e revistas que a primeira indagação era sempre a seguinte:
                              -"Nooossa! Quantos livros? Você já leu tudo isto?"
                              O certo é que, com o passar dos anos e com a minha família aumentando assim como também as despesas e responsabilidades, pouco a pouco a aquisição de livros e revistas diminuiu bastante. Mas parar, nunca. Sendo assim, modéstia a parte, orgulho-me da minha biblioteca particular e tenho muito prazer em atender alguma pessoa que me pede algum livro emprestado.
                              Certa ocasião, ao catalogar os meus livros, percebi que havia alguns títulos repetidos e em bom estado e logo tomei uma decisão de começar a me desfazer de alguns volumes assim, usando um método não convencional. Ou seja, ao invés de fazer uma doação em lotes a alguma escola ou biblioteca pública, tive a ideia de deixá-los "esquecidos" nos orelhões das ruas e avenidas do bairro onde moro e alhures. Não optei por deixá-los em bancos de praça pública por puro receio que eles não fossem recolhidos de manenira adequada e, possivelmente indo parar em alguma lixeira ou mesmo destruído pelo mau tempo, não atingindo o objetivo essencial que é informação cultural e entretenimento.
                             Portanto, sempre na hora da minha caminhada mantinal ou vespertina, abasteço-me de uma sacola com alguns livros ou revistas e vou deixando por estes lugares que citei, isto é, orelhões. De longe, quando percebo alguém usando um telefone público, esquivo-me e postergo a minha doação costumeira. Mas quando volto e percebo que o local está llivre, então não perco tempo, deixo propositadamente algum livro ou revista para brevemente alguém pegar e levar para casa.
                            Sem querer massagear o meu ego, não posso deixar de citar um fato que ocorreu comigo logo após deixar uma revista num destes orelhões. Uma senhora me abordou, quando vinha da escola com os seus dois filhos pequenos e ao perceber o meu gesto foi direta ao assunto:
                           -Moço, você por acaso poderia me dar alguma revista para o meu filho recortar e fazer um trabalho escolar?
                           Simplesmente abri a sacola e falei para ela:
                           -Aqui está: pode escolher.
                           Este pedido espontâneo e logo atendido foi o máximo naquele dia. Serviu-me de estímulo para continuar com o meu percurso cultural, deixando sempre que posso, livros e revistas nos orlhões do bairro onde moro e oxalá tivesse condições agir assim em todo o nosso Brasil! Quem sabe muitas outras pessoas possam também agir assim e o plantio cultural seria bem mais vasto e completo.


                                                                          Joboscan de Araújo