sexta-feira, 31 de maio de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1181 - "O que dizemos nem sempre é parecido com o que somos".

                                     Jorge Luiz Borges

1182 - "O bem não significa simplesmente não fazer o mal, mas antes não desejar fazer o mal".

                                           Demócrito


1183 - "Ouvimos sempre dizer que as pessoas más são incapazes de nos encarar firmemente. Não há maior tolice nesta afirmação. A pessoa desonesta sim, encara fria e firmemente a outra pessoa, a sua vítima, em plena luz do dia ou sempre que houver algum proveito a tirar da dita cuja".

                                             Charles Dickens


1184 - "O homem que comete um erro e não ocorrige está cometendo outro erro maior".

                                               Confúcio

1185 - "O melhor jeito de se livrar de um problema é resolvê-lo".


                                        Dr. Lair Ribeiro

1186 - "O maior erro que se pode cometer na vida é o medo constante de cometer erros".

                                          Elbert G. Hubbard

1187 - "O dinheiro separa e promove uma competição onde ninguém ganha, todos perdem".

                                      Quiroga

1188 - "O melhor modo de se vingar de um inimigo é não se assemelhar a ele".

                                      Marco Aurélio Antônio

1189 - "O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos".

                                          Oliver Wendell Holmes

1190 - "O dinheiro não tem cheiro, mas a partir de um milhão começa-se a sentí-lo"

                                              Tristan Bernard

quarta-feira, 29 de maio de 2013

COMENTÁRIOS SOBRE ADULTÉRIO

* Sobre o adultério numa família, após o ato sexual fora do casamento de um dos membros do casal, inegavelmente, ao se tocar, ao olhar o corpo de tal pessoa ninguém será capaz de perceber a falta de nenhuma parte física. Estão ali: cabeça, tronco e membros. Mas algo fundamenta, imprescindível numa convivênvia antes sadia foi extirpado e jogado fora: estou falando da CONFIANÇA. Consumada a traição, o adultério, a pessoa traída pode até querer fazer uma média, dizendo que perdoa a outra. Mas tudo indica que isto é da boca pra fora. Por algum motivo específico ela não pretenda se separar da outra, apesar de ser vítima, e relevar até onde for possível. Só que a convivência jamais será a mesma com a ausência gritante da CONFIANÇA. E possivelvemente poderão viver os dois sob o mesmo teto, mas cada um na sua.


* Num casamento, quando um dos cônjuges comete o deslize da traição, o outro que se sente vítima, por mais que se esforce para perdoar ou esquecer esta mágoa, vai ser muito difícil. Chega a ser praticamente impossível. Principalmente esquecer. Portanto, quando um membro de um casal descobre que foi traído será inútil reverter tal situação, procurando fazer alguma justiça, o que neste caso nunca compensa. Pois se matar, tornar-se-á um assassino, mas sempre carregando o estígma de corno. Se fugir, será um covarde com o mesmo título pejorativo. Se então tentar se matar, também não vai adiantar: será eternamente lembrado como um suicida (corno). Sendo asim, o estigma da traição infelizmente é uma mácula indelével. Dizer que só o tempo cura, é pura balela. Ele apenas tira o assunto traição de foco, dos comentários. Pois no âmago da pessoa traída a chama continuará sempre acesa, que jamais será apagada por nada deste mundo.


*Há duas etapas específica em todo o casamento: a) antes de uma traição, seja de que natureza for, não importa o cônjuge que a cometeu; b) Depois deste fatídico deslize, mas infelizmente um fato comum e corriqueiro que acontece desde os primórdios da humanidade. No primeiro caso tudo é uma maravilha: confiança recíproca, alegria, felicidade etc. No segundo, tudo pode acontecer. Desde um crime passional a uma aceitação com muitas ressalvas e desconfiança. O que se resume que nada, mas nada mesmo será como antes. Assim como diz a música COMO UMA ONDA: "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia". Música esta que fez muito sucesso quando foi gravada pelo cantor Lulu Santos.


                                          Joboscan de Araújo

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A DROGA ATRAVÉS DO MURO

                              Pode parecer contraproducente, mas tomo a liberdade de parodiar o renomado escritor russo Leon Tolstói escrevendo assim: todos os traficantes são parecidos entre si quanto as suas atividades espúrias, enquanto os revendedores de suas drogas agem cada um a sua maneira.
                             É isso meso: este tipo de "trabalho" ilegal está sempre envolto de disfarces, camuflagens de diversas formas, inclusive as mais bisonhas possíveis, com o objetivo de ludibriar as autoridades policiais que tentam coibir tal atividade. Diariamente são pegos em flagrantes vários deles transportando ou vendendo maconha, cocaína e seus derivados, façanha esta que não os inibe, principalmente quando maus policiais se deixam envolver com subornos ou fazendo fingindo que não viram nada, não sabem de nada etc, denegrindo a corporação que representa. Este é um fato lamentável que a imprensa, amiúde, divulga mas mesmo assim, pouco se se sabe o resultado destes delitos coniventes quando o assunto é tráfico de drogas.
                          Infelizmente, em todos os bairros de todas as grandes cidades há sempre pontos de venda de qualquer tipo de droga. Esta é uma verdade incontestável. Para dificultar sempre a abordagem da polícia séria, isto é, não corrupta, os atravessadores agem, por sua vez, de várias maneiras. Vejam, por exemplo, esta que os meliantes usam no bairro onde moro: sempre que passo por uma rua bem movimentada aqui do bairro onde moro, sem grande dificuldade, percebo que, através do muro de um dos prédios, eles conseguem vender o tal produto através de um cano estreito, onde só cabe um braço e quando o freguês grita  a quantidade de papelotes, primeiramente passa o dinheiro, de preferência trocado, no mínimo dez reais a unidade e logo em seguida recebe o maléfico produto. É tudo muito rápido, parecendo bem treinado. Mas não o é. E sim o costume de fazer transação ilícita e perigosa. 
                        Percebe-se, de vez em quando, a presença de uma viatura policial numa boca de lobo desta, mas segundo falam as más línguas, se os tais policiais não estiverem ali para conseguir também algum deste produto na manha, passam ali apenas para receber alguma propina. E quando resolvem levar alguém preso, dizem, é só "teatro", ou seja, para disfarçar  e enganar a população da adjacência.


                                            Joboscan de Araúijo

sábado, 25 de maio de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                          SEGUNDO SEMESTRE D      1966

           Com a aproximação do feriado de 7 de Setembro, como não participávamos diretamente no desfile, assim como os outros colégios, foi programado um passeio à cidade litorânea de Parnaíba, mais precisamente à praia de Luis Correia, bastante conhecida por suas areias branquíssimas.
          A viagem de ida foi realizada de trem. Para a maioria de nós, uma grande e encantadora novidade. A estação ferroviária,por sinal, ficava bem perto do seminário. A viagem foi tranquila, mas demorou mais do que o normal, devido alguns problemas técnicos. Mesmo assim desfrutamos o máximo sempre apreciando as bonitas paisagens e pequenas cidades por onde passamos. A chegada à Parnaíba aconteceu no começo da noite daquele sábado. Coincidentemente a estação estava lotada de jovens torcedores  que aguardavam a chegada de um time de futebol da capital piauiense que ira jogar em Parnaíba. Como descemos em grupo, cada um com a sua mochila e mais alguém carregando uma bola, isto chamou a atenção dos torcedores locais que nos confundiram com os atletas do Ríver da capital. Quando perceberam que não éramos o que eles aguardavam, ensaiaram uma vaia, inclusive com algumas chacotas e pilhérias. Mas aí já era tarde, o ônibus que nos aguardava logo partiu rumo à Luis Correia, deixando-os frustrados duplamente.
             Ficamos hospedados num casarão muito bem conservado. O barulho das ondas do mar era assustador, principalmente para quem não o conhecia, como eu, por exemplo. Dava uma nítida impressão que a qualquer momento uma enxurrada invadiria o local onde estávamos hospedados.
             Antes do banho de mar, como não poderia deixar de ser, cumprimos com o nosso preceito dominical, assistindo à Santa Missa numa capela próxima, em seguida, após o café da manhã, o nosso reitor reiterou a admoestação feita sobre o nosso comportamento:
                  -"Aqui não tem nenhuma criança. Apesar do nosso ideal, da nossa vocação não nos permitir envolvimento sentimental, amoroso com o sexo oposto, não quer dizer que devemos fugir das mulheres como se elas fosse uma doença contagiosa, algo maléfico. Não é nada disso. Podemos sim conversar com qualquer uma garota, educamente, sem se envolver.Hoje, mais do que nucna, ao tomarem conhecimento da presença de vários seminaristas, sem dúvida, farão de tudo para provocá-las. Mas isto faz parte do comportamento feminino. Podem agora se dispersar, brincar à vontade e nada de grupinhos isolados, só observando o movimento. Pelo que sabemos, aqui não tem nenhum deficiente físico e mesmo que tivesse estaria também liberado para demonstrar o seu lado social. E um último aviso muito importante: muito cuidado com o mar. Sei que a maioria aqui não o conhecia ainda. Portanto, é muito bom ir devagar. Todo o cuidade é pouco. O mar é traiçoeiro e perigoso, mas só faz vítima se esta for imprudente com ele. Boa diversão e até mais tarde na hora do lanche."

                     Por fim chegou a hora de regressarmos ao seminário. Desta vez voltammos de ônibus. Como estávamos cansados de tanta diversão, a maioria voltou dormindo. E graças a Deus não houve nenhum contratempo nem na ida e muito menos na volta. Valeu!


                                           Próxima postagem: Ano de 1967
                     

quinta-feira, 23 de maio de 2013

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

* PEIXE

              Em "piscicultura" há o elemento de composição latino "pisc- ("peixe"). O "pisci-" sw "piscicultura" é o mesmo de "pisciforme" ("que tem forma de peixe"), "pisciano" ("relativo ao signo de peixe"), "piscina" ("que, ao pé da letra, significa "viveiro de peixes"), "piscívoro"("que come peixes") etc. Em "piscívoro", temos outro elemento latino ("-voro", que significa que se alimenta. A forma de origem grega correspondente a" piscívoro" é "ictiófago" ("ictio-" é peixe; "-fago" é "que se alimenta")


PENÍNSULA


              Que diferença há ente "ilha" e "península"? Em termos de coceito, a diferença é simples: uma "ilha" é uma porção de terra (não muito extensa) cercada de água por todos os lados; uma "península" é uma porção de terra cercada de água por todos os lados, menos por um.. A "península", portanto, é quase uma "ilha". Pois é aí que está o detalhe interessante.  A palavra "ilha" vem do latim ("ínsula"). Em "península" temos o elemento latino "pene" (que significa "quase") acrescentado ao elemento latino "ínsula" ("ilha", como já vimos). Esse "pene" é o mesmo que se encontra em "penúltimo" ("quase último") ou ""penumbra" ("quase sombra"), por exemplo.


PENSAR


              "Não pense os ferimentos.. É melhor que se lhes dê o benefício do oxigênio". Não houve engano, não, caro leitor. Depois de "pense" havia mesmo "os" (e não "nos" nesta frase, que fez parte da prova de Português do vestibular de uma importante institutição universitária brasileira.. Alguns professores de Português (sobretudo os obstinados) e muitos médicos certamente sabem o que significa "pensar" os ferimentos. Entre as tantas acepções de "pensar", encontra-se de "pôr penso em". Como "penso", no caso, é "curativo", "pensar os ferimentos" equivale "cobrir os ferimentos com curativos". Com a frase em questão, portanto, quer-se dizer que é melhor não cobrir os ferimentos; é recomendável deixá-los em contato com o ar.




                                   Comentários do Professor Pasquale Cipro Neto

                                                 Dicionário da Língua Portuguesa

                                           Gold Editora Ltda

terça-feira, 21 de maio de 2013

UM FUNCIONÁRIO NOTA DEZ

                           Primeiramente, este funcionário de um renomado Banco aqui de São Paulo, mais precisamente da zona leste, estava trabalhando com bastante eficiência. Inclusive, neste dia, estava sozinho. O outro caixa estava vazio. À sua frente, duas filas se formavam, uma delas, preferencial, por sinal era bem menor do que a outra. E como agia o referido funcionário deste Banco? Simplesmente atendia,alternadamente, os clientes das duas filas. Então, com toda a razão, o atendimento se tornava moroso, mas ninguém lamentava acintosamente, pois percebia-se que era apenas um funcionário para atender as duas filas.
                        Mas como sempre tem alguém que gosta de levar vantagem em tudo, eis que uma mulher nova, cheia de saúde, deixou o seu lugar e se dirigiu a uma senhora, na fila preferencial, a qual seria a próxima a ser atendida e pediu-lhe um grande favor de pagar suas contas e so assim sairia logo daquela longa espera. Mas, como se costuma dizer: "caiu do cavalo ou do burro". Pois aquele funcionário exemplar ao perceber aquela atitude inadequada, incontinenti, pediu que aquelas duas clientes não comentessem aquela injustiça para com os demais, explicando que não permitiria aquela suposta "gentileza".
                      Pensei, erroneamente, que ao chamar a atenção daquelas senhoras, aquilo seria um prato cheio para uma celeuma no interior da agência, o que atrasaria mais o lento atendimento daquele dia. Ainda bem que ambas acataram aquela repreensão. E aquela que tentou dar uma de esperta voltou ao seu lugar e nada mais de anormal aconteceu no interior daquela agência, pelo menos até aquele momento.


                                           Joboscan de Araújo

domingo, 19 de maio de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1171 - "O verdadeiro heroísmo consiste em persistir por mais um momento, quando tudo parece perdido"

                             W. F. Grenfel


1172 - "O acaso é, talvez, o pseudônimo que Deus usa, quando não quer assinar suas obras".

                                      T. Gauthier


1173 - "O sábio que não diz o que sabe é como a nuvem que passa e não traz chuva".

                                          Pensamento Árabe

1174 - "O homem não pode envelhecer antes de ficar sábio".

                                         Shakespeare


1175 - "O que ama não pede sacrifício, sacrifica a si mesmo".

                                 Gabriela Mistral


1176 - "Os amantes sabem o que querem, mas não do que precisam".

                                        Publius Syrus


1177 - "O amor verdadeiro é como os fantasmas, de que todo mundo fala e que poucos viram".


                                               La Rochefoucould


1178 - "O coração tem razão que a própria razão desconhece".


                                           Pascal


1179 - "O amor deixa de ser um prazer, quando deixa de ser um segredo".

                                        Abbé Cotin

1180 - "O compromisso de todo programa de estabilização não é com a urgencia. É com a perseverança"


                                    Franco Modigliani

                                   

sexta-feira, 17 de maio de 2013

CONCEPÇÕES SOBRE DE (Disfunção Erétil)

* Tem homem que só cai na real quanto o momento certo de uma relação sexual, depois de ter tentado alguma sem sucesso, por não ser correspondido, talvez por motivos óbvios. Por exemplo, quando ele, após um sonho erótico, ao acordar no meio da noite, provoca a parceira com carícias e preliminares frustradas, tendo em vista a mesma ter ido se deitar  muito cansada, após um dia atribulado e, evidentemente sem nenhum disposição para aquilo que ele pretende. Para ela, essa indiferença é justificada, mas muitas vezes incompreendida e não aceita. Contudo, quando o clima entre os dois volta a ser normalizado, isto é, ambos estão bem dispostos e excitados, aí são outros quinhentos e a cama chega a pegar fogo...


* Que os cientista inventaram com sucesso a pílula azul masculina, isso é simplesmente incontestável. Pois o comentário em geral é que tais estimulantes sexuais ressuscitaram uma parte física do homem, dando prazer completo ao casal. Por outro lado, o efeito de tal pilula só será íntegro se as duas partes - homem e mulher - estiveram em comum acordo e acima de tudo houver ambiente e clima adequados para um momento íntimo. Caso contrário, será um dinheiro gasto em vão. Só  é lamentável que não inventaram algo para que a mulher tenha sempre um orgasmo literalmente prazeroso, sem precisar usar de subterfúgio ou fingimento na hora H, só para impressionar ou estimular o parceiro.


* O adultério, tanto masculino quanto feminino, antes de mais nada, é um ato comum que sempre ocorreu desde os primórdios da humanidade. Mesmo assim, apesar das facilidades, das várias maneiras para um dos membros do casal trair, quando isso vem à tona, ninguém em sã consciência aceita resignadamente. A primeira ideia que vem à mente da pessoa traída é que ela foi preterida, passada para trás e a partir deste fato lamentável, a confiança, automaticamente, será extinta, escoando-se pelo ralo, colocando um fim dramático ou não num relacionamento, tanto faz entre namorados, noivos ou casados. A frustração é sempre a mesma.


                                       Joboscan de Araújo

quarta-feira, 15 de maio de 2013

APOSTASIA INVLUNTÁRIA

                                                  DISCRIMINAÇÕES LOGO DE CARA


                    Por incrível que pareça, durante este primeiro semestre de 1966, logo de cara percebemos algumas atitudes discriminatórias. Isto nos foi lembrar imediatamente do Padre Anísio que nos alertou sobre estas coisas e algo mais. Portanto, estava coberto de razão.
                     Aqui estão algumas delas:

                    a) Na hora da missa, a leitura da epístola era feita geralmente por seminaristas, seguindo um rodíio elaborado pela "panelinha" que vivia bajulando o reitor em várias ocasiões. E os leitores eram quase sempre os mesmos, ou seja, veteranos e que pertenciam a Arquidiocese de Teresina. Quer dizer, nós da Diocese de Oeiras, dificilmente tínhamos alguma participação nestes momentos solenes. Era impressionante e notória a exclusividade (a parcialidade, a injustiça) nestas ocasiões.

                  b) No futebol dava para perceber certo desequilíbrio na formação dos times. Percebia-se um bairrismo grotesco, principalmente quanto a comemoração nas partidas vitoriosas. Como não havia juiz, perder não fazia parte do dicionário deles. Muitas vezes ganhavam no grito! E quem teria a coragem de provocar briga, celeuma por causa disto. Literalmente, nós levávamos na esportiva.

                 c) Na hora da limpeza do prédio, que era tinha corredores e salas enormes, as piores tarefaas, por exemplo, escadas, banheiros etc, ficavam sempre para os novatos, principalmente os da nossa Diocese. Mas vale ressaltar que isto só aconteceu mais no primeiro semestre. Posteriormente, começamos a exigir mais justiça nestas tarefas. O que é isso, companheiro?

                 Quer dizer, juntando uma coisa e outra chegava-se à conclusão que havia nesta nossa comunidade alunos que tinham mais regalias do que outros. Na hora do recreio, muitas vezes, percebia-se nas nossas conversas opiniões antagônicas, bairristas, por exemplo: qual era a região mais desenvolvida do que a outra e por aí vai. Quanta futilidade, quanta besteira! Opiniões repletas de menosprezo e críticas destrutivas. Em síntese: o primeiro semestre de 1966 não teve muita novidade. Serviu apenas para nos ambientar e ter uma pequena noção quem era quem em nosso meio, isto é, os puxa-sacos, os fofoqueiros, os preguiçosos, os estudiosos etc.



                                   Próxima postagem: 2º Semestre de 1966

segunda-feira, 13 de maio de 2013

MEU NOME É FELICIDADE

                          Faço parte da vida daqueles que têm amigos, pois ter amigos é ser feliz.
                          Faço parte da vida daqueles que vivem cercados por pessoas como você, pois viver assim é ser feliz! 
                         Faço parte da vida daqueles que acreditam que ontem é passado, amanhã é futuro e hoje é uma dádiva, por isso é chamado presente.
                        Faço parte da vida daqueles que acreditam na força do amor, que acreditam que para uma história bonita não há ponto final.
                        Eu sou casada, sabiam? Ah! O meu marido é lindo! Ele é o responsável pela resolução de todos os problemas. Ele constrói corações, cura machucados, vence a tristeza. Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos: A Amizade, a Sabedoria e o Amor.
                       A Amizade é a filha mais velha. Uma menina linda, sincera, alegre; ela brilha como o sol, une pessoas, pretende nunca ferir, sempre consolar.
                       A do meio é a Sabedoria. Culta, íntegra, sempre foi mais apegada ao pai, ao Tempo. A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos!
                       O caçula é o Amor. Ah! Como esse me dá trabalho! É teimoso, às vezes só quer morar em um lugar...Eu vivo dizendo:"Amor, você foi feito para morar em dois corações, não em apenas um". O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo! Quando ele começa a fazer estragos eu chamo logo o Tempo, e aí o Tempo sai fechando as feridas que o Amor abriu.
                      Uma pessoa muito importante me ensinou uma coisa: tudo no final sempre dá certo, se ainda não deu, é porque não chegou ao final. Por isso acredito sempre na minha família. Acredito no Tempo, na Amizade, na Sabedoria e, principalmente, no Amor. Aí, com certeza, um dia eu, a Felicidade, baterei à sua porta! Tenho Tempo para os sonhos. Eles conduzem sua carruagem para as Estrelas.


                                          Autor desconhecido

sábado, 11 de maio de 2013

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

PAULISTA


            Todo paulistano é paulista, mas nem todo paulista é paulistano. Sabe por quê? Porque "paulistano" se refere à cidade de São Paulo, enquanto "paulista" diz respeito ao Estado de São Paulo. Quem nasce em Campinas, por exemplo, é paulista, mas não é paulistano. E quem nasce na capital do Estado, ou seja, na cidade de São Paulo é paulistano e, é claro, também paulista. A questão parece simples, mas não é. Até gente que mora no Estado de São se confunde com os dois termos.. Um amigo estava em uma cidade do interior do Estado com um carro cuja chapa era da capital. Andando devagar, à procura de um endereço, o forasteiro foi advertido pelo motorista do carro que o seguia: "Anda logo, ô paulista!", disse o cidadão, cujo carro tinha a chapa da urbe em que ocorreu o fato. Meu amigo olhou e disse: "Pelo que vejo, o senhor é desta cidade". À confirmação do outro, concluiu: "Então somos paulistas os dois". Não custa repetir: todo paulistano é paulista, mes nem todo paulista é paulistano. Eu, por exemplo, nasci em Guaratinguetá (SP), portanto sou paulista. Como não nasci na cidade de São Paulo, não sou paulistano.





           "Em pé" ou "de pé"? Há dias, em uma cerimônia litúrgica, ao dizer a frase "Fiquemos de pé, para aclamação ao Santo Evangelho", fui contestada por alguém, que me disse que o certo é "Fiquemos em pé". Quem tem razão? perguntou-me uma leitora. As duas formas ocorrem na língua padão. Ambas são mais do que corretas e consagradas.


PECUÁRIA


              A pecuária diz respeito a gado, à criação de gado. E "pecúlio"? Basicamente, é o dinheiro que se reserva para eventualidades futuras. Será coincidência "pecuária" e "pecúlio" começarem por "pecu"? Não se trata de nenhuma coincidência. As duas palavras vêm da mesma raiz latina ('pecu-", cujo significado é "gado" e, por extensão, "dinheiro", já o gado tinha valor de moeda corrente)


                                              Comentários do Professor Pasquale Cipro Neto

                                                             Dicionário da Língua Portuguesa


                                                             Gold Editora Ltda

quinta-feira, 9 de maio de 2013

CONCEPÇÕES SOBRE DE (Disfunção Erétil)

* A indiferença, a frieza sexual é muito comum acontecer na vida de todos os casais. Há pequenas exceções, principalmente por motivos óbvios, quando por exemplo os cônjuges usam subterfúgios diversoas, através de produtos medicinais ou exposições eróticas com o objetivo de aguçar, despertar, excitar a libido de cada um. Caso contrário, a apatia é tão comum que dificilmente se depara com aquele clima romântico propício para uma relação sexual maravilhosa e completa. Só que infelizmente, as tentativas de momentos íntimos são tão tão fortuitas, rápidas que muitas vezes o prazer passa a ser apenas unilateral. E assim vão levando a vida. Mas é melhor do que não tentar nada e viver em completa frustração em todos os sentidos.


*As desculpas esfarrapadas e repetidas que o membro de um casal senore usa para adiar, para fugir, ou seja, para não aceitar um ato sexual podem desgastar acintosamente um casamento. Por exemplo, quando sempre diz: "Estou cansado (a)!". Bem, quando a pessoa que usa esta evasiva realmente trabalha fora e longe de casa, passando por grandes transtornos na condução angustiante ou trabalho estressante, ainda dá para entender um pouco. Mas, se sempre usa a expressão: "Estou sem vontade!" Aí então são outros quinhentos. A história passa a ser completamente diferente. O enredo é outro, literalmente. A desconfiança já começa a ficar presente cada dia que passa. Se começar a monitorar os passos, as atitudes, telefonemas de uma pessoa que fala sempre assim é porque pode surgir alguma trainção no fim do túnel. E que túnel!


* Amiúde, é preferível uma vida celibatária opcional sadia e repleta de outros prazers, sublimando o sexual a uma vida de casado ou mesmo desquitado, separado, mas sempre voltada para um hedonismo repleto de frustrações. Afinal, o prazer sexual pode ser considerado um dos maiores que o ser humano pode usufruir, mas por outros lado, não é o único. A obsessão, a tara compulsória por uma vida sempre voltada para o sexo, seja com quem for pode levar a pessoa que a tiver a muitas desiluzões, frusstrações, sem falar noutro fator muito mais perigoso que são as doenças motivadas por falta de cuidados, principalemnte quando a procura por um prazer assim passa a ser aleatória e sem preservativos.



                                     Joboscan de Araújo

terça-feira, 7 de maio de 2013

RIQUEZA OCULTA

                                   Um lavrador no seu leito de morte diz a seus filhos que há um grande tesouro enterrado nos campos pertencentes à família. De volta do enterro do pai, os filhos começam a arar a terra. Tudo em vão, pois o tesouro permanece oculto. No ano seguinte, ao verificar que devido ao trabalho árduo e esforços aparentemente inúteis o solo se tornar rico e produzira o triplo de frutos. Eles então compreenderam o que o pai quisera dizer com RIQUEZA OCULTA.

                             MORAL DA HISTÓRIA:   Esta fábula simboliza o desafio à mente humana. Precisamos continuar procurando respostas, mesmo que o tesouro nunca seja desenterrado e mesmo que não ha nenhum tesouro, pois somente arando o solo onde crescem o conhecimento e a sabedoria a menta humana se poderá realizar e chegar ao enriquecimento que lhe é destinado.

domingo, 5 de maio de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1161 - "O único homem que nunca cometeu erros é aquele que nunca fez coisa alguma".

                                   ROOSEVELT

1162 - "O que inibe o crime não é o tamanho da pena, ma a certeza da punição".

                             Marquês de Baccaria

1163 - "O homem não foi feito para derrota. Um homem pode ser destruído, mas nunca derrotado".

                                         ERNEST HEMINGWAY


1164 - O Estadoo não pode subornar a moral às pretensões da política".

                                  KANT

1165 - "O amor é como a febre. Nasce e se extingue sem que a vontade nisso tome parte".

                                STENDHAL


1166 - "O amor consola como o sol após a chuva".

                                       WILLIAM SHAKESPEARE


1167 - "O amor é o maior milagre da civilização".

                               STENDHAL

1168 - "O amor é isso: duas solidões que se protegem, se tocam e se acolhem".

                              RAINER MARIA RILKE

1169 - "O ceticismo é o barateamento de uma certa filosofia. O cético não vive, desconfia. Não participa, espia. Não faz, assiste."

                                   AFONSO ROMANO DE SANT'ANNA

1170 - "Onde quer que se queimem livros, terminarão por queimar pessoas".

                                     HENRICH HEINE

sexta-feira, 3 de maio de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                               OS PRIMEIROS DIAS NO SEMINÁRIO DE TERESINA

                                                                         1966


                             Os primeiros dias em todo ambiente estudantil diferente, geralmente o recém-chegado fica acanhado, desconfiado, mesmo não sendo tímido. Portanto, fica sempre na dele, como se costuma dizer. Para ele, tudo é novidade, aprendizagem. Entre os novos colegas surge logo o fator simpatia x antipatia. À proporção que o tempo for passando, ficará sabendo quem pode ser amigo e confiável. Por falara em comunidade, costuma-se dizer ou pensar que fofoca é algo próprio do universo feminino. Certo? Errado. Pois num colégio como o nosso, composto só de rapazes, o disse-me-disse, o mexerico também fazia parto do dia a dia, infelizmente. Inicialmente, na hora de algumas escalações para exercer algumas funções dentro do seminário, uma nítida disparidade de preferências, para não dizer injustiça, o que sentíamos no ar que nós, da Diocese de Oeiraas, amiúde, estávamos sendo sempre preteridos. E ficávamos como o óleo na água. Era notória a ausência de homogeneidade. Neste ponto, o padre que nos admoestara sobre este tipo de conduta, de comportamento estava perfeitamente correto quanto as suas orientações.

                       As aulas começaram pra valer. Percebi logo que os professores dali eram bem mais exigentes e preparados. Nada de falta de ambas as partes: docente e discente. E chegar numa sala de aula atrasado era praticamente inadmissível, imperdoável. A disciplina era seguida à risca. Nada de insubordinação, celeuma então, nem pensar. A concentração era total, como se fosse um culto religioso.

                                                   PRIMEIRO DIA DE FOLGA


                        No primeiro domingo de folga aproveitamos para assistir a um espetáculo circense. A nossa pequena turma era formada de cinco seminaristas. Todos da nossa Diocese. O circo estava montado do outro lado da cidade. O espetáculo estava tão empolgante que só saimos no final, esquecendo até a hora de nos apresentar no seminário: 22 horas. Como ônibus neste horário era mais difícil, resolvemos voltar a pé. E andávamos bem rápido, quase correndo, o que gerou algum contratempo, como por exemplo, quando passávamos pela calçada de um quartel, um dos sentinelas saiu da guarita e de arma em punho nos ameaçou, chamando-nos de vagabundos e mandando correr mesmo se não quiséssemos levar chumbo. E foi o que fizemos. E nesta correria, quando já estávamos chegando próximo do seminário, eis que pisei num buraco da tubulação do sistema de esgotos e fiquei com uma das pernas presas. Os colegas, mesmo vendo a minha situação, não voltaram para me ajudar. Neste acidente rasgou a minha calça na altura do joelho, o qual ficou ferido. Quando chegamos, o portão da frente já estava fechado. Tivemos que pular o portão de ferro alto igual ao de um presídio, correndo dois riscos simultâneos:
                        a)  Machucar nas lanças pontiagudas ou
                        b) ser flagrado pela polícia, sendo confundidos com ladrões.

                       Ainda bem que nada disto aconteceu. Só que no dia seguinte já recebemos a primeira advertência do reitor, pois o que não sabíamos era que na hora de recolher e fechar o portão era feita uma chamada geral para confirmar a presença de todos. E neste dia a nossa ausência foi flagrada como ato de insubordinação, o que foi um prato cheio para os outros seminaristas da Arquidiocese de Teresina, parecendo vibrar com isto.


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quarta-feira, 1 de maio de 2013

PARAODOXOS CORRIQUEIROS

   "ÚLTIMO EMPREGO"

                                        Este tipo de paradoxo corriqueiro é comparável ao que já abordei aqui quando mencionei o exemplo do cantor ou escritor quando são entrevistados por alguma emissora de rádio ou televisão, assim se expressam sobre o algum lançamento:

                                      -"Sobre este meu ÚLTIMO  CD ou LIVRO posso informar que estou muito feliz e realizado e façoa votos que os meus fãs / leitores fiquem satisfeitos etc".

                                      O contraassenso dest afirmação acontece quando há outro lançamentoda mesma pessoa, posteriormente, o que contradiz, obviamente, o que ele (a) falou numa entrevista abrodando este assunto: lançamento de CD / livro.

                                      E agora, com relação a esta outra expressão "ÚLTIMO EMPREGO" ela é muito comum, principalmente por ocasião de uma entrevista quando um (a) candidato (a) a uma colocação ouve do (a) entrevistador (a) ou mesmo sem que isto aconteça, a própria pessoa termina falando assim:

                                    -"No meu ÚLTIMO EMPREGRO eu fazia isto e aquilo, ganhava tanto, tinha um relacionamento muito bom com todos etc."

                                     Ora, se uma pessoa assim está se referindo categoricamente ao seu ÚLTIMO EMPREGO, literalmente, o que significa ou que finalidade tem esta entrevista, quando a própria está se habilitando a um novo emprego? É ou não um paradoxo?

                                    Portanto, tudo poderia ser mais claro se tal candidato (a) falassa assim:

                                  -"No meu TRABALHO ANTERIIOR eu fazi isto e aquilo, ganha atanto e o meu relacionamento era bom com todos etc."

                                   Que diferença pode fazer uma simples palavra! Neste caso, ÚLTIMO e ANTERIOR, se pronunciadas numa colocação e hora certas, adequadas, sem dúvida, evitaria um grande paradoxo corriqueiro. Mas, cada um, cada um.


                                                      Joboscan de Araújo