terça-feira, 31 de dezembro de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1381 - "Os tolos, os loucos e néscios têm a vantagem de não sofrerem os males antes que cheguem; os homens prudentes e de juízo os padecem antecipadamente pela sua previdência e reflexão".

                                      Autor desconhecido

1382 - "Os rouxinóis emudecem quando os jumentos ornejam".

                                                   Idem

1383 - "Os velhos sabem e querem, mas não podem; os moços querem e podem,mas não sabem".

                                                      idem

1384 - "Os erros também instruem: há muita gente rica de seus próprios enganos".

                                               Idem

1385 - "Os traidores se associam, mas não se amam nem se confiam".

                                        Idem

1386 - "O mal intencionado sempre fracassa pouco antes de atingir o seu propósito".

                                             Idem

1387 - "O trabalho é uma forma de produção, de ganhar a vida, mas também deve ser um meio de oração".

                                                 João Paulo II

1388 - "Os sábios falam, os educados escutam, os ignorantes discutem".

                                              Autor desconhecido

1389 - "O primeiro sinal de crise no casamento é quando marido e mulher começam a falar sozinhos um com o outro, ou seja, quando o diálogo termina, transformando-se em solilóquio".

                                                  Idem

1390 - "Os que se queixam de falta de liberdade são geralmente os que menos a merecem".

                                           Marquês de Maricá

               

domingo, 29 de dezembro de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                                   ALIMENTANDO UM NAMORO PLATÔNICO

                           Aproveitando que o padre Aderaldo havia viajado, os meus colegas tiveram uma ideia: "Vamos fazer uma serenata hoje?" Alguns deles tinham namoradas e ao saberem que eu tinha uma admiradora, aproveitaram para me incentivar e participar deste programa romântico. Principalmente porque a vitrola que iríamos usar era da paróquia e eu era o responsável (ou irresponsável?) para comandar e executar as músicas durante este nosso périplo noturno nas respectivas casas das jovens. E como não poderia deixar, aproveitei também para passar na casa da minha prima, onde a minha paquera estava hospedada e coloquei para tocar as músicas mais românticas do momento, por exemplo, Roberto Carlos, Paulo Sérgio, Antônio Marcos etc.
                          No dia seguinte o comentário foi geral. Elas comentaram por onde andavam e realmente elas gostaram bastante. Afinal, uma serenata, programa típico das cidades do interior, retratava o romantismo dos jovens, principalmente os mais tímidos como eu. E durante este programa, sempre regado com alguma bebida alcoólica, as horas passavam rápidas e por isso, era sempre muito divertido. O certo é que aquela serenata foi bastante comentada no dia seguinte, repito, inclusive até a minha irmã aproveitou para tirar uma dúvida:
                      -Diga-me uma coisa, meu irmão. Seminarista pode namorar? Eu sei que padre não pode, mas vocês podem?
                     - Quem estar namorando? Perguntei muito sem graça, inclusive só mexendo na comida, demonstrando-me até sem apetite, por sinal, um forte sintoma de quem estava apaixonado.
                     -É o que estão comentando pela cidade. Mas acho que é apenas fofoca...
                     -Deve ser mesmo. Pois eu nem conversei com esta moça. Apenas nos olhamos bastante lá na igreja...
                     -Na igreja, meu irmão? Mas logo lá? Não poderia ser na praça, no salão de baile? Olha que isto deve ser pecado...
                     -Não exagera, minha irmã. Deus é quem sabe.
                     -Conversou ou não, o certo é que de uns três dias pra cá você anda muito diferente. Sem fome, sempre cantarolando músicas românticas, apaixonadas...eu não sei não, mas acho que neste mato tem coelho, neste angu tem caroço.
                    -É, pode ser isto mesmo. Mas repito, Deus é quem sabe.
                     E o nosso papo terminou por aí.

                                                Próxima postagem: O HOMEM NO SOLO LUNAR

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

BIOGRAFIA DESAUTORIZADA

                 O Vaticano se surpreendeu ao receber um tal Gabriel. Veio dar entrada no processo de apreensão de todos os exemplares dos Evangelhos. Segundo o doutor, os evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João não foram fiéis à vida de Jesus. Perante uma comissão de cardeais, doutor Gabriel apontou os graves erros, com fortes conotações difamatórias, contidas nos textos bíblicos.
                  O NASCIMENTO EM BELÉM. Não é verdade que Jesus nasceu numa estrebaria. Isso não faz jus a um descendente do rei Davi. E não convém à fé cristã o episódio dos reis magos. Magos praticam magia, contrária à doutrina cristã. E é óbvio que há fortes influências astrológicas no relato de que eles foram conduzidos por uma estrela do Oriente.
                 O MASSACRE DE BEBÊS  em Belém, passados ao fio da espada por ordem do rei Herodes. Um episódio de caráter nitidamente sensacionalista. Inverossímil. Por que Herodes haveria de temer um recém-nascido? Belém era uma cidade pequena para conter tantos bebês. Jesus não nasceu lá, nasceu em Nazaré.
                A PRESENÇA DE JESUS, AOS 12 ANOS, ENTRE OS DOUTORES. Como o enviado de Deus poderia ser um adolescente desobediente a pessoas tão santas como seus pais, Maria e José? E quem acredita que um pirralho atrairia a atenção de intelectuais?
                AS BODAS DE CANÁ E O MILAGRE DE TRANSFORMAR A ÁGUA EM VINHO. Jesus jamais incentivou o alcoolismo. Por que haveria de fazer um milagre para saciar bebuns? Milagres são para curar, não para evitar fim de festa.
                A MULHER ADÚLTERA. O adultério era punido com o apedrejamento. Como Jesus haveria de perdoar uma safada que traía o seu marido? As leis existem para ser cumpridas, e não fraudadas por corações amolecidos.
                                                         xx.x..x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.
                Dito isso, e ainda mais, Gabriel advogou o veto às quatro biografias não autorizadas que circulam mundo afora sob o título de Evangelhos

                                              Carlos Alberto Libanio Chisto - o Frei Beto.

                                Publicado no jornal Folha de São Paulo em 18 de Novembro de 2013
                                   Coluna  TENDÊNCIAS / DEBATES
                                       

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

AS FESTIVIDADES NATALINAS!

                               Sai ano entra ano e quando chega esta data - 25 de Dezembro - a maioria das pessoas enche a boca para proferir a famigerada frase: "FELIZ NATAL!". E entre comes e bebes, peru e panetone, champanhe e diversas guloseimas a ceia se desenvolve num clima familiar e corriqueiro, quando as trocas de presentes são efetuadas com surpresas agradáveis ou não. O que se tem a lamentar neste dia em que a Igreja Católica Apostólica Romana comemora o nascimento de Jesus Cristo, nosso Salvador, é que Ele é pouco lembrado ou homenageado, ficando esquecido por esta onda de iguarias e bebidas. Sabemos que o sentido profundo do Natal é renascimento, meditação e renovação de propósitos e atitudes mais dignas e humanas, onde a presença do próximo deve ser o foco essencial nas nossas vidas. Só que o egoísmo profundo que impera em todas as camadas da sociedade ignora este propósito de vida, deixando cada um nas suas respectivas redomas e círculos sociais. E por mais que se propale algo diferente nesta festa de confraternização, poucas pessoas tomam consciência do autêntico sentido do Natal aqui e em todas as partes do mundo onde ele for comemorado. O consumismo está em todas as facetas da sociedade e isto ninguém conseguirá mudar, por mais que a Igreja Católica tente chamar a atenção para o sentido santo e mais genuíno desta data magnífica, mas tão deturpada.

                                                   Joboscan de Araújo

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                                                     FLERTE NO TEMPLO


                    Antes do padre Everaldo viajar para o encontro do clero, ele celebrou a missa dominical. Por ocasião deste ato religioso aconteceu um fato inusitado que jamais esquecerei. Pra começo de assunto é bom deixar registrado que nesta ocasião eu não estava ajudando a santa missa. A igreja estava lotada. Eu estava num local estratégico. Repentinamente, olhando assim como quem não quer nada, lembro-me que bem na hora do sermão, sintonizei os olhos de uma garota. A princípio cheguei a pensar que ela estivesse olhando para outro rapaz. Disfarcei um pouco para ter certeza. Sorrateiramente, voltei a olhar para a mesma jovem. Ela continuava olhando na minha direção. Como se tivesse sido flechado por Cupido senti meu coração bater descompassado e forte. Tentei voltar a minha atenção para o sermão do vigário, mas não conseguia. Algo me impulsionava a olhar novamente para aquela jovem.
                 Após a missa eu parecia um nefelibata. Só voltei a mim quando um colega e amigo me confidenciou que aquela jovem que estava olhando para mim era da cidade de Oeiras e estava passando as férias na minha cidade. Por incrível que pareça, coincidentemente, ela estava hospedada na casa de uma prima minha e ex-colega de ginásio. Resumindo: depois de saber disto, ficou mais fácil para eu conseguir mais alguma informação sobre aquela jovem, cujo nome logo fiquei sabendo: Marlene.
                 Passou um dia e eu sem coragem de me encontrar com esta jovem e me declarar. Ficava só na teoria, imaginando o que poderia falar. Não tinha menor ideia. O certo é que foi assim que nasceu no meu âmago este amor platônico que durou seis meses, aproximadamente.


                                Próxima postagem: continuação deste romance (quase proibido)

sábado, 21 de dezembro de 2013

A FUNÇÃO DO BEIJO NO ROMANCE

                      Há atividades que são comuns à maioria dos humanos e das quais gostamos imensamente, sem pensar muito a respeito. Mas, de vez em quando, os pesquisadores sentem a necessidade de tentar entendê-las. Recentemente, psicólogos experimentais da Universidade de Oxford, no Reino Unido, exploraram a função do beijo nos relacionamentos românticos. Eles acharam complicado.
                     Após realizarem uma pesquisa on-line com 308 homens e 594 mulheres com idades entre 18 e 63 anos, a maioria da América do Norte e Europa,os pesquisadores concluíram que o beijo pode ajudar as pessoas a avaliar potenciais parceiros e depois a manter esses relacionamentos.
                    "A alteração de propósito do comportamento é muito eficiente", disse Rafael Wlodarski, coordenador do estudo.
                    Mas outra hipótese sobre o beijo - que sua função seria elevar a excitação sexual e preparar um casal para o coito - não se sustentou.
                    Os participantes da pesquisa foram questionados sobre as atitudes em relação ao beijo durante diferentes fases dos relacionamentos românticos. Também foram questionados sobre seu histórico sexual - por exemplo, se eles eram mais inclinados a encontros casuais ou a relações prolongadas e comprometidas.
                    Pesquisas anteriores haviam sugerido que, num novo relacionamento, o beijo romântico serve para empurrar dois relativos estranhos para o espaço um do outro. Poderia ser uma espécie de entrevistas primária: será que essa pessoa pode ser um(a) parceiro (a)?
                   Os resultados de Wlodarski sugerem uma dinâmica mais nuançada. Os participantes geralmente apontavam o beijo em relações casuais como sendo mais importante antes do sexo, menos importante durante o sexo, ainda menos importante depois do sexo e minimamente importante "em outros momentos".
                   Pesquisas anteriores já demonstraram que três tipos de pessoas tendem a ser mais exigentes na seleção de parceiros geneticamente aptos e compatíveis: as mulheres, os que se consideram altamente atraentes e os que preferem o sexo casual. Nesse estudo, essas pessoas disseram que o beijo era importante principalmente no começo de um relacionamento. Isso pode ocorrer porque, para esses indivíduos, o beijo acaba sendo uma forma rápida e fácil de testar a adequação de um parceiro. Depois desse primeiro beijo, esses tipos têm muito mais propensão do que outros participantes a mudar de ideia sobre um parceiro em potencial, segundo os pesquisadores. Se o beijo dele não é bom, esqueça-o.
                   Mas outras pessoas poderiam usar critérios diferentes para avaliar parceiros: os homens, os que se julgam sexualmente menos atraentes e pessoas buscando compromisso. Na busca mais ampla por um parceiro, esses indivíduos procuram pessoas que pareçam ter inclinação e recursos para um relacionamento longo. E para elas, conforme mostrou o estudo, o beijo tem uma prioridade menor no começo do namoro.
                  Particularmente no caso de homens e mulheres que buscam relacionamento de longo prazo, o beijo serve a outros propósitos, como à reafirmação do relacionamento. Eles usam seu músculo orbicular da boca para mediar, aperfeiçoar e sustentar seus vínculos.
                  Essas pessoas consideram o beijo como sendo igualmente importante antes do sexo e "em outros momentos não relacionados ao sexo". Para esses participantes, o beijo menos importante era o que ocorria durante o sexo.

                                                       JAN HOFFMAN

                                                   (Publicado no New York Times e. simultaneamente, no jornal Folha de São Paulo. Em 12/11/2013)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O EQUILIBRISTA

                         Dois amigos ganhavam a vida em Foz de Iguaçu. Um deles, equilibrista, atravessou um cabo de aço sobre uma das cascatas enormes do rio e passava de um lado para o outro equilibrando-se sobre o cabo. Enquanto isto, o amigo lá embaixo, passava o chapéu entre os turistas arrecadando as doações.
                      Com o passar do tempo, as contribuições diminuíram, e o equilibrista foi obrigado a inovar. Então resolveu atravessar o cabo de aço empurrando um carrinho de pedreiro. Os turistas foram ao delírio, e a sacola das contribuições tornou a encher.
                     Mas, com o passar do tempo, novamente o equilibrista teve de melhorar as apresentações. Então resolveu fazer algo inédito: disse ao amigo:
                      -Amanhã, antes de você passar a nossa sacola entre os turistas, eu vou atravessar o cabo de aço, e você vai sentar no carrinho...
                      Imediatamente o amigo se recusou:
                       -Isto não. Sou seu amigo, gosto de você, confio em você, mas sentar-me naquele carrinho eu não sento não!

                        MORAL DA HISTÓRIA:

                              ÀS VEZES DEUS MANDA A GENTE  SENTAR NO CARRINHO!

                                     Já pensou nisto?

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

EXPOSTO AO PERIGO

                        Bairro de São Paulo muito temido pelo alto índice de assalto e assassinato. O rapaz em questão, que mora do outro lado da cidade, estava na casa da namorada num domingo à noite. Estava tudo tranquilo, tudo bem. Até que, quando menos esperavam, eis que um temporal caiu sobre aquele bairro, de maneira tal que ninguém conseguia sair de casa. O tempo foi passando e a mãe da jovem já estava preocupada com o namorado da sua filha. Como ele iria embora? Estava ficando muito tarde. E na sua casa não tinha condições de abrigá-lo naquela noite chuvosa.
                   Tão logo a chuva diminuiu, rapidamente, ele se despediu e foi pegar o ônibus. No ponto não havia ninguém. Enquanto ali estava aguardando o coletivo que demorava, eis que ele avistou vindo ao longe, dois rapazes. Imediatamente pensou com os seus botões: "Seja o que Deus quiser. Se forem ladrões só espero que não apelem para a violência física". E à proporção que eles se aproximavam o seu coração batia forte e descompassado. Afinal, qual o ser humano que não ficaria com medo num momento daquele?
                   Mas Deus protege sempre as pessoas que Nele confia. E por incrível que pareça, aqueles dois rapazes, mesmo com uma aparência bem estranha, simplesmente passaram ao lado do jovem que esperava o ônibus sozinho naquele ponto, tarde da noite, e seguiram o seu caminho como se não tivessem visto ninguém ali. Ainda bem. Agora fica a indagação: Quem seria capaz de afirmar que aqueles rapazes seriam ladrões? Ninguém em sã consciência. Agora, que aquele rapaz tinha toda a razão de ficar apreensivo e com medo dos mesmos, sem dúvida, isto ninguém pode negar. Ele teve sorte sim, pois aqueles rapazes deveriam ser gente do bem, mas que ficou exposto ao perigo por alguns momentos, isto ninguém tem a menor dúvida.

                                                        Joboscan de Araújo

domingo, 15 de dezembro de 2013

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS

                "VOLTE SEMPRE!"


                  É muito comum observarmos algumas plaquinhas nas paredes ou portas de pontos comerciais com a conhecida frase: "VOLTEM SEMPRE!".  Não resta dúvida, trata-se de uma maneira gentil do dono daquele estabelecimento convidar, indiretamente, os clientes que regressem ali o mais breve possível. Muitos realmente voltam sempre àquele salão de cabeleireiro, `mercado, banca de jornal etc. Isto acontece quando são bem atendidas e outras vezes, talvez por falta de opção, ficando aquela história: "se não tem tu, vai tu mesmo".
                 Só que não querendo ser pessimista, esta mesma frase perderá o seu verdadeiro sentido e objetivo, infelizmente, no dia em que um destes pontos comerciais receber a visita inesperada, indesejável e inoportuna  daqueles indivíduo "amigos" do alheio, ou seja, daqueles meliantes e pessoas nefastas que vivem assaltando em plena luz do dia e, preferencialmente, à noite.
                Por outro lado, há outra ocasião em que dizer: "Volte sempre!" não faz o menor sentido. É quando alguém recebe alta de um hospital ou quando termina de cumprir pena em alguma penitenciária. Se ouvir uma frase deste teor, inegavelmente, será o maior contrassenso ou ironia da pessoa que falar desta maneira, pois tudo indica que só deve mesmo estar brincando. Afinal, quem gostaria de voltar a ficar internado num hospital ou  preso numa cadeia superlotada e fétida?


                                                                            Joboscan de Araújo

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

QUE

            "Com que" ou "com quem"? O pronome "que" ´pode referir-se a pessoas ("As moças que me atenderam"; "As professoras de que mais gosto") ou a coisas ("Os livros que comprei"; "Os pratos em que comi"), portanto não há erro nenhum na frase "O corretor com que fiz o seguro". A forma ""corretor com quem fiz o seguro" também é indiscutivelmente correta, já que é mais do que legítimo ouso do pronome "quem" em relação a pessoas. Vale lembrar que haveria ainda uma terceira possibilidade: "O corretor com o qual fiz o seguro"


QUERER

            Uma loja de uma grande rede estampava o cartaz: "Leve o que quizer e pague como puder". É melhor não levar nada. O verbo "querer" simplesmente não apresenta a letra "z" em nenhuma de suas formas. Esqueça o "z" quando conjugar esse verbo: "quis", "quiseram", quisesse", "quiser", "quisemos", "quisessem", "quiserem", "quisemos". E cuidado quando usar o nome de Deus. Escreva "Se Deus quiser", com "s". Com "z" Deus não quer.


QUILO


            "Pelo amor de Deus, professor! Pelas minhas pesquisas recentes, TODOS (!) os jovens acreditam piamente que "quilo" se escreve com "K". A profusão de restaurantes que anunciam "a kilo" deve estar causando esse desconhecimento geral". O desabafo é de um leitor. Este protesto me lembra o que me relataram recentemente. Interessada nos conhecimentos ortográficos de seu interlocutor, uma pessoa perguntou a um rapaz como ele escreveria "comida por quilo" em um restaurante. Depois de pensar muito, o mancebo disparou: "Self-service"! Caso clássico de ruído na comunicação. Que fique claro: "kg" é o símbolo de "quilo", assim como "km" é de quilômetro.


                                             Comentários do Professor Pasquale Cipro Neto

                                                                Dicionário da Língua Portuguesa

                                                                 Gold Editora Ltda

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1371 - "Os importunos roubam-nos o tempo e nos consome a paciência".

                                 Autor desconhecido

1372 - "O gênio faz o que deve, o talento, o que pode".

                                         George Bulwe Lytton

1373 - "Os sábios não dizem tudo, nem o melhor que sabem: receiam com razão não serem compreendidos, mas perseguidos".

                                       Autor desconhecido

1374 - "O lisonjeiro  é um mentiroso aprazível e mercenário".

                                        Idem

1375 - "O crer é menso incômodo e penoso que o descrer".

                                          Idem

1376 - O tempo voa para quem goza e se arrasta para quem padece".

                                       Idem

1377 - "O jardim das verdades tem altas cercas e espinhos".

                                           Idem

1378 - "O que mais incomoda e atormenta a espécie humana é querer que os homens e as coisas sejam o que não podem ser ou deixam de ser o que são por sua essência e natureza".

                                              Idem

1379 - "Os bons podem não ter amigos, em compensação, aos maus nunca lhes faltam inimigos".

                                             Idem

1380 - "Os dois sexos não são antagonistas: um é complemento do outro".

                                         Idem

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                                                    FÉRIA DE JULHO DE 1969


                                 Faltando uma semana para o início das férias de julho, o novo vigário da minha cidade, Simplício Mendes, o padre Adevaldo Lindenberg, ao tomar conhecimento que eu pretendia ficar no seminário, uma vez que os meus familiares estavam em São Paulo, imediatamente tomou as devidas providências para que eu fosse passar as férias lá, com o objetivo de ajudá-lo durante a visita que ele teria que fazer nas pequenas localidades, administrando os sacramentos e celebrando as missas.
                                Logo que eu cheguei percebi que ele ficou bastante contente, ao mesmo tempo que admirou muito o meu físico bastante franzino e falou em um português com muito sotaque:
                               -"Meu Deus, como você está magrinho? Não 'ter' comida em seminário?
                               -Ah, padre, sempre fui assim mesmo magrinho. O importante é ter saúde.
                               -"Mas é melhor engordar um pouco mais, non?
                               -Não tenho tendência pra isso, não senhor.
                               -Que é 'tendência'?
                               - Não sei bem explicar ao senhor, o certo é que estou bem assim.
                               -Tudo bem, vamos para o que interessa.
                               Em seguida ele me falou que tinha marcado algumas visitas (desobrigas) a alguns municípios adjacentes. Por isso precisava muito da minha ajuda, pois já tinha ido com o seu antecessor e percebeu que precisaria de um ajudante que entendesse da rotina quanto a administração dos sacramentos, por exemplo, casamento, batismo e, principalmente, as missas. Então já no dia seguinte partimos para este trabalho apostólico. Aqui, além  das missas, batizados, casamentos, o vigário fazia rápidas visitas aos enfermos das localidades. E quase tudo que ele fazia era necessário sempre o sacristão, que era a minha função, ao seu lado, ajudando-o no que fosse preciso. Além desta ajuda direta, cabia-me a função de preparar os paramentos, o altar, bater o sino, anunciando o horário das missas e também ensaiar os cânticos litúrgicos com os fiéis. Só não tinha interferência mesmo na hora das confissões, é óbvio. E com isto, como estava sempre ocupado, o tempo passava rápido.
                            Detalhe importante: nestas desobrigas, a refeição em todos os lugares em que ficávamos hospedados, mesmo por pouco tempo, era sempre gostosa e variada, ou seja, caprichada. A família que nos acolhia, podia ser simples como fosse, mas na horas das refeições, café da manhã etc, as iguarias e guloseimas eram sempre deliciosas. Não sabíamos nem por onde começar. O padre Adevaldo então, sempre preocupado como o meu pouco físico, procurava me estimular para me servir bastante. Será que achava que comendo muito eu iria engordar? Ledo engano. Ele, por sua vez, como era um alemão forte, era um bom de garfo. Comia de tudo e bastante. Mas, cada um, cada um.
                          O certo é que, pouco a pouco, o novo vigário ia conquistando a simpatia do povo, principalmente da cidade de Simplício Mendes, que já estava bem acostumado com o anterior, o Padre Agostinho da Rocha. Mas, é assim mesmo.

                                                     Próxima postagem: flerte no templo sagrado

sábado, 7 de dezembro de 2013

O ASSUNTO AGORA É COPA DO MUNDO 2014

                                   A partir de hoje, 7 de Dezembro de 2013, um assunto tomará conta de quase todas as rodas de amigos ou não. Afinal, com o sorteio das chaves realizado ontem, os analistas, críticos esportivos de plantão terão este "prato cheio" para as suas opiniões, crítica e comentários. Muitas abobrinhas, previsões estapafúrdias também serão faladas, ouvidas e espalhadas pelo Brasil e o Mundo. Mesmo os países que não tiveram a sorte ou competência para participar desta festa futebolística do próximo ano, sem dúvida, estarão atentos sobre este acontecimento ímpar que acontece de quatro em quatro anos. As previsões mais esdrúxulas que surgirão serão sobre quem será o campeão da Copa do Mundo. Será o nosso país anfitrião? Ou surgirá alguma surpresa, zebra, como se diz no jargão do meio esportivo? É só esperar para se ter certeza. Como já dizia um renomado técnico: "o jogo se ganha ou perde só dentro de campo". Esse negócio de camisa, tradição, craques badalados, ricos, tudo isto fica apenas fora das quatro linhas. Quando a bola rolar é que realmente é que o verdadeiro campeão mostrará sua garra, sua força, sua categoria.
                                  Inegavelmente, os brasileiros iremos torcer e desejar que o hexa venha para a nossa alegria. Principalmente, disputando uma final com um adversário forte, tradicional e que dê brilhantismo à partida. Pois quando um time forte, repleto de atletas renomados, enfrenta uma seleção bem mais fraca e que não conquistou nenhum título como este de campeão mundial de futebol, chega-se a fazer até piada como aquela que diz: "é a mesma coisa que bater em bêbado". Só que, como em tudo na vida nada é definitivo, o feitiço pode virar contra o feiticeiro e o "bêbado" em questão pode se transformar numa inesperada zebra e aí, pergunta-se, como é que fica? É verdade que em 1950, o Uruguai não era considerado uma zebra para disputar o título com o glorioso e potente Brasil, mas mesmo entrando em campo naquela fatídica tarde no maracanã lotadíssimo com grande desvantagem, sabemos muito bem no que deu. Ignorou completamente o favoritíssimo da seleção brasileira e ganhou de virada por 2 x 1, deixando todos boquiabertos e chorosos. Segundo os comentários da época, aquela triste e lamentável final de copa do mundo, para nós brasileiros, dificilmente será esquecida. O tempo passa, mas apenas tira de foco aquela final. Mas, como disse o filósofo: "não tomamos banho duas vezes nas águas do mesmo rio!". Então, seja o que Deus quiser e que vença o melhor!

                                                             Joboscan de Araújo

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

CONSELHO OU AMEAÇA PATERNA?

                           Há poucos dias, durante um rápido percurso de ônibus no bairro onde moro, presenciei uma cena deprimente, triste e lamentável. Um homem, que poderia ser pai, tio ou padrasto já adentrou naquele coletivo chamando a atenção de um garoto de, aproximadamente, oito anos, de maneira veemente e acintosa, que mais parecia uma ameaça brutal à integridade física do assustado menino.
                         Ora, se a intenção dele era advertir, orientar o garoto, pois tudo indica que o mesmo deve ter feito alguma coisa errada, ele estava dando chance para ser denunciado como um algoz sem precedentes, correndo o risco de sofrer consequências desagradáveis como, por exemplo, até perder a guarda do filho ou sobrinho.
                         A cena ocorreu durante todo o percurso. Desde o momento em que entraram naquele ônibus até o momento em que desceram. E era só ele que falava em voz alta e sempre ameaçando nestes termos:
                       -"Se eu descobrir que você está fazendo "coisa errada" eu sou capaz de cortar suas mãos com um facão! Está ouvindo?"
                        Enquanto isto, o garoto muito assustado e já com lágrimas no rosto tentava balbuciar alguma palavra mas ele sempre o interrompia com total ignorância:
                        -"Cala a boca! Quem fala aqui sou eu!".
                         Mesmo assim, sempre que tentava de alguma maneira se defender recebia um coice:
                         -"Tá vendo? Continua a mentir, mentir, mentir!"
                          Finalmente o ônibus, após cinco minutos, parou num determinado ponto e eles desceram. E quanto o resultado daquelas ameaças, só mesmo Deus para abrandar o coração daquele homem (pai, padrasto, tio etc.) e ao mesmo tempo, ter piedade daquele menino de olhar lacrimejante e assustado, cujos olhos esbulhados de pavor já previam que quando chegasse ao seu destino, o seu destino não seria nada bom.


                                                           Joboscan de Araújo

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1361 - "Os moços, por falta de experiência da nada suspeitam; os velhos, por muita experiência, de tudo desconfiam".

                                          Autoria desconhecida

1362 - "O orgulho pode parecer, algumas vezes, nobre e respeitável; a verdade é sempre vulgar e desprezível".

                                                     Idem

1363 - "Os sábios se enganam, pensando que são compreendidos por todos; os ignorantes, presumem que todos ignoram o que eles sabem".

                                                       Idem


1364 - O ciúme proceda especialmente do reconhecimento da própria inferioridade".

                                                      Idem

1365 - "Os velhacos, algumas vezes, tomam o caráter de homens de bem; mas o disfarce é tão incômodo e violento que não dura muito tempo".

                                                        Idem

1366 - Os que acreditam muito espertos descuidam-se e são enganados muitas vezes pelos tolos".

                                                           Idem

1367 - Os vivos se reconciliam facilmente com os que morrem, pela razão de que estes deixam de ser desde logo seus concorrentes nos bens da vida".

                                                   idem

1368 - O sábio em um povo sem ilustração e bom gosto é como a rosa  no deserto, onde os insetos a pujem e maltratam, não sabendo prezar o seu perfume, nem admirar a sua beleza".

                                              Idem

1369 - "O grande empenho da inteligência humana deve ser prevenir ou remover o mal, neutralizá-lo ou transformá-lo num bem."

                                                       Idem

1370 - "O que o gênero humano sabe é pouco, o que deseja saber, muito; o que há de sempre ignorar, infinito".

                                                  Idem


domingo, 1 de dezembro de 2013

O JAGUAR E A CADEIRA DE RODAS

                                       Um jovem e bem sucedido executivo dirigia por sua vizinhança, correndo um pouco demais em seu novo Jaguar. Observando crianças se lançando entre os carros estacionados, diminuiu um pouco a velocidade, quando achou ter visto algo. Enquanto passava, nenhuma criança apareceu. De repente, uma pedra espatifou-se na porta lateral do Jaguar! Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo a pedra. Saltou do carro e pegou bruscamente uma criança, empurrando-a contra um veículo estacionado e gritou:
                                        - Por que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro, aquela pedra que você jogou vai me custar muito dinheiro. Por que você fez isto?
                                        -Por favor, senhor, me desculpe, eu não sabia maias o que fazer! Ninguém estava disposto a parar e me atender neste momento. Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados.
                                       - Meu irmão desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e eu não consigo levantá-lo sozinho.
                                       Soluçando, o menino perguntou ao executivo:
                                      -O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e é muito pesado para mim!
                                       Movido internamente muito além das palavras, o jovem motorista, engolindo um "não Mesmo" dirigiu-se ao jovenzinho, colocando-o em sua cadeira de rodas. Tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.
                                      -Obrigado e que Deus possa abençoá-lo -  disse a criança a ele.
                                      O homem então viu o menino se distanciar..empurrando o irmão em direção à casa. Foi um longo caminho de volta para o Jaguar...um longo e lento caminho de volta.
                                     Ele nunca consertou a porta amassada. Deixou-a amassada para lembrá-lo de não ir tão rápido pela vida para que ninguém tivesse que atirar um tijolo para obter a sua atenção.

              MORAL DA HISTÓRIA:

                                      DEUS SUSSURRA EM NOSSAS ALMAS E FALA AOS NOSSOS CORAÇÕES. ALGUMAS VEZES QUANDO  NÓS NÃO TEMOS TEMPO DE OUVIR, ELE PERMITE QUE ALGUÉM JOGUE UM TIJOLO EM NÓS.
                                      E A ESCOLHA É NOSSA: OUVIR O SUSSURRO OU ESPERAR PELO TIJOLO?

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

PUXAR


                 A ´palavra inglesa "push" parece ser da mesma família do nosso verbo "puxar". Parece, nas não é. "Push" significa "empurrar", "pressionar". Num shopping center da Jundiaí (SP), colocaram uma saboneteira nova no banheiro usado pelos clientes. Muitas pessoas puxavam a lingueta da saboneteira e nada de sabão! Até que um mais afoito deu uma puxada mais forte e..Você já imagina o que ocorreu.Num país chamado Brasil, cuja língua oficial é o português, não faz o menor sentido colocar num banheiro público uma saboneteira cuja instrução vem escrita em inglês. Isso é um absurdo!


QUALQUER


                     Certa vez, num dos nossos jornais, foi publicada a seguinte frase: "O dia de Nossa Senhora dos Navegantes foi comemorado em todo país", O que se entende nesta informação? Que a data foi comemorada em todos os países, ou seja, no planeta inteiro. Quando não é seguido de artigo, o pronome "todo"  equivale a "qualquer". Se o que se quer dizer é que o dia foi comemorado em todos os cantos do país, no país inteiro, deve-se dizer que foi comemorado "em todo o país". Seguido de artigo, o pronome "todo" significa "inteiro"


QUANTO


                       "Quanto às" ou "quanto as"? Uma leitora quis saber se o acento indicador de crase foi bem empregado neste trecho "...e que o novo século seja tão produtivo quanto às nossas ações". Não foi não. Nessa estrutura comparativa, o "as" é apenas artigo, o que se comprova com a troca do termo feminino "ações" por um masculino, como "projetos: "...tão produtivo quanto nossos projetos". Deve ter ocorrido confusão com a expressão "quanto a", que significa "no que diz respeito a" (Quanto às nossas ações..."/ "Quanto aos nossos projetos"...)


                                      Comentários do Professor Pasquale Cipro Neto

                                                        Dicionário da Língua Portuguesa

                                                       Gold Editora Ltda

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                                           ANO DE 1969 (continuação)


                                 No início deste ano, um ex-seminarista e agora professor, Noé Mendes, conseguiu com a anuência do nosso novo reitor, Padre Silvério Bento Lopes, usando apenas uma das várias salas que nos anos anteriores assistíamos as aulas, inaugurar uma escolinha infantil. O nome, por sinal, bastante sugestivo: PEQUENO PRÍNCIPE. Portanto, de segunda a sexta o nosso prédio recebia a visita, no período matinal, de várias crianças alegres e barulhentas que chegavam a nos alegrar um pouco. Escrevo isto, a posteriori, pois, amiúde, o professor Noé, por sinal, meu conterrâneo, pedia-me para que o substituísse, ficando no horário da manhã na companhia dos seus pequenos alunos, ocupando-os com pequenas atividades e brincadeiras. Tudo isto foi ótimo enquanto durou.
                               Por outro lado, em busca de ajudar aos seminarista, o nosso reitor deu ofereceu e deu liberdade a quem quisesse procurar o tempo livre com a aprendizagem ou ocupação trabalhista no centro da cidade, como por exemplo, gráfica de algum jornal, rádio, banca de jornal, como se fosse uma espécie de laboratório, para não dizer, exercendo uma função de estagiário numa atividade adequada a qualquer um. Por exemplo, no meu caso, aceitei uma vaga numa gráfica do jornal O DOMINICAL, o qual pertencia à Arquidiocese de Teresina. Portanto, não era nenhuma atividade remunerada e sim, apenas para ocuparmos o nosso tempo com uma ocupação condizente com a nossa personalidade e afinidade. Com isto, sentimos na pele o valor que tem o trabalho humano.

                                                  Próxima postagem: Férias de julho de 1969

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CONCEPÇÕES SOBRE ADULTÉRIO

* Será muito inútil um cônjuge que foi traído querer fazer justiça com as próprias mãos, aliás, como quase tudo na vida. Costuma-se dizer que "a vingança é um prato que se come frio!". Mas, mesmo assim não é uma atitude nada louvável, justa e humana. A começar, se a pessoa que foi vítima de adultério, cujas alcunhas pejorativas, por sinal, impublicáveis, pretender reconquistar a honra dissipada, maculada, estraçalhada, tendo um caso fortuito com o (a) parceiro (a) do outro casal que também, por sua vez, passou por uma traição conjugal.. Se isto vier ocorrer só vai piorar a situação delicada que passa esta família. Portanto, esperar que o tempo resolva todo este triste e lamentável incidente também será uma grande bobagem. Pois segundo alguém, "o tempo não cura o incurável, apenas o tira de foco".


*  No apogeu esporádico da sua libido, um homem recatado, reservado, mas vítima de uma DE (Disfunção Erétil), popularmente conhecida como impotência sexual,  até que tenta, quando estiver na cama, no sofá, no corro etc. abraçado com a pessoa amada, consumar uma simples e rápida relação sexual, tentando obter ou dar prazer neste momento íntimo à sua companheira, porém, não consegue atingir o tal objetivo. Mesmo tentando de várias maneiras acariciá-la, talvez, devido a frieza e falta de vontade da parte da mesma, por algum motivo pessoa, o referido ato ficará, sem dúvida, postergado. Mas como ele é muito paciente e insistente, almeja e sonha um dia qualquer ser merecedor de uma reciprocidade neste sentido e depois dizer: consegui ou conseguimos, finalmente! Ufa!


                                                 Joboscan de Araújo

sábado, 23 de novembro de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1351 - O mundo não é tão trágico como se pensa/ A vida não é tão chata como se imagina/ Nós é que vivemos de maneira tensa/ Ignorando muita coisa que se combina.

                               Joboscan de Araújo

1352 - "O mundo está regido por uma lei Divina de absoluta justiça: de modo que cada homem é,na realidade, o seu próprio juiz, o árbitro da sua própria vida. Ele procura para si mesmo glória ou ignomínia, prêmio ou castigo".

                                              Autor desconhecido

1353 - "Os que semeiam com u'a mão colhem com as duas. Nem sempre em moedas, mas em espécies. Nada multiplica tanto como a bondade".

                                                      Idem

1354 - "O pensamento determina o teu destino. Escolha, pois, o teu destino e espera porque o amor chama o amor; o ódio chama o ódio".

                                   Ell Wilcox

1355 - "O homem justo não é o que não faz mal a ninguém, mas o que podendo fazer o mal, reprime a vontade de o fazer".

                                       Autor desconhecido

1356 - "Os espíritos tranquilos não se confundem nem se atemorizam, continuam em seu ritmo próprio, na ventura ou desventura, como os relógios durante as tempestades".


                                             Stevenson

1357 - "O mundo pertence aos otimista, os pessimistas são meros espectadores".

                                      Eisenhovwer

1358 - "Os elogios de maior crédito são os que os nossos próprios inimigos nos tributam".

                                        Autor desconhecido

1359 - "O moço devasso pode emendar-se; o velho ocioso é incorrigível".

                                      idem

1360 - "Os soberbos são ordinariamente ingratos, consideram os benefícios como tributos que se lhes devem".

                                       idem


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS

            "VOLTE SEMPRE"

                                   É muito comum ver observar algumas plaquinhas nas paredes ou portas de pontos comerciais com a conhecida e famigerada frase: "VOLTE SEMPRE". Não resta a menor dúvida, trata-se de uma maneira gentil do comerciante convidar indiretamente aos fregueses que regressem ali o mais breve possível. Muitas realmente voltam sempre àquele salão de cabeleireiro, mercado, banca de jornal etc. Isto acontece quando são bem atendidas e outras, talvez até por falta mesmo de outra opção. Só que, não querendo ser pessimista, esta mesma frase perderá o seu verdadeiro sentido e objetivo, infelizmente, no dia em que um destes pontos comerciais for assaltado, o que ninguém, infelizmente, está isento.
                                   Por outro lado, há outra ocasião em que dizer: "VOLTE SEMPRE" não faz também nenhum sentido e se alguém a proferir, pode ser até uma maneira irônica e piada de mau gosto: estou me referindo quando uma pessoa recebe alta de um hospital ou quando após cumprir uma pena numa prisão, deixa estes respectivos lugares, ou seja, hospital e penitenciária. Será o maior contrassenso ou ironia, portanto alguém falar desta maneira esta frase, em ocasiões de alívio como estas.

                                    Joboscan de Araújo

terça-feira, 19 de novembro de 2013

COMENTÁRIO SOBRE AV.. CELSO GARCIA

                             Nunca tive a pretensão de ser um técnico ou crítico urbanístico, mas há muito tempo que pretendo escrever um comentário, por sinal, não muito elogiável sobre uma avenida situada na zona leste de São Paulo. Estou me referindo à Avenida. Celso Garcia. Pois, na minha modesta opinião, esta extensa via pública parece que parou no tempo. E que tempo! De ambos os lados, prédios e casarões vetustos e mal conservados a deixam feia e com um ar fantasmagórico. Raríssimos são os pontos comerciais novos e bonitos. É lamentável que numa megalópole como S. Paulo exista uma avenida deste porte tão ridículo.
                            Agora imagina a péssima impressão dos turistas e visitantes que virão assistir a abertura da Copa do Mundo no estádio que está sendo construído em Itaquera, uma vez que a Celso Garcia é um canal de ligação da zona norte, oeste e sul à zona leste. E não adianta a prefeitura tentar mudar o itinerário para evitar algum constrangimento e muito menos mudar a fachada daqueles casarões mal assombrados e prédios caindo aos pedaços. Pois o tempo é curto e não vai adiantar nada. A vergonha será maior. É o mesmo que querer tapar o sol com uma peneira. A má conservação desta avenida perdurará por muito tempo e além disso, ela continuará saturada pela poluição dos milhares ônibus e caros que transitam diariamente por ela.
                            Sinceramente, não acredito nada em fantasmas, mas quando, infelizmente tenho que passar por esta avenida chego a sentir algum arrepios.

                                                                      Joboscan de Araújo





domingo, 17 de novembro de 2013

NOVA ROTINA NO SEMINÁRIO NO ANO DE 1969

                                Logo no início deste ano letivo de 1969, percebemos facilmente que o ambiente estava totalmente diferente e para melhor. Tanto no "lay-out" do prédio em geral como na administração. Afinal, o padre Silvério, como era bem mais jovem do que os reitores anteriores tinha uma visão mais aberta e realmente diferente. Era a favor do diálogo, inovações, aceitava sugestões etc.
                               Pra começar, houve uma mudança radical na nossa rotina com a chegada à nossa comunidade de um grupo de freiras, as quais passaram a residir numa clausura apropriada numa das dependências do grande prédio. A pergunta que não queria calar entre nós era o porquê da permanência delas no seminário e não no convento das freiras. Mas o nosso reitor, antes que surgissem comentários maldosos sobre este assunto, procurou logo esclarecer de maneira objetiva o motivo da presença daquelas seis irmãs no nosso meio. Durante a missa dominical, com a presença de muitos fiéis que residiam na adjacência do seminário, assim o padre Silvério explicou:
                            -"Gostaria de aproveita esta oportunidade para esclarecer a todos que, atendendo uma determinação da Arquidiocese de Teresina e com a anuência do Vaticano, durante este anos teremos a satisfação de abrigar algumas irmãs religiosas, que vieram de Fortaleza com uma missão pastoral aqui na capital do Piauí, que se resume num trabalho sério e bonito de evangelização junto à juventude de um modo geral. Elas ficarão hospedadas aqui no seminário com direito a uma clausura especial. Aproveito o ensejo para convidar os presente, se por ventura desejarem, fazer uma breve visita para conhecer o ambiente."
                             Se alguém aceitou este convite não tenho certeza, o certo é que elas passaram a conviver no nosso meio, sempre procurando ajudar em alguma coisa, principalmente com relação à organização, limpeza da capela e refeitório. Vale ressaltar que elas eram jovens e não usavam aquele hábito tradicional, apenas roupas bem recatadas e com o distintivo da ordem que elas pertenciam, trazendo sempre  um crucifixo no pescoço. Entre elas, quero ressaltar, havia uma que se destacava pela beleza física, a qual, mesmo usando roupas simples e adequadas, não disfarçava o corpo que chamava a atenção de qualquer um. E sobre este assunto, haverá um capítulo especial que abordarei no segundo semestre deste ano.

                                               

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

PROJÉTIL

              "Projétil" ou "projetil"? As duas formas são corretas. Na literatura militar, predomina a forma oxítona (projetil", sem acento). No uso comum, predomina a forma paroxítona "projétil".


PROSÓDIA


            "E quero me dedicar a criar confusões de prosódia..." Essa frase está na genial canção "Língua", de Caetano Veloso. Que vem a ser "prosódia"? Como você pode ver, é "pronúncia correta das palavras de acordo com a acentuação", a "parte da gramática que se ocupa das pronúncias das palavras". É a prosódia que se ocupa, por exemplo, de ensinar que a palavra "gratuito" se lê com força no "u" (e não no i"). Lê-se "gratuito" como se lê "cuido", "descuido", "intuito" etc. Sabe o que é uma silabada? É simplesmente um erro de prosódia. Quem pronuncia a palavra "ibero" com força no "i", por exemplo, comete uma silabada. Em tempo: a palavra "ibero" é paroxítona: sua vogal tônica é o "e".


PSIQUE


               Talvez você já tenha presenciado discussões entre pessoas interessadas nas reações humanas em geral. No meio da conversa, alguém, com ar de entendido, diz "Isso é da psiquê humana". Epa! Nada de "psiquê". A forma correta é "psique". Pouca gente sabe, mas a "psique" é a própria alma, o espírito, a mente. Repito: psique sem acento, com força no "i".


                                 Comentários dos Professor Pasquale Cipro Neto

                                                          Dicionário da Língua Portuguesa

                                                       Gold Editora Ltda

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1341 - "O homem que constrói uma casa é um artista, o que faz uma demolição é apenas um operário".

                                                         Autor desconhecido

1342 - "Os príncipes e reis brincam às vezes. Não estão sempre em seus tronos. Aí se entediam. É preciso abandonar a grandeza para a sentirmos. A continuidade aborrece em tudo. O frio é agradável para nos aquecermos".

                                                             idem

1343 - "O sábio busca o que deseja em si próprio. O ignorante busca-o nos outros".

                                                           Confúcio

1344 - "O encontro de duas personalidades é como o contato de duas substâncias químicas. Se houver reação, ambas se transformam".

                                             Carl Jung

1345 - "O homem deve especializar-se, descobrir em toda e qualquer criatura o lado bom que ela possui. Ninguém é apenas maldade. Ninguém é um mal concentrado".

                                       Dom Hélder Câmara

1346 - "O homem é um ser em trânsito, não uma realidade acabada".

                                                Lauro de Oliveira Lima

1347 - "O acontecimento em si é água pura sem sabor, cor ou perfume, que o destino nos apresenta. Essa água torna-se doce ou amarga, letal ou vivificante, conforme a qualidade da alma que a acolhe".

                                           Maurice Manterhich

1348 - "O precavido domina a sua estrela, enquanto o incauto a segue de olhos vendados".

                                                       Santo Agostinho

1349 - "Os grandes resultados não podem ser conseguidos de uma vez: devemos ficar satisfeitos se progredirmos na vida como caminhamos passo a passo".

                                                      Autor desconhecido

1350 - "O segredo do bom êxito consiste em aproveitar todos os segredos de ser útil".

                                                             Idem

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

PASSE ADIANTE

                  Lá estava eu com a minha família, de férias, num acampamento isolado, com o carro enguiçado. Isso aconteceu há 10 anos, mas lembro-me disso como se fosse ontem. Tentei dar a partida no carro. Nada. Caminhei para fora do acampamento e felizmente meus palavrões foram abafados pelo barulho do riacho que passava por ali. Minha mulher e eu concluímos que éramos vítimas de uma bateria descarregada. Sem alternativa, decidi voltar a pé até uma vila próxima, a alguns quilômetros de distância. Duas horas e um tornozelo torcido, cheguei finalmente a um posto de gasolina. Ao me aproximar do local, dei-me conta de que era domingo de manhã. O posto estava fechado, mas havia um telefone público e uma lista telefônica caindo aos pedaços. Telefonei para a companhia de auto-socorro localizada na cidade vizinha, a cerca de 30 km de distância. Zé atendeu o telefone e me ouviu enquanto eu explicava os meus apuros. Não tem problema - ele disse. Normalmente estou fechado aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora. Fiquei aliviado que estivesse vindo, mas ao mesmo tempo consciente das implicações financeiras que essa oferta de ajuda significaria. Ele chegou em seu reluzente caminhão-guincho e nos dirigimos para a área do acampamento. Quando saí do caminhão, me virei e observei com espanto o descer com aparelhos na perna e a ajuda de muletas. Ele era paraplégico!
                   Enquanto ele se movimentava, comecei novamente minha ginástica mental em calcular o preço da sua boa vontade.
                  -É uma bateria descarregada - disse o Zé -  com uma pequena carga elétrica e logo vocês poderão ir embora sossegados.
                   Realmente o Zé reativou a bateria e enquanto ela recarregava, distraiu meu filho pequeno com truques de mágica. Ele até mesmo tirou uma moeda da orelha e deu para o meu filho. Enquanto ele colocava os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe devia.
                 -Oh! nada - respondeu, para minha surpresa.
                 -Tenho que lhe pagar alguma coisa - respondi.
                 -Não, ele reiterou - Há muitos anos atrás, alguém me ajudou a sair de uma situação pior do que esta, quando perdi as minhas pernas, e o sujeito me disse apenas para "PASSAR ISSO ADIANTE!". Portanto, você não me deve nada. Apenas lembre-se: quando tiver uma chance, PASSE ISSO ADIANTE!"
                    Cerca de dez anos após, no meu movimentado consultório onde frequentemente treino estudantes de medicina, Maria, uma aluna do segundo ano de uma faculdade de outra cidade veio passar um mês no meu consultório para que pudesse ficar com a mãe, que morava na região. Acabamos de atender a uma paciente cuja vida fora destruída pelas drogas e pelo abuso do álcool e de repente, noto que Maria tem seu olhos cheios de lágrimas.
                  -Você não se sente bem por ver este tipo de paciente? - Perguntei.
                  -Não - respondeu soluçando a Maria - é porque minha mãe poderia ser esta paciente. Ela tem o mesmo problema. Durante o horário de almoço conversamos sobre a trágica história da ma~e alcoólatra de Maria. Chorosa e angustiada, ela abriu o coração ao contar os anos de ressentimento, vergonha e hostilidade que haviam marcado a existência de sua família.
                    Dei-lhe a esperança de colocar a mãe sob tratamento. Depois de ser bastante encorajada por um conselheiro treinado que indiquei e por outros membros da família, a mãe de Maria consentiu em se submeter a um tratamento. Ficou internada no hospital especializado por vairas semanas e, quando saiu, era uma outra pessoa. A família de Maria quase tinha sido destruída e pela primeira vez puderam sentir um pouco de esperança.
                   -Como posso lhe agradecer e pagar? - Perguntou Maria.
                 Quando me lembrei daquele acampamento distante e do bom samaritano paraplégico, eu sou que só poderia lhe dar uma resposta:
                  -Apenas PASSE ISSO ADIANTE!

                MORAL DA HISTÓRIA:

                     SOMOS ANJOS DE UMA ASA SÓ, PRECISAMOS NOS ABRAÇAR PARA ALÇAR VOO!

                                                 Domínio Público
   

sábado, 9 de novembro de 2013

CONFESSO QUE LI (mas não gostei)

Livro: O SORRISO DO LAGARTO
Autor: JOÃO UBALDO RIBEIRO

Livro: GRANDE SERTÃO-VEREDAS
Autor: JOÃO GUIMARÃES ROSA

Livro: CONVERSA NA CATEDRAL
Autor: MÁRIO VARGAS LLOSA

                                            Assim como há algumas pessoas que não sabemos o motivo pelo qual as detestamos, por acharmos que são antipáticas, misteriosas, volúveis, falsas etc, com ideias enfadonhas, enfim, que são mesmo chatas, na minha modesta e parca opinião acho que o mesmo fato pode acontecer com relação a alguns livros, principalmente, romances, tanto de autores nacionais como também estrangeiros. Veja os livros citados que quando tentei ler, por achá-los tão enigmáticos, enfadonhos, chatos, eu passava a contar quantas páginas faltavam para o seu epílogo. 
                                        Considero-me um bibliófilo inveterado há mais de 50 anos e das centenas de livros que já li, mais recentemente, os que não gostei nem um pouco foram estes três: o sorriso do lagarto, grande sertão-veredas e conversa na catedral. Tentei várias vezes encontrar o fio da história e sempre me confundia com os incontáveis personagens, com suas histórias embaralhadas, confusas, incompletas. 
                                       Sinceramente, dou um doce e os parabéns para a pessoa que conseguir ler estes calhamaços e depois confessar com toda a sinceridade que gostou da leitura dos mesmos e por quê? Com isso, quem sou eu para denegrir a capacidade, a imagem dos seus respectivos autores que são considerados renomados no meio literário! Eles podem sim ter escrito outros livros mais amenos e de conteúdo mais agradável e de fácil compreensão. Mas estes que citei, sinto muito, estão delatados da minha lista de favoritos. Mas, quem sabe, como não se pode dizer "desta água não beberei", no futuro,  para testar mais uma vez a minha paciência e resignação eu tente recomeçar a leitura de um deles! Tenho certeza que, se eu conseguir esta façanha, o céu estará garantido como prêmio.
                                    Alguém quer tentar ler algum deles? Aproveito o ensejo para propor uma permuta literária, ou seja, quem quiser trocar estes três livros por um da trilogia do LAURENTINO GOMES, ou seja, um dos dois que me faltam: 1889 ou 1822, contate-me através do Email joboscan50@yahoo.com.br.

 Pois o 1808 eu já tenho. Por sinal, já li e gostei. .

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS

"DÊ UM BEIJO  E ABRAÇO EM FULANO!"

                                   Enviar, mandar beijos e abraços a parentes e amigos é uma atitude antiga que envolve uma mentira inofensiva sem precedentes. Enquanto se fala em lembranças e recomendações, ainda dá para entender o contexto da recomendação. Mas, beijos e abraços, ai fica mais difícil, pois se trata de um gesto superficial e bastante indireto de ratificar o apreço, o amor ou admiração por outra pessoa. Pois tudo indica que isto só vai ficar mesmo na teoria. Agora, por exemplo, se através de um mensageiro confiável, algum manda uma encomenda, um presente, como um livro, perfume, roupa, calçado etc. a situação será bem diferente por que não? Pois certamente a pessoa distante, ao receber qualquer coisa assim de maneira concreta não só ficará agradecida e contente, como também terá certeza que, quem enviou tal presente, inegavelmente lembrou dela, demonstrando concretamente a sua consideração.
                                Portanto, dizer "dê um beijo e um abraço em fulano" é uma forma vazia de dizer que está lembrando de alguém, pois tudo isto, repito, ficará só na teoria, pois além de uma mentira inofensiva é uma evasiva corriqueira que se usa para dizer que considera, estima outra pessoa. Mas, como escreveu o egrégio Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Sendo assim, continue mandando seus beijos e abraços a quem você pretender agradar. A intenção também faz parte do relacionamento humano.


                                                              Joboscan de Araújo

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CONCEPÇÕES DIVERSAS SOBRE RELACIONAMENTO HUMANO

*Pensando bem, não adiante nada querer forçar uma atração, um sentimento por outra pessoa. Um caso amoroso, um namoro só frutifica, na realidade, quando surge aquilo que chamamos reciprocidade, admiração mútua etc. Na linguagem comum e popular trata-se do "quando um não quer, dois não brigam". E por mais que se faça pesquisa sobre a origem de uma forte atração sexual, jamais chegaremos a uma conclusão convincente. Surgem sempre hipóteses, suposições. Este tipo de sentimento acontece sempre de repente e em qualquer lugar e hora, envolvendo pessoas até pouco tempo atrás eram totalmente desconhecidas ou até mesmo sentido certa aversão e antipatia mútuas. É, portanto, considerado um mistério da nossa vida. Afinal, o mundo dá muitas voltas e, consequentemente, nunca saberemos o que poderá nos acontecer no dia de amanhã.
           O certo é que, quando isso vier acontecer, uma atração repentina, se ambas foram livres, isto e´, nenhuma tiver um compromisso mais sério com outra pessoa, não devem perder tempo. Como diz a expressão latina: "Carpe diem" - (Aproveite bem o dia de hoje). Agora, caso contrário, se uma delas for casada ou noiva, aí o dilema estará formado. Alguém será preterido, evidentemente e o perigo rondará a vida de duas pessoas nessas circunstâncias.


*Quando se fala em traição, o pensamento logo já se direciona a um dos membros de um casal que, como se diz popularmente "pulou a cerca". Não resta a menor dúvida, que este é o tipo de traição mais conhecido desde os tempos dos nossos ancestrais e continuará sendo até o final dos tempos. Só que o cerne da traição está estigmatizado na pessoa que, por ventura, passar por esta prova, esta aventura. Ou seja, a verdadeira traição só ser consumada quando uma pessoa não corresponde a uma atração considerada irresistível, postergando-a. Na realidade, no momento em que se martiriza, não pondo em prática aquilo que ela acha ou julga que a completará, dando-lhe um enorme prazer físico ou emocional, ela, automaticamente, estará se traindo. O contrassenso desse dilema emocional está na opção em que a tal pessoa fizer, ou seja, ao atender aos seus restritos desejos, se ela for noiva ou casada, agindo assim, de maneira fortuita e sorrateira, usando vários subterfúgios para as suas "escapadas", sem dúvida, estará traindo ao seu cônjuge. Já no caso de optar por respeitar esta convenção, esta situação, cometerá uma traição a si mesma, ou seja, aos seus anseios e desejos forjados por uma súbita atração sexual. Consuma-se então a situação conhecida como "sine qua non".



                                                      Joboscan de Araújo

domingo, 3 de novembro de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                                            ANO DE 1969


                         Como já estávamos cônscios de que o seminário de Teresina iria funcionar este ano em regime de semi-internato viajamos já preparados, psicologicamente. Sabíamos que estudaríamos nos colégios da capital. A nossa rotina estudantil seria conviver com jovens, rapazes e moças com ideais diferentes do nosso. E foi justamente sobre este tema que o nosso novo reitor, Padre Silvério Bento Lopes nos falou logo na primeira reunião:
                       -"Sabemos, conforme o Santo Evangelho, que numa passagem da vida pública de Jesus, com muita precisão ele procurou ensinar como se comportar num ambiente diferente do habitual, dizendo assim: "É fácil conviver com os bons, o difícil sim é permanecer no meio dos maus, sem se macular, contaminar. É verdade que todo o ser humano está sujeito a erros, mas podendo evitá-los é sempre bom."
Com isso não quero insinuar que somos os bons, os melhores ou que somos o trigo e os outros jovens, rapazes e moças são o joio. Pois lá fora também há muitos jovens dotados de bom caráter, boa educação. Portanto, devemos conversar, dialogar com todos eles, indistintamente, mas sem envolvimento emocional. Fique atentos, inicialmente, que provocações, insinuações, pegadinhas sempre vão existir. Até o nosso Salvador foi testado, provocado pelos fariseus e também pelo diabo. Como sabemos, ele sempre se saía bem das perguntas capciosas. Afinal, a tática para não arrumar inimizade é não se importar com algumas brincadeira de mau gosto que certamente irão surgir. Procurem relevar e não encarar tudo com seriedade ou ao pé da letra. Como já falei, muitos dos seus futuros colegas tentarão testar a paciência e a personalidade de cada um de vocês.
                          Quando as aulas começaram, logo nos primeiros intervalos, pelo menos da minha parte, constatei que o nosso reitor estava coberto de razão quanto as suas ponderações e advertências. Com o passar do tempo, segundo ele mesmo nos advertiu, já estávamos bem acostumados e ambientados com os nossos colegas

                                                      Joboscan de Araújo

                                       Próxima postagem: NOVA ROTINA NO SEMINÁRIO

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PORQUE NÃO CONCORDO COM O HORÁRIO DE VERÃO

                               Primeiramente, ninguém será capaz de sentir no bolso, isto é, na prática o tal retorno positivo que o governo brasileiro tanto propala, dizendo que tem com a economia da energia elétrica, ao estabelecer este ridículo e arbitrário horário de verão todo o ano.
                              A imprensa de modo geral divulga o tal índice positivo estabelecido por esta medida por simples obrigação de informar. Agora, em termos práticos, quem nos prova ou garante onde e quando esta suposta economia será aplicada em benefício da população? Este é o primeiro motivo da  minha ojeriza por este malfadado, estúpido e inócuo adiantamento de uma hora no relógio, subtraindo, para não dizer, "roubando", consequentemente, da nossa vida uma preciosa e irreversível hora de sono, por exemplo. O nosso organismo também sente muito, principalmente, nos primeiros dias o péssimo resultado desta medida antipática e esdrúxula.
                              Na realidade, pensando bem, isto é como se fosse um empréstimo para ser ressarcido só após seis meses e o que é pior, sem juros, diga-se de passagem. E além destes disparates, o que mais me deixa indignado, estarrecido é com o grande contrassenso desta horripilante medida, principalmente quando vejo todo o dia, literalmente, nos prédios de algumas escolas, creches, nas ruas e avenidas inúmeras luzes acesas no horário diurno. Quem explica tal aberração, tal paradoxo? Quem?
                             Portanto, é por estas e outras que não concordo com o horário de verão, cuja economia de energia elétrica é tão difícil de se perceber e acreditar quanto aquela quantia que é descontada do rateio das apostas das várias loterias da CEF (Caixa Econômica Federal) e dos prêmios não procurados pelos apostadores esquecidos e incautos, no prazo de 90 dias. Montante este que o governo afirma que é todo destinado ao Ministério do Esporte, Fundo Nacional da Cultura, Comitê Olímpico Brasileiro, FIES e IR.
                              Como se costuma dizer: "ME ENGANA QUE EU GOSTO".

                                        Joboscan de Araújo

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

PROBO

             Muitos políticos adoram usar as palavras "probidade" e "improbidade", sobretudo na expressão "(im)probidade administrativa". O substantivo abstrato "probidade" nomeia a qualidade de quem é "probo", ou seja, "de caráter íntegro; honesto, justo, reto". Quem age com "probidade" é "probo". "Probidade", portanto, é sinônimo de "integridade de caráter", retidão", e, por conseguinte, de "honestidade; honradez". A palavra "probo vem do latim e, na origem, significa "que é bom", "que é de boa qualidade".


PRÓDIGO


              Uma rápida consulta às pessoas que estiverem perto de você será suficiente para constatar que a maioria acha que "pródigo" tem valor positivo. Muita gente até liga "pródigo" a "prodígio". É muito conhecida a frase "O filho pródigo a casa torna". E por que volta? Por que é bom e não esquece os seus?" Nada disto. Volta por ter gastado tudo o que recebeu do pai como antecipação da herança. Isso está no Evangelho. É exatamente a parábola do filho pródigo. O filho pródigo torna a casa por ter esbanjado. Só lhe resta a alternativa de voltar ao aconchego da casa paterna.


PROFESSOR


               Você sabe o que faz o "professor"? É muito simples: professa, do verbo "professar", que tem muitos significados. Convém não esquecer que o "ato de professar" é "profissão": "Perante todos e na hora marcada, fez a prometida profissão". O professor, portanto, carrega no nome de sua atividade o que faz a cada instante. Viva o professor!


                                                   PROFESSOR PASQUALE CIPRO NETO

                                               Dicionário da Língua Portuguesa

                                                        Gold Editora Ltda

terça-feira, 29 de outubro de 2013

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS

"FOI BOM PRA VOCÊ?"

                      Esta pergunta poderia ter sido feita após a assinatura de um acordo comercial ou então numa disputa por algum bem material ou até pessoal. Pois após a consumação da sentença do mediador ou do Juiz, um dos advogados de uma ou de ambas as partes costuma fazer a fatídica pergunta:
                     -"FOI BOM PRA VOCÊ?"
                      Ela se refere, é óbvio,  ao desfecho do caso litigioso que ocasionou aquela audiência. Neste caso, nada de anormal e muito menos comentar.
                     Só que este mesmo tipo de pergunta pode ser inoportuna quando feita por um dos membros de um casal, quando se encontra entre quatro paredes de uma residência ou de um motel. Refiro-me quando logo após uma relação sexual, ele ou ela, perdendo a chance de ficar calado, diz ainda com a voz melosa:
                    -"FOI BOM PRA VOCÊ?"
                     Veja só quanta insegurança, quanta imaturidade desta pessoa! Pode ser homem ou mulher, diga-se de passagem. Afinal, que diferença faz querer saber se o (a) companheiro (a) ficou ou não satisfeito (a) com o êxito, o prazer daquela transa fortuita ou não? E também, como ele (a) vai ter certeza se a outra pessoa responderá que sim, dizendo a verdade ou simplesmente fingindo? E tem mais, e se a dita cuja for coerente e não tiver receio de magoar ou ofender o (a) parceiro (a) e responder negativamente, confessando que aquela relação íntima não foi totalmente do seu agrado ou que nem sentiu prazer algum? A pergunta que fica é a seguinte: Farão nova tentativa, procurando ser mais romântico (a), carinhoso (a), audacioso (a)? E se acontecer algo mais desagradável como, por exemplo, uma DE (Disfunção Erétil) da parte dele ou uma súbita ausência de orgasmo da parte dela?
                      Portanto, após uma relação sexual, o melhor mesmo é cada um ficar no espasmo silencioso ou então dizer palavras carinhosas envoltas de sorrisos marotos ou até apalpações audaciosas, o que seria, sem dúvida, mais um preâmbulo para recomeçar e prosseguir aquele idílio, aquele romance. Desde que nenhum dos dois estiver cometendo um adultério, tudo é válido quando um casal estiver entre quatro paredes, por que não?

                                                   Joboscan de Araújo
               
             

domingo, 27 de outubro de 2013

DUAS ESPÉCIES DE DOR

                A maior parte das pessoas experimenta duas espécies de dor. O indivíduo que toque numa chaleira a ferver, por exemplo, sentirá imediatamente uma dor curta e aguda, que o levará a retirar imediatamente a mão. Segue-se a segunda espécie de dor, uma dor contínua que se prolonga até que se proceda ao tratamento da queimadura e esta comece a sarar.
                Ambos os tipos de dor são conduzidos até ao cérebro da espinal medula, mas cada um tem o seu próprio sistema nervoso independente. O primeiro é transmitido rapidamente ao cérebro através de uma rede de pequenos nervos revestidos de tecido, chamados fibras Delta-A, que  comunicam ao cérebro a ocorrência, a fim de permitirem a reação rápida do organismo.
                 O latejar da queimadura é transmitido mais lentamente, através de nervos não protegidos, chamados fibras C. Faz o cérebro tomar conhecimento de que a mão foi queimada e que, enquanto não for tratada, continuará a doer até a cura se verificar.
                 Mas é no cérebro que a dor se torna um mistério. Alguns indivíduos, dotados de um limiar de dor mais elevado, suportam-na melhor que outros. E os limiares de dor variam não só de pessoa para pessoa, mas também de acordo com as circunstâncias.
                               
                                               Exemplos de pessoas insensíveis à dor

            Quando a perna de Elizabeth Andrew apareceu inchada, os pais e o médico consideraram tratar-se de reumatismo infantil. Mas a tumefação manteve-se e agravou-se. Meses mais tarde, os médicos radiografaram a perna doente e descobriram que Elizabeth quebrara vários ossos do tornozelo. Durante todo esse tempo, a jovem nada sentira. Em situações que provocariam noutros sinistrados gritos alucinantes, Elizabeth mantinha-se inalterável, como se nada lhe tivesse acontecido.
             Aprioristicamente, os mortais comuns podiam desejar ser um desses indivíduos insensíveis à dor, mas a verdade é que a sensibilidade a esta é incomparavelmente mais segura. Sem a noção da dor nunca detectaríamos, por exemplo, um iminente ataque de apendicite senão quando esta tivesse evoluído até provocar uma peritonite fatal. A dor é o sistema preventivo de alarme corporal, que atua quando o organismo corre perigo.


                                                    O Surpreendente corpo humano
                                        O GRANDE LIVRO DO MARAVILHOSO E DO FANTÁSTICO
                                                           Seleções do READER'S DIGEST

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A BORBOLETA E A FLOR

                        Certa vez, um homem pediu a Deus uma flor e uma borboleta. Mas Deus lhe deu um cacto e uma lagarta. O homem ficou triste, pois não entendeu por que o seu pedido veio errado. Daí pensou: "Também pudera, com tantas pessoas para atender..." E resolveu não questionar aquilo e nem se desesperar por causa daquela troca de pedidos, pelo menos para a sua concepção.
                       Passado algum tempo, o homem foi verificar o seu pedido que deixara esquecido em algum lugar da sua casa. Para sua surpresa, do espinhoso e feio cacto nascera a mais bela das flores e a horrível lagarta transformar-se num belíssima borboleta.

                        MORAL DA HISTÓRIA:


                        DEUS SEMPRE AGE CERTO: O SEU CAMINHO É O MELHOR, MESMO QUE AOS NOSSOS OLHOS PAREÇA ESTAR DANDO TUDO ERRADO. VOCÊ PEDIU A DEUS UMA COISA E RECEBEU OUTRA, CONFIE. TENHA A CERTEZA DE QUE ELE SEMPRE DÁ O QUE VOCÊ PRECISA NO MOMENTO CERTO. NEM SEMPRE O QUE VOCÊ DESEJA É O QUE VOCÊ PRECISA. COMO ELE NUNCA ERRA NA ENTREGA DE SEUS PEDIDOS, SIGA EM FRENTE SEM MURMURAR OU DUVIDAR. O ESPINHO DE HOJE PODERÁ SER A BELA FLOR AMANHÃ.

                                                Domínio público
                     

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

1331 - "O perdão é um catalisador que cria o ambiente necessário para uma nova partida, para um recomeçar".

                                        Martin Luther King

1332 - "O único meio de obter felicidade é proporcioná-la aos outros".

                                     Autor desconhecido

1333 - "O homem que sabe o que quer tem meio caminho andado para conseguir o que deseja".

                                       Idem

1334 - "Os corações podem ser abertos com felicidade e com chaves minúsculas que são: "Muito obrigado" e "Por favor".

                                               Idem

1335 - "O viajante que sobe à montanha na direção de uma estrela, quando se deixa absorver pelos problemas da escalada, está arriscando a esquecer qual a estrela que o guia. Se só age por agir não irá a parte alguma".

                                                     Idem

1336 - "O covarde sorri quando nada teme, quando nada se opõe ao seu caminho, mas é preciso ser um homem forte para aplaudir os que se elevam".

                                                     Idem

1337 - "Os egoístas, por definição, não sabem amar".

                                                  M. Gorki

1338 - "O amor que se dá apenas enquanto encontra nisso seu prazer e se reserva o direito de voltar atrás, não passa de paixão ou fantasia".

                                                              Autor desconhecido

1339 - "Os que se amam dispõem-se a ser tudo para o companheiro, e esta enorme abstração encontra expressão concreta nas coisas tão insignificantes que um terceiro jamais se perceberia".

                                                          idem

1340 - "O grande amor do homem e da mulher não tem início na carne para terminar na alma. Tanto em seu começo quanto em seu fim, o corpo e a alma abarcam o ser humano em sua totalidade".

                                                              Idem