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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O FERRREIRO

              Era uma vez um ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, converteu-se a Deus.Durante muitos anos trabalhou com afinidade, praticou a caridade, mas apesar de toda sua dedicação nada parecia dar certo na sua vida. Muito pelo contrário: seus problemas e dúvidas se acumulavam cada vez mais.
              Uma bela tarde, um amigo que o visitara - e compadecendo de sua situação difícil, comentou:
               -É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem de Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraqueceu sua fé, mas apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado.
                O ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida. Até que encontrou a resposta. Eis o que disse o ferreiro:
                 -Pensando bem, eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas. Você sabe como isto é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo em seguida, ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo a té conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente. O ferreiro fez uma longa pausa, acendeu um cigarro e continuou:
               -Às vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue aguentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha oficina.
                Mais uma pausa e o ferreiro concluiu: Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceitado as marteladas que a vida me deu, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é: "Meu Deus, não desista, até que eu consiga tornar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, e pelo tempo que quiser, mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas".

                                            Domínio Público
               

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O HOMEM, O CACHORRO E O CAVALO

                       Um homem, seu cavalo e seu cão caminhavam por uma estrada. Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam morrido num acidente. às vezes os mortos levam tempo para se dar conta de sua nova condição...A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede. Precisavam desesperadamente de água. Numa curva do caminho avistaram um portão magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com bloco de outro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina.
                      O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada.
                       -Bom dia, ele disse.
                       -Bom dia, respondeu o homem.
                       -Que lugar é este, tão lindo? Ele perguntou.
                       -Isto aqui é o céu, foi a resposta...
                       -Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o homem.
                       -O senhor pode entrar e beber água à vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte.
                       -Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede.
                       -Lamento muito, disse o guarda - Aqui não se permite a entrada de animais.
                       O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande. Mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho. Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi-aberta. À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo.
                       -Bom dia, disse o caminhante.
                       -Bom dia, disse o homem.
                       -Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro.
                       -Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem, indicando o lugar. Podem beber à vontade.
                       -Muito obrigado, ele disse ao sair.
                       -Voltem quando quiserem, respondeu o homem.
                       -A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar?
                       -Céu - respondeu o homem.
                       -Céu? Mas o homem na guarita ali ao lado do portão de mármore disse que era o céu!
                       -Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno!!!
                         O caminhante ficou perplexo.
                       -Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões.
                       -De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles nos fazem uma grande favor. Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos...


                                                      Domínio Público

quarta-feira, 31 de julho de 2013

AS COISAS SEMPRE FORAM ASSIM...

                      Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio,, uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas,os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada,os outros o pegavam e o enchiam de pancadas.
                     Com mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mai a escada.
                    Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas.
                     Se possível fosse perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
                     -"NÃO SEI, MAS AS COISAS SEMPRE FORAM ASSIM POR AQUI!".

                     "TRISTE ÉPOCA! MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO QUE UM PRECONCEITO!"    (Albert Einstein)

                       Mudando os personagens desta história para os dias atuais, num país democrático como o Brasil, quando entra ano e sai ano e o povo escolha os seus governantes, pensando que muita coisa pode mudar para melhor, logo a desilusão, a frustração se faz presente, quando os casos de corrupção continuam se proliferando, quando um presidente perde o seu cargo, deputado, senador, governado, vereador também, cada um agindo igual  àqueles macacos desta fábula, batendo naquele novato que tentar galgar mais alto, sem demonstrar capacidade e aprovação unânime e então se se tentar lhes perguntar a razão destas atitudes, a resposta poderá ser similar, ou seja:

                  -"Não sabemos, mas as coisas sempre foram assim por aqui!

                     E pelo andar da carruagem, continuarão desta maneira, por muitos e muitos séculos, infelizmente!


                                           Joboscan de Araújo

domingo, 30 de junho de 2013

OS POMBOS E A REDE

                      Conta uma lenda árabe que um grupo de pombos, ainda muito jovens e inexperientes, saiu a voar sob o comando de um velho pombo sábio e experiente.
                      Em dado momento o grupo avistou lá do alto algo que parecia com uma grande quantidade de grãos espalhados no chão.
                     Cansados e famintos os jovens pombos não se contiveram e desceram para o milho, embora o pombo mestre, aos gritos, pedia que não fizessem aquilo, pois eles poderiam cair nas redes dos caçadores de aves.
                     Infelizmente o grupo de jovens pombos desceu até o milho e, de fato, acabaram presos em uma rede preparada para apanhá-los. Presos pelos pés, cada um se debatia desesperadamente sem conseguir se livrar, ao contrário, ficavam cada vez mais presos nas malhas.
                     Enquanto isto, o velho pombo, de cima de uma árvore pedia, aos gritos, que ouvissem mais uma de suas lições:
                    -"Assim vocês não vão conseguir se libertar e acabarão todos mortos. Só tem um jeito de vocês saírem desta rede; todos terão de levantar voo ao mesmo tempo, juntos, levantando a rede ao ar".

                    Então, o grupo de jovens pombos assim o fez. Levantaram voo juntos e a rede subiu com eles, mantendo-se no ar com grande esforço de cada um, sob o estímulo do mestre, até que em dado momento, a rede foi se soltando dos pés dos pombos e caiu por terra, deixando-os, consequentemente, livres para voar, conforme a sua natureza e seu prazer.


                                                         Autor desconhecido

terça-feira, 7 de maio de 2013

RIQUEZA OCULTA

                                   Um lavrador no seu leito de morte diz a seus filhos que há um grande tesouro enterrado nos campos pertencentes à família. De volta do enterro do pai, os filhos começam a arar a terra. Tudo em vão, pois o tesouro permanece oculto. No ano seguinte, ao verificar que devido ao trabalho árduo e esforços aparentemente inúteis o solo se tornar rico e produzira o triplo de frutos. Eles então compreenderam o que o pai quisera dizer com RIQUEZA OCULTA.

                             MORAL DA HISTÓRIA:   Esta fábula simboliza o desafio à mente humana. Precisamos continuar procurando respostas, mesmo que o tesouro nunca seja desenterrado e mesmo que não ha nenhum tesouro, pois somente arando o solo onde crescem o conhecimento e a sabedoria a menta humana se poderá realizar e chegar ao enriquecimento que lhe é destinado.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

OS DOIS BURROS

                                       Caminhavam dois burros, um com uma carga de açúcar,outro com uma carga de esponjas.
                                        Dizia o primeiro:
                                       -Caminhemos com cuidado, porque a estrada é perigosa.
                                       O outro redarguiu:
                                      -Onde está o perigo? Basta andarmos pelo rastro dos que hoje passaram por aqui.
                                      -Nem sempre é assim. Onde passa um, pode não passar outro.
                                      -Que burrice! Eu sei viver, gabo-me disso, e minha ciência toda se resume em só imitar o que os outros fazem.
                                        - Nem sempre é assim, nem sempre é assim...continuou a filosofar o primeiro.
 
                                        Nisto alcançaram o rio, cuja ponte caíra na véspera.

                                      -E agora?

                                      -Agora é passar com a cara e a coragem!

                                      O burro carregado de açúcar meteu-se na correnteza e, como a carga ia se dissolvendo ao contato da água, conseguiu sem dificuldade por pé na margem oposta.

                                     O burro carregado de esponja, fiel às suas ideias, pensou consigo:

                                   - Se ele passou, passarei também - e lançou-se ao rio. Mas sua carga, em vez de esvair-se como a do primeiro, cresceu de peso a tal ponto que o pobre tolo foi ao fundo.

                                     -Bem dizia eu! Não basta querer imitar, é preciso poder imitar! - comentou o outro.


                                              Do livro:  Fábulas - MOnteiro Lobato
                                                        

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O MENDIGO PRÓDIGO

                          Mohamed Ben Maamar era um comerciante honrado e conhecido por sua generosidade. Certo dia, enquanto se encontrava em sua loja com um amigo, chegou à porta um medigo, suplicando alguma caridade. Ben Maamar não pensou duas vezes, extraiu do dedo um valioso anel com brilante e entregou-o ao mendigo, dizendo:

                        -"Tome isto, e não vás negociá-lo por qualquer ninharia. Pois só o diamante vale mais de cem dinares!"

                         Ao ouvir tamanho disparate, o mendigo começou a morder o anel até conseguir extrair a tal pedra com os dentes. Em seguida, entregou o referido diamante e em seguida disse então ao seu dono:


                       -"Toma tua pedra preciosa, pois só com o ouro do anel posso me manter por vários meses!"


                       Quando o mendigo se retirou, o amigo disse então à Ben Maamar:


                          -"Essenpobre foi bem mais generoso do que tu!"



                             TIRE CADA UM AS SUAS CONCLUSÕES DESTA HISTÓRIA! 

sábado, 13 de outubro de 2012

OA VIAJANTES E O MACHADO

                                      Dois homens caminhavam em viagem pela mata quando um deles diz:

                                     -Achei um machado!

                                     Retruca o outro:

                                    -Você quis dizer: achamos, não é mesmo? 

                                    Revida o primeiro:

                                   -É meu! Eu vi primeiro!

                                  Seguiram pelo caminho sua viagem. O dono do machado percebeu o fato e veio correndo atrás deles, bravejando:

                                 -Vocês se apossaram do que não lhes pertence!

                                  Murmura o que estava com o machado em sua mala:

                                -Estamos perdidos!...

                               Corrige o outro:

                                -Estamos? Não! Diga corretamente que você está perdido, pois só você o achou, correto?

                              MORAL DA HISTÓRIA:


                              Se não dividirmos  as vantagens com os outros, também não poderemos contar com eles em caso de posssíveis prejuízos!

                                                                     (Anônimo)

                           

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O MONGE E O ESCORPIÃO

                    Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão.
                    Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido a dor, o omem deixou-o cair novamente no rio.
                    Foi então à margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.
                   Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados. Um deles então falou:
                  -Meste, deve estar  doendo muito a picada daquele escorpião, é verdade?
                  -Por que foi salvar esse bico ruim e venenoso? - Perguntou outro.
                  -Deveria ter deixado que ele se afogasse! Disse o terceiro. Seria um escorpião a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia portanto a sua compaixão!
                  O monge ouviu tranquilamente os comentário e respondeu, pacientemente:
                  -Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha. Só isso.

                    MORAL DA HISTÓRIA:

                     
                                  Esta parábola nos faz refletir a forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com que nos relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos melhorar nossas próprias reações e atitudes, sabendo que cada um dá o que tem e o que pode. Devemos fazer a nossa parte com muito amor e respeito ao próximo.

                                Cada qual conforme sua natureza.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

AS TRÊS MULHERES

                         Três mulheres conversavam ao lado de um poço. Um velho as escutava sem nada interferir na conversa das mesmas.

                          A primeira mulher dizia:

                         -Meu fillho é muito forte, corre e pula sempre em todo o lugar!

                          A sgunda dizia:

                         -O meu canta como os passarinhos!

                          A terceira mulher nada dizia. Então o velho lhe perguntou:

                         -A senhora não tem filhos?

                         Ela respondeu então:

                        -Tenho, mas ele é um menino normal como as outras crianças!

                        As três mulheres pegaram seus respectivos potes cheios de água e foram caminhando. No meio do caminho, elas pararam para descanar e o velho homem que também vinha com um pote de água, resolveu fazer-lhe companhia ao lado delas. Logo elas viram seus filhos voltando para perto delas. O primeiro vinha correndo e pulando e também era forte. O segundo vinha cantando lindas canções ao vento e também se aconchegou. O terceiro, por sua vez, não vinha pulando nem cantando, simplesmente correu em diração à sua mãe e pegou o pote cheio de água e levou para casa. Então, neste momento, uma das mulheres resolveu perguntou ao velho homem:

                        - O que o senhor achou dos nossos filhos?

                        E o velho homem respondeu:

                       -Sinceramento, eu acabei de ver três meninos, mas vi apenas um filho!


                                                                        

                             

terça-feira, 17 de abril de 2012

TUDO QUE VEM DE DEUS É BOM!

Há muito tempo, num reino distante, havia um Rei que não acreditava na bondade de Deus. Tinha, porém, um súdito que sempre lhe lembrava dessa verdade. Em todas a situações dizia:
-"Meu Rei, não desanime, porque Deus é bom!"
Um dia, o Rei saiu para caçar juntamente com seu súdito, e uma fera da floresta atacou o Rei incrédulo. O súdito conseguiu matar o animal, porém não evitou que sua Majestade perdesse o dedo mínimo da mão direita durante o ataque da fera. O rei então furioso pelo que lhe aconteceu e sem mostrar agradecimento por ter sua vida salva pelos esforços de seu servo, perguntou a este:
-"E agora, o que você me diz? Deus é bom? Se Ele fosse assim tão bom como o dizes eu não teria sido atacado, e não teria perdido o meu dedo mínimo!"
O servo então lhe respondeu:
-"Meu Rei, apesar de todas essas coisas, somente posso lhe dizer que Deus é bom, e que mesmo isso, perder um dedo, é para o seu bem, por incrível que isso possa parecer!"
O Rei, indignado com a resposta do súdito, mandou que fosse preso na cela mais escura e mais fétida do calabouço.
Após algum tempo, o Rei saiu novamente para caçar e aconteceu dele ser atacado novamente, mas desta vez por uma tribo de índios que vivia na selva. Estes índios eram temidos por todos, pois sabia-se que faziam sacrifícios humanos para seus deuses.
Mal prenderam o Rei, passaram a preparar, cheios de júbilos, o ritual do sacrifício. Quando já estava tudo pronto, e o Rei já estava diante do altar, o sacerdote indígena, ao examinar a vítima, observou furioso:
-"Este homem não pode ser sacrificado, pois é defeituoso. Portanto, é contra as normas da tribo oferecê-lo assim em sacrifício. Pois falta-lhe u dedo!"
Em seguida o Rei foi libertado. Ao voltar para o palácio, muito alegre e aliviado, libertou seu súdito e pediu que viesse em sua presença. Ao ver o servo, abraçou-o afetuosamente, dizendo-lhe:
-"Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Você já deve estar sabendo que escapei da morte, justamente porque não tinha um dos dedos. Mas ainda tenho em meu coração uma grande dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você fosse prese da maneira como foi? Logo você, que tanto o defendeu!?"
O servo sorriu e disse:
-"Meu Rei, se eu estivesse junto contigo nessa caçada, certamente eu teria sido sacrificado em teu lugar, pois não me falta dedo algum, aliás, nenhum membro! Portanto, lembre-se sempre: TUDO QUE DEUS FAZ É BOM!"

Autor desconhecido

sábado, 7 de abril de 2012

RENOVAÇÃO DA ÁGUIA

A águia é a ave que possui a mior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma série e difícil decisão. Pois nesta idade, ela está com as unhas compridas e flexíveis, não conseguindo mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico, alongado e pontiagudo, se curva. Apontando contra o peito estão as asas, evelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já não é assim tão fácil, ficando até sem nenhum sentido.
Então, a águia só tem duas alternativas: Morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias! Esse processo consiste em voar, para o alto de uma montanha, e se recolher em um ninho próximo a um paredão, onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após isto, espera nascer então um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando estas começam a nascer , ela passa a arrancar as velhas penas.
E só após cinco meses, sai para o famoso voo de renovação e pra viver então por mais 30 anos, aproximadamente.

MORAL DA HISTÓRIA:


Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar e usufruir um belo voo da vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz!


Autor desconhecido

sábado, 31 de março de 2012

O HOMEM E O MUNDO

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minimizá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção. De repente, deparou-se com o mapa do mundo, o que procurava! Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedacinhos e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:

-Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo direitinhho! Faça tudo sozinho!

Calculou que a crinaça levaria dias para recompor o mapa. Estava equivocado. Algumas hora depois, ouviu a voz do filho que ochamava calmamente:

-Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho. Pronto, o mundo está consertado!

A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho. Pensou que ele estivesse blefando. Não, não era possível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto! Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava ali, completinho da silva. Ou seja, todos os pedaços haviam sido colados nos devidos lugares. Como tinha sido isto possível? Como o menino havia sido capaz de fazer aquilo e em tão pouco tempo? E perguntou ao seu filho:

-Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu fazer este trabalho, esta proeza em tão pouco tempo e sem a ajuda de nenhum adulto? Me diga!

-Ora, pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista pedindo para eu recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me falou que era para eu consertar o mundo, realmente eu tentei, mas não consegui. Não vou mentir. Mas foi aí que eu me lembrei do homem que eu vi do outro lado do papel e resolvi começar por ele. Fui arrumando, fui colando e quando virei os recortes com a figura perfeita do homem, logo percebi que havia consertado ao mesmo tempo o mundo que o senhor me pediu!...Está aí, missão cumprida!

Diante disto aquele cientista ficou boquiaberto e a partir deste dia começou a não duvidar de ninguém, principalmente da esperteza de uma criança.


JOBOSCAN DE ARAÚJO

domingo, 25 de março de 2012

O POTE TRINCADO

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava sobre o seu ombro.
Um dos potes tinha uma pequena rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe; o pote rachado chegava quase sempre pela metade.
Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentia-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metde do que ele havia sido designado a fazer. E foi por causa disto que um dia ele falou ao homem na beira do poço:
-Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas!
-Por quê? Perguntou o homem. De que você está envergonhado?
-Nesses dois anos eu fui capaz de de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho até a casa do seu senhor! Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote trincado.
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
-Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.
De fato, a medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou as flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.
Disse o homem ao pote:
-Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado? Eu, ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele. E lancei sementes de flores do seu lado do caminho, e cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude colher estas lindas flores para ornamentar a mesa do meu senhor. E ele sempre me foi grato por isso, graçaa o seu defeito. Sem você ser do jeito que você é, ele não pderia ter esta beleza para dar graça a sua casa.

MORAL DA HISTÓRIA:

Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados. Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar estes nossos defeitos para embelezar a mesa do Seu Pai. Na grandiosa economia de Deus, nada se perde. Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Se os reconhecermos, eles poderão causar beleza. Das nossas fraquezas, podemos tirar forças!


Autor desconhecido

domingo, 11 de março de 2012

OS VIAJANTES E O MACHADO

Dois homens caminhavam em viagem pela mata quando um deles diz:

-Achei um machado!

Retrucou o outro:

- Você quis dizer: Achamos , não é mesmo?

Revidou o primeiro:

-É meu! Eu o vi primeiro!

Seguiram pelo caminho sua viagem. O dono do machado percebeu o fato e veio correndo atrás deles, esbravejando:

-Você se apossaram do que é meu!...

Murmurou então o que estava com o machado em sua mala:

-Estamos perdidos...


-Estamos? Não! Diga corretamente que você está perdido, pois só você o achou, certo?

Corrigiu o outro.

MORAL DA HISTÓRIA:

Se não dividirmos as vantagens com os outros, também não poderemos contar com eles em caso de possíveis prejuízos.


Esopo

terça-feira, 6 de março de 2012

A PARÁBOLA DA ROSA

Um homem plantou uma rosa e passou a regá-la constatemente. Antes que ela desabrochasse, ele a examinou e viu o botão que em breve surgiria, mas notou espinhos sobre o talo e pensou: "Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?"
Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa e antes mesmo de estar pronta para desaborchar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas.
Dentro de cada alma há uma rosa: são as qualidades dadas por Deus. Dentro de cada alma tem também os espinhos: são as nossas faltas.
Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior. Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e consequentemente, isso morre. Nunca percebemos o nosso potencial.
Algumas pessoas não têm a capacidade de ver a rosa dentreo delas mesmas. Sendo assim, alguém mais deve mostrar a elas.
Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos eencontrar a rosa dentro de outras pessoas. Este é a característica do amor. Olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas e ao mesmo tempo, suas qualidades, suas virtudes, o seu lado bom. Afinal, ninguém é totalmente bom e nem totalmente mau.
Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições. Se nós mostramos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos. Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.
Portanto sorriam e descubram as rosas que existem dentro de cada um de vocês e das pessoas que amam... Esse é o verdadadeiro sentido e valor da vida.

"A vida não nos é dada, nós a merecemos, dando-a!"


Autor desconhecido

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

OS MACACOS E AS BANANAS

Uma antiga tribo africana utilizava um método bastante curioso para capturar macacos. Como os macacos são muito espertos e vivem saltanto nos galhos mais altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema: Pegam uma cumbuca de boca estreita e colocam dentro uma banana, amarram-na no tronco de uma árvore frequentada pelos macacos, afastam-se e esperam. Então acontece. Quando osnativos vão embora, um macaco curioso desce...olha dentro da cumbuca e vê a banana. Enfia sua mão e apanha a fruta, mas como a boca do recipitente é muito estreita, ele não consegue tirar a banana e continua segurando-a.

Surge um dilema: "Se largar a banana, sua mão sai e ele pode ir embora livremente, caso contrário continua preso na armadilha".

Após um tempo, os nativos voltam e tranquilamente capturamos macacos que teimosamente recusam-se a largar as bananas. O final é meio trágico, pois os macacos são capturados para serem comidos.

Assim como eu, você deve estar achando inacreditável o grau de estupidez destes macacos, afinal basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais. O problema deve estar no grau exagerado que o macaco atribui a banana. Ela já está ali na sua mão. Parece ser uma insanidade largá-la. Achei essa história engraçada porque muitas vezes fazemos exatamente como os macacos. Ou será que você nunca conheceu alguém está totalmente insatisfeito com o emprego, mas insiste em permanecer mesmo sabendo que está cultivando um infarto? Ou pessoas infelizes por causa de decisões antigas que continuam adiando um novo caminho que trará de volta a alegria de viver?

Somos ou não somos como aqueles macacos que meteram a mão na cumbuca? A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana que, apesar de estar na nossa mão pode nos levar direto à panela!...



Autor desconhecido

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A JANELA

Certa vez, dois homens estavam seriamente doentes na mesma enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bastante pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha, como parte do seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo que ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela. O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima.
Todas a s tarde, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em posição sentada, ele passava o tempo descrevendo o que via lá fora. A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago.
Havia patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pães e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da fileira de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.
O homem deitado ouvia o que estava sentado descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quese caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão.
As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora...
Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento: Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo? Por que ele não podia ter essa chance?
Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança. Faria qualquer coisa! Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover...mesmo quando o som de respiração parou.
De manhã, a enfermeira encontrou o outro homem morto e, silenciosamente, levou embora o seu corpo. Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconcehgaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável. No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor, e olhou para fora da janela...
Viu apenas um muro...

MORAL DA HISTÓRIA:

"E a vida é, sempre foi e será aquilo que nós a tornamos".
"As ideias inteligentes, às vezes, surgem nos mais estúpidos momentos".
"O sonho e a esperança são dois calmantes que a natureza concede ao ser humano"

sábado, 4 de fevereiro de 2012

AS MOSCAS

Contam que certa vez duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saida, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater e afundou. Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte era tenaz, e por isso continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali levantar voo para algum lugar mais seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu noutro copo de leite. Como já havia aprendido com a primeira experiência, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Porém, outra mosca, passando por ali e vendo aquela aflição da companheira de espécie, pousou na bira do copo e gritou: "Tem um canudo ali, nade até lá e suba por ele!"
A mmosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anteriou de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta afundou no copo de leito e morreu.


Quantos de nós, baseados em experiêncas anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão? Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo de quem está de fora da situação, apontando-nos uma outra solução mais eficaz e sendo assim, perdemos a oportunidade de "reenquadrar" nossa experiência e ficamos presos aos velhos hábitos, com medo de errar com a nova tentativa, com o outro caminho! Ora, "reenquadrar" é buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso, tudo pode ser encarado como uma maneira de crescer.
Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que pode nos levar à energia que precisamos, à motivação de continuar buscando o que queremos, à autoestima que nos sustenta.
Dizem que este artigo é dedicado a todo aquele que tem medo de errar e fracassar, portanto, a todos nós. Não acho que seja dedicado a quem tem medo de errar, mas a todos que querem vencer na vida...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

OS DOIS AMIGOS

Dois amigos, um bastante gordo e outro magro, estavam caçando em uma perigosa floresta.
Eis que de repente, surge diante deles um enorme e feroz urso. O medo e o susto foram tamanhos que abandonaram as armas e se puseram a correr. O amigo magro, rápido e ligeiro subiu a uma árvore, mas o gordo não pôde fazer o mesmo. Não tendo outra alternativa, deitou-se sob a mesma árvore e fingiu de morto, suspendendo até a respiração.
O enorme urso chegou perto dele, cheirou seus ouvidos e seu rosto; e, achando que ele estivesse morto, seguiu adiante.
Enquanto isto, o amigo magro, bem protegido na árvore, torcia pelo amigo infeliz lá embaixo.
Depois que o urso se foi, desceu da árvore e perguntou ao gordo:
-O que o urso lhe disse nos ouvidos?
Respondeu o gordo:
-Que um amigo que abandona o outro na hora do perigo é um grande covarde!