quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

MILHO BOM

Esta é a história de um fazendeiro que venceu o prêmio "MILHO-CRESCIDO".
Todo ano ele entrava com seu milho na feira e ganhava o maior prêmio. Uma vez um repórter de jornal o entrevistou e aprendeu algo interessante sobre como ele cultivava o seu milho para que ficasse assim tão bonito e crescido, a ponte de sempre ganhar o prêmio máximo de qualidade. Então o mesmo respórter descobriu que aquele fazendeiro compartilhava a semente do milho que ele plantava com os seus vizinhos também agricultores e perguntou:

-"Como o senhor pode se dispor a compartilhar sua melhor semente de milho com seus vizinhos, quando eles estão competindo com o seu, todo o ano?"

-Por que faço isso? - disse o fazendeiro - Você não sabe? O vento apanha pólen do milho maduro e o leva através dos campos em que os mesmos estão sendo cultivados, plantados e depois colhidos. Por exemplo, se os meus vizinhos cultivam milho inferior, a polinização é o degradar continuamente a qualidade de meu milho. Se eu for cultivar milho bom, eu tenho que ajudar meus vizinhos a cultivar também milho bom".

Ele era atento às conectividades da vida. O milho dele não poderia melhor a menos que o milho do vizinho também melhore. Assim também em outras dimensões. Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhhos estejam em paz.. Aqueles que querem viver bem têm que ajudar os outros para que vivam bem. E aqueles que querem ser felizes têm que ajudar os outros a achar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.

A lição para cada um de nós se formos cultivar milho bom, nós temos que ajudar nossos vizinhos a cultivar também milho bom. É uma questão de lógica e reciprocidade. É a lei da vida: mais com mais dá mais. Ou alguém duvida disto?


Autor desconhecido

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

MISTÉRIO NA UTI

O que ocorreu comigo na madrugada do segundo dia na UTI foi algo inexplicável, fora do comum, inusitado, atípico, difícil mesmo de ser esclarecido. Na minha opinião, não ouve alucinação, delírio da minha parte. Opinião esta contestada pela equipe médica. Tinha plena consciência como 2+2 são 4 que naquela fatídica madrugada eu não vi nenhum fantasma e muito menos tive algum pesadelo. Pareceu tudo muito nítido e consciente. O certo ou errado é que o ocorrido deu panos pra manga, ou seja, gerou muitos comentários. Causou até uma celeuma na UTI logo que o dia amanheceu, principalmente com o médico, chefe da equipe querendo saber realmente o que aconteceu e, principalmente, porque recusei uma coleta de sangue que era obrigatória para a análise do meu tratamento ali. Mas vamos aos fatos:
Madrugada de sábado. A hora não dava para precisar, pois o relógio digital que estava na parede me parecia com um defeito, pois ficava repetindo os mesmo números. Então vi uma funcionária se aproximando com uma seringa e como o local não estivesse bem iluminado, só percebi que se tratava da mesma funcionária da noite anterior, só que os cabelos da mesma estavam tão em desalinhos, estranhos, que cheguei a me assustar um pouco. Será que ela acabara de acordar? E logo que se aproximou do meu leito e anunciou que ia fazer mais uma coleta de sangue e diante daquela figura fantasmagórica, num ímpeto de rebeldia, não permiti que isto acontecesse e falei:
-Coletar sangue? De novo? É festa agora?
Percebei que ela não gostou nada daquilo e sem insistir deixou o ambiente, mas logo a seguir veio um enfermeiro, por sinal, também já o tinha visto antes e acendeu todas as lâmpadas e com muita educação também tentou colher o material:
-E aí, seu João, vamos lá. O médico precisa deste exame para dar continuidade ao seu tratamento. É para o seu bem!
-Sinto muito. Sei muito bem de tudo isto, mas não vou permitir fazer isto de novo. Estou me sentindo bem melhor.
-Seu João, isto quem pode dizer é só o médico. Mas, pensando bem, é bom saber que o senhor esteja melhorando mesmo. Dá para perceber pela sua rebeldia.
O dia já ia amanhecendo quando consegui cochilar um pouco, mas logo despertei com uma movimentação estranha na UTI. De repente, uma médica, de descendência oriental, nova e bastante educada, foi muito objetiva e incisiva. Chegou disposta a saber o motivo pelo o qual eu não deixei ninguém fazer a coleta de sangue naquela madrugada que passou. Infelizmente, como eu não dispusesse de nada concreto para comprovar aquela minha ojeriza com relação à enfermeira descabelada e com ar sonolento, ficou o dito pelo não dito.
Sem conseguir as conclusões que ela desejava, a médica deixou o quarto, mas antes falou:
-O senhor brevemente vai receber a visita do nosso chefe.
Realmente, às sete horas, o chefe da equipe, como já estava a par de tudo que ocorreu, simplesmente se aproximou e sem conversar muito, me examinou, coletando inclusive uma amostra de sangue no meu dedo e duas horas depois, os enfermeiros chegaram e me transferiram para um CTI (Centro de Tratamento Intensivo) que ficava no mesmo andar, ao lado da UTI. Aqui passei a ter outros cuidados, outra alimentação e não demorou muito fui logo transferido para uma enfermaria. Aqui sim, seria bem melhor. Não tão bem quanto na casa da gente. Mas pelo o menos, poderia andar e ir ao banheiro sozinho.
A minha esposa quando chegou para a visita, juntamente com uma vizinha, ficaram surpresas com a minha súbita recuperação. Ficaram também impressionadas com o que aconteceu naquela madrugada. Ninguém entendia nada e muito menos eu. Parece até que eu havia recebido a visita de um anjo, o qual veio me comunicar que Deus resolvera me dá mais uma chance para continuar vivendo. Algum projeto Ele tinha reservado para mim. E chorei de alegria por causa deste pequeno milagre. O médico que havia falado para a minha esposa, logo que eu dei entrada na UTI, que poderia se "preparar" para o pior, além de ser um grande pessimista, pelo visto, não entendia muito dos desígnios de Deus. Aliás, nós seres humanos jamais iremos entender. Mas só que nunca devemos duvidar daquilo que denominamos de FÉ!

Próxima postagem: Confirmação de Alta!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

CONFESSO QUE EU LI

Livro: FELIZ POR NADA

Autora: MARTHA MEDEIROS


Taí, para quem gosta de uma leitura fácil, deliciosa, amena com temas variados e sem obrigação de ler o livro na sequência, basta escolher o título das belas crônicas do FELIZ POR NADA e se deleitar. Na minha opinião, sem querer compara, mas já comparando, o modo desta inteligente escritor e jornalista escrever, assemelha ao renomado escritor Fernando Sabino, cujos livros de crônicas são insuperáveis. Sempre retratando o cotidiano das pessoas com maestria, ambos são um prato cheio para uma leitura, sem dúvida, agradabilíssima. Várias crônicas me chamaram a atenção e exigiu uma releitura, a principal delas foi QUANDO OS CHATOS SOMOS NÓS. Só que, as demais tambem, aliás, todas merecem ser lidas com atenção. Inclusive, repito, podemos ler FELIZ POR NADA do fim para o começo e tanto faz. O efeito é o mesmo. Cada página, cada crônica uma emoção. Valeu a penas, Martha Medeiros. Recomendo!

Joboscan de Araújo

domingo, 26 de fevereiro de 2012

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

GRAMA


"Quinhentas gramas" ou "quinhentos gramas"? A trdição da língua ensina que "grama" é palavra feminina quando ná nome ao vegetal. Quando indica medida de peso (os físicos dizem que não é peso, é massa), a plavra é masculina: "cinquenta gramas de isca", "duzentos gramas de ostrs", "seiscentos gramas de linguado", "quinhentos grmas de camarão". Na língua viva, no entanto, é muito raro o uso dessas formas.


GRÁTIS


"Gátis" ou "gratuito"? Numa mesma loja, veem-se dois anúncios. No primeiro, "Colocação grátis". No segundo: "Colocação gratuita". "Grátis" é advérbio e, por isso, deve modificar basicamente verbos. "Grátis", corresponde a "gratuitamente" de graça". Portanto basta pensar que, se for possível usar "de graça" ou "gratuitamente", será possível usar "grátis": "Estacione gratuitamente/Estacione de graça/Estacione grátis". Se for possível essa substituição, use o adjetivo "gratuito" (ou "gratuita"): "Estacionamento gratuito/A entrada é gratuita.



GRAU



Os adjetivos variam em grau quando se desejam comparar ou intensificar as características que denotam. Há, portanto, dois graus do ajuetivo: o compartivo e o superlativo. Pode-se comparar a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas a um mesmo ser. O compartivo pode ser de igualdade ("Ele é tão responsável quanto eu"), de superioridade ("Ele é mais responsável do que eu", "Essa solução é melhor do que a outra") ou de inferioridade ("Ele é menos responsável do que eu", "Somos menos passivos que tolerantes"). O grau superlativo, forma pela qual a característica atribuída pelo adjetivo é intensificada, pode ser relativo ("Ele é o mais exigente de todos", "Você é omenso atento da sala") ou absoluto ("Ele demasiadamente exigente", "É um artista originalíssimo")


GRAVIDEZ


Você sabia que "grávida" e "prenhe" são sinônimos e, portanto, "gravidez" e "prenhez" também o são? E como fica o plural de" gravidez"? Esse plural é feito como o de qualquer palavra terminada em "z": "luz/luzes", "raiz/raizes", "juiz/juizes", "prenhez/prenezes", "gravide/gravidezes". Uma mulher que tenha dado à luz duas vezes pode perfeitamente dizer que suas duas gravidezes foram tranquilas.


GROSSO MODO


"Grosso modo" ou "a grosso modo"? A expressão é "grosso modo". Não estranhe! Não está faltando um "a" Trata-se de uma das tantas expressões latinas que se mantêm como no original:"grosso modo". Por razões perfeitamente compreensíveis, muita gente aportuguesa a expressão e acaba por usá-la com um "a" (a grosso modo"). Não há quem a abone assim.


Comentários dos Professor Pasquale Cipro Neto


Dicionário da Língua Portuguesa

Gold Editora Ltda

sábado, 25 de fevereiro de 2012

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS

"ESTE É UM CASO ISOLADO"


Por que será que quando acontece algum sinistro, acidente ou desmoronamento e suas causas não são assim tão nítidas, objetivas, sempre a pessoa que se prontifica a responder sobre aquela tragédica, sobre aquele acontecimento, aquele assunto, logo com esta evasiva: "Lamentamos muito o que aconteceu. Só que este é um fato isolado." E pronto. Falando assim, o tal porta-voz da construtora, do condomínio ou o prefeito, engenheiro, o governador ou secretário e seja lá quem for, achando que respondendo só assim já é o suficiente e todo o mundo se dá por satisfeito por esta resposta sucinta e incoerente. Ledo equívoco. Que disparate! Será que o (a) autor (a) desta frase acha que as pessoas de modo geral são tão burras e otárias? Ora, se ele (a) não é capaz de saber o motivo real daquele acidente ou fato inusitado, melhor seria que se omitisse e desse a oportunidade para outra pessoa mais idônea falar. Pois querer justificar o imponderável ou o injustificável, o que é pior, querer tapar o sol com a peneira aí já é muita estultície e por que não dizer, burrice mesmo!



Joboscan de Araújo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

691 - "É nas quedas que o rio cria energia".

Hermógenes

692 - "Embora tudo pareça desespero, é possível ter esperança para continuar"


Dirceu Brolini


693 - "Experiência não é o que acontece com um homem. É o que um homem faz com o que lhe acontece".

Aldoux Huxley


694 - "É uma experiência eterna que todo homem que detém o poder é levado a dele abusar; ele vai até onde encontra limites".


Montesquieu


695 - "É melhor que tenham inveja do que pena de nós".


Heródoto


696 - "É preciso viver e não apenas existir".


Plutarco


697 - "Existe o risco que você jamais pode correr. Assim como existe o risco que você jamais pode deixar de correr".


Peter Drucker


698 - "É tentando o impossível que se chega à realização do possível".


Henri Barbusse


699 - "Em procura do ótimo não se faz o bom".

Mandamento da TAM


700 - "É preciso acreditar que algumas vezes somos os pombos e outras, a estátua".


Roger Anderson

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

PÉ DE CHINELO NOVO NO ASFALTO

Aquele chinelo de tiras, quase novo deixado no meio de uma rua movimentada do bairro onde moro, não estava ali por motivo de esquecimento, distração ou algo parecido não. Ele se soltou do pé de uma jovem viciada em droga, a qual saiu correndo desesperada, ao fugir de um flagrante da polícia militar, momentos antes de adquirir o maléfico produto.
Inclusive, no instante em que eu descia à mesma rua, com destino ao mercado situado lá na avenida, percebi que aquela jovem combinava alguma coisa com mais dois meliantes, os quais pareciam intimá-la a comprar o "baseado", uma vez que eles estavam "sujos" no pedaço, conforme se justificavam para não darem muito na vista dos traficantes. Senão, era morte na certa. A "barra" estava pesada para eles, portanto preferiam pedir o favor de uma "mula" para o tal serviço. E resolviam entar ficar camuflados em algum ponto estratégico do bairro. E foi exatamente neste momento que passei e fui resolver os meus compromissos, deixando-os para trás com as suas maracutaias.
Minutos depois, quando regressei, passando pelo mesmo local, o burburinho de pessoas por ali tinha aumentado e o comentário ainda fresquinho era sobre uma ação policial naquela boca de fumo naquela rua e teve até perseguição em seguida. E foi aí que aquela meliante, ao perceber a chegada do carro da polícia, que ao sair em disparada, à sua revelia, deixou cair um pé de chinelo e nem olhou para trás. A vida dela parecia bem mais importante e preciosa do que aquele objeto largado no meio da rua. Se os policiais atingiram o seu objetivo, ninguém ficou sabendo, pois não houve retorno de ninguém, pelo menos durante algumas horas. Depois que a poeira abaixasse, quem sabe!
Enquanto isso, aquele pé de chinelo ficou ali no meio da rua e muitos transeuntes o olhavam e alguns sem entenderam o porquê daquele "esquecimento" ou "distração", o que não era verdade. No meu regresso, ainda ouvi quando duas senhoras comentavam ainda o fato ocorrido há poucos minutos e vendo uma criança ameaçar pegar aquele calçado, uma levantou a voz, admoestando-a:

-"Deixa isso aí, garota, esse chinelo é de meliante !"
-"Ah, é? Eu pensei que fosse de borracha!"

Em seguida seguiu o seu caminho dando risadas, do sarro que acabara de tirar da mulher metida a pedante.


Joboscan de Araújo

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CONCEPÇÕES DIVERSAS & ALEATÓRIAS

* Falar que só se lembra de Deus no momento de dificuldades, de perigo, angústia e medo é uma triste verdade. Triste, eu explico, porque deveria bem diferente. Ou seja, Ele, o Supremo Criador, apesar de não cultivar nenhum tipo de vaidade, de lisonja, certamente deve sentir o paradoxo que o ser humano comete quando só se lembra Dele em momentos assim e se omitindo no tempo bom, repleto de alegria e contentamento. A maioria das pessoas age assim, mas em compensação sempre há alguma exceção. Tem alguém que sabe agradecer a Deus em todo o momento da sua vida e isto é que é ser justo e coerente.


* Muitas vezes criticamos o mundo atual, dizendo que está sem muito diálogo, carente de paz, de harmonia etc. É sem dúvida uma verdade incontestável. Principalmente dentro do nosso lar, onde a "bendita televisão é quase sempre o centro das atrações. E quantas vezes um filho quer falar algo, mas como é logo horário de novela ou futebol, pede-se para calar a boca e falar depois daquele programa. Que falta de coerência, meu Deus!


* Um jovem que pilota destemidamente uma moto, numa rua movimentada do seu bairro, empinando-a, equilibrando-se em uma roda apenas, antes de exibicionista barato e gratuito, ele está colocando em risco não só sua vida, como a dos demais transeuntes. Sendo assim, ainda tem muita gente que afirma uma aberração do tipo, dizendo que Deus não ajuda! Que barbaridade!


Joboscan de Araujo

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

OS MACACOS E AS BANANAS

Uma antiga tribo africana utilizava um método bastante curioso para capturar macacos. Como os macacos são muito espertos e vivem saltanto nos galhos mais altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema: Pegam uma cumbuca de boca estreita e colocam dentro uma banana, amarram-na no tronco de uma árvore frequentada pelos macacos, afastam-se e esperam. Então acontece. Quando osnativos vão embora, um macaco curioso desce...olha dentro da cumbuca e vê a banana. Enfia sua mão e apanha a fruta, mas como a boca do recipitente é muito estreita, ele não consegue tirar a banana e continua segurando-a.

Surge um dilema: "Se largar a banana, sua mão sai e ele pode ir embora livremente, caso contrário continua preso na armadilha".

Após um tempo, os nativos voltam e tranquilamente capturamos macacos que teimosamente recusam-se a largar as bananas. O final é meio trágico, pois os macacos são capturados para serem comidos.

Assim como eu, você deve estar achando inacreditável o grau de estupidez destes macacos, afinal basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais. O problema deve estar no grau exagerado que o macaco atribui a banana. Ela já está ali na sua mão. Parece ser uma insanidade largá-la. Achei essa história engraçada porque muitas vezes fazemos exatamente como os macacos. Ou será que você nunca conheceu alguém está totalmente insatisfeito com o emprego, mas insiste em permanecer mesmo sabendo que está cultivando um infarto? Ou pessoas infelizes por causa de decisões antigas que continuam adiando um novo caminho que trará de volta a alegria de viver?

Somos ou não somos como aqueles macacos que meteram a mão na cumbuca? A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana que, apesar de estar na nossa mão pode nos levar direto à panela!...



Autor desconhecido

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

GOIANO


Os goianos são os brasileiros que nascem em Goiás. O nome desse importante estado brasileiro é um dos que se usam sem artigo definido. É bom que se diga que não há uniformidade quanto ao emprego do artigo antes dos nomes dos estados brasileiros. Boa parte deles é precedida de artigo, o que ocorre com o Paraná, a Bahia, o Acre, o Amazonas, o Piauí, o Maranhão, o Pará, o Rio Grande do Norte, o Rio Grande do Sul etc. Alguns são emrpegados sem artigo: Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Rondônia, Goiás etc. No caso de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, tem havido certa oscilação no uso do artigo, mas é preciso levar em conta um fator importante: o nome oficial do estado. Anote aí: "Estado de Mato Grosso" e Estado de Mato Grosso do Sul".


GOSTOSO


O que é um bolo gostoso? Certamente, é um bolo cheio de gosto. Presente em inúmeras das nossas palavras, a termiançaão "-oso" indica ideia de abundância, de posse plena.


GRAFIA


Grafia, todos sabem, é pedra no sapato de 101% dos brasieliros. Como diz um velho amigo, "exceção não é um excesso grandão!". Já percebeu, não é? "Exceção", com "ç", "excesso", com "ss". Outra que muita gente erra é "beça", palavra usada na expressão "à beça". Nada de "ss". Para fechar, "hortênsia", a flor. Não aposte um centava na letra "c". "Hortênsia" se escreve mesmo com "s"


Comentários do Professor Paquale Cipro Neto

Dicionário da Lìngua Portuguesa

Gold Editora Ltda

domingo, 19 de fevereiro de 2012

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

681 - "É preciso ter caminhado longamente durante a noite para conhecer o valor da luz".

Autor desconhecido

682 - "Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou desapareceremos".

Euclides da Cunha

683 - "Em toda a história jamais houve registro de um economista que tivesse de se preocupar de onde viria sua próxima refeição".

Peter Drucker

684 - "Educação é a habilidade de ouvir praticamente qualquer coisa sem perder a paciência ou a autoconfiança".

Robert Frost

685 - "Existe apenas uma forma de amor, mas há mil cópias".

La Rochefoucould

686 - "Estatísticas são como biquíni. O que elas revelam é sugestivo. O que elas dissimulam é essencial".

Levenstein


687 - "Em política aprende-se muito com o inimigo".

Lenin

688 - "É mais fácil ditar leis do que governar".


Leon Tolstói


689 - "Em matemática você não entende as coisas. Apenas se acostuma com elas"".


John Von Neumann

690 - "É recessão quando seu vizinho perde o emprego; é depressão quando você perde".

Hary S. Truman

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

PRIMEIROS CONSTRANGIMENTOS NA UTI


Parecendo despertar de um pesadelo ou submergindo noutro maior e pensando está sozinho, ao tentar me levantar do leito, com a intenção de ir ao banheiro, um enfermeiro surgiu do nada, como se fosse uma bendita "assombração" e simplesmente falou:
-"Onde o senhor está pensando ir?"
Pensando não, eu vou agora ao banheiro - respondi com a maior naturalidade, como se estivesse num quarto qualquer de enfermaria. Estava completamente equivocado.
-"Mas assim, usando fraldas? Continuou com ar de gozação.
- O que significa isso? Perguntei bem constrangido.
-"Significa que o senhor não precisa ir ao banheiro. Das duas, uma: Ou faz xixi aí mesmo deitado na cama ou se preferir peça o "papagaio".
Não tive outra opção. Estava mesmo como se diz, "no mato sem cachorro". E resolvi fazer o xixi ali mesmo conforme ele determinara, naquele objeto estranho e desconfortável. Tudo bem, seja o que Deus quiser. Se tudo isso for para o meu bem, tenho que obedecer as ordens hospitalares. Mas nem todas. Senão vejamos o caso a seguir.
Não demotrou muito, logo surgiu outro funcionário, o qual não tinha nada de enfermeiro. Nem tanto pela roupa que usava quanto pela maleta que carregava. E ao abrí-la, mostando alguns apetrechos de barbeiro, cabeleireiro etc e foi logo me cumprimentando:
-"Boa noite, seu João! Vamos dá um trato nesta barba e neste cabelo!"
-Sinto muito, jovem, mas aqui ninguém vai por a mão não - respondi, rispidamente.
-"Bem, não vamos obrigá-lo. São normas do nosso hospital, com o objetivo de mantermos a higiene dos nossos pacientes."
-Eu compreendo, mas agradeço.
Talvez para evitar qualquer tumulto ou mal-estar, aquele funcionário guardou seus apetrechos e foi embora, demonstrando-se contrariado. Mas ficou por isso mesmo.
Não demorou muito, logo surgiu uma enfermeira com toalha e bacia e logo pensei, lá vem chumbo grosso!
-"Vamos lá, seu João, tudo bem que o senhor não quis que o rapaz cortasse seu cabelo e fizesse a barba, mas agora agora de um bom banho o senhor não vai negar, não é verdade? Eu mesma vou lhe dar um, mas não se preocupe, não precisa ficar envergonhado. Somos todos profissionais e para nós,nesse tipo de serviço, não há malícia nenhuma nem constrangimento.
Após estas advertências femininas não tive nem tempo de argumentar nada ou demonstrar alguma reação negativa. O banho foi tão rápido e bom que, quando percebi já estava vestido novamente com o roupão hospitalar. Não vou negar, achei tudo muito estranho. Mas, além de me pegar de surpresa e com aquele ar simpático e faceiro, sem ser malicioso, deixei tudo acontecer como ela pretendia. Para ser sincero, ela poderia vir tantas vezes desejasse. Pensando assim, a malícia já foi minha, mesmo com o corpo bem debilitado, com a saúde frágil. Mas pelo menos, o pensamento ainda bem estava funcionando a mil. Pelo menos o pensamento, repito.


Próxima postagem: Alucinação? Delírio?!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS

"LAMENTAMOS INFORMAR, MAS O NOSSO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS ESTÁ COMPLETO!"

Este tipo de subterfúgio geralmente é proferido por alguém do RH (Recursos Humanos) de alguma empresa, com o intuito de dispensar um (a) candidato (a) que não preencheu os requisitos de postura ou beleza pretendido por ela. Ou seja, uma pessoa manda um currículo, o mesmo é aprovado e por isso ela é convocada para uma entrevista. Até aqui parece tudo muito bom, tudo bonito. Só que, na hora em que a mesma chega, por algum motivo à sua revelia, é dispensada, ouvindo esta manjada e mentirosa justificativa:

"LAMENTAMOS INFORMAR, MAS O NOSSO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS ESTÁ COMPLETO!"

Que estranho e esquisito, pois até o momento em que o currículo foi analisado a vaga estava aberta, mas no momento em que se deparou com o (a) candidato (a), talvez tendo em vista ser afrodescendente ou por ser obeso (a), muito magro (a), enfim, por não ser alguém com os dotes de beleza adequados e convincentes, a discriminação entra em jogo e sai com esta escapatória ridícula de que a vaga já foi preenchida....Conta outra, cambada de preconceituosos.

Afinal, o caráter, a personalidade, a capacidade é algo que jamis estará estampado externanamente. Só mesmo através de atitudes, comportamento e relacionamento é que tudo isto virá à tona e será comprovado. Muitas pessoas beócias quebram a cara justamente por julgar as outras só pela simples aparência. Sem dúvida, elas desconhecem a veracidade do pensamento que diz: "De longe, todas as montanhas são azuis!"


Joboscan de Araújo

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O ESPETÁCULO DO SOL

Se algum dia você se sentir desprezado pelas pessoas, não se aborreça.

Se algum dia voê perceber que não valorizam os seus esforços para melhorar, não fique nervoso e aborrecido, isto só lhe faria mal.

Se algum dia você se sentir rejeitado pelos homens e, esquecido, colocado em segundo lugar, não se aborreça, não será menor por causa disso.

Se algumas pessoas não notarem a beleza da tua inteligência e a grandeza da tua alma, também não fique com raiva delas, você não perderá nada por causa disso.

Se você se levantar todos os dias para fazer o bem aos outros, e mesmo assim ninguém te agradecer por isso, não fique aborrecido, você não perdeu o mérito de suas boas obras.

Se você fez um belo trabalho e ninguém te parabenizou e aplaudiu, não fique frustrado, a sua obra continuará grande.

Se você sorri para as pessoas, iluminando a sua caminhada e ajudando-as a viver, mas elas não percebem o valor do teu gesto e não te agradecem, não se revolte, a tua grandeza permanece.

Se você renova todos os dias, incansável, e gratuitamente, o seu amor às pessoas, e elas não são gratas a isto, não fique triste, pois também o Sol nasce todos os dias, gratuitamente, e a maioria não repara isto.

Todos os dias ele dá um grande espetáculo ao nascer, mas a maioria da plateia está dormindo e não pode lhe aplaudir.

Todos os dias ele se levanta para nos dar a luz, o calor e a vida, e a maioria nem nota tudo isto.

Não fique triste e frustrado, Deus vê todas as coisas e te recompensará, muito mais do que os aplausos dos homens.

Autor desconhecido

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

NAS BATIDAS DO CORAÇÃO

Todos nós sabemos que todos as partes do nosso corpo são importantes. Isto ninguém tem a menor dúvida. Mas existe uma que exige um cuidado todo especial. Estou falando do CORAÇÃO. Apesar dele ser considerado o termômetro da nossa sensibilidade, quando o assunto é paixão, amor e tudo mais relacionado à amizade, a sua função é primordial na vida de todo ser humano.
Por ocasião da minha admissão no meu segundo emprego aqui em São Paulo, mais precisamente num renomado hospital, o médico do trabalho foi rigoroso e tachativo, dizendo-me do seguinte:
-"Não posso aprovar a sua admissão porque estou percebendo que você está apresentando um sintoma de SOPRO NO CORAÇÃO!"

Esta anúncio caiu como uma bomba e no auge dos meus 21 anos de idade, simplesmente fiquei desnorteado, boquiaberto e triste. Poxa vida, tão novo e já vou morrer! Pensei com os meus botões. E logo perguntei:
- E o que é isso, doutor? Eu nunca senti nada!

-"É assim mesmo. O coração não doi. Quando isto vier acontecer a vida da pessoa está por um fio!"

-Sim, mas o que vai acontecer comigo?

-Calma, primeiramente vou pedir um Raio X e um Eletrocardiograma e depois analisarei o seu estado de saúde!"

E assim aconteceu. Como estava mesmo dentro de um hospital, tudo ficou muito fácil. Só que o resultado só sairia no dia seguinte. Então, estas 24 horas foram as mais angustiantes da minha vida. Praticamente não dormi e nem comi nada durante este período. Fiquei só na expectativa. Na hora exata, com os exames sobre a mesa, após dar uma rápida olhada, ele assinou uma ficha e me entregou dizendo:

-"Pode entregar no Departamento Pessoal e começar a trabalhar. A suspeita do SOPRO NO CORAÇÃO foi apenas um susto!"

Coincidentemente, após 15 anos deste fato acontecer, eis que me deparei com outro bem parecido. Após trabalhar quase um ano como temporário numa Indústria Fonográfica, quando o RH me convocou para eu providenciar os documentos e fazer exame médico para ser registrado, o médico do trabalho daquela empresa simplesmente me falou, com a maior tranquilidade:

-Para eu aprovar a sua admissão você precisa me apresentar um Eletrocardiograma de um cardiologista particular!"

Caramba! De novo a mesma história do Sopro no Coração? Não acredito. Como eu precisava urgente daquele emprego, pois só dependia dele para realizar o meu casamento, tomei dinheiro emprestado e lá fui eu procurar um cardiologista e fiz o tal exame do coração. O profissional até brincou comigo, perguntando quem me pediu para fazer aquele exame. Quando falei que foi o médico do trabalho, pois estava suspeitando que eu estivesse com alguma problema cardíaco, ele falou:

-Quem deve está doente do coração deve ser ele. Tome isto aqui e pode entregar a ele.

Em seguida escreveu algo num papel e juntamente com o exame levei ao médico do trabalho daquela firma. O qual olhou e falou igual ao primeiro médico, aquele do hospital, que me disse:
-Leve este ficha ao Departamento Pessoal e pode começar a trabalhar. Foi apensa um susto!

Depois disto, a minha desconfiança em alguns médicos aumentou. E agora, sempre que algum me pede algum exame, já fico logo com a pulga atrás da orelha e pergunto aos meus botões: Será que isto agora é só um susto também? Pensando bem, quem está certo é o autor deste pensamento que diz: "As árvores são como as pessoas: nascem, crescem, mas como não têm pés para ir ao médico, vivem mais!"


Joboscan de Araújo

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

671 - "É virtuoso aquele que não se beneficia dos erros dos outros".

Autor desconhecido

672 - É desqualificado para a vida aquele que não vê um sentido para a sua existência e a dos seus semelhantes".

Albert Einstein

673 - "É melhor um noivado rompido do que um casamento fracassado".

Autor desconhecido

674 - É mais fácil fingir o que não se é do que se esconder o que se é. Quem consegue ambos tem pouco a aprender sobre hipocrisia".

Charles Colton

675 - "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã".

Renato Russo

676 - É preciso sempre confiar quando estamos desesperados e duvidar quando esperamos".

Flaubert

677 - "Entre os grandes espíritos há alguns que se assemelham a rochas nuas e estéreis; outros, a campos de ricas searas; outros, a minérios escolhidos no solo".

Autor desconhecido

678 - "Em política, ainda está por descobrir o vapor, ou seja, o meio de navegar contra o vento e contra a corrente. Só é possível viajar a vela"".

Joaquim Nabuco

679 - "É melhor que as autoridades sejam temidas do que amadas".

Maquiavel

680 - "É muito fácil ser estilingue. O difícil mesmo é ser vidraça"

Autor desconhecido

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

GARI


Acredite se quiser: "gari" vem do sobrenome de Aleixo Gary, empresário que, no inicio do século passado, dirigiu a empresa responsável pela limpeza pública do Rio de Janeiro. Quem trabalhava na empresa Gary logo se transformou em gari. Esse processo é mais do que comum na nossa língua. Quer outro exemplo? Anote aí: que significa "gilete"? Nem precisa dizer que gilete é lâmina com a qual...Pois bem, "gilete" vemd o nome da fábrica. (Gillette). Agora pense em outros casos semelhantes. Você certamente se lembrará de vários. O nome disso? É metonímia.

GENTE


Muitos leitores perguntam sobre a palavra "gente" no lugar de "nós". É possível? É correto? Quando se usa linguagem formal, ou seja, numa tese, num relatório, num trabalho acadêmico, num texto jurídico, não faz sentido o emprego de "a gente". Empega-se "nós", de preferência subentendido na forma do verbo ("Fizemos", em vez de "Nós fizemos", a menos que haja desejo ou necessidade de enfatizar o sujeito. Em linguagem informal, familiar, e até em certos textos menos formais, pode-se perfeitamente empregar "a gente", mas com o verbo na terceira pessoa ("A gente fez", e nunca "A gente fizemos").


GERIR


Você sabe como se conjuga a primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo "gerir"? É como "ferir": "eu firo, "eu firo", o que também vale para "girar". "Gerir" é bom lembrar, significa "gerenciar", "administrar", "dirigir". O gerente é simplesmente aquele que executa a ação de gerir.


GERMINAR


As casas são "geminadas", e não "germinadas". "Germinar" é o que fazem as sementes, quando começam a desenvolver-se. Casas, linfelizmente, não brotam. Seria uma ótima solução para o problema habitacional do país. Casas duplicadas, feitas aos pares, são geminadas, sem "r", "Geminadas" e "geminar" são palavras da mesma família.E geminado é sinônimo de "gêmeo": casas "gêmeas" ou "geminadas".



Comentários do Professor Pasquale Cipro Neto


Dicionário da Língua Portuguesa

Gold Editora Ltda

domingo, 12 de fevereiro de 2012

ZÉ, UM BOM EXEMPLO DE FUNCIONÁRIO

José, ou simplesmente Zé, como é conhecido e chamado por todos os fregueses de uma conceituada padaria, confeitaria e restaurante do bairro onde moro, Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo, tem tudo para ser um rapaz predestinado por Deus. Antes de tudo, pode ser considerado um protótipo de funcionário. Costuma-se orgulhar em dizer que, em quase dez anos, nunca faltou ao trabalho sem nenhum motivo sério. Recentemente, por exemplo, por causa do falecimento repetino da sua genitora, no momento em que recebeu a notícia, por sinal, estava em pleno horário de serviço, mas antes de se ausentar por este justo motivo, comunicou o fato ao seu patrão. Antes disto, quando sofreu um acidente de trabalho, teve que ficar afastado por mais de trinta dias, prazo este que foi somado ao período de uma das suas férias acumuladas.
Por esta triste e fatídica ocasião, Zé só não foi visitar São Pedro por uma enigmática e justa intercessão Divina. Para ser mais preciso, segundo o médico que o atendeu, se demora mais dez minutos para ser socorrido, devido a quantidade de sangue que perdeu, a sua vida ou a sua saúde ficariam bastante comprometidas Mas afinal, o que aconteceu ao funcionário Zé desta renomada padaria Toque de Arte da Cidade Tiradentes? Uma garrafa de cerveja estourou na sua mão, atingindo além desta, braço e outras partes do corpo. O sangue, segundo a vítima, esguichou longe e de forma contínua. Com uma medida provisória para estancá-lo, algo foi feito, mas o atendimento médico exigia urgência. No primeiro Pronto Socorro mais próximo não teve muita sorte. O médico de plantão, com modos efeminados e demonstrando total incompetência diante daquele caso, simplesmente o encaminhou a um hospital melhor aparelhado. Aqui, apesar de uma equipe médica já preparada para iniciar uma cirurgia, ao ser informada do estado daquele paciente que acabara de chegar ali, simplesmente postergou o que iria fazer e atendeu ao Zé, a estas alturas todo ensaguentado, pálido, mas consciente. Após o primeiro procedimento emergencial, a vítima foi internada para receber uma transfusão de sangue e ficar em observação por mais quinze dias.
Após se recuperar deste tremendo susto eis que os clientes tiveram a satisfação de vê-lo de volta ao seu trabalho na copa da Toque de Arte e aqui continua firme, esbanjando competência e simpatia a todos que por aqui passam. Parabéns José e que Deus continue sempre no seu caminho.

João Bosco de Andrade Araújo

joboscan50@yahoo.com.br

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A JANELA

Certa vez, dois homens estavam seriamente doentes na mesma enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bastante pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha, como parte do seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo que ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela. O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima.
Todas a s tarde, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em posição sentada, ele passava o tempo descrevendo o que via lá fora. A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago.
Havia patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pães e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da fileira de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.
O homem deitado ouvia o que estava sentado descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quese caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão.
As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora...
Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento: Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo? Por que ele não podia ter essa chance?
Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança. Faria qualquer coisa! Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover...mesmo quando o som de respiração parou.
De manhã, a enfermeira encontrou o outro homem morto e, silenciosamente, levou embora o seu corpo. Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconcehgaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável. No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor, e olhou para fora da janela...
Viu apenas um muro...

MORAL DA HISTÓRIA:

"E a vida é, sempre foi e será aquilo que nós a tornamos".
"As ideias inteligentes, às vezes, surgem nos mais estúpidos momentos".
"O sonho e a esperança são dois calmantes que a natureza concede ao ser humano"

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

661 - "Estranho! Qualquer coisa que a ciência faça com o auxílio de uma enorme fábrica é chamdo de um verdadeiro milagre e, contudo, aceitamos com toda a calma a obra que a natureza faz de uma simples semente largada ao solo".

Autor desconhecido

662 - "É com os olhos da maldade que enxergamos os defeitos alheios!"

Dante Veolécii

663 - "É prova de cultura refinada dizer as coisas mais profundas do modo mais simples".

Emerson

664 - "Em certos momentos, o silêncio de poucos é culpa ou delito de muitos".

Autor desconhecido

665 - "Esperar é um dever, não um luxo. Esperar não é sonhar. Pelo contrário: é o meio para transformar um sonho em realidade".

Cardeal Suenes

666 - "Em política e religião, os néscios, para o seu próprio bem, devem crer e não discorrer".

Autor desconhecido

667 - "É mais tolerável um moço imprudente que um velho impertinente".

Idem


668 - "É bom consultar a opinião pública, não é seguro confiar nela".

Idem

669 - "É no teatro que os homens choram e riem de si próprios sem o pensarem".

Idem

670 - "Eles me disseram: "Se encontrares um escravo adormecido não o acordes, ele poderá estar sonhando com a liberdade". E eu respondi: "Se encontrares um escravo adormecido, acorde-o e fala-lhe da liberdade".

Idem

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

PRIMEIRA NOITE NUMA UTI

Apesar de já ter trabalhado por mais de três anos num renomado hospital de São Paulo, durante este tempo, eu jamais tinha entrado numa UTI nem para fazer alguma visita, a qual também fazia parte da minha função naquele nosocômio.
Mas agora, com a minha saúde debilitada, à minha revelia, fui internado numa unidade de tratamento intensivo, ainda bem que tudo aconteceu dentro de um período rápido e adequado para que a equipe médica tomasse as devidas providências. No momento em que tal fato aconteceu, lembro-me muito bem que, logo que chegamos ao Hospital Nipo-Brasileiro, o atendimento transcorria de modo ágil e dentro da normalidade. Logo no início, ao perceber que me encontrava sozinho naquele ambiente, com vários aparelhos ligados ao meu corpo, concluí que o meu caso era bastante sério e exigia muito cuidado.
Ali deitado, enquanto tentava me conscientizar do presente, o meu pensamento tergiversava, tentando descobrir o que eu tinha feito de errado com relação à minha saúde e pouco a pouco fui encontrando muitas pedras no meu caminho, ou melhor, muitas garrafas litros, copos, salgados gordurosos, no meu tempo de solteiro e de casado também. E concluí: plantei e agora com 53 anos anos estava colhendo frutos não muito deleitáveis. É a lei da vida. E também pensava: aqueles que se diziam "amigos", neste momento jamais imaginariam do meu precário estado de saúde numa UTI. Com isso, não estava tentando culpar nenhum deles. Pois nenhum deles colocou nenhuma gota de bebida na minha boca. Tínhamos sim, uma rotina etílica: Do trbalho para um bar ou lanchonete. Era o nosso roteiro diário, repleto de brincadeiras, gozações e jamais brigas.


Próxima postagem: Primeiros constragragimentos na UTI

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

PERMUTA

ATENÇÃO

Você que gosta de discos de vinil (LP) chegou a sua oportunidade! Como já trabalhei muitos anos numa Indústria Fonográfica, ainda conservo, aproximadamente, 100 (cem) bolachões de vários gêneros musicais. Principalmente samba. Entre eles há algumas raridades, por que não? Então, a primeira pessoa que quiser todos esses discos em troca do livro DERCY - DE CABO A RABO da autoria de Maria Adelaide do Amaral - é só me contatar através do meu endereço eletrônico joboscan50@yahoo.com.br. Combinaremos o dia, a hora e o local para consumarmos a permuta e fim de papo.

Atenciosamente,

João Bosco de Andrade Araújo

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

TIRANDO DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

FUTEBOL

"Fluzão" ou "Flusão"? Um grande amigo meu torce para o Fluminense. Ele e os colegas passaram dias discutindo o "z" e o "s". Para que não houvesse mais briga, a decisão foi esta: "O Flu é seu; escreva como quiser!" Gostaria de saber a forma certa", perguntou esse amigo. O glorioso Fluminense é de Chico Buarque, Nélson Rodrigues e de quem quiser, mas a grafia é uma só: "Fluzão" com "z". A consoante que liga o sufixo aumentativo "-ão" à palavra primitva é "z", e não "s". O aumentativo só termina em "são" quando a última sílaba da palavra primitva começa ou termina em "s".


GANHAR


O soldado havia "ganhado" uma medalha ou será que o soldado havia "ganho" uma medalha? Tanto faz. E por quê? Vamos lá: "ganhar" é um dos vários verbos de nossa língua que têm duas formas de particíipio ("ganhado" e "ganho"). Estão nesse caso os verbos "aceitar" ("aceitado" e "aceito", "expulsado" e "expulso"), "entregar" ("entregado" e "entregue"), "salvar" ("salvado" e "salvo"), "soltar" ("soltado" e "solto", "prender" ("prendido" e "preso"), "suspender" ("suspendido" e "suspenso") e tantos outros. Normalmente, emprega-se o particípio regular (o que termina em "-"ado" ou "-ido" como auxiliares "ter" ou "haver". ("Ele tinha prendido o cachorro"; "o ladrão havia soltado o refém) e o irregular (o que não termina em "-ado" ou "-ido" com "ser" e "estar" (O assaltante foi preso", "O refém está livre". Não são poucos, no entanto, os particípios irregulares que se empregam com "ter" e "haver". As formas "pago", "ganho" e "gasto" estão nessa lista. Com os auxiliares "ter" e "haver", registra-se o emprego das duas formas de particípio de "pagar", "ganhar" e "gastar". "A empresa não tinha/havia pagado/pago os impostos"; "Aos vinte anos, ele já tinha/havia ganhado/ganho mais de um milhão em prêmios"; "Dez minutos depois de receber o dinheiro, ela já tinha/havia gastado/gasto mais da metade".


GARAGEM


Certa época, Nélson Pequet apareceu na televisão como estrela de uma propaganda da BMW. Sem comer nenhum "s" (acerta o plural de "dólar" - "dólares"), o tricampeão terminava o texto sugerindo que o potencial cliente tirasse o carro do sonho e o colocasse na garag...Parece que ele disse "garage", palavra de origem francesa. Commo você vê, existe o registro de ambas as formas: "garage" e "garagem"



Comentários do Professor Pasquale Cipro Neto

Dicionário da Língua Portuguesa

Gold Editor Ltda

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CONCEPÇÕES DIVERSAS & ALEATÓRIAS

* Com relação ao mau costume de criticar ou apontar os defeitos de alguém, há um meio de se intimidar ou melhor se abster dessa mania feia e pecaminosa. Trata-se de quando sentirmos vontade de criticar uma pessoa, principalmente quando se usa um dos dedos da mão, conhecido como indicador, devemos lembrar antecipadamente que nossa mão haverá sempre três dedos apontando para nós. Ao gesticular assim, portanto, muito cuidado. A própria natureza humana se encarrega de nos chamar a atenção que há algo errado com quem critica os outros, principalmente se for algo sem fundamento.


* Os maus políticos são maquiavélicos até quando a chapa estiver quente para o lado deles. Por exemplo, denúncia de corrupção, compra de votos, roubos em geral. São sempre metidos a espertos e querer levar vantagem em tudo. Vejamos quando um prenúncio de cassação dos seus direitos políticos surge na mídia: rapidamente procuram logo um meio de renunciar ao cargo, pois após algum tempo, depois de cumprir o período do "castigo", isto é, do afastamento à sua revelia, lentamente, comendo pelas beiradas, tentam voltar à ativa e aí começam tudo de novo.


* Como tenho dó dos pais que pensam que educam um filho apelando para a violência física, quando batem nos mesmos quando se sentem contrariados!...Pois castigar de vez em quando, tomando medidas paliativas, prudentes, coerentes, como por exemplo, suspendendo ou diminuindo uma mesada, deixando de dar algo material que um filho desobediente vier pedir e sempre lhe chamando a atenção o motivo pelo qual está agindo assim. Por outro lado, uma agressão física além de deixar marcas no corpo, também deixam a vítima sempre magoada e sentida por muitos anos. Descarregar um nervosismo, uma contrariedade com atitude grosseira, batendo numa criança ou adolescente não tem nada a ver com educação. Principalmente nos tempos hodiernos com esta nova Lei da Palmada.

Joboscan de Araujo

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O JOIO E O TRIGO POLÍTICOS

Quando o assunto é administração pública, a primeira ideia que surge é que se vai citar algum caso de roubo, corrupção, nepotismo etc. Dificilmente se cogita em algo bom e frutífero. Pois como em quase todos os recantos do Brasil e do mundo os maus políticos fazem por onde mercer tal alcunha e ao mesmo tempo se proliferam, que ficou tão corriqueiro ligar a palavra corrupção à má administração pública. Sendo assim, a classe tod ficou maculada por tamanho deslize moral (quero dizer, imoral) que muitas pessoas só votam por que é uma obrigação e não consideram isto um direito em prol da democracia. Que pena, mas muitas vezes, com razão.
Afinal, manipular o dinheiro público parece que virou sinônimo de ganância, roubo ininterruptos, onde para atingir tais objetivos em pouco tempo, os infratores, "mão leve", os acusados desta maracutaia logo são são tachados de todo "elogio" de baixo calão, devido a discrepância de sua conta bancária, da sua riqueza ilícita repentina não condizente com o seu salário e o que não é nada baixo, diga-se de passagem.
Só que, no meio deste joio político, sempre surge, alhures, ainda bem, um trigo que beneficiará a alguma classe de pessoas ou à sociedade de modo geral. Tudo depende apenas do que foi implantado e aprovado. É uma raridade, mas surge, amiúde, alguém exercendo com dignidade, consciência, responsabilidade um cargo político, onde através de uma gestão voltada para o seu povo, (não para o seu bolso) implanta projetos populares que perduram, ajudando a camada mais carente da população.
Para emoldurar este assunto, cito dois casos que são o protótipo de uma boa administração política:
Primeiro: a distribuição de vários tipos de remédios através dos postos do SUS, AMA e farmácias populares, como Dose Certa etc. Só mesmo quem estiver fadado a tomar algum medicamento por tempo indeterminado é quem mais elogia este tipo de benfeitoria por parte do governo, quer estadual ou municipal.
Segundo: a implantação do bilhete único, que dá direito ao passageiro usar quatro conduções num determinado intervalo, beneficiando-se com o sistema conhecido como integração. Ou seja, paga uma passagem e atravessa a cidade, se precisar, usando ônibus, metrô ou trem. Quer indo para o trabalho ou mesmo numa viagem de lazer, por que não?
Portanto, tais atitudes provam que, quando um bom político quer e é bem assessorado, as boas sementes podem ser plantadas e cultivadas, gerando frutos benéficos, os quais servirão de paradígma para os outros que o sucederem. Só é lamentável é quando muitos não conseguem absorver este bom exemplo, e o que é mais lamentável, quando suplanta tal ideia brilhante que era como o trigo e logo se transformou num joio à revelia da população carente e desprotegida.

Joboscan de Araújo

sábado, 4 de fevereiro de 2012

AS MOSCAS

Contam que certa vez duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saida, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater e afundou. Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte era tenaz, e por isso continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali levantar voo para algum lugar mais seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu noutro copo de leite. Como já havia aprendido com a primeira experiência, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Porém, outra mosca, passando por ali e vendo aquela aflição da companheira de espécie, pousou na bira do copo e gritou: "Tem um canudo ali, nade até lá e suba por ele!"
A mmosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anteriou de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta afundou no copo de leito e morreu.


Quantos de nós, baseados em experiêncas anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão? Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo de quem está de fora da situação, apontando-nos uma outra solução mais eficaz e sendo assim, perdemos a oportunidade de "reenquadrar" nossa experiência e ficamos presos aos velhos hábitos, com medo de errar com a nova tentativa, com o outro caminho! Ora, "reenquadrar" é buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso, tudo pode ser encarado como uma maneira de crescer.
Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que pode nos levar à energia que precisamos, à motivação de continuar buscando o que queremos, à autoestima que nos sustenta.
Dizem que este artigo é dedicado a todo aquele que tem medo de errar e fracassar, portanto, a todos nós. Não acho que seja dedicado a quem tem medo de errar, mas a todos que querem vencer na vida...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

LAMPEJOS FILOSÓFICOS

651 - "Errar é humano, mas quando a borracha se gasta mais rápido que o lápis, você está positivamente exagerando".

Millor Fernandes

652 - "Examinando os erros de homem conheceremos o seu caráter".

Confúcio

653 - "É preciso ter em si mesmo suficiente confiança para não desanimar. E desconfiança para não fazer tolices".

Walter Waeny

654 - "É prudente aquele que não confia mais em quem o iludiu uma vez, mas será injusto não confiar em mais ninguém somente porque foi iludido por outrem".

Autor desconhecido

655 - "É impossível amedrontar um homem que está em paz com Deus, com os seus semelhantes e consigo próprio. Não há lugar para o medo no coração de tal homem".

Idem

656 - "É na verdade infeliz o homem que se acostumou tanto com o mal a ponto de não achar horrível".

Idem

657 - "É sublime um objetivo elevado; não é crime fracassar. Mas as baixas aspirações são censuráveis".

Idem

658 - "É terrível deixar atrás de si alguém que tem necessidade da gente".

Idem

659 - "Em vão buscaremos a felicidde se não a cultivamos em nós mesmos".

Idem

660 - "É melhor contar-se entre os perseguidos do que entre os perseguidores".

Talmud

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A SAGA DE UMA ANEMIA CRÔNICA

A DIFERENÇA ENTRE UTI, CTI E ENFERMARIA

Nos grandes e renomados hospitais do Brasil e de outros países denomina-se de UTI a Unidade de Tratamento Intensivo. Segundo a própria definação da sigla, os parentes de um paciente que der entrada num lugar deste tem que pedir muito a Deus precisam rezar muito para que o mesmo saia com vida, pois quando uma equipe médica determina que alguém seja removido urgentemente a uma UTI é porque o caso é muito sério e delicado. E foi numa unidade assim que fui internado naquela fatídica circunstância da anemia crônica que me abateu.
Quase sempre ao lado de uma UTI, alguns hospitais montam uma grande sala, a qual é denominada CTI ou seja, Centro de Tratamento Intensivo. A atenção, o cuidado aos pacientes deste setor é similar ao que é dispensado numa UTI, com uma diferença que o paciente não fica isolado. Outros ficam nos seus seus leitos, recebendo seus respectivos tratamentos. Pois cada caso diferente de outro. Aqui também, num CTI, o tratamento, como o nome diz, é também intensivo. Quando algum paciente chega a ser transferido para um CTI é porque já passou por momentos bem mais delicados. Quer dizer, aqui o mesmo já pode até detectar uma pequena luz no fim do túnel.
Já quanto a uma enfermaria, a qual em alguns hospitais é diversificada entre quarto e apartamento, com a diferença de algumas regalias nas acomodações, os pacientes lotados aqui ficam sempre mais tranquilos, pois podem usar o banheiro na hora em que precisar, inclusive podem se locomover bem mais à vontade. Mas mesmo assim, o tratamento continua sendo administrado durante o tempo integral. Há sempre uma equipe de plantão para qualquer eventualidade ou emergência.
Em qualquer um destes setores, a alta sempre é analisada por uma equipe médica responsável e eficiente, evitando assim que algum paciente volte para a respectiva residência sem estar com a saúde totalmente recuperada. Quanto a isto, só há uma exceção quando surge algum caso de ALTA A PEDIDO, quando os parentes e o próprio paciente assinam um documento eximindo a equipe médica por sua saída antecipada. Mas isto é algo muito difícil de acontecer, mas acontece. Mas graças a Deus isto não foi o que aconteceu comigo. Fui liberado, dispensado no dia e hora determinados pela a equipe médica que sempre me assistiu.
Não resta dúvida, pode ser o melhor hospital do mundo, bem limpo e equipado, mas ninguém em sã consciência prefere um lucar assim ao seu lar, por mais humilde que seja. Ao receber alta sempre é um momento de grande satisfação. Neste momento, é só arrumar os apetrechos e como se diz; "puxar o carro!" E nada de até breve, por mais que se tenha sido bem atendido e até feito alguma amizade. Torce-se para não correr o risco de ouvir de algum funcionário brincalhão um tipo de gozação assim, no momento da despedida:

-"Volte sempre!"!


Próxima postagem: A primeira noite na UTI

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

AVALANCHE HUMANA

Estava eu aguardando a chegada de uma pessoa nas proximidades do setor das catracas de embarque e desembarque de uma estação da CPTM (Companhia Paulista de Trem Metropolitano). Ao chegar, logo constatei que aquele era um horário de pico. E põe pico nisso! Pois milhares de pessoas logo começaram a se deslocar para os respectivos trabalhos. O repentino turbilhão humano mais parecia um formigueiro incessante, desculpe a comparação. Enquanto a pessoa que eu aguardava não chegava até que, a princípio, tentei passar o tempo, lendo uma revista semanal que sempre carrego comigo, mas inútil. Eu disse tentei ler, pois com aquele turbilhão de pessoas apressadas transitando, com passos apressados bem na minha frente, jamais conseguiria me concentrar em nenhum tipo de leitura. Resolvi então deixar o precioso tempo passar, ao mesmo tempo, que prestava a atenção do outro lado da catraca, tentando localizar a pessoa que se prontificou se encontrar comigo naquele dia, local e hora.
Ali parado, esquivando os meus pés de algum pisão involuntário, eu só me contentava mesmo em observar o semblante, o jeito daquelas inúmeras pessoas, homens e mulheres se aglomerando e passando pelas várias catracas daquela estação ferroviária. A pressa era tanta que muitos passageiros nem percebiam que algluns bloqueios estavam assinalados com a luz vermelha, o que significa que por ali era apenas permitado às pessoas que estivessem desembarcando. E inutilmente tentavam passar o bilhete único ou convencional, ficando irritados por não conseguir o objetivo, aumentando, consequentemente o gra de seu estresse. Diante de tanta pressa e desatenção, neste ínterim, cheguei a pensar que aquelas pessoas iriam socorrer algum parente. E até cogitei numa hipótese inusitada. Por exemplo: se alguém deixasse cair algum objeto de valor naquele meio e tentasse se agachar para pegá-lo, no mínimo seria até pisoteado pelas outras pessoas que vinham logo atrás, sem a mínima intenção em desviar de nada. Todos só queriam pegar o trem como se ele fosse o último.
Quando a pessoa que eu estava esperando chegou e eu fiz tal comentário sobre aquele movimento fora do comum, como ela já conhecia mais do que eu a rotina daquela estação e de outras naquele horário, apenas desabafou:
- "Você chama isso de movimento? Que nada, rapaz, hoje está é muito tranquilo porque é sábado. Você precisa ver isso aqui é num dia de semana normal!"
Sinceramente, estou fora! E literalmente, após conversarmos o combinado, caí fora daquela avalanche humana que parecia não ter fim!...

Joboscan de Araújo