segunda-feira, 28 de abril de 2014

1-      PARADOXOS CORRIQUEIROS

            “O jogador acaba de perder um gol feito!”

         Não é preciso nem ser um bom conhecedor de futebol para saber o que é um gol. Por sinal, é o momento mágico e imprescindível em qualquer partida de futebol. Já teve alguém que o comparasse até com um orgasmo. Exagero à parte, o ato de fazer um gol, principalmente numa partida de futebol decisiva, por exemplo, uma final de campeonato, é um prazer indescritível, cujo autor desta façanha sonha sempre com ele e quando concretiza fica tão aéreo que não sabe nem pra onde correr para comemorá-lo. Por alguns instantes, o atleta fica bobo, sem palavras e principalmente da maneira e da circunstância como o mesmo foi feito.
           Só que não dá mesmo para entender é quando um locutor, um comentarista ou repórter expressa desta maneira: “Que absurdo, o atacante perdeu um gol feito!” Chega ser um absurdo, um disparate, alguém proferir uma frase tão paradoxal como esta, através do rádio e da  televisão! Pois venhamos e convenhamos, se foi um gol feito, pergunta-se, como o tal jogador conseguiu perdê-lo? Poderia sim ter tido uma chance nítida de fazer um gol e por displicência, nervosismo ou mesmo falta de categoria, deixou-a passar e consequentemente, não fez um gol que parecia tão fácil!...

            Mas dizer que o cara perdeu um gol feito, realmente, não dá mesmo para entender. Mesmo que se diga que isto seja uma força de expressão ou algo parecido. 

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