sexta-feira, 9 de abril de 2010

FATALIDADE!!!

Certa vez comprei um livro simplesmente motivado pelo título do mesmo. Só que logo o li na íntegra, é óbvio. Estava assim na capa: “QUANDO COISAS RUINS ACONTECEM A PESSOAS BOAS!” Aquilo me deixou bastante curioso, intrigado. Por isso o comprei imediatamente. E o conteúdo do desse livro tinha tudo a ver com o seu respectivo título. São testemunhos de fatos verídicos coletados pelo seu organizador, inclusive alguns que ocorreram com o próprio. Inegavelmente, são histórias tristes e que no final fica sempre aquela afirmação que ele escolher como título daquela publicação.
E agora o fato que passo a narrar poderia ter sido extraído do mencionado livro ou senão, fazer parte de uma outra coletânea para um possível lançamento de um segundo volume, quem sabe? E antes de começar, faço questão de escolher como prólogo um pequeno poema da minha autoria que se enquadra muito bem no referido tema: A vida é como a morte. É um mistério profundo. Por mais que se tenha sorte, não se entende esse mundo!
Então, o fato que aconteceu foi o seguinte: o rapaz, o herói e vítima dessa história era uma pessoa benquista por todos. Sem vício algum e consequentemente levava uma vida bem feliz. Trabalhava, estudava, tinha 25 anos e era noivo. Sua obsessão maior sempre foi ajudar aos outros, não importava a circunstância, o horário e muito menos a pessoa. Se se chegassse ao seu conhecimento que alguém estava precisando de uma ajuda, imediatamente fazia de tudo para marcar presença e ajudar de alguma forma. Só que, apesar disso, procurava por outro lado também ser sempre humilde para nunca demonstrar que era o tal, o salvador da pátria, etc. Portanto, procurava sempre fazer o bem, mas na surdina.
E foi assim que ele agiu naquele fatídico final de tarde, quando trafegava por uma dessas marginais na companhia da sua querida noiva. Estavam indo para a Faculdade. Então, ao perceber um motorista precisando de ajuda, como sempre fazia, não pensou duas vezes. Imediatamente parou o seu carro ao lado e ofereceu ajuda, o que foi aceita. A sua primeira providência foi providenciar a sinalização daquele imprevisto. Pegou o triângulo que estava no seu carro e o colocou no local adequado. Em seguida ajudou no que foi necessário e logo deixou aquele carro funcionando. Nada de querer ouvir agradecimentos. Foi simplesmente pegar o triângulo de volta. E justamente, nesse momento, o motorista de uma carreta não percebeu aquele pedestre que acabara de prestar um grande favor e o atropelou. Concomitantemente, o mesmo rapaz que ele ajudar, acabava de deixar o local. Restou então à sua noiva desesperada ligar para pedir ajuda. Só que dessa vez, até o triângulo ficou totalmente imprestável, pois lamentavelmente ficara grudado no corpo do seu proprietário.
O leitor concorda ou não comigo que isso foi uma lamentável fatalidade?!!! É avida! É a morte!


João Bosco de Andrade Araújo

Jobosban50@50yahoo.com.br

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