quinta-feira, 15 de abril de 2010

A MOÇA QUE QUERIA IR AO CEU!.........

Pelo título parece até algo relacionado a algum filme ou mesmo livro e quem sabe, até uma peça teatral. Só que, neste caso, não se trata de nada disso. Escolhi-o, propositadamente, com a intenção de chamar a atenção, provocando um duplo sentido. E pensando bem, não é nenhuma ficção. Trata-se de pura realidade. O fato aconteceu numa manhã ensolarada e linda. Justamente nesse dia havia uma feira bem na rua onde tenho um pequeno ponto comercial. Mas, afinal, perguntará o leitor, o que tem a ver feira com isso? É que foi graças a esse tipo de comércio semanal, isto é, a feira, que encontrei um subterfúgio, um pretexto, uma desculpa para começar um diálogo mais descontraído com uma linda jovem que chegou de repente ao meu local de trabalho para pedir uma simples informação. Sim, mas, pensando bem, o que tem mesmo uma feira além das bancas de frutas, verduras, legumes, etc? É óbvio, que qualquer pessoa sabe que estou me referindo a uma concorrida banca de pastel, contígua à de caldo de cana. E foi aí que usei o truque dessas iguarias para bater um papo mais à vontade com aquele jovem que parecia ser bem descontraída.
Apesar de demonstrar um cansaço natural de quem acabara de andar alguns quilômetros a pé, conforme o seu relato, além de carregar uma caixa média sem muito conforto, dava para perceber facilmente que aquela jovem estava mesmo precisando de uma atenção especial. E foi então que resolvi fazer. Só que, como fui com muita sede ao pote, como reza o adágio popular,parece que a água secou antes mesmo de saciar a minha sede, ou seja, concretizar o meu objetivo. Pois tão logo aquela moça percebeu outras intenções, após colher a informação que desejava, com uma simpatia e um lindo sorriso, agradeceu o convite para comer um saboroso pastel e tranquilamente desceu a rua rumo ao CEU (Centro Educacional Unificado) Agua Azul, localizado aqui no bairro da zona leste, onde resido com muito orgulho, diga-se de passagem. E quanto a paquera que poderia rolar, no mínimo, ficou para outra oportunidade. Talvez, no momento em que sintonizei aquela jovem e senti o seu perfume autêntico de mulher, entusiasmei-me exageradamente e não foi dessa vez que consegui usar o pensamento que diz: “Há três coisas na vida que não voltam atrás: a palavra dada, a flecha atirada e uma oportunidade perdida!”. E nesse caso, essa última eu realmente a perdi! Fazer o quê? Fica pra próxima, se houver!

João Bosco de Andrade Araújo

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