Todo ano em que há eleições, um mês antes do pleito, aproximadamente, os meios de comunicação disponibilizam várias vezes por dia de um determinado horário destinado somente à propaganda eleitoral, o qual é, erroneamente, chamado de gratuito.
Até aí, venhamos e convenhamos, apesar de não ser assim tão apreciado, ouvido, assistido com dedicação, atenção e prazer, até que dá para entender o seu objetivo. Afinal, todos os candidatos entraram nesta disputa com a intenção de vencer, de obter êxito, vitória etc. Agora, o que não é admissível é querer ludibriar logo de cara o eleitorado, com uma mentira inofensiva deste quilate, dizendo que se trata de um horário gratuito. Ora, quem estiver por fora do lance pensa que se trata realmente de um espaço na televisão e rádio em que ninguém paga nada por ele. Ledo equívoco. Como diria o caipira lá dos cafundós do sertão: "seria bom se "sesse", mas não "esse"! E realmente, não o é.
Como bem escreveu o jornalista Eugênio Bucci - professor da ESPM da USP, o qual também é colunista da revista ÉPOCA, na qual publicou na edição 738 de 9 de julho de 2012: "O famigerado horário eleitoral funciona assim: primeiro, as emissoras exibem a propaganda política - os programas partidários ou o horário eleitoral - e, depois, na hora de pagar o Imposto de Renda recebem uma compensação fiscal em troca dos minutos que cederam como um compensação fiscal. Ou seja, o Fisco deixou de arrecadar tributos. O Estado paga a encomenda. Indiratamente é a sociedade quem paga a conta"
Portanto, de gratuito este horário político não tem nada.
Joboscan de Araújo
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