Na linguagem popular, quando se fala em "LAVAGEM DE DINHEIRO" a primeira impressão que se tem é que se trata de um dinheiro SUJO. E pensando bem, isso é a verdade, por que não? Só que neste caso acontece um paradoxo inevitável. Pois como podemos denominar de DINHEIRO SUJO" se a sua origem é proveniente de uma "LAVAGEM"? Parece até uma grande piada monetária, mas não o é.
Senão vejamos, para elucidar melhor este assunto, um pequeno excerto de um artigo muito oportuno do advogado, professor, doutor de Direito Penal da USP, Pierpaolo Cruz Bottini, abordando com precisão sobre a nova lei de LAVAGEM DE DINHEIRO, por sinal, o título da sua opinião, publicada no caderno de ECONOMIA do jornal O ESTADO DE S. PAULO, de 27 de Junho de 2012, página B2:
"Lavar dinheiro é o ato de ocultar bens, valores e direitos provenientes de infrações penais, para sua posterior reinserção na economia formal com aparência lícita. O termo "money laudering" foi usado pela primeira vez por autoriades policiais norte-americanas nos anos 30 do século 20, para descrever o uso, pela máfia, do serviço de máquinas de lavar roupa automáticas para justificar seus recursos ilícitos. A expressão foi usada pela primeira vez em uma processo judicial nos EUA, em 1982, e a partir de então ingressou na literatura jurídica e em textos normativos nacionais e internacionais.
"O desenvolvimento da criminalidade organizada sofisticou o processo de LAVAGEM DE DINHEIRO. O uso de pequenos negócios para encobrir o capital sujo foi substituído por complexas movimentações financeiras em âmbito internacional. O rastreamento dos bens provenientes ilícito penais - muitas vezes mascarados em paríso fiscais - exigiu o aprimoramento das estratégias de fiscalização e controle. A partir do final dos anos 80, tratodos e convenções sobre LAVAGEM DE DINHEIRO foram assinados e diveros países aprovaram leis específicas para enfrentar essa prática."
Joboscan de Araújo
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