O mundo hodierno está repleto de fatos e
acontecimentos que, muitas vezes, fogem do padrão de comportamento normal do
ser humano. Um exemplo lamentável que está sempre nas manchetes dos jornais e
na mídia em geral é a violência sobre a mulher. Fato este antigo, mas nem por
isso jamais deixou de condenável. Encontrar justificativa para tal atitude
torna-se um contrassenso sem precedentes. É algo inútil e perda de tempo. Afinal, querer usar a lei da
física de que “toda ação geral reação”, não vem ao caso, pois considerando que
o ser humano é dotado do uso da razão, o ideal é saber usá-lo no momento
adequado para depois não se arrepender.
Todo relacionamento humano é repleto
de dissenções, desentendimentos que podem ser amenizados, resolvidos com o
diálogo. Porém, as discussões e acusações recíprocas repletas de ódio e
ressentimentos só provocam, só geram atitudes violentas, tanto físicas quanto
emocionais. Enquanto estas dormitam no âmago da vítima por tempo indeterminado,
aquelas servem apenas de provas para mais fácil incriminar o agressor. Enquanto
este, amiúde, fingindo ou não, se diz arrependido, alegando que “ninguém é um
mal concentrado”, a mulher poderá até perdoá-lo, mas perdurar, continuar a
convivência de maneira pacífica e normal será uma questão de sorte, opção e
caráter. Se for simplesmente por dó e posteriormente vier a sofrer maus-tratos
novamente, no mínimo, poderá ser tachada de masoquista, por outro lado, se
partir para o revanchismo, usando meios ilícitos e violentos para se vingar,
tornará a situação incontrolável, ratificando o que todos sabemos que é: “a
violência gera a violência”. E isto ninguém deseja para nenhum ser humano.
Afinal, a Lei Maria da Penha está aí em pleno vigor para ajudar a todas as
vítimas em qualquer lugar do Brasil. Todavia, ter receio de procurar os seus
direitos é antes de mais nada um ato de covardia tal qual àquele do qual foi
vítima.
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