segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O FAMIGERADO LIVRO-PRESENÇA

Há uma tradição na alta sociedade, ou seja, nos lugares mais requintados, quando as pessoas vão a um velório, conscientes ou por embalo costumam deixar seu respectivo nome registrado num livro de presença ou algo similar. Como sabemos, costumes e tradições exigem respeito e lealdade. Por esse motivo elas perduram, passando de pais para filhos. Sendo assim, vão pondo em prática quando os fatos acontecem e a sociedade põe em prática. E assim, sucessivamente.
Agora, cá entre nós, qual a serventia de uma lista com o nome das pessoas que ali vão prestar sua última e singela homenagem a um (a) amigo (a) ou parente que faleceu? E quando, além do nome, alguém mais perfeccionista, deixa até alguma mensagem, como se o (a) falecido (a) tivesse algum conhecimento de tudo aquilo? Talvez, nem as pessoas que continuarão vivas vão querer saber, em meio a uma grande tristeza e dor pelo falecimento de um ente querido, o que fulano ou beltrano escreveu naquele famigerado livro...
Tudo isso é uma simples tradição social observada, repito, geralmente nas camadas da classe média-alta da sociedade. É tudo muito bonito e devemos respeitá-la. Agora, se o tal livro-presença irá ou não ficar guardado ou queimado, isso ninguém terá uma certeza absoluta. Ficará sempre a critério da família do morto. Pois cada um sabe como e onde guardará suas reminiscências!!!!
Quando o velório ocorre numa família pobre, humilde, simples ninguém pensa num detalhe dessa natureza. Familiares, parentes e amigos simplesmente se cumprimentam e olha lá, se nesse ínterim, num lugar reservado até pode rolar uma rodada de uma bebida quente para amenizar a tristeza da grande perda de uma pessoa querida. Que livro que nada! Um copo já é o suficiente enquanto a garrafa ou litro contiverem o precioso líquido. O mais importante mesmo é beber com moderação e conforme diz a propaganda governamental: se beber, não dirija! Pense no fim que levou aquela pessoa que recebeu a nossa última homenagem!....Portanto, todo o cuidado é pouco!

João Bosco de Andrade Araújo

www.joboscan.net

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