sexta-feira, 9 de outubro de 2009

QUEM NUNCA PRECISOU DE FAVOR?

De uma coisa podemos ter plena certeza: ninguém está isento de um dia qualquer precisar de um favor, seja de que natureza for. É, inegavelmente, uma situação delicada e, dependendo do caso, até constrangedora, principalmente quando o assunto for dinheiro. Pois, em toda situação em que envolvem pequenos e simples empréstimos a atitude de quem precisa é, antes de mais nada, imbuída de humildade e certa dose de vergonha. Pois, dependendo da pessoa que fizer o favor, quem pede fica sempre num degrau inferior, ou seja, numa posição até certo ponto humilhante. Mas vai fazer o quê? É a vida. Nunca se sabe o que irá acontecer no dia seguinte!! Qualquer um pode, num descuido qualquer, ficar, repentinamente, à mercê de outra pessoa, dependendo de sua ajuda para resolver um problema inadiável. Esse é um fato notório e antiquíssimo. Já foi lema até de um Santo da Igreja Católica, o qual trazia sempre com ele uma famosa frase em latim: “Hodie mih, Cras Tibi”, ou seja, “Hoje por mim, amanhã por ti!”. Mas, voltando aos dias hodiernos.
Vejamos, por exemplo, quando por um descuido, percebe-se que esquecemos de comprar um determinado produto doméstico. Ao pedi-lo emprestado ao vizinho, quem vai exigir a marca do respectivo objeto? Por exemplo, um pacote de açúcar, café, um litro de leite ou até sabão em pó!!! Quando coincidir com a marca a qual a pessoa usa, tudo bem. Porém, mesmo que não o seja, não temos como recriminar, fazer cara feia e muito menos ficarmos chateados. Só temos mesmo que agradecer e, obviamente, logo que possível retribuirmos o produto emprestado, preferencialmente da mesma marca. Caso contrário, receber um determinado objeto e devolvê-lo, sendo de uma marca melhor ou pior, aí sim, pode deixar a pessoa que fez o modesto favor, constrangida. Mas isto não chega a ser assim tão ridículo como quando uma vizinha qualquer pede emprestado algo e depois dá uma que se esqueceu de retribuir o simples empréstimo, seja de que tipo for. Quando for algo relacionado a produtos domésticos, chega-se até ser relevante, desculpando-a e deixando pra lá. Agora, quando o assunto for dinheiro, quase sempre tal empréstimo logo se transformará numa dívida, que se não for paga, logo será transformada numa breve inimizade. E quando isso acontecer, pode acreditar, começará justamente pela pessoa que precisou daquele empréstimo e com o passar do tempo ficará fugindo do seu credor. E quando este, com justa razão fizer uma cobrança amigável, no mínimo ouvirá disparates e lamúrias, quando não, até ofensas pessoais.
Como a vida é mesmo repleta de surpresas!!! Quem será capaz de entender o ser humano? Finalmente, atire uma pedra quem nunca precisou de um favor!!! Mas, cuidado, só não precisa atirá-la na pessoa que nos pediu um e não cumpriu com a sua palavra, muito embora, algumas vezes, dá uma vontade de fazer isso!!!....


João Bosco de Andrade Araújo

www.jobosca.net

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