segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CONFESSO QUE EU LI

Livro: O MENINO DE ENGENHO

Autor: JOSÉ LINS DO REGO


Apesar de nenhum escritor gostar de ser chamado de regionalista só porque sua obra retrata de maneira nítida e patente uma temática e ambiente, José Lins do Rego, assim como Érico Veríssimo, Jorge Amado e muitos outros, gostasse ou não, ganhou também esse epíteto. Afinal, o conjunto de sua obra literária sintetizou o que ficou conhecido como “Ciclo da Cana-de-açúcar”, sendo o romance O Menino de Engenho a expressão maior desse referido tema. Além desse, o renomado escritor publicou O Moleque Ricardo, Doidinho, Banguê, Lusina e, acima de tudo, FOGO MORTO, por sinal, um dos mais importantes do renomado José Lins do Rego. Mas aí já é outra história.

O certo é que a saga do garoto Carlinhos, retratada no mencionado romance foi elaborada com ternura e muita humildade, sob as lembranças pela nostalgia do ambiente rústico do engenho, quando ocorreu a decadência do poderio da civilização açucareira. Menino de Engenho é composto de quarenta curtos capítulos, com os seus respectivos e distintos assuntos, mas que, no geral se interagem sempre numa temática ímpar e peculiar do egrégio escritor. A sua linguagem é sempre bem fácil de ser entendida e quando surge alguma dúvida sobre certas palavras típicas do nordeste brasileiro, o editor facilita mais ainda, quando divulga nas páginas finais um glossário com tais palavras assim. Portanto, é um livro, cuja leitura é muito fácil e gostosa. Lido com atenção parece até que transporta o (a) leitor (a) até aqueles rincões brasileiros.


João Bosco de Andrade Araújo

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