domingo, 15 de novembro de 2009

A FILA DA DISCÓRDIA

Quem frequenta, assiduamente, filas nos vários estabelecimentos comerciais ratificará logo o tema dessa crônica. Pois é um fato corriqueiro, visto e testemunhado em todos esses locais, principalmente, Bancos, Casas Lotéricas, etc. A discórdia ocorre quanto as reclamações, com justa razão, ora pela morosidade do atendimento em si ou por algum intruso (ambos os sexos) metido a esperto que, sorrateira e descaradamente desrespeita as pessoas que já estão ali na fila, aguardando o atendimento e tenta passar na frente, o que consegue muitas vezes. Nesse caso, quase sempre a celeuma chega a se transformar de agressões verbais a físicas, o que logo será convocada a presença de alguém da segurança para por por ordem no local. É simplesmente como as pessoas andam com os nervos à flor da pela quando estão numa situação assim. Entre uma fofoca e outra ou comentário vazio sobre o tempo, futebol, política, religião, violência, mulher, de vez em quando, alguma reclamação é observada, seja por qual motivo for. Salvo, raríssimas exceções!
Mas, pensando bem, ninguém gosta mesmo de enfrentar nenhum tipo de fila. Principalmente, quando estas são formadas em locais desprovidos de acomodação adequada, ou seja, quando são formadas ao relento e as pessoas ficam dispostas ao sol ou até a chuva, garoa, etc. É verdade que, aem alguns locais mais sofisticados, como a implantação da chamada eletrônica, isto é, através de senhas, cujos números são acionados no respectivos painéis, há sempre uma acomodação mais confortável, onde os clientes ficam sentados, aguardando a sua vez. Até que enfim alguém teve uma ideia mais humana. Já em locais assim, quando a demora é fora do normal, o que pode acontecer é o seguinte: em vev de discussões, brigas, como cada um fica na sua, ora lendo algum jornal, revista, livro, pois o silêncio é convidativo para isso, por outro lado, quem não se dispuser a nada disso, pode então se desfrutar de uma rápida soneca. Só que não pode pegar muito no sono porque senão perderá a sua vez e terá que pegar outra senha, se quiser ser atendido naquele dia e hora. É bom frisar que num ambiente assim, pode até não haver discussão por motivo de alguém querer passar na frente, pois não há como, mas só que jamais haverá um meio de extinguir com as fofocas ou comentários fúteis. Só que, feliz ou infelizmente, tudo isso também faz parte da vida das pessoas que vivem em sociedade. Quem quiser ficar isento disso, transforme-se num cenobita voluntário. E um abraço!

João Bosco de Andrade Araújo

www.joboscan.net

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