quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

AH SE EU SOUBESSE!...(Uma grande frustração no último dia de 2013)

                                Sempre quando nos acontece uma frustração, seja ela qual for, a primeira palavrinha que pronunciamos sempre é esta: SE...Inegavelmente esta é uma verdade incontestável. Sempre quando ficamos decepcionados com uma situação, uma pessoa, logo falamos: "Ah se eu soubesse que ia acontecer isto, por exemplo, que ia chover, que ia fazer frio, que eu ia encontrar com determinadas pessoas que não simpatizo, que não ia ter aquela comida ou bebida que eu gosto etc. Mas só que toda esta lamentação será inútil pois se se tivesse o dom de prever certas coisas, certamente, muitas frustrações, decepções seriam evitadas, isto ninguém tem a menor dúvida. Veja só o fato que aconteceu com a minha família. Ainda bem que não foi nada grave, ninguém se feriu ou ficou doente. Mas ficamos decepcionados com uma festa de confraternização programada para ser realizada no último dia do ano, numa chácara nas proximidades do município de Mauá - São Paulo.
                             O nome da tal chácara até que não é feio: Moriá. O local da mesma também não. É bem arborizado, inclusive tem um pequeno campo de futebol, duas piscinas, um grande salão de festas. O que nos deixou  a desejar foi o resto do casarão onde os visitantes, (hóspedes temporários) destinado para as acomodações para pernoitar. Simplesmente ridículo. Ausência de banheiros limpos, bebedouros, presença de beliches e camas decadentes, caindo aos pedaços, com colchões sujos. Enfim, um ambiente totalmente FANTASMAGÓRICO, repugnante, fétido, inclusive dando a nítida impressão que naquele local horripilante já funcionou um asilo ou manicômio.
                           Quando o convite da tal festa nos foi feito, só o aceitamos porque achávamos que as pessoas seriam todas conhecidas das nossas famílias. Mas tão logo chegamos ao local já percebemos a presença de pessoas totalmente desconhecidas e depois ficamos sabendo que naquele dia, naquele local haveria mais de três famílias diferentes. Bebidas alcoólicas e música alta no local da tal festa, tudo isto foi um grande convite para nos retirar o mais rápido possível. Não querendo dizer com isto que somos melhores do que as outras pessoas ali presentes. Nada disto. Ninguém é melhor do que ninguém. Mas só que este tipo de coisa fez com que nos sentíssemos como um peixe fora da água. E por este motivo tão logo anoiteceu chegamos a uma conclusão: voltaríamos para a nossa residência, mesmo sabendo que não havíamos preparado nada para uma simples ceia de fim de ano. E foi isto que realmente aconteceu. Se as outras pessoas resolveram ficar, aí são outros quinhentos. Se falaram mal da nossa atitude isto é problema delas. Usamos apenas o nosso livre-arbítrio, atendendo a nossa consciência.
                          Agora de uma coisa eu tenho toda a certeza: é que doravante não suportarei ouvir falar nesta palavra CHÁCARA que imediatamente vai me trazer uma grande frustração difícil de ser olvidada.

                                                             Joboscan de Araújo

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