Aparentemente poderia ser considerado um caso comum, corriqueiro, se não fosse uma pequena entrevista com a esposa da vítima, a qual explicou ao repórter que o marido, neste caso, a vítima, saiu no domingo para comprar mistura. (e que mistura!) e como não apareceu em casa para dormir, resolveu fazer um Boletim de Ocorrência e os policiais a levaram até ao local onde o corpo fora encontrado, inclusive dentro do próprio carro. Como não encontraram nenhuma testemunha para falar algo sobre tal assassinato, qual o motivo, como por exemplo, falta de pagamento pelo suposto momento de prazer, se é que houve, o tal corpo estava ali aguardando remoção para o IML para as providências cabíveis.
Até num momento como este, há sempre alguém que não perde a oportunidade para querer fazer alguma brincadeira, piada, gozação. Como por exemplo, uma pessoa que estava no mesmo ônibus que eu, soltou este "pérola", perguntando alto à cobradora:
-"Será que ele morreu antes, durante ou depois de fazer o serviço?"
O "serviço" que tal pessoa se referia todo mundo já imagina. Agora a pergunta que não quer calar: O que interessa saber se uma pessoa que foi assassinada nas proximidades de um bordel atingiu o objetivo carnal ou não? Isto não é mais ser curioso e sim o cúmulo de ser xereta.
E como cantava o meu xará: Enquanto isto:
"Tá lá o corpo estendido no chão...
Em vez de reza uma praga de alguém
E um silêncio servido de amém!
João Bosco de Andrade Araújo
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