quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

UM GUARDA-CHUVA QUE VIROU GUARDA-FITAS

                                                                UM ROUBO INUSITADO


                   Este foi um dos roubos mais inusitados que vi, durante o tempo em que eu trabalhava numa Indústria Fonográfica na zona oeste de São Paulo. O funcionário larápio, metido a esperto em questão foi flagrado surripiando cassetes gravados dentro de um guarda-chuva. E pelo visto já fazia bastante tempo que ele agia assim. Afinal, o dito cujo trabalhava na respectiva seção da produção deste produto, o qual naquele tempo estava na berlinda, concomitantemente com o disco de vinil.

                  Como era de costume, sempre na saída de cada expediente, os funcionários passavam por uma minuciosa revista na portadoria. Talvez, movido pelo mau exemplo de outro colega que costumava levar o mesmo produto dentro de um pão, que era distribuído na hora do lanche, tirando antecipadamente o miolo do mesmo, o tal funcionário nem se dava conta de que, ao sair sempre com um guarda-chuva, mesmo com o tempo ensolarado, não fosse chamar a atenção de algum guarda mais experto.E foi realmente isto que aconteceu. Fez uma vez, deu certo, fez outra, também colou e várias outras até que um dia a "casa caiu". E o flagrante foi motivado mais pela displiscência da vítima do pela esperteza do guarda que registrou a ocorrência. Como assim? Eu explico: o rapaz se esqueceu de deixar o referido guarda-chuva num lugar estratégico da sala da vistoria e ao levantar os braços para que fosse feita a averiguação, o produto do roubo se espatifou no chão, causando um pequeno susto em quem estivesse nas proximidades. Sem estardalhaço nenhum, o guarda simplesmente fez a ocorrência, chamando uma testemunha e o caso foi encaminhado à GRH (Gerência de Recurso Humanos). No dia seguinte o rapaz em questão já não fazia mais parte do quadro de funcionários daquela renomada empresa.

                    Não é nem necessário dizer que neste caso, o dito cujo saiu com uma mão na frente e outra atrás. Agora qual delas levava o famigerado guard-achuva, sinceramente fica difícil de saber. O certo ou errado é quem toda fez em que ele presenciar uma chuva, no mínimo, sem querer, aquele lamentável incidente, no mínimo deveria vir à tona na sua mente. Melhor seria então que durante os seus dias só o sol se fizesse presente. Nada de chuva para não lhe causar este triste lembrança, automaticamente.


                                                   Joboscan de Araújo

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