Ambos os tipos de dor são conduzidos até ao cérebro da espinal medula, mas cada um tem o seu próprio sistema nervoso independente. O primeiro é transmitido rapidamente ao cérebro através de uma rede de pequenos nervos revestidos de tecido, chamados fibras Delta-A, que comunicam ao cérebro a ocorrência, a fim de permitirem a reação rápida do organismo.
O latejar da queimadura é transmitido mais lentamente, através de nervos não protegidos, chamados fibras C. Faz o cérebro tomar conhecimento de que a mão foi queimada e que, enquanto não for tratada, continuará a doer até a cura se verificar.
Mas é no cérebro que a dor se torna um mistério. Alguns indivíduos, dotados de um limiar de dor mais elevado, suportam-na melhor que outros. E os limiares de dor variam não só de pessoa para pessoa, mas também de acordo com as circunstâncias.
Exemplos de pessoas insensíveis à dor
Quando a perna de Elizabeth Andrew apareceu inchada, os pais e o médico consideraram tratar-se de reumatismo infantil. Mas a tumefação manteve-se e agravou-se. Meses mais tarde, os médicos radiografaram a perna doente e descobriram que Elizabeth quebrara vários ossos do tornozelo. Durante todo esse tempo, a jovem nada sentira. Em situações que provocariam noutros sinistrados gritos alucinantes, Elizabeth mantinha-se inalterável, como se nada lhe tivesse acontecido.
Aprioristicamente, os mortais comuns podiam desejar ser um desses indivíduos insensíveis à dor, mas a verdade é que a sensibilidade a esta é incomparavelmente mais segura. Sem a noção da dor nunca detectaríamos, por exemplo, um iminente ataque de apendicite senão quando esta tivesse evoluído até provocar uma peritonite fatal. A dor é o sistema preventivo de alarme corporal, que atua quando o organismo corre perigo.
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