quarta-feira, 27 de novembro de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                                           ANO DE 1969 (continuação)


                                 No início deste ano, um ex-seminarista e agora professor, Noé Mendes, conseguiu com a anuência do nosso novo reitor, Padre Silvério Bento Lopes, usando apenas uma das várias salas que nos anos anteriores assistíamos as aulas, inaugurar uma escolinha infantil. O nome, por sinal, bastante sugestivo: PEQUENO PRÍNCIPE. Portanto, de segunda a sexta o nosso prédio recebia a visita, no período matinal, de várias crianças alegres e barulhentas que chegavam a nos alegrar um pouco. Escrevo isto, a posteriori, pois, amiúde, o professor Noé, por sinal, meu conterrâneo, pedia-me para que o substituísse, ficando no horário da manhã na companhia dos seus pequenos alunos, ocupando-os com pequenas atividades e brincadeiras. Tudo isto foi ótimo enquanto durou.
                               Por outro lado, em busca de ajudar aos seminarista, o nosso reitor deu ofereceu e deu liberdade a quem quisesse procurar o tempo livre com a aprendizagem ou ocupação trabalhista no centro da cidade, como por exemplo, gráfica de algum jornal, rádio, banca de jornal, como se fosse uma espécie de laboratório, para não dizer, exercendo uma função de estagiário numa atividade adequada a qualquer um. Por exemplo, no meu caso, aceitei uma vaga numa gráfica do jornal O DOMINICAL, o qual pertencia à Arquidiocese de Teresina. Portanto, não era nenhuma atividade remunerada e sim, apenas para ocuparmos o nosso tempo com uma ocupação condizente com a nossa personalidade e afinidade. Com isto, sentimos na pele o valor que tem o trabalho humano.

                                                  Próxima postagem: Férias de julho de 1969

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