sábado, 1 de fevereiro de 2014

MENTIRAS INOFENSIVAS

       “Por favor, facilitar o troco”.

            Quantas e quantas vezes lemos algum aviso deste teor ou algum comerciante falar assim ao freguês:
            - “Por favor, facilitar o troco!”.
              Se isto não for um disparate, sem dúvida, é um grande paradoxo corriqueiro, pois numa transação comercial, pergunta-se: quem dá o troco é comerciante ou o freguês? Qualquer criança sabe que o autor deste gesto é o dono do estabelecimento, ou seja, o comerciante seja qual for o ramo de negócios. Portanto, como ele pode pedir ou deixar avisado ao cliente para este facilitar o troco? Esta função é exclusiva dele. É lógico que qualquer pessoa entenderá quando ouve um pedido deste ou ler um aviso assim, pedindo para facilitar o troco. É óbvio que ele, o comerciante, sentindo a falta de moedas ou dinheiro trocado, ao falar assim ele está querendo que o cliente ou freguês pague com dinheiro trocado, diga-se de passagem. Ele está errado agindo assim? É lógico que não. Simplesmente, como diz o ditado popular, ele está apenas puxando brasa para a sua sardinha. E isto não é crime nenhum e muito menos, algo irregular ou desprezível. Afinal, cada um sabe onde lhe aperta o sapato.

                   Estou certo ou errado?

                                      Joboscan de Araújo

0 comentários: