sábado, 25 de outubro de 2008

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS - VIII

- “JÁ VAI? É CEDO AINDA!”.

Esta é uma expressão muito corriqueira que se ouve dos anfitriões sempre que algum convidado resolve se ausentar da festa ou sair após uma visita. O contra-senso dessa frase está inserido no excesso de gentileza ou educação, pois embora a alta já esteja avançada, ou seja, seja tarde da noite, principalmente, mesmo assim quando ouve alguém murmurar que já vai, costuma sempre se expressar assim: “Já vai, fulano?”. “É cedo ainda!”. “Fica mais um pouco!” etc. O que, evidentemente, não corresponde à verdade. É somente uma maneira, uma forma educada e tradicional de se despedir de uma pessoa. Como esta já está conscientizada e sabendo dessa educada desculpa, não faz nem questão de acreditar nesta frase e, sorrateiramente vai deixando o ambiente também de maneira educada, sem fazer questão de permanecer nem mais um minuto, salvo quando ocorrer algum imprevisto de última hora.

- “ATCHIM!” - SAÚDE!

Quando se encontra em companhia de colegas ou amigos, em qualquer lugar, logo que alguém é surpreendido por um espirro incontrolável, estridente e inoportuno, ouve-se automaticamente a lacônica expressão: “SAÚDE!”. Parece até uma pequena brincadeira irônica. Mas não o é. A intenção ao se proferir essa palavra é, no mínimo, desejar à pessoa que espirrou que ela não pegue nenhum resfriado ou uma gripe forte e sim que tenha realmente saúde. Mas tudo isso, além de tradicional, é algo muito automático. Tanto é que logo que se ouve alguém dizer: saúde, a resposta é incisiva: obrigado. E fica tudo por isso mesmo. Que o espirro é um ato involuntário e inadiável, quase sempre imprevisto, apesar dele não causar nenhuma dor, apenas um pequeno constrangimento, ninguém gosta de espirrar em público, principalmente durante uma celebração religiosa, aula, conferência, filme ou teatro etc.


- “VOU FAZER A BARBA!”.

É muito comum no universo masculino, é óbvio, ouvir esta expressão que traz um paradoxo total. Pois, como sabemos, a natureza humana se encarrega de emoldurar o rosto do mancebo com barba e bigode, dependendo de cada indivíduo. Paulatinamente, o rosto imberbe fica com um aspecto diferente, mais másculo conforme a quantidade e formato dos cabelos que nascem. Então, por motivos pessoais de higiene e,principalmente estética, o indivíduo resolve se livrar dessa benesse da natureza humana . Então, é num momento assim que ele expressa a frase fatal e desprovida de sentido lógico: “Vou fazer a barba!”. Ora, pois, como ele pode fazer algo que já existe ali na sua cara, literalmente? O mínimo que poderá acontecer é desfazer dela, isto é, da
barba. Certo ou errado?

1 comentários:

Unknown disse...

e fazer os pés e as mãos? desde criança quando ouço isso imagino a pessoa sem os pés e as mãos...
mas o que me dá horror é o "ainda é cedo, fica mais um pouco"