sexta-feira, 10 de julho de 2009

...E A VIÚVA ENGRAVIDOU!...

Primeiramente, peço que ninguém se assuste com o título desta crônica. Posso adiantar e garantir que não se trata de nenhum fenômeno mediúnico, espírita, paranormal ou mesmo um caso de partenogênese. Na realidade, a viúva, nesse caso, trata-se de uma jovem responsável que trabalha numa rede supermercados aqui do nosso bairro da zona leste de São Paulo. O marido dela faleceu sem deixar nenhum herdeiro. Ela com 25 anos, aproximadamente, e ele, 27, idem. Portanto, ambos na flor da idade. Após o falecimento do cônjuge, obviamente, ela se abateu, mas com o passar do tempo, percebendo que a vida continuava, resolveu então vivê-la, normalmente, por que não?
Diariamente, o seu marido passava aqui na banquinha de coco verde. Mas, só bebia alguma água desse fruto saudável que só a natureza nos pode oferecer, quando estava de ressaca. Amiúde, quando vinha trôpego, após tomar umas a mais pelos bares da cidade ou mesmo do bairro, tentava jogar conversa fora, mas o seu raciocínio ficava muito lento e não conseguia acompanhar as palavras que tentava se expressar, coitado. Inclusive, certa ocasião, para nossa surpresa, chegou a cair na calçada, ao lado da minha banca, o qual foi prontamente socorrido. Afinal, residia bem próximo dali. No dia seguinte, já restabelecido da bebedeira, sem se lembrar de nenhum transtorno, passava novamente por ali, usando o seu costumeiro terno azul ou cinza e ia para o seu trabalho na Assembleia Legislativa de São Paulo. Sim, sem dúvida, ele tinha um bom emprego e era bem conceituado e benquisto por todos que o conheciam, apesar da sua tendência etílica.
Mas volto ao assunto da gravidez da viúva deste “vereador”, como ele era conhecido por aqui. Passado um ano que ele falecera, o fato chamou a atenção de algumas pessoas “especializadas” na vida alheia, para não dizer, fofoqueiras, mas logo tudo foi desvendado, quando ela passou a andar com o seu novo parceiro, recém-chegado de outro Estado. Portanto, não se tratava de nenhuma traição à memória do seu primeiro marido. Afinal, ela estava bem viva e com saúde e atendendo aos seus sentimentos femininos, deu sorte de encontrar outra pessoa ideal e então, ambas assumiram uma convivência legal e harmoniosa. E não demorou muito, um filho apareceu na vida dos dois para completar a felicidade do casal.
Agora, de vez em quando, eles passam com o filhinho nos braços, transbordando de felicidade e com muita razão. Se no início da sua gravidez, enquanto o seu novo parceiro não era visto com ela, as fofoqueiras de plantão inventaram algum tipo de calúnia ou difamação, a partir de agora, queimaram a língua, as quais, bem que poderiam chegar até ela e suplicar o seu perdão!

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