Quando um indivíduo que faz parte de um grupo de pessoas e logo que começa a trabalhar numa firma qualquer, chega a dizer com empáfia e petulância, mais ou menos assim: “é uma pena que não posso exercer aqui vários cargos importantes, pois gostaria de fazer tudo do meu jeito, pois não me conformo com tanta coisa errada, tanta bagunça, tanta sujeira, etc”. Das duas, uma: ou ele tem um grande complexo de superioridade somado a um perfeccionismo doentio ou, simplesmente, trata-se de um grande e intragável neurótico, acima de tudo, muito ambicioso. Ou será que uma pessoa assim nunca percebeu o detalhe de uma escada? Será que ao pisar no primeiro degrau , automaticamente, ele pretende atingir o topo da mesma, sem antes pisar passar pelos outros intermediários?
Lamentavelmente há milhares de pessoas nesse mundo que desconhecem o valor das coisas interiores, isto é, das qualidades, das capacidades que as outras cultivam no seu âmago e só procuram demonstrar no momento oportuno. E mesmo assim, vivem obcecadas e presas a tudo aquilo que apenas brilha e chama a atenção. Seria tão diferente e melhor se alguém assim conhecesse um pouco mais a filosofia do autor do Pequeno Príncipe – Antoine Exupèry – que disse: “Só se vê bem com o coração. Pois o essencial é invisível aos olhos!”
João Bosco de Andrade Araújo
www.joboscan.net
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