Num momento de extrema euforia e exaltação há sempre algum comentarista de futebol ou iniciante ou por pura distração, que profere um comentário paradoxal desse tipo. Afinal, sabe-se que a regra é clara, como costuma dizer um renomado ex-árbitro de futebol e hoje comentaria de uma emissora de televisão: se a metade da bola ultrapassar a linha divisória, seja na leteral do campo ou sob as traves, o arremesso manual (lateral) ou o gol terão que ser marcados. Agora imagina, segundo essa aberração, “tirar” a bola de dentro do gol!” Ora, nesse caso, se a redonda ultrapassou a linha da cal, obviamente o tento deveria ser automaticamente consumado pelo juiz ou mesmo seu auxiliar direto (o (a) bandeirinha. Portanto, um famigerado zagueiro para “salvar” teria sim, que impedir que a bola ultrapassasse a tal linha divisória. Sendo assim, não houve nenhum salvador do time numa circunstância dessa natureza. E sim, um engodo, uma tapeação, um roubo que, de vez em quando somos obrigados a ver e ouvir, infelizmente!
“Você tem horas?!”
Há certas perguntas incompletas que algumas pessoas fazem, as quais nem percebem o paradoxo que elas trazem no seu bojo...Por exemplo: alguém perguntar simplesmente a uma pessoa, em qualquer lugar: “Você tem horas?” Pois, pensando bem, se a outra pessoa levar ao pé da letra tal pergunta poderá até responder, laconicamente: tenho! E ponto final. Agora, se o indivíduo faz a mesma pergunta, mas de maneira completa, íntegra, ou seja: “Por favor, você poderia me fornecer as horas?” Aí sim, qualquer um entenderia facilmente e não haveria motivo nenhum para deboche. Afinal, diz o ditado que perguntar não ofende, mas uma pergunta mal formulada ou feita de maneira incompleta pode até não ofender a alguém, porém poderá deixá-lo confuso e até equivocado. E dependendo do momento, poderá até ignorar tal solicitação de favor. É aquela história: cada um, cada um!
João Bosco de Andrade Araújo
www.joboscan.net
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