Partindo desse conceito, pode-se afirmar, com toda a convicção que, ningém no mundo está isento de um deslize moral dessa natureza. Portanto, quem poderá “cuspir para cima” ou muito menos bater no peito e dizer: “dessa água não beberei?!”, pois o amanhã será sempre um enígma para toda a criatura humana. Pensando bem, o sentimento de cada pessoa é sempre muito vulnerável e fácil de ser atingido para o bem ou para o mal, isto é, dando prazer ou ferindo, magoando qualquer um, não importa a raça, o sexo, o credo. Pois quando Cupido resolve atirar a sua indefensável flecha parece até que, simplesmente diz: “Esse é o cara!” E tanto faz que seja homem ou mulher, jovem ou adulto, bonito ou feio, ateu ou crente. Ou será que ele é, com todo respeito, sádico? Bobagem, pois se fosse assim não haveria tanta gente feliz quando está apaixonada graças à sua flechada! O problema ocorre quando essa atinge pessoas compromissadas...Então, nesse caso, seguindo em frente, à direita ou esquerda, na curva ou na reta, uma traição amorosa poderá surgir mais cedo ou mais tarde. E é aí que mora o perigo. Quem se habilitar a trilhar tal caminho só tem que tomar muito cuidado para não cometar um ato insano, implodindo um lar, caindo num precipício ou num poço de amargura.
O princípio de uma paixão amorosa, amiúde, é repentino. Outro, nem tanto. Algumas são pacíficas; outras, avassaladoras. O seu epílogo também pode ou não acontecer da mesma maneira. Ou seja, tudo nesse campo sentimental é muito relativo. Varia de um casal para outro. Como reza o provérbio popular: “quando dois não querem, dois não brigam”, essa verdade também se abrange e se estende ao setor amoroso. Quem será capaz de obrigar uma pessoa a gostar de outra e muito menos se envolver de corpo e alma. E além disso, é do conhecimento geral que numa farmácia ou drogaria, há remédios de todos os tipos para amenizar qualquer tipo de dor, menos a propalada e conhecida de cotovelo. E muito menos, encontrar-se-á uma panaceia que cure uma mácula indelével provocada por uma traição amorosa.E salve-se quem puder!
João Bosco de Andrade Araújo
www.joboscan.net
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