sábado, 19 de setembro de 2009

TISTE E BRUTAL ASSASSINATO

Há pouco mais de dois meses, um crime bárbaro abalou um bairro da Zona Leste de São Paulo. Logo que tal fato ocorreu, os primeiros comentários foram sobre a hipótese de assalto, o que já virou rotina em qualquer região do Brasil e do Mundo, infelizmente. Agora que as notícias sobre tal assassinato cessaram, voltou à tona o inesperado resultado do inquérito policial: o crime hediondo foi cometido por um vizinho da vítima, outro pequeno comerciante, motivado por rixas sobre um assunto até certo ponto banal: discussão sobre um som alto proveniente de um pequena loja de CD’s do assassino confesso.
A rua onde isso aconteceu, até então, sempre foi bastante pacata, apesar de ser bem movimentada por transeuntes e carros, pois é considerada a via principal de acesso ao bairro em questão, que é Santa Etelvina, em Guaianases – São Paulo. Com seus inúmeros pequenos pontos comerciais peculiares a qualquer periferia, por exemplo: padaria, salão de cabeleireiro, drogaria, bares, perfumarias, açougues, etc, nunca se ouviu falar de um trágico e brutal acontecimento como esse. Apenas, esporádicos acidentes de carros, o que até chega ser algo normal pelo intenso trânsito que existe nesse local.
O crime aconteceu numa manhã de segunda-feira, tão logo o dono de uma pequena drogaria abriu o seu estabelecimento. Surpreendido pelo desafeto, foi facilmente dominado, talvez até pela a idade avançada (78 anos) e em seguida, degolado. Por esse motivo, ninguém ouviu e percebeu nada naquele local. Como sempre acontece em situações assim, tudo aconteceu muito rápido. Coincidentemente, logo em seguida, talvez até motivada pela quantidade de sangue que escorria no local, uma freguesa adentrou para comprar algum remédio e viu o corpo do comerciante estirado próximo ao balcão. Acionou, imediatamente os vizinhos, mas ninguém conseguiu fazer mais nada, a não ser chamar o resgate, a polícia, etc.
Após o caso ser divulgado amplamente pela imprensa em geral, a polícia começou a averiguá-lo até que encontrou o verdadeiro e desalmado assassino. Este tinha um pequeno comércio do outro lado da mesma rua e agiu de maneira fria e premeditada, como vingança por uma discussão fútil, mas acalorada sobre um som alto que vinha da sua loja de CD’s.
Agora quando se passa por aquele loca, após dois meses do fatídico assassinato, percebe-se os dois pontos comerciais fechados por justo motivo: os ex-donos: um no cemitério, outro na cadeia. Que triste e lamentável desfecho de duas vidas, que poderia ter sido evitado, se o agressor tivesse usado o seu lado racional. Agora na prisão, quem sabe, terá tempo suficiente para se arrepender. Só que nada disso, infelizmente vai interferir na ausência inconsolável de um um membro familiar tão importante como era aquele senhor, por sinal muito benquisto por todos que tiveram o prazer em conhecê-lo.
É a vida! Quero dizer, é a morte, rondando a todos nós!...


João Bosco de Andrade Araújo

www.joboscan.net

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