quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

DILEMA FAMILIAR

Posso ser que o título acima pareça um exagero da minha parte. Mas, na realidade, o tema abordado ocorre com qualquer família, em qualquer lugar. Neste caso peculiar, trata-se de um vizinho, muito meu amigo, o qual, por ser um tranquilo e consciente católico apostólico, paulatinamente viu sua família se desmembrando, no sentido religioso. Todavia, ele jamais fez alguma objeção e muito menos provocou algum tipo de celeuma, ao perceber que a sua filha de 20 anos tenha optado por um novo caminho, quanto a sua vida religiosa. Apesar de ter sido batizada, feito a primeira comunhão na Igreja Católica, frequentado o catecismo, mesmo assim, através da convivência com algumas colegas que participavam de uma outra Assembleia ou Congregação religiosa, pouco a pouco, deixou a religião dos seus pais. Resultado: depois este vieram perceber que tal mudança tinha algo a ver com o envolvimento emocional, sentimental com um namorado que também pertencia a outra Igreja. Tudo bem. Namoro consentido e, com o passar do tempo, ela também conseguiu envolver a sua mãe, convidando-a para esse novo culto.
Quando o meu amigo percebeu, após o casamento da filha, o seu filho também começou a namorar uma moça da mesma Igreja. Só que, neste caso, como ele não pretendia se casar logo, pois tinha outros projetos mais imediatos, como por exemplo, faculdade e trabalho, foi postergando essa iniciativa amorosa, a qual ficou só nos preâmbulos. Quanto a isso, nenhuma interferência paterna. A iniciativa do rapaz foi respeitada. Nesse ínterim, o meu vizinho e amigo, apesar de, amiúde, levar a sua esposa até à Congregação que ela frequenta, até o presente momento ainda não se sentiu atraído ou sentido o chamado Divino para aceitar o convite de vários irmãos. Ele continua na dele e respeitando a opção religiosa dos demais membros da sua pequena família.
E por falar nisso, para finalizar, deixo aqui o registro que o escritor russo Tolstói deixou no primeiro parágrafo do seu renomado romance: ANA KARENINA: "Todas as famílias felizes são parecidas entre sim. As infelizes são infelizes cada uma a sua maneira!"

João Bosco de Andrade Araújo

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