domingo, 12 de junho de 2011

SUFOCO É ISSO AQUI!

Quantas vezes já assistimos em algum noticiário televisivo o desespero das pessoas que pretendem embarcar em algum trem ou metrô no horário de pico! Ou seja, estou falando daquele momento perigoso e sufocante em que os inúmeros passageiros de todas as idades são jogados, empurrados para o interior dos vagões superlotados. Pois a pessoa que estiver numa plataforma dessas estações e não souber do que ali realmente ocorre, poderá levar um grande susto e se não tiver sorte também poderá inclusive se machucar seriamente e até ser roubada, pois o tumulto se transforma num ato impulsivo, incontrolável, irreversível, que mesmo que alguém não desista de embarcar, não adianta. Se estiver ali, não tem escapatória, será levada automaticamente pelo rolo compressor humano, para não dizer, desumano. Nesta hora, mesmo que a pessoa não tenha nenhuma maldade, pisará no pé de outra e ficará colada em posição vexatória e à sua revelia.
Na realidade, lamentavelmente, no momento em que esse "tsunami" humano ocorre, o respeito pelo outro deixa de existir, simultaneamente. A palavra "CALMA" não fará o menor sentido num momento assim. O rolo compressor só para quando a maioria que estava ali naquela plataforma adentrar no vagão, que muitas vezes, não cabe bem pensamento, mas mesmo assim...
Mesmo que não ocorra nenhuma morte ou acidente grave na hora desse desespero, só o susto, o medo de sofrer algo já estraga o dia de qualquer passageiro (a).
Costuma-se, amiúde, comparar uma situação assim ao modo como os animais irracionais agem quando o boadeiro os solta ou os obriga a entrar no curral. Só que esses animais -boi, vaca, novilho, cabra, bode etc - quando estão aglomerados e depois buscam o mesmo local, agem instintivamente e portanto, sem malícia, medo ou segundas intenções, como por exemplo, surrupiar algum objeto de valor de terceiros, o que geralmente acontece com alguns passageiros "amigos do alheio", o que é algo sempre lamentável. Portanto, sufoco é isto aqui, o resto são outros quinhentos.


joão Bosco de Andrade Araújo

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