sexta-feira, 16 de agosto de 2013

CONCEPÇÕES SOBRE ADULTÉRIO

* A vida sexual de um casal, cujo casamento foi atingido por um adultério, nem em sonho será a mesma como antes do triste e fatídico deslize. Por algum motivo pessoal,os dois, mesmo ressentidos, feridos, magoados se chegarem à conclusão que, por enquanto, o melhor mesmo, por falta de opção, é continuar com um casamento de fachada, o mais viável, no campo sentimental, é o casal só manter uma relação sexual quando realmente houver um clima favorável para os dois, simultaneamente. Pois, caso contrário, se uma das partes tentar forçar a consumação  de uma transa, poderá acarretar numa possível frustração para ambos. Isto quando não surgir algum resquício de uma traição mental.


* A única vantagem, ou melhor, a única diferença de uma mulher que sofre de frigidez para um homem com DE (Disfunção Erétil), isto é, que é impotente sexual é que, num momento de encontro íntimo, apesar de todo conforto de uma cama de motel, ela pode usar a sua capacidade de fingimento em qualquer etapa da relação, se é que ela poderá ser consumada. Pois na qualidade de passiva, a mulher não terá outra obrigação senão fingir dando a entender que está tudo bem. No entanto, na mesma ocasião, o seu parceiro que deverá fazer o papel de ativo, jamais terá o fingimento como evasiva para logar algum prazer. Ou há uma penetração completa ou a relação ficará pela metade. E qualquer ardor, prazer físico murchará, literalmente.


* A princípio, uma pessoa que passou por uma desilusão amorosa, ou seja, foi traída, não teve e não terá vantagem em quase nada, mesmo se passando por vítima. Digo "quase" porque mesmo que ela não agir instintivamente ou não quiser fazer justiça com as próprias mãos e não sair do seu aconchego para desabafar com alguém, a sua frustração jamais será amenizada com tais omissões. Resignar-se, conter-se com uma situação tão delicada e desagradável como esta poderá ser uma opção mais difícil, mas poderá geral uma repercussão bem menor. A pessoa traída, atendendo algum princípio religioso poderá até insinuar um perdão, mas esquecer tal infidelidade, jamais. Como bem escreveu o filósofo Marcuse: "O tempo não cura nada; apenas tira o incurável do centro das atenções".


                                                       Joboscan de Araújo

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