sexta-feira, 30 de agosto de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                                                ANO LETIVO DE 1968 (continuação)


                       Apesar do padre Agostinho ter me admoestado sobre o assédio das garotas naquele local de trabalho e eu ter pedido para que elas não me atrapalhassem, de vez em quando, apesar delas ficarem num banco da praça bem em frente da janela do salão paroquial, onde eu trabalhava, como elas faziam de tudo para me chamar a atenção, nada mais eu podia fazer, a não ser para não parecer tão antipático, dar uma olhadinha de vez em quando e sorri um pouco. Mas ficava quase impossível não ser "tentado" com aqueles ângulos ousados quando algumas delas se sentavam com segundas intenções. Não havia reza forte e suficiente para afugentar algum mau pensamento que por sua vez fazia o meu corpo jovem reagir de certa foma. Mas ficava só nisso mesmo. Acreditava que talvez, durante um sonho, através de uma polução noturna, o meu subconsciente se encarregaria de aliviar aquela tensão erótica. E assim o tempo foi passando até que aquelas adolescentes pararam mais de me provocar. Devido o meu jeito tímido e recatado eu fosse um grande bobalhão no conceito delas, menos um santo. Pois neste caso, só Deus sabe, quantas vezes pequei através do pensamento.
                      Outra atividade que eu exercia durante este ano de 1968, quando cursava o quarto ano ginasial na minha cidade natal, além de ser secretário da paróquia, no final de semana, mais precisamente das 18.00 às 19.00 eu mantinha um programa radiofônico transmitido de uma sala da casa paroquial, onde além da leitura do ANGELUS, quando era tocada a AVE MARIA, em seguida eu executava músicas variadas, atendendo ao público, principalmente os jovens. Vale ressaltar que este programa era praticamente ouvido em quase toda cidade de Simplício Mendes e tinha boa aceitação. Tanto é que, com a permissão do vigário, havia até algumas propagandas do comércio, onde gerava pequena receita para a aquisição de mais discos, por exemplo. Mas isto foi bom enquanto durou. No ano seguinte, quando regressei ao seminário de Teresina o referido o programa A VOZ DA PARÓQUIA saiu do ar, literalmente.


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