Quando a garota ganhou a roupa nova, sua mãe sentiu que era pena se, com aquele traje tão bonito, a filha continuasse a ir ao colégio suja como sempre, e começou a dar-lhe banho todos os dias. Ao fim de uma semana, disse o pai:
"Mulher, você acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more num lugar como este, caindo aos pedaços...Que tal você ajeitar um pouco a casa, enquanto eu, nas horas vagas, vou dando uma pintura nas paredes, consertando a cerca, plantando um jardim?"
E assim fez o pobre casal. Até que sua casa ficou muito mais bonita que todas as casas da rua e os vizinhos se constrangeram e se puseram também a melhorar suas residências. Desse modo, todo o bairro melhorava a olhos vistos, quando por isso passou um religioso que, bem impressionado, disse:
"É lamentável que uma comunidade tão esforçada como esta não recebe nenhuma ajuda do governo!"
E dali saiu para ir falar com o prefeito, que o autorizou a organizar uma comissão para estudar que melhoramentos eram necessários ao bairro.
Dessa primeira comissão surgiram muitas outras e hoje, por todo o país, elas ajudam os bairro pobres a se reconstruírem.
E pensar que tudo começou com um VESTIDO AZUL!
Não era intenção daquele obscuro professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse os bairros abandonados de todo o país. Mas ele fez o que podia, ele deu a sua parte, ele fez o primeiro movimento, do qual se desencadeou toda aquela transformação.
Não, que não aceitamos o mundo como está, fazemos a nossa parte (embora pequena) a fim de que o mundo seja melhor? Não, que repudiamos as gerações anteriores, porque construíram a guerra, estamos construindo a paz em volta de nós, nos lugares em que vivemos e nem sempre convivemos?
Porque é difícil varrer toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada.
Porque é difícil reconstruir um bairro, mas é possível dar um VESTIDO AZUL!
Autoria desconhecida
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