segunda-feira, 4 de março de 2013

ADMOESTAÇÃO (QUASE) INÚTIL

                      Quem pega condução diariamente, seja ela qual for, sempre se depara com pessoas de todos os tipos, quero dizer, simpáticas, educadas ou ao contrário disto e, principalmente com situações consstrangedoras, discussões e até brigas. Este tipo de coisa é muito comum acontecer em ônibus, lotação, trem etc, não importa o dia nem a hora. É verdade que os passageiros, na sua maioria, são meros ouvintes e é muito difícil alguém se envolver quando este tipo de coisa acontece.
                     Por falar neste assunto, a cena que presenciei hoje, a princípio pensei que fosse dar em nada. Afinal, foi apenas uma mera admoestação de uma senhora, ao perceber que um passageira estava aproveitando da situação e de uma adolescente para boliná-la, apertá-la com segundas intenções. Logo que foi chamado à atenção, o dito cujo, fingiu de surdo e que o que aquela passageira estava falando não tinha nada a ver com ele. Que cara de pau!
                    Foi então que a mesma passageira, ao perceber que o cara continuava a se esfregar no corpo da jovem, a qual estava usando uma saia bem curta e era portadora de um par de pernas realmente provocante, elevou mais o tom de voz, dizendo:
                   -Depois as pessoas costumam dizer que Deus não ajuda. Também pudera, a gente tente ajudar, advertindo, mostrando o perigo, mas pelo visto, não adianta muita coisa. Estou falando do abuso deste paassageiro com cara de cínico, mas parece que a jovem aqui está é gostando. Depois as mães chegam chorando lá na Vara da Infância e Juventude, dizendo: um tarado abusou da minha filhinha. E agora?
                    Neste momento o rapaz se tocou e arrumou uma evasiva para tentar justificar o aperto na jovem, alegando que a mochila de outro passageiro o estava forçando a encostar daquela maneira. Só que não colou. Ao ser desmascarado e pego na mentira, pois ali não havia ninguém com mochila das costas, imediatamente tentou descer logo e pelo visto antes do ponto que pretendia. Mas o pior desta história ainda estava por vir. Pois logo a seguir, o caldo engrossou pro lado da adolescente e da senhora passageira. Pois a discussão ficou acalorada, chamando a atenção de todos que estavam naquela lotação. E o pivô desta nova discussão pelo visto foi quando a senhora falou:
                  -Minha filha, eu apenas tentei defender você daquele pedófilo e você está achando ruim. Eu quero ver o seu bem!
                 -Olha aqui, em primeiro lugar não sou sua filha e em segundo quero que nenhuma pessoa estrana deseje o meu bem. Vai cuidar da sua vida! Vê se me erra!
                  Vendo que seria inútil continuar com aquela conversa, a senhora finalizou:
                 -Está bem. Me desculpa!
                 E a celeuma finalmente foi encerrada>


                                         Joboscan de Araújo

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