domingo, 1 de setembro de 2013

CONCEPÇÕES SOBRE ADULTÉRIO

A paixão repentina e obsessiva traz no seu bojo à revelia da pessoa flechada por cupido  uma boa de egoísmo. Pois independente do êxtase do prazer fugaz ela proporciona, concomitantemente, uma cegueira que não é peculiar às pessoas que não foram atingidas por esta bendita ou maldita flecha do amor. A cegueira racional que uma paixão sentimental deixa qualquer pessoa, não importa o sexo, a raça, o credo, alheia a muitos detalhes que, em tempos normais jamais seriam percebidos. Por exemplo, ela será capaz de deixar o aconchego do seu lar sem importar se faz calor, frio, está chovendo ou não e vai de encontro da pessoa amada para se entregar aos prazeres da carne.. Não importa o cônjuge, os filhos, enfim, a família. Tudo fica em segundo plano. Quando a razão chega, desvencilhando os ditames da paixão efêmera, aí chega a hora de recolher os fragmentos de um relacionamento passageiro.


* Quando o assunto é adultério, a fofoca, o disse-me-disse, as picuinhas só servem mesmo para colocar veneno, ou como se costuma dizer, apimentar o tema, deixando as pessoas envolvidas na história com a pulga atrás da orelha. Pois, quando um dos cônjuges resolve tirar tudo a limpo, registrar in loco um flagrante de traição, aí precisa mesmo bastante coragem para não partir para a ignorância e cometer um ato insano, ocasionando uma tragédia familiar. É bom pensar bem antes de tomar uma atitude neste sentido, só que muitas vezes isto só fique na teoria. Pois na prática mesmo, ninguém neste mundo será capaz de saber como reagirá numa situação desta natureza. Afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco, como reza o ditado popular.


                                 Joboscan de Araújo

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