quinta-feira, 21 de maio de 2009

CANÇÕES INFANTIS

Se pararmos um pouco para analisar algums canções que toda criança sabe de cor e salteado, chegremos à conclusão que elas não são assim tão infantis como parecem ou deveriam ser. Senão vejamos, por exemplo, um delas que começa assim:
-“Atirei o pau no gato-to, mas o gato-to, não morreu-reu-reu. Dona Xica-ca admirou-se-se do berro, do berro que o gato deu...miau”

Pra começo de assunto, uma canção que foi composta exclusivamente para criança, a meu ver, traz no seu contexto, logo de cara, um estímulo à violência, o que não é nada agradável. Atirar um pau num gato, coitado, e ainda por cima lamentar que o dito cujo não morreu, tem uma conotação de maldade, quer queira ou não! Na minha modesta opinião, muito embora bem atrasada, se o (a) autor (a) tivesse mudado algumas palavras, no mínimo, ficaria bem diferente, como por exemplo:
Eu joguei água no gato-to, mas o gato-to não correu-reu-reu. Dona Xica-ca admirou-se-se do miado, do miado que ele deu, miau!

Mas aí são outros quinhentos! Afinal, a criatividade é sempre algo muito pessoal, “sui generis”. O que se deve levar em conta também é a sua intenção no momento de compor e divulgar o seu trabalho. Sabemos que toda pessoa que se submete a escrever, seja o que for, será alvo de críticas construtivas ou destrutivas. E nesse caso, ao escrever esse modesto texto, eu também estarei me expondo à opinião e crítica de outras pessoas. E que venham. Quem não quiser ser criticado jamais escreva algo para ser ler lido por qualquer pessoa. O livre-arbítrio está no mundo para ser usado.


João Bosco de Andrade Araújo

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