quinta-feira, 7 de maio de 2009

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS - XX

“ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE!”


Esse trágico e triste vaticínio que proferido aos nubentes pelo Padre ou Juiz no final da cerimônia de uma casamento, pensando bem, não passa de um engodo hipócrita que não faz nenhum sentido nos dias atuais e nem no tempo dos nossos ancestrais, por que não?
Inegavelmente, um casamento duradouro é algo muito raro e portanto, por outro lado, louvável e bonito. O casal que conseguir essa proeza terá muitas bodas para comemorar e festejar. E a síntese da frase: “até que a morte os separe” é realmente esta: que aquele casamento que ora acaba de ser realizado dure até o falecimento de um dos cônjuges. Mas, infelizmente, com tanta promiscuidade, ausência de sentimentos, paixão, amor e excesso de infidelidade e acima de tudo, problemas financeiros, os casamentos hodiernos são repletos de turbulência, instabilidade e, consequentemente, efêmeros. Sendo assim, a referida frase inicial não tem muita lógica atualmente e não passa de uma mentira inofensiva, sem dúvida.



“O ATLETA FOI “PREMIADO” COM O CARTÃO AMARELO (VERMELHO)!”


De vez em quando, alguns cronistas ou narradores esportivos soltam essa “pérola” paradoxal, a qual traz no seu bojo até um pouco de ironia. Pois pelo que sabemos, PRÊMIO é algo que culmina uma realização repleta de êxito, sucesso etc. Então, nesse caso, por exemplo, numa partida de futebol, quando um determinado atleta comete uma infração dura, desleal e o juiz lhe aplica um cartão amarelo ou vermelho, estará simplesmente cumprindo o que manda a regra. Não faz mais do que a sua obrigação, expulsando-o ou advertindo-o com o cartão amarelo. Até aí tudo bem. Agora, um profissional da imprensa usar o microfone de uma emissora de rádio ou televisão e dizer, displicentemente que tal jogador foi “premiado” com um destes cartões, aí parece até uma gozação, uma brincadeira irônica! Pois sabemos, sem dúvida, que prêmio, na acepção da palavra sintetiza algo bom, o que contradiz o camarada ser expulso ou punido com uma cartão amarelo, deixando-o numa situação instável para a próxima partida do seu time. Enfim, receber um castigo é algo bom? É ótimo? Será que se pode considerar um prêmio?
Só se tal pessoa tiver tendências masoquistas!!...


João Bosco de Andrade Araújo

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