domingo, 24 de maio de 2009

A FILA

Enquanto enfrentava uma longa fila num supermercado para passar num “caixa-rápido”, o que demorou aproximadamente 40 minutos..(Agora imagina se fosse num caixa comum!...) pensei com os meus botões sobre o dissabor, o desgaste emocional, a perda de tempo que tantas pessoas sofrem quando resolvem enfrentar uma situação dessa natureza.
Na minha modesta opinião, quem nunca ficou numa fila qualquer é porque jamais saiu de casa. Pois em qualquer lugar público que se pretende ir, lá está a dita cuja, ou seja, a enfadonha, a maçante fila. Pessoas de todas as idades, cada uma com os seus respectivos produtos para pagar. Se estão em um Banco ou Casa Lotérica, estarão portando boletos e outras contas, sem falar nos inúmeros volantes de apostas etc. Em qualquer dessas circunstâncias, o que mais irrita, além da morosidade por parte da incompetência de alguns funcionários ou dúvidas do próprio cliente, principalmente quando se está com pressa, é quando uma pessoa metida a mais esperta do que as outras, finge encontrar um parente, amigo, vizinho, conhecido e, sorrateiramente , com a maior cara-de-pau, com sorriso irônico no semblante deslavado, fura a fila, postando-se quase na boca do caixa. É realmente impressionante, para não dizer, lamentável. Salvo, raríssimas exceções, esse tipo de disfarce antigo não dá certo. Pois é quando surge alguém ciente dos seus direitos e reclama acintosamente e o (a) intruso (a) põe “o rabinho” entre as pernas e deixa o local. Isto quando, amiúde, tal chamada de atenção se transforma numa celeuma sem precedentes, transformando-se até em briga mais séria.
Afinal, estamos no Brasil. E aqui tem sempre alguém querendo por em prática aquela antiga lei do “Gérson”: “levar vantagem em tudo”, esquecendo-se, às vêzes, de respeitar o direito do próximo. Sendo que a mesma pessoa que alguma vez furou uma fila, dificilmente aceitará ser passada para trás em ocasiões futuras e semelhantes. É aqui que faz sentido aquele adágio popular: “Pimenta nos olhos dos outros é refresco!”.


João Bosco de Andrade Araújo

www.joboscan.net

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