sexta-feira, 22 de maio de 2009

CONFESSO QUE EU LI -

Livro: O CORTIÇO

Autor: ALUÍSIO DE AZEVEDO


O romance O CORTIÇO, a obra-prima do grande escritor ALUÍSIO AZEVEDO, é considerado o protótipo da escola naturalista, que enriqueceu a nossa literatura brasileira. Nos idos do século XIX, era muito comum a ideia de que Arte e Ciência deveriam andar “pari-pasu” com o objetivo comum de observar a natureza e analisar os seus respectivos fenômenos, o que gerou o realismo-naturalismo.
Com vários personagens, com suas intrigas e paixões recônditas ou não, destacam-se dois importantes: João Romão e Jerônimo. Os dois são antagônicos, isto é, de personalidades bem diferentes. O primeiro, uma pessoa nitidamente ambiciosa. Com o aluguel de várias casas populares que mandou construir num terreno ao lado do seu comércio, ele em pouco tempo se transformou num homem relativamente rico. Começou a trocar de mulher como se trocasse de roupa. Quanto Jerônimo, ao contrário de João Romão, era um hom trabalhador, honesto, pacato, sério, um pai de família exemplar. Isto até se envolver com Rita Bahiana, uma mulata provocante, sensual, transformando-se, automaticamente num malandro carioca.
O certo é que no livro há um leque de tipos humanos bem prosaicos. Cada um com os seus problemas, aventuras e fantasias. O CORTIÇO transcorre em um mundo todo prosa, descrevendo um grupo social bem definido. Portanto, não é por menos que o referido livro é considerado o melhor romance naturalista da literatura brasileira, inclusive faz parte da lista daqueles que são exigidos no vestibular, pois traça um vasto panoramoa da sociedade a partir do retrato de um cortiço com o seu varido quadro de tipos bem urbanos.

Leia-o. Não irá se arrepender.
Confesso que o li.

João Bosco de Andrade Araújo

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