Durante um jogo, principalmente quando se trata de uma decisão de campeonato, os torcedores em geral ficam apreensivos e quando menos percebem, a adrenalina foge do normal e, como dizia um famoso narrador esportivo: “haja coração!”.
Por falar em coração, recentemente, durante uma partida do Palmeiras, válida pela Taça Libertadores da América, quando só dependia da vitória para continuar na competição, eis que aconteceu. O jogo ainda estava empatado , faltando poucos minutos para o término, numa jogada despretensiosa mas com um chute forte e certeiro de longa distância, um atleta dessa equipe fez um golaço, classificando-a para a alegria de todos os seus torcedores. Aliás, quase todos.
Pois no lar de um palmeirense roxo aqui do meu bairro, a comemoração só não foi mais completa porque, no exato momento do bonito gol, o dono da casa não resistiu a forte emoção e desmaiou. Teve um ataque tão fulminante quanto aquele chute certeiro do atleta do seu time do seu coração que naquele exato momento desistiu de continuar batendo.
No dia seguinte, à proporção que a notícia foi se espalhando, todas as pessoas ficavam entristecidas com ela, lamentando o passamento daquele senhor bastante conhecido e carismático, morador e dono de um bar emoldurado com tudo que se relacionasse ao Palmeiras. A frase mais comum que se ouvia era: “Não dá pra entender!” É óvbio que não é para ninguém entender. Se o fosse, a morte não seria um grande mistério. Assim como a vida.
João Bosco de Andrade Araújo
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