domingo, 31 de maio de 2009

MENTIRAS INOFENSIVAS & PARADOXOS CORRIQUEIROS - XXI

“SEMPRE-LIVRE”


Inegavelmente, a intenção do (a) autor (a) dessa conceituada e conhecida marca de absorvente está relacionada mais ao estado psicológico da mulher que passa a usá-lo do que no sentido literal, é óbvio. Ou seja, a própria propaganda já sintetiza o seu objetivo, mostrando a mulher bem à vontade, numa boa desenvoltura, como se nenhum objeto íntimo lhe provocasse algum desconforto. O paradoxo que abordo é simples: o referido absorvente poderá até deixar a mulher sempre-livre só que ele mesmo...pensando bem cumpre o seu papel sempre-preso! Sem comentários!!! É a marca do produto que não deixa marca!


PAVÊ


O título dessa iguaria, mais precisamente, sobre-mesa de origem francesa, em nossa língua transformou-se numa palavra que, pronunciada tem um sentido coloquial, gerando um duplo sentido. Senão, vejamos quando dizemos, por exemplo: tal objeto é só pra ver, ou numa pronúncia errada, típica das pessoa mais humildes, incultas: “tal objeto é so pa vê”. Mediante a essa confusão de pronúncia, tudo indica que, ao ser servida uma guloseima que tenha esse nome esdrúxulo, alguém querendo fazer graça, zombaria, ironia, ao ser perguntado por que não a provou, não a comeu, pode se sair com essa “pérola”: “Ora, eu pensei que você me ofereceu tal iguaria só pra ver!...



CAMISINHA


A eterna ojeriza que a Igreja Católica Apostólica Romana tem com relação a esse preservativo masculino é antiga e notória. Só que essa é uma outra e longa história. Há algum tempo era também conhecida como “camisa-de-vênus”. Pode dar o nome que for, o certo ou errado é que ela sempre teve seus adversários, os quais acham que ela tira um pouco do prazer sexual, chegando a compará-la com chupar uma bala sem tirar o o invólucro. Afinal, cada um tem uma opinião diferente sobre a camisinha. Mas, o que pretendo comentar aqui não é tanto a função intrínseca desse conhecido preservativo, mas o sentido do seu apelido. Pois, pensando bem, a função de uma camisa é proteger o corpo – do tórax a cintura. Que se sabe, ninguém jamais usou essa peça de roupa para cobrir a cabeça. Para essa usa-se outra peça: capuz, gorro, chapéu etc. Portanto, há ou não um paradoxo quando o nome dado a esse preservativo?


João Bosco de Andrade Araújo

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