- A simples presença de um mestre faz com que todo tipo de curioso se aproxime, para descobrir algo de que se beneficiar. Isso não pode ser prejudicial e negativo? Isso não ode desviar o mestre do seu caminho ou fazer com que sofra porque não conseguiu ensinar o que queria?
O mestre então respondeu:
- A visão de um abacateiro carregado de frutas desperta o apetite de todos que passam por perto. Se alguém deseja saciar sua fome além da sua capacidade, termina comendo mais abacates que necessário e passa mal. Entretanto, issonão causa nenhum tipo de indigestão ao dono do abacateiro. O mesmo se passa com a busca. O caminho precisa estar aberto para todos, mas Deus se encarrega de colocar os limites de cada um!...
- E quais são os nossos limites, mestre? - Perguntou o discípulo
- Cada pessoa tem os seus respectivos limites, individualmente. Não é porque eu faço determinada coisa, pratico uma ação qualquer, que você ou outra pessoa também poderá agir do mesmo modo.
- Gostaria de saber mais alguma coisa sobre os limites de cada um, mestre!
- Então ouça: "Um arqueiro andava pelas redondezas de um mosteiro hindu, conhecido pela dureza nos ensinamentos e disciplina, quando viu monges no jardim, cantando e se divertindo e bebendo algum licor. Imediatamente, só julgando pela aparência daquela descontração particular, assim falou:
-"Como são cínicos aqueles que buscam o caminho de Deus! - o arqueiro comentou em voz alta - dizem que a disciplina é importante e no entanto se embriagam e fazem festas ocultas".
Ao ouvir tal disparate, o mais velho dos monges indagou ao arqueiro:
- Se você disparar cem flechas seguidas o que acontecerá com o seu arco?
- "Ora, meu arco se quebrará" - respondeu o arqueiro.
- Então, meu amigo, se alguém se esforça além dos próprios limites, também quebra sua vontade. Quem não equilibra trabalho com descanso perde o entusiasmo, esgota sua energia e não chega muito longe a lugar nenhum!!!
Como bem disse o filósofo: "A VIRTUDE ESTÁ NO MEIO!"
Autor desconhecido
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