A VIOLÊNCIA DAS TORCIDAS ORGANIZADAS

                                Já ficou para trás o tempo em que os torcedores iam aos estádios de futebola para torcer com a sua família pelas seus times do coração, num ir e vir na maior tranquilidade e alegria, mesmo perdendo ou empatando. Também não era como uma festa de confraternização porque afinal, a rivalidade sempre é um tempero a mais entre as torcidas e só perdura na teoria enquanto estiveream dentro do estádio, assistindo o espetáculo de futbeol.
                              Nos dias atuais, com as proliferação das famigeradas torcidas que se intitulam de "organizadas", sinceramente, mais parecem "gangues", portando paus, pedras e até armas de fogo, em alguns casos. É inacreditável a ousadia desses membros violentos que apalavram os encontros entres eles e possíveis rivais através das redes sociais via computador e quando isto ocorre e sofrem a intervenção policial, não pensam duas vezes e vão para cima de quem quer que seja, chegando a depredar carros nas ruas, prédios e até trens metropolitano ou do metrô. A ousadia é geral e generalizadas. É algo impressionante e lamentável.
                            Várias destas "guerras" entre torcidas já foram divulgadas diversas vezes pela imprensa de modo geral. Até na Copa São Paulo de Junior, que é um torneio de menor expressão, já ocorreram casos de violência e morte após ou antes de alguma partida. E assim sucessivamente. A violência nesta área não só restringe à capital e sim no interior também, lamentavelmente. Casos e mais casos, sempre quando acontece algum clássico, são noticiados pela mídia com muita ênfase e repercussão negativa, mas só que com o passado do tempo, depois que a poeira abaixa, parece que cai no esquecimento e fica naquela história: triste de quem morreu. Os irresponsáveis criminosos, meliantes e bagunceiros continuam sempre soltos, sempre prontos a atacar quando tiverem oportunidade.
                           Algumas medidas paliativas já foram tomadas, mas pelo visto nada disto sofreu efeito desejado. Pelo que se pode constatar, só tentam alguma coisa enquanto a notícia estiver quente estampada nos joranis e revistas. Depois tudo cai no esquecimento e vira uma utopia ainda tão sonhada pelas inúmeras famílias que ainda sonham frequentar os estádios, no afã de usufruir uma tarde como momento de lazer, assistindo uma partida de futebol in loco. Mas como dizia aquele refrão humorístico de antigo comediante: "Tempo bom, não volta mais...Saudades!"



                                          Joboscan de Araújo