segunda-feira, 27 de maio de 2013

A DROGA ATRAVÉS DO MURO

                              Pode parecer contraproducente, mas tomo a liberdade de parodiar o renomado escritor russo Leon Tolstói escrevendo assim: todos os traficantes são parecidos entre si quanto as suas atividades espúrias, enquanto os revendedores de suas drogas agem cada um a sua maneira.
                             É isso meso: este tipo de "trabalho" ilegal está sempre envolto de disfarces, camuflagens de diversas formas, inclusive as mais bisonhas possíveis, com o objetivo de ludibriar as autoridades policiais que tentam coibir tal atividade. Diariamente são pegos em flagrantes vários deles transportando ou vendendo maconha, cocaína e seus derivados, façanha esta que não os inibe, principalmente quando maus policiais se deixam envolver com subornos ou fazendo fingindo que não viram nada, não sabem de nada etc, denegrindo a corporação que representa. Este é um fato lamentável que a imprensa, amiúde, divulga mas mesmo assim, pouco se se sabe o resultado destes delitos coniventes quando o assunto é tráfico de drogas.
                          Infelizmente, em todos os bairros de todas as grandes cidades há sempre pontos de venda de qualquer tipo de droga. Esta é uma verdade incontestável. Para dificultar sempre a abordagem da polícia séria, isto é, não corrupta, os atravessadores agem, por sua vez, de várias maneiras. Vejam, por exemplo, esta que os meliantes usam no bairro onde moro: sempre que passo por uma rua bem movimentada aqui do bairro onde moro, sem grande dificuldade, percebo que, através do muro de um dos prédios, eles conseguem vender o tal produto através de um cano estreito, onde só cabe um braço e quando o freguês grita  a quantidade de papelotes, primeiramente passa o dinheiro, de preferência trocado, no mínimo dez reais a unidade e logo em seguida recebe o maléfico produto. É tudo muito rápido, parecendo bem treinado. Mas não o é. E sim o costume de fazer transação ilícita e perigosa. 
                        Percebe-se, de vez em quando, a presença de uma viatura policial numa boca de lobo desta, mas segundo falam as más línguas, se os tais policiais não estiverem ali para conseguir também algum deste produto na manha, passam ali apenas para receber alguma propina. E quando resolvem levar alguém preso, dizem, é só "teatro", ou seja, para disfarçar  e enganar a população da adjacência.


                                            Joboscan de Araúijo

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