quarta-feira, 11 de setembro de 2013

APOSTASIA INVOLUNTÁRIA

                                                     CONTINUAÇÃO DO ANO DE 1968


                      Antes de terminar o primeiro semestre do ano letivo de 68, resolvemos escolher quem seria o orador da nossa turma na festa de formatura da 4ª série ginasial. Logo no início, o meu nome foi citado. Depois surgiram outros. No final da votação fiquei com a incumbência de ser o orador da nossa turma. Com muita alegria, agradeci a indicação e prometi fazer o possível para elaborar um discurso que agradasse a todos. Mas só fiz a minuta do mesmo no início do segundo semestre. E logo no início deste, começamos também a nos movimentar no sentido de arrecadar fundos para o nosso passeio, por sinal, ainda indefinido onde seria. Resolvemos dividir a turma: um grupo elaborava rifas, outro, organizava leilões. Em resumo, todos trabalhávamos em prol de uma causa. E sendo assim, os nossos conterrâneos procuravam colaborar na medida do possível.
                     Por este tempo, outubro de 1968, o padre Agostinho chegou de uma viagem à capital, trazendo uma revista recém-lançada no Brasil - VEJA  - cuja capa trazia uma foice e um martelo, chamando a atenção do leitor para a reportagem principal que era sobre o comunismo. Quando me viu folheando esta revista, o meu vigário falou que o conteúdo da mesma tinha tendência de esquerda. No momento não entendi muito o que ele quis dizer com aquilo. Posteriormente, conversando o meu professor de português ele me explicou mais sobre o tema, elucidando algumas dúvidas preliminares sobre este assunto. Achei muito complexo, mas mesmo assim li a revista e comecei a me interessar mais sobre a atualidade do nosso mundo.


                                  Próxima postagem: continuação do ano de 1968

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