segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"FOI BOM PRA VOCÊ?"

                            Este tipo de pergunta poderia ter sido feita após a assinatura de um acordo comercial, não resta a menor dúvida. Ou então, numa disputa por algum bem material ou até pessoal e após a consumação da sentença do mediador ou do juiz, um advogado ou representante legal costuma fazer esta fatídica pergunta:
                          -"Foi bom pra você?"
                          Ele está se referindo, é lógico, ao desfecho daquele caso, do litígio que motivou aquela audiência. Até aqui nada de muito anormal. Até dá para se aceitar e entender.
                         Agora quando este mesmo tipo de pergunta é feita logo após uma relação sexual, quem a fez, sinceramente, perdeu uma grande chance de ficar calado durante aquele ínterim prazeroso, diga-se de passagem. Pois fazer esta inútil e vulgar indagação - "Foi bom pra você?" se referindo, obviamente ao desempenho daquela transa, além de ridículo, é uma prova cabal que quem a fez demonstrou-se inseguro quanto ao seu desempenho, evidentemente. E isto pode acontecer tanto com um homem ou uma mulher.
                       Pois, pensando bem, que diferença faz querer saber se o (a) companheiro (a) ficou ou não satisfeito (a) com aquela relação sexual fortuita ou não? E também, como ele (a) vai ter certeza se a outra pessoa ao responder sim estará dizendo a verdade ou apenas fingindo? É tudo muito relativo e vazio. E tem mais, e se a dita cuja for coerente e não tiver receio de magoar, ofender o (a) parceiro (a) e responder negativamente, confessando que aquela transa deixou muito a desejar, isto é, não foi do seu agrado, a pergunta que fica é a seguinte: recomeçará outra transa para ver se melhora o desempenho? Procurará ser mais romântico (a), carinhoso (a) da próxima vez? E se acontecer algo mais desagradável, não ficará pior? Como por exemplo, sem querer ser pessimista, o homem ser acometido de uma DE (Disfunção Erétil) ou a mulher ter uma ausência de orgasmo!
                      Portanto, após uma relação sexual, o melhor mesmo é só ficar curtindo em silêncio aquele espasmo pós-orgasmo ou se preferir, apenas dizer poucas palavras carinhosas, sorrisos marotos ou apalpações audaciosas, o que seria um preâmbulo para dar prosseguimento àquele momento de amor. Desde que nenhum dos dois não se encontre em situação de adultério, tudo é válido quando um casal se encontrar entra quatro paredes, não importa se de algum motel ou da própria residência. O importante mesmo é curtir e viver aquele momento, usufruindo o maior prazer do ser humano que é este, inegavelmente.

                                              Joboscan de Araújo

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